quinta-feira, 29 de julho de 2021

As sete partidas


"Os jogos que consolidaram um futsal benfiquista internacional, na UEFA Futsal Cup de 2003/04

Com sete partidas começou a viagem europeia do futsal do Benfica no início do século XXI. O triplete conquistado na época de 2002/03 colocou o Benfica na 3.ª edição da UEFA Futsal Cup, a Liga dos Campeões do futsal. Na primeira fase de qualificação, a equipa foi jogar a São João da Madeira, entre 15 e 18 de Outubro de 2003. Venceu os bósnios, gregos e montenegrinos e apurou-se para a 2.ª fase.
'A confiança é o mote', dizia o treinador Alípio de Matos, afirmando não temer nenhuma equipa 'mas respeitamos todas'. André Lima disse que 'pensaram que éramos loucos', ao dizer que podiam ir longe na competição mais importante da Europa.
Com uma equipa avassaladora, o Benfica passou italianos, croatas e belgas no pavilhão da Luz, em Março de 2004. Houve 'excelentes notícias para os amantes da modalidade', pois a RTP1 anunciou a transmissão dos jogos.
No jogo de 20 de Março, frente ao Action 21, apareceram os primeiros obstáculos. Foi impróprio para cardíacos, pois decidia-se quem ia à final. A pressão era altíssima, desestabilizado a finalização de ambas as equipas. Com golos de Lukaian e dos melhores marcados 'encarnados' na competição, Arnaldo e André Lima, o Benfica estava na final!
Com a Agência Tui Viagens, disponibilizaram-se viagens de avião ou de autocarro, com estada e bilhete incluídos! No final de Abril de 2004, o pavilhão do Parque Corredor, em Madrid, engalanou-se para receber as duas melhores equipa de futsal da Europa: o Benfica e o Boomerang Interviú.
O jogo não correu bem para os lusos, e os espanhóis ganharam por 3-1 na 1.ª mão da final. Faltava a 2.ª mão, como reagiu André Lima no final do jogo: 'São 3 golos de diferença, que não é muito no futsal'. Nada estava decidido!
Mas foram 3 os golos que o Interviú marcou no jogo final, na Luz, contra os 4 do Benfica. Mesmo com a exibição espectacular do guardião Zé Carlos e o jogo de sonho de André Lima, a sétima vitória do Benfica de nada valeu, legando o título aos espanhóis.
Mas estava feita história! O Benfica, com uma equipa formada havia duas épocas, foi a primeira equipa portuguesa a vencer uma espanhola, e a primeira a sagrar-se vice-campeão da UEFA Futsal Cup, com 49 golos (curiosamente, 7x7) nessa edição. Anos depois, seriam os primeiros lusitanos a conquistá-la.
Conheça mais histórias do desempenho do futsal 'encarnado' na Europa na área 2 - Joias do Ecletismo, no Museu Benfica - Cosme Damião."

Pedro S. Amorim, in O Benfica

SL Benfica | Os 3 comandados de Rui Vitória a ter em conta


"O SL Benfica conheceu o adversário que vai enfrentar na terceira pré-eliminatória de acesso à UEFA Champions League, no passado dia 19 de julho (data do sorteio realizado em Nyon – Suíça).
O Futbolniy Klub Spartak Moskva, mais conhecido como Spartak Moscovo, é o “alvo a abater”. A equipa orientada pelo conhecido treinador Rui Vitória vai receber as águias no dia quatro de agosto para jogar a primeira mão do duelo.
Apesar de este ser o primeiro jogo oficial do SL Benfica na temporada de 2021/22, os russos já iniciaram o campeonato no passado dia 24 do presente mês. A equipa orientada por Rui Vitória entrou com o pé esquerdo, uma vez que foi derrotada no terreno do FC Rubin Kazan, por 1-0.
No entanto, apesar da derrota, o Spartak Moscovo é uma equipa com muita qualidade, tendo ficado em segundo lugar na Liga Russa, na temporada passada. Posto isto, decidi eleger o top 3 de jogadores que o SL Benfica deve ter em atenção.

1. Aleksandr Sobolev Se ter um “artilheiro” de serviço é bom, ter dois é ainda melhor. O ponta de lança russo é uma das figuras de destaque do Spartak de Moscovo. Foi o quarto melhor marcador da Liga Russa, na última época, tendo marcado 14 golos em 22 jogos.
Apesar de no EURO 2020, realizado este ano, apenas ter jogado 34 minutos ao serviço da seleção Russa, no que diz respeito à pré-época, o internacional já se destacou: foi o melhor marcador e o melhor jogador do torneio de preparação.
Sobolev faturou nos três jogos, ou goleadas, por assim dizer, frente ao PFC Sochi, FC Rubin Kazan e BC Khimki. Se vai continuar de pé quente ou não, é uma incógnita, mas face a estas prestações é, sem dúvida, um jogador ao qual se deve ter especial atenção.

2. Jordan LarssonComo se costuma dizer “quem sai aos seus não degenera” e este é, provavelmente, um bom exemplo disso. Jordan Larsson é filho de Henrik Larsson, uma das maiores figuras de sempre do futebol sueco e da modalidade no geral. Jordan está a cumprir a terceira época ao serviço do Spartak de Moscovo e não passou despercebido na temporada transata.
O avançado, de 24 anos, que também pode atuar como extremo direito ou médio ofensivo (posição que ocupou no primeiro jogo do campeonato de 2021/22), foi o melhor marcador da equipa em 2020/21, com 15 golos em 29 jogos, ocupando o terceiro lugar no ranking de melhores marcadores da Liga Russa.
No torneio da pré-época, já mostrou serviço: marcou frente ao PFC Sochi e ao BC Khimki. Este é um jogador de relevância, que pode trazer muitas dores de cabeça aos encarnados.

3. Victor Moses O médio nigeriano é um dos principais jogadores que Rui Vitória tem à disposição. O jogador esteve emprestado ao clube russo pelo Chelsea FC desde 2020, mas esta época foi contratado em definitivo. Na época de 2020/21, vestiu a camisola do Spartak Moscovo 19 vezes, tendo marcado quatro golos e feito outras quatro assistências."

As olímpicas virgens


"Luís Filipe Vieira (LFV), o presidente do Sport Lisboa e Benfica (Benfica) foi detido no dia 7 de julho. De acordo com o comunicado emitido pelo DCIAP, em causa estão a suspeita de crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento.
E, perante a estupefação do País os deuses do nacional olimpismo não perderam tempo em lançar a sua ira sobre LFV que, tal qual treinador de futebol, de um dia para o outro, numa espécie de bacanal romano em honra de Baco deus do vinho, passou de bestial a besta e arredado de todos os cargos que exercia no Clube e na SAD.
Em mais de cinquenta anos ligado profissionalmente ao mundo do desporto português nunca vi despachar um homem com tanta eficiência, tanta eficácia e tanta falta de ética. Foi obra que, certamente, ficará na história do desporto nacional.
O que aconteceu foi de tal maneira vergonhoso que, ao cabo de pouco mais de duas semanas, já é possível identificar as principais motivações que animaram aqueles que, sem qualquer vergonha na cara, se encarregaram de se antecipar aos Tribunais e crucificar LFV na praça pública. Uns optaram pelo mal da amnésia hipócrita, outros pelo mal da vingança selvagem.
Os atingidos pela amnésia hipócrita, estão entre aqueles que, independentemente da nacionalidade, da cor da pele, da conta bancária, da exposição mediática, da religião, do sexo e tendências ou do partido político em que no momento militavam, frequentavam reverencialmente o camarote presidencial do Estádio da Luz. Estes hipócritas e mal-agradecidos, de um momento para o outro, deixaram de conhecer o presidente do Benfica. E até houve quem teve o descaramento de dizer que conhecia muito bem o ambiente vip que se vivia no camarote presidencial do Estádio da Luz mas só lá tinha ido uma vez. E, também foi degradante, ver nas televisões alguns comentadores ao serviço do regime, tal qual Judas, negarem conhecer o presidente do Benfica não uma, nem duas, nem três, mas as vezes que foram necessárias. E triste foi, ainda, constatar que, quando uns pândegos da bola, quiseram fazer uma manifestação em apoio a LFV, compareceram às portas do Estádio da Luz, não aqueles que os portugueses se habituaram, através da comunicação social, a ver no camarote presidencial do Estádio da Luz a “lamberem” o presidente do clube mas, uma dúzia de gatos pingados que ainda não percebeu que, devido a muitos anos de políticas públicas absolutamente miseráveis, no estado em que o futebol se encontra, só serve para lhes explorar a doença clubística de que padecem.
E, os atingidos pela vingança selvagem apressaram-se a ir às catacumbas mais profundas e mórbidas das suas memórias para, como já lhes é habitual, trazer para o desporto os mais baixos sentimentos da condição humana. Para eles, chegara o tempo de ajustar contas. E, numa reles covardia, apontaram as baterias do veneno que lhes ia na alma para aquele que secretamente odiavam. E, sobre alguém que não se podia defender e, menos ainda, contra-atacar, despejaram rajadas de ódio, de raiva e de desprezo, como se o homem, antes de ser julgado e condenado, fosse o responsável pela degradação ético-moral em que o desporto nacional se encontra.
Entretanto, tanto uns como outros, na maior das hipocrisias e disfarçados de novas virgens, num país assoberbado pela corrupção da ética desportiva, resolveram começar a produzir altos discursos e prosas moralistas porque, dizem eles, independentemente daquilo que a justiça possa vir a apurar, as suspeitas que envolvem LFV não são positivas para o desporto. E afirmam-no, sem qualquer vergonha, como se eles não fossem também suspeitos de muitas das misérias de um desporto que, nos tempos que correm, tresanda a vigarices.
Há muito que, nos mais diversos países do mundo, o Movimento Olímpico moderno tem sido um terreno privilegiado, para a prática de crimes de toda a ordem como há muito foi denunciado pelo dirigente do Comité Olímpico Internacional (COI) de seu nome Marck Hodler (1918-2006) quando, em finais dos anos noventa, afirmou que “de cinco a sete por cento dos membros do COI eram compráveis”. E acusou as votações para a atribuição dos Jogos Olímpicos de Atlanta (1996), Sydney (2000), Nagano (1998) e Salt Lake City (2002) terem sido compradas, e como Barak Obama teve a oportunidade de constatar em 2009, as candidaturas continuaram a processar-se debaixo de um véu de corrupção.
As grandes organizações do mundo do desporto respeitam cada vez menos uma cultura democrática de transparência que deve prevalecer em qualquer instituição que, por delegação pública, administra dinheiros públicos. Organizações como a FIFA e o COI são Estados dentro do próprio Estado. Contra tudo e todos, o Campeonato do Mundo de Futebol (2022) da FIFA será realizado no Catar debaixo de enormes suspeitas de corrupção. Tal como os Jogos Olímpicos de Tóquio (2020) cujos organizadores distribuíram milhões de dólares em presentes a fim de Tóquio receber o apoio dos membros do COI (Record, 2020-04-01). Ora, a bem ver, em termos comparativos, as acusações que recaem sobre Luís Filipe Vieira, não sendo de admitir, não passam de traquinices de menino de coro pelo que, causa um profundo asco, ver por aí umas certas novas virgens a pregarem moralidade.
Por isso, há que colocar um ponto final sobre os olímpicos discursos covardes, hipócritas, oportunistas e moralmente corruptos e, calmamente, esperar que a justiça funcione com a celeridade necessária para que a própria justiça possa ser consumada com justiça."

O peso da Telma


"O que nos pesa realmente não é o peso que temos, mas o peso que somos - e pesamos o peso das palavras que se nos vão integrando. Quando dizemos de alguém que é um tipo de peso, estamos a avaliá-lo muito para lá do número de quilos que constam do seu cartão de identidade - que, apesar dos seus 57 quilos, é grande a influência que exerce sobre os demais. Como é o caso da judoca de Almada, a Telma Monteiro, que soçobrou como uma árvore arrancada por um daqueles tufões que costumam assolar o Japão. E por que arreou assim tão rendidamente a nossa amada atleta?
Por isso mesmo: peso a mais! Ela já tinha trabalho bastante a lidar com os seus 57 quilos regulamentares. E, como se não bastasse ter que aguentar com outro tanto da adversária, abateu-se sobre os seus ombros o descomunal peso das insensatas e desmesuradas expectativas de dez milhões que lhe exigiam a vitória, mesmo tendo em conta a histórica abulia da menina de Almada em palcos olímpicos.
O peso das expectativas afoga e paralisa - como acontecera com Fernando Mamede, nos jogos olímpicos de Los Angeles, em 1984: sabendo que, àquela hora, três da madrugada, o país espantava o sono com gritos e cerveja, na certeza antecipada da categórica vitória do recordista mundial do 10.000 metros, o elegante fundista de Beja, sob o olhar ansioso do Prof. Moniz Pereira, afundava-se clamorosamente, desaparecendo, a meio da prova, da pista, ante o olhar atónito dos seus compatriotas. Tremuras e vómitos: eis no que deu a euforia esperançosa dos portugueses - e o pobre do Mamede não aguentou tão grande peso e arreou.
Este insuportável peso das expectativas é-o na exacta medida em que o/a atleta se aceita permeável ao que dele/dela a sociedade cobra e reclama. É nessa incorporação patológica dos anseios vindos de fora, que se desenvolve o drama dentro.
A propósito, Aldous Huxley: escreveu que “ a experiência não é aquilo que nos acontece mas o que fazemos com aquilo que nos acontece “. Quando, no palreio dos serões televisivos, se diz que fulano ou sicrano não sabe lidar com a pressão é desta fragilidade ôntica do atleta que estamos a falar. É que não é apenas o peso psicológico das expectativas depositadas na performance do nosso atleta, mas é essa sua condição de “nosso” que faz dele uma aposta social infalível - e não há modo mais seguro de insucesso do que o medo de falhar e, assim, desapontarmos tantos (todos) que confiaram em nós: ao peso psicológico das naturais expectativas há que juntar o elemento épico da dimensão simbólica da representação.
E, nesse plano, todos temos bem presente a tragédia grega em 2004, no estádio da Luz, como os franceses recordarão a tragédia à portuguesa, em 2016, no estádio de France.
Ceder ao peso das expectativas é ceder à centrifugicidade ôntica do tempo: é deixar-se capturar pelo engodo fátuo do amanhã, em vez de instalar-se na densidade ontológica do agora: a única instância onde tudo acontece: “ Quem de vós pode crescer um só centímetro à custa de se preocupar com isso? (...) não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá as suas preocupações. Basta a cada dia a própria dificuldade “ (Mt 6,27,34).
A magia do sucesso radica no culto sereno de uma doce presença - aí a âncora a que vale a pena agarrarmo-nos.
E tu, Telma, não permitas que o peso excessivo das nossas expectativas te atirem ao tapete.
Por favor, continua a confiar em ti mesma!"

A dopagem como comportamento desviante


"“Escrever sobre doping é correr o risco de pisar terrenos lamacentos, nos quais os pés se afundam a cada passo” e “é mergulhar num mar de questões que ficam, muitas delas, sem resposta”, advertem Melo e Azevedo (2004, pp. 11 e 137). A dopagem (doping, em inglês) é um fenómeno social de grande escala. O dicionário on-line da Cambridge refere que é “o ato de dar a uma pessoa ou animal medicamentos para que tenham um melhor ou pior desempenho numa competição”. Prejudicial para a saúde e infração à regra, é considerada um “mal” do século XXI. Atualmente, a dopagem tem um significado bastante mais abrangente do que há alguns anos.
Como prática “desviante”, diria Becker (1995), a questão da dopagem coloca às ciências sociais dificuldades acrescidas. Basta, para isso, recensear a fraqueza dos métodos habituais mobilizados pelo sociólogo para apreender as práticas sociais (entrevistas, inquérito por questionário, observação direta e participante). No caso do atleta, a apreensão da dopagem passa, essencialmente, pelo corpo (produto injetado, absorvido, consumido, etc.). O corpo passa a ser o “testemunho”.
As estatísticas sobre a dopagem apresentam forças e fraquezas, simultaneamente, pois funcionam pela totalização ou pela redução da realidade. Se aceitarmos que possa haver “interesse no desinteresse”, como sublinhava Bourdieu (1997, p. 148), para se analisar a dopagem convém partir dos interesses e das posições dos diferentes atores sociais. O contexto da dopagem nos atletas desenvolve-se no contexto de uma sociedade dopada, acostumada ao consumo generalizado de medicamentos, suplementos alimentares, vitaminas e outras substâncias, estimulando a performance quotidiana. E é preciso não esquecer que a competição desportiva, exprime a possibilidade de uma harmonia entre o corpo e o espírito, entre o jogo e o rigor moral, entre a competição e a solidariedade, entre a cultura e o povo. O desporto de alto rendimento é apenas uma faceta; a mais mediática. Inserida no comportamento desviante, a dopagem solicita uma reflexão ética. O termo “desviante” possui um sentido mais abrangente do que o de delinquência. São qualificados de “desviantes” os comportamentos que transgridem as normas aceites por um determinado grupo social ou por uma determinada instituição. Esta categoria inclui os atos sancionados pelo sistema jurídico-policial. É preciso ter sempre em atenção à questão: quem dita as regras? Sabemos que as normas sociais são influenciadas pelas divisões de classe e de poder.
Segundo Durkheim (1984 [1893]) e Giddens (2004), o desvio é necessário para a sociedade. Ele tem uma função adaptativa, isto é, é uma força inovadora, que impulsiona a mudança através de novas ideias e desafios na sociedade, e promove a manutenção de limites entre comportamentos “maus” e “bons” na sociedade.
Muitos textos apoiam-se sobre o pressuposto que é preciso erradicar a dopagem. Para isso, muitos projetos oscilam entre a educação e a repressão. A repressão assenta como ação amplamente representada, dado que a dopagem constitui uma infração, um ato delituoso, mas também uma falta de ética desportiva. Assim, os dopados são explicita e sistematicamente considerados como os batoteiros e que sanções exemplares devem ser tomadas.
A dopagem é apresentada como uma prática capaz de destruir o desporto, o que permite explicar a razão de se afirmar nos textos que os atletas arriscam a sua vida, recorrendo aos produtos proibidos. A mensagem implícita do “desporto puro”, o das “origens”, trufado de valores paradisíacos e idealizados do olimpismo, não pode contemplar tais práticas. A dopagem não é uma ação puramente pessoal. Existem fatores sociais externos que exercem uma influência fundamental no comportamento dos atletas. Por outro lado, a atitude dopante traduz-se numa relação liberal relativamente ao corpo. O recurso aos produtos dopantes pode ser considerado como um uso social de drogas. Neste caso, em particular, o indivíduo não procura escapar à realidade do mundo social, mas, sim, integrar-se numa sociedade considerada concorrencial, constituída de provas a ultrapassar."

Ambição renovada


"Vencer todas as provas nacionais e melhorar o desempenho na Europa é o enorme desafio que se coloca à nossa equipa feminina de futebol para a nova temporada.
Só um Benfica mais capaz do que os adversários, certamente competentes e muito motivados, e permanentemente focado na missão de vencer conseguirá atingir este desiderato, mas é assente no brilhantismo patenteado na época passada, bem como na mentalidade ganhadora evidenciada desde o início deste projeto, que se justificam as elevadas expetativas de todos os benfiquistas.
Assim, na sequência de um ano triunfante para o Benfica, um dos grandes trunfos será mesmo a estabilidade conseguida na transição para 2021/22.
A equipa técnica mantém-se e o núcleo do plantel campeão continua a representar o Clube. Foram várias as renovações de contrato com atletas anunciadas no defeso, entre as quais: Cloé Lacasse, Sílvia Rebelo, Catarina Amado, Lúcia Alves, Matilde Fidalgo, Carolina Vilão, Ana Seiça, Amélia Silva, Pauleta e Ana Vitória.
Juntam-se ao plantel os reforços Maria Negrão, uma jovem de apenas 17 anos, oriunda do Famalicão, que se trata de uma das esperanças nacionais, já chamada à Seleção, mas ainda sem se ter estreado pela equipa das Quinas, e Valéria, internacional brasileira, ex-Madrid CFF da liga espanhola.
Registam-se ainda os regressos de cinco jovens que estiveram emprestadas ao Damaiense: Adriana Rocha, Carolina Correia, Daniela Santos, Madalina Tatar e Lara Pintassilgo. Bem como de Carlota Cristo, que esteve cedida no Valadares.
Continua assim o plantel a ser caraterizado por uma mescla de experiência e juventude, com uma média de idades relativamente baixa e muitas jovens formadas ou com percurso no Benfica, e sobretudo enorme vontade de muitas conquistas.
Após duas semanas de treino intensas, prosseguem os trabalhos de preparação para a nova temporada, a partir de hoje, no Luso, num estágio que terá a duração de seis dias. Seguir-se-á a KAIF Cup, na Áustria, de 5 a 8 agosto. Este é um prestigiado torneio internacional, onde também estarão Real Madrid, Turbine Potsdam, Sparta de Praga, Celtic Glasgow e Áustria Viena.
O planeamento da pré-época foi pensado de acordo com o alto nível de exigência da temporada e a sempre elevada ambição inerente a um clube como o Benfica. E, logo no início, há objetivos a cumprir.
Assim, em 18 de agosto, em Sarajevo, começa o apuramento para a Liga dos Campeões em formato minitorneio, frente ao Kyriat Gat. Vencendo, haverá final frente ao vencedor do SFK 2000 Sarajevo e o Union Luxemburgo. Apenas o finalista vitorioso seguirá em frente.
E, no calendário nacional, está já definida a Supertaça de Portugal. Não tendo existido Taça de Portugal referente à última época, a Federação Portuguesa de Futebol definiu que o adversário do campeão Benfica será o segundo classificado da Liga BPI; será um dérbi, portanto, com o Sporting, a 28 de agosto, no Estádio do Restelo.
Por certo que não será tarefa fácil concretizar todos os objetivos a que a equipa se propõe, mas estamos certos de que tudo fará por atingi-los e que nunca deixará de contar com o forte apoio dos Benfiquistas. Boa sorte!

P.S.: O Sport Lisboa e Benfica expressa o seu mais profundo pesar pelo falecimento de Bento Leitão, médico que esteve ligado ao Futebol Profissional durante mais de uma década, contribuindo, com profissionalismo e dedicação inexcedíveis, para os sucessos alcançados. Nestes últimos anos exercia funções transversais na área clínica do Clube. Neste momento de grande tristeza pela perda de um dos nossos, o Sport Lisboa e Benfica, em nome de toda a Família Benfiquista, endereça sentidas condolências aos familiares e amigos de Bento Leitão."

Benfica News, in SL Benfica

Sentidas condolências por Bento Leitão


"O Sport Lisboa e Benfica expressa o seu mais profundo pesar pelo falecimento de Bento Leitão (69 anos), médico que esteve ligado ao Futebol Profissional durante mais de uma década, contribuindo, com profissionalismo e dedicação inexcedíveis, para os sucessos alcançados. Nestes últimos anos exercia funções transversais na área clínica do Clube.
Neste momento de grande tristeza pela perda de um dos nossos, o Sport Lisboa e Benfica, em nome de toda a Família Benfiquista, endereça sentidas condolências aos familiares e amigos de Bento Leitão."