quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Sonho continua...

Benfica 4 - 0 Qiryat Gat


Vitória esperada, mas só conseguida no 2.º tempo, após a entrada de três jogadoras mais criativas, pois as Israelitas, 'fecharam-se' bem lá atrás!!!

O sonho da qualificação para a fase de grupos da Champions, mantém-se...

No próximo sábado nova eliminatória, desta vez contra as Luxemburguesas do Racing FC, novamente em Zenica na Bósnia. Teoricamente, teremos mais um jogo relativamente acessível, mas não existem vitórias antes do apito inicial...!!!

Lotação esgotada


"Com os adeptos, pelos adeptos, partimos com a ambição de garantir o lugar que merecemos na Liga dos Campeões. O Estádio da Luz terá lotação esgotada, com perto de 20 mil Benfiquistas a puxarem e apoiarem a equipa, o que fará toda a diferença. Conforme Jorge Jesus afirma, "os adeptos são o 12.º jogador, mas às vezes até o 10.º ou o 11.º".
"Tanto o Benfica como o PSV não deviam estar aqui, mas, sim, na fase de grupos, porque são equipas à imagem das grandes da Champions", começou por afirmar Jorge Jesus, no lançamento da partida agendada para hoje, às 20 horas, no Estádio da Luz, referente à primeira mão do play-off de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões.
São, por isso, muito elevadas as expectativas em relação a esta eliminatória, a qual opõe dois adversários com legítimas aspirações, em função dos respetivos históricos e qualidade dos plantéis, a participarem no patamar seguinte da mais importante prova europeia.
Tanto Benfica como PSV iniciaram bem a temporada, somando vitórias em todos os jogos disputados. Perspetiva-se, portanto, que o confronto seja marcado pelo equilíbrio, além de marcadamente ofensivo em função do tipo de futebol praticado por ambos.
"Vamos encontrar um PSV muito agressivo ofensivamente, com muito talento individual na frente, jogadores que resolvem muitas situações sozinhos", prevê Jorge Jesus, que reparte o favoritismo entre Benfica e PSV para a passagem e atribui aos pormenores o que determinará o vencedor nesta contenda.
O capitão de equipa André Almeida, porta-voz do grupo de trabalho na antevisão a este desafio, disse: "Estamos com a mentalidade certa, temos um grupo forte e estamos confiantes para este jogo." Sobre o PSV, afirma que se trata de "uma equipa forte, com excelentes jogadores".
E deixou um apelo aos Benfiquistas: "Continuem a vir ao Estádio, a apoiar a equipa como têm feito nestes primeiros jogos, é extremamente importante para nós. Sempre que os temos do nosso lado é difícil pararem-nos."
Noutra latitude, a nossa equipa feminina de futebol inicia hoje, às 16 horas, em Sarajevo, a ronda 1 de acesso à Liga dos Campeões, na qual defrontará as israelitas do Kiryat Gat. Em caso de vitória, no dia 21 terá de bater o Racing FC Union Luxembourg, que venceu o SFK 2000 Sarajevo ao final desta manhã, para se apurar para a ronda seguinte (disputada a duas mãos e que dá acesso à fase de grupos com 16 participantes).
André Vale, membro da equipa técnica, deu conta da enorme ambição sentida no seio do plantel: "Vamos para ganhar, mas como o Benfica gosta de ganhar: com qualidade, a dar espetáculo e a cativar os adeptos, para que olhem para a modalidade de uma forma diferente."

P.S.: Devido às restrições impostas pela pandemia nos jogos internacionais, não haverá esta noite o tradicional voo da águia antes da partida Benfica-PSV."

Paulo Bernardo, o “regista” que não pode ser desaproveitado


"Poderá não ser na presente época – a Segunda Liga, competitiva, com jogos que obrigam a esgrimir argumentos ofensivos e defensivos, fará maravilhas pelo seu crescimento – mas o talento de Paulo Bernardo não pode ser desperdiçado de forma alguma.
Em Penafiel contra os “homens de barba rija”, deixou o perfume de quem encontra sempre argumentos técnicos para sair dos espaços curtos, para receber com qualidade, fazer a equipa respirar e progredir no relvado. Aos dezanove anos, o “regista” deixa muita expectativa sobre o (elevado) nível que poderá atingir no futuro."

SL Benfica | Uma equipa com ambições renovadas


"A equipa de andebol do SL Benfica parte para a nova época com as expectativas em alta, depois das mexidas que tem feito no mercado de transferências. Já passam 13 anos desde a última vez que o andebol encarnado conquistou o seu último campeonato e a verdade é que, no papel, parece que as hipóteses de quebrar esta seca nunca foram tão grandes.
A última temporada teve um balanço negativo para as águias, mas realista face às armas de que a equipa dispunha em relação aos clubes rivais. Apesar disso, a época deixara alguns sinais positivos para o futuro e fez com que pudesse ser estabelecida uma base à volta da qual pode ser construída uma equipa mais profunda, capaz de lutar em todas as frentes.
A nível de saídas, o SL Benfica viu sair jogadores que não eram reais mais-valias para a equipa, sendo substituídos por jogadores que darão mais garantias.
O lateral-direito Kévynn Nyokas era um jogador que, num dia bom, era capaz de contribuir com uma boa quantidade de golos. No entanto, para além de não ser um grande defensor, era também um jogador com uma forte propensão a cometer falhas técnicas que resultavam em contra-ataques para a equipa adversária.
O jovem pivot Pedro Loureiro era um jogador que pouco contou para o plantel. Já o ponta-esquerda João Pais viria a colocar um ponto final na sua carreira após mais de dez anos ao serviço do Sport Lisboa e Benfica.
O pivot Matic Suholeznik foi a saída mais recente a ser anunciada. Dos reforços da época passada, o internacional esloveno foi o que menos me convenceu, não sendo a âncora defensiva que prometia ser, e demonstrando ser um jogador lento e preso de movimentos.
Quanto a chegadas, a primeira a ser anunciada foi a do internacional português Alexis Borges. O pivot luso-cubano está, assim, de regresso a Portugal depois de um ano ao serviço dos franceses do Montpellier, sendo uma das aquisições mais sonantes deste mercado nacional.
Para a posição de lateral-direito (uma das mais carenciadas no SL Benfica nos últimos anos) vieram dois jogadores. O primeiro a ser apresentado foi Demis Grigoras, um internacional romeno que chega dos franceses do Chambery Savoie, sendo um lateral com bom remate, e também muito habilidoso no 1vs1 e que combina bem com o pivot.
Não sendo um atirador nato como é Petar Djordjic, é um jogador com um perfil que encaixa no modelo de jogo de Chema Rodriguez, que gosta de laterais móveis, desequilibradores e que tomem boas decisões.
O outro lateral-direito a ser contratado foi o esloveno Tadeq Kljun. Um jovem de 20 anos vindo do Celje, uma das melhores escolas de andebol do mundo, sendo um lateral móvel com uma boa meia-distância e que, ganhando alguma massa muscular, terá tudo para se tornar num lateral-direito que faça a diferença nos dois lados do campo.
Para a ponta-esquerda chegou um dos grandes nomes do andebol mundial nos últimos 20 anos. Aos 40 anos, Jonas Kallman chega ao SL Benfica após uma carreira ao mais alto nível. Apesar da idade avançada, o antigo internacional sueco ainda se exibia ao mais alto nível na Europa. Chega a Portugal com um currículo invejável, no qual conta com 5 campeonatos espanhóis, 2 campeonatos húngaros, 1 Taça EHF, 3 Champions e 1 medalha de prata olímpica.
Tendo em conta os seus dois metros de altura, será uma mais-valia na defesa, sendo uma ótima peça para trocar posição com Petar Djordjic no momento defensivo. A sua experiência ao mais alto nível, o seu currículo e o seu profissionalismo podem também ser uma mais-valia para o balneário.
Recentemente, surgiu mais uma bomba no mercado nacional, com o pivot internacional brasileiro Rogério Moraes a assinar pelos encarnados. O jogador, de 27 anos, conta com duas Champions no currículo, tendo já representado clubes como o Vardar, o PSG e o Veszprem, este último pelo qual viria a rescindir contrato devido a questões pessoais, tendo o SL Benfica aproveitado esta oportunidade de mercado.
Com estes reforços o SL Benfica sofreu um claro upgrade no plantel, sendo que estes jogadores contratados resolvem vários problemas que a equipa apresentava. Primeiro que tudo, a equipa ganha mais peso e altura, aspetos em que ficava atrás dos clubes rivais nas últimas épocas.
Com a contratação de Alexis Borges e de Rogério Moraes, os encarnados ganham dois pivots capazes de fazer a diferença nos dois lados do campo, algo que a equipa não possuía há anos. Juntando a estes dois o sueco Jonas Kallmann, a equipa ganha três especialistas defensivos, oferecendo mais soluções à equipa.
Neste momento, o plantel apresenta duas lacunas visíveis: a primeira é o facto de não haver um lateral-direito que seja um especialista defensivo. Grigoras é outro lateral que não defende, enquanto Kljun ainda precisa de se desenvolver fisicamente para se tornar fundamental na defesa. Quanto ao internacional português Belone Moreira, o treinador Chema Rodriguez já assumiu numa entrevista que pretende apostar nele na posição de central.
A outra lacuna, é o facto de não haver nenhum lateral-esquerdo que possa assumir-se como uma alternativa ofensiva ao goleador Petar Djordjic. O espanhol Arnau García é um bom defensor, mas acrescenta muito pouco no ataque, enquanto o brasileiro Luciano Silva é ainda muito jovem e não terá muito espaço neste plantel. A colmatação desta lacuna pode ser feita com mais um ataque ao mercado.
Quanto aos rivais, o Sporting CP fez uma revolução no plantel, contratando muitos jogadores jovens, com muito potencial, mas que ainda precisam de crescer, o que faz com que os verde e brancos estejam um degrau atrás de SL Benfica e FC Porto nesta época.
Já os dragões, apesar de terem perdido alguns jogadores importantes como Miguel Martins e André Gomes, mantêm grande parte da sua base e ainda se reforçaram no rival leonino com a contratação de Pedro Valdés, acrescentando assim mais um especialista defensivo a uma das equipas mais fortes da Europa nesse lado do campo.
Analisando os dois plantéis, diria que o SL Benfica tem melhor plantel a nível ofensivo e o FC Porto está mais forte a nível defensivo, fazendo antever duelos que serão muito emocionantes e disputados.
No meio deste forte investimento, existem, no final, duas questões quanto ao que esta equipa do SL Benfica poderá dar: primeiro, se o treinador Chema Rodriguez terá capacidade e competências para fazer esta equipa render enquanto coletivo; e segundo, se estes jogadores serão capazes de se mostrar empenhados e comprometidos com o SL Benfica, sabendo exibir-se ao seu melhor nível, não seguindo o exemplo de vários jogadores que representaram o andebol encarnado nos últimos anos."

A extinção dos adeptos no estádio


"Quinhentos e um dias. Por força de uma pandemia que infecta e mata milhares diariamente eu e tantos fomos obrigados a ficar em casa e assistir pela TV a peladinhas glorificadas. A jogos nuns estádios vazios em que 22 jogadores vestiam os seus equipamentos, compareciam no relvado na hora acordada e jogavam para câmaras de TV, sabendo que por força da tecnologia todo o seu esforço não seria visto apenas pelas vazias cadeiras de um estádio abandonado. Repito, não foi futebol, foram peladinhas glorificadas. O futebol tornou-se "futebol", apenas ligado à máquina artificialmente para que os contratos televisivos e publicitários se mantivessem intactos e para que os viciados no jogo não perdessem a sua droga. E bem, que já tinham bastado os 3 meses em que realmente o futebol esteve parado.
Mas quinhentos e um dias depois, um ano e cinco meses depois...o regresso. O retomar do ritual: Combinar nos grupos de whatsapp. Comprar o bilhete. Vestir a camisola. Colocar o cachecol nos ombros. Entrar no carro com destino ao estádio. Estacionar. E onde antes o encontro era nas roulotes, agora passou a ser na esplanada de um restaurante. Cenário diferente, mas o mesmo ambiente. Saber que durante umas horas antes do jogo vamos estar de cerveja na mão a falar com amigos de táticas, memórias, presidentes, planos, treinadores, a vida, jogadores, família, o vírus, comida, eleições, séries de TV, rivais, música, deslocações, os piores jogadores do clube, os melhores jogadores do clube...de tudo e mais alguma coisa e entretanto falta 1/4 de hora para o jogo começar e é altura de ir para o estádio. Percorrer corredores familiares, a visão do relvado, subir a escadaria, esticar o cachecol, entoar o hino e entretanto a bola rola e o estado de espírito alterna entre o silêncio do nervosismo, o protesto da irritação e as palmas e o cântico do contentamento.
O árbitro apita para o final e o Benfica vence. Levantar da cadeira e sentir que após quinhentos e um dias uma parte importante da vida está de regresso. Falta o reencontro com os amigos, nova ida para a esplanada para mais cerveja, mais conversas, mais outro reencontro com novos amigos, mais uma cerveja, mais uma conversa já no meio da rua e entretanto são 2 da manhã. Chegar às imediações do estádio às 14h da tarde, sair às 2h da manhã. Doze horas a Benficar é um bom medidor das saudades que eu e tantos tínhamos disto. Nós, os últimos dos Moicanos, os índios que ainda vão ao estádio.
Há uma reflexão a fazer e que ninguém está a fazer: mesmo depois de tanto tempo com os adeptos afastados do futebol, mesmo com as lotações reduzidas a 33%, os bilhetes não estão a esgotar. Nem na Luz, nem em lado nenhum. Já houve um jogo na Primeira Liga com apenas 500 curiosos. Cada vez mais as pessoas resolvem assistir pela TV e parece que ninguém se preocupa. Pior, parece que fazem de propósito para acelerar a queda do futebol enquanto passatempo de famílias e espetáculo ao vivo. E qualquer dia até enquanto espetáculo de TV. O inenarrável "cartão do adepto" é o mais recente exemplo. Uma burocracia que obriga ao gasto de mais 20 euros, que proíbe os jovens nos estádios, que ataca a dignidade dos adeptos, que presume o crime ainda antes de qualquer crime, que coloca uma estrela de David nas suas palas e que resolve absolutamente zero.
Tomaram todos os membros dos grupos organizados como criminosos e patetas e agora são eles que gozam com os políticos. Deixam os sectores do cartão e mudam-se para o sector ao lado. Queriam enjaulá-los, separá-los dos restantes adeptos e agora ainda mais misturados estão. Com a lamentável excepção dos Super Dragões, tem havido um boicote total ao cartão do adepto e é isso que fará esta miserável experiência morrer. Mas o mal já está feito: Mais cadeiras vazias, mais arma de arremesso para os dirigentes: adeptos do Vizela querem ir a Alvalade? Não vão porque o Sporting só vende a quem tem cartão. Adeptos do Sporting querem ir a Braga? Bilhetes a 93 euros. Os dirigentes matam o futebol e qualquer dia já ninguém vai aos estádios. Vêem pela TV? Qualquer dia nem isso. Quem quer ver ad eternum um espetáculo com jogadores medianos e cadeiras vazias?
Contra isto tudo, os índios, os últimos dos Moicanos, continuam a tentar ir à bola. Uma espécie em vias de extinção que aguarda a semana à espera do dia de vestir a camisola, colocar o cachecol aos ombros, ir em direção ao estádio (às vezes com duas, três, seis horas de viagem), passar a tarde a falar de tudo e mais alguma coisa, subir a escadaria, entoar o hino e sofrer, gritar, chorar, protestar, amar o futebol.
O problema? O problema é que segundo o último census, já só sobram 3000 Moicanos nos EUA."