Roman Yaremchuk | A solução avançada de Jesus?


"Roman Yaremchuk é o nome escolhido para reforçar o ataque dos encarnados. O ucraniano foi figura da seleção de Andreyi Shevchenko no último Europeu e fartou-se de marcar golos ao serviço do KAA Gent. West Ham, Bayer Leverkusen e Sevilha FC concorrem com os encarnados pela contratação do atleta, avaliado em 17,5 milhões de euros pelo “Transfermarkt”.
O grande Europeu protagonizado por Haris Seferovic chamou a atenção dos clubes ingleses, principais dinamizadores de mercado, sendo previsível a sua entrada pela porta grande da Premier League.
O SL Benfica está preparado para vender o avançado e foi acumulando soluções no seu plantel, que conta agora com seis jogadores para os dois lugares da frente – a juntar a Haris, há Carlos Vinícius, Rodrigo Pinho, Darwin Núñez, Luca Waldschmidt e Gonçalo Ramos, prodígio que justifica aposta mais continuada pelo grande rendimento nesta pré-época.
Com a saída do primeiro e os insistentes rumores de uma venda de Vinícius para forrar os cofres encarnados, surge necessidade de apetrechar a equipa com um elemento mais fixo que agarre imediatamente a titularidade e garanta tantos ou mais golos do que Seferovic.
Roman Yaremchuk é um ponta-de-lança ucraniano, nascido em novembro de 1995 em Lviv e cedo recrutado pelo FK Dynamo Kyiv. Foi lá que evoluiu e cumpriu todos os patamares formativos até aos seniores, onde ascendeu em 2016 – ano em que foi emprestado, por seis meses, ao FK Oleksandryia, clube menor da Liga Ucraniana.
De julho a dezembro, na região do Kirovogrado, assumiu-se desde logo como titular, contabilizando 17 partidas e seis golos, mais o prémio de Melhor Jogador do Mês em outubro, o que justificaria prontamente o regresso ao clube mãe. No plantel principal do Dynamo, duraria apenas mais oito meses: ou seja, no agosto seguinte, já em 2017, o talento inegável obriga o KAA Gent a desembolsar dois milhões de euros pelo seu passe.
Com a camisola azul do KAA, estatísticas próprias de um grande matador – 61 golos em 152 jogos, mais 18 assistências – garantiram-lhe paralelamente sempre lugar entre os escolhidos para a seleção do seu país, ao serviço da qual conta 10 golos em 29 jogos desde a estreia, em 2018.
Assume-se, naturalmente, como o ativo de maior importância para os responsáveis belgas, que se preparam para perder a sua joia ao afinar esforços na sua substituição: foram já garantidas duas soluções de ataque neste mercado de verão, que dão pelos nomes de Gianni Bruno, recrutado ao Zulte Waregem, e Vakoun Bayo, repescado em Glasgow, exigindo o Celtic FC um milhão de euros pelo seu passe.
É notória a preocupação belga em garantir o equilíbrio do seu plantel e, consequentemente, a continuidade de sucessos que o clube tem atravessado – além do campeonato em 2014/15, foram segundos em 2019/20, juntando a isso a Taça de 2018/19.
Presença habitual nas competições da UEFA, o sétimo lugar da época passada abriu as portas da Liga Conferência aos comandados por Hein Vanhaezebrouck, treinador belga que já conseguiu a primeira vitória na competição – quatro golos sem resposta ao Valerenga, na primeira mão da 2ª pré-eliminatória. Yaremchuk não jogou, não foi sequer inscrito na lista enviada à UEFA (que pode ser atualizada em cada ronda até à fase de grupos), mas o treinador mantém a calma, pedindo tempo e espaço para o jogador.
“O Roman está de regresso, está bem de saúde, mas claro que não está ao nível que pretendemos. Por enquanto, ainda trabalha individualmente de forma condicionada , não estando disponível para ir a jogo. Vai demorar um pouco. (…) Não queremos fazer disso um assunto. Roman tem que trabalhar em paz para recuperar a forma, quando estiver pronto decidiremos: a não ser que a transferência esteja já consumada”.
O próximo jogo é domingo, em casa do Saint-Truiden, desafio que contará para a primeira jornada da Jupiler Pro League. A ausência de Yaremchuk, fator compreensível dadas as férias prolongadas em virtude do Euro, vai alimentando rumores e possibilitando um sem-número de abordagens.
Em Inglaterra, fala-se insistentemente no interesse de David Moyes na contratação do jogador: diz a “Eurosport” que Yaremchuk é alternativa do West Ham ao negócio em andamento de Tammy Abraham (incluído na troca com Declan Rice), do Chelsea, caso este falhe. Dia 12 deste mês, vinham a público as notícias de que o jogador ucraniano tinha seguido o clube nas redes sociais, metendo like em diversas publicações da página oficial dos hammers. Factos que não devem amedrontar o SL Benfica, que está dependente, sobretudo, da prestação europeia para concretizar as abordagens ao jogador.
Na Luz, o momento é ainda de indefinição face ao plantel. Com Chiquinho e Jota já postos de parte, sobra outra mão cheia de nomes que se têm de riscar face ao número exagerado de jogadores que ainda se encontram em estágio (34).
Além dos problemas a meio-campo, onde se espera colocação de Gabriel ou Gedson, na frente de ataque o problema é outro: além da questão Europa, tudo fica dependente da venda de Seferovic e/ou Vinícius. Haris tem sido recorrentemente associado a Tottenham, Everton ou West Ham: neste último caso, é uma questão dominó, passando totalmente a decisão para Moyes – que tem desta forma prioridade para concretizar um dos avançados já referidos, com a sua escolha a desbloquear as intenções encarnadas.
Optando por Seferovic ao invés de Abraham ou Yaremchuk, ativará o turno das águias, que se encaminharão para a ronda final de negociações com o Gent pelo avançado ucraniano. Vinícius, por outro lado, é um nome que não agrada totalmente a Jorge Jesus e, depois do empréstimo ao Tottenham na época anterior, é visto pelos responsáveis encarnados como uma das principais fontes de receita, caso seja necessário. De pedra e cal no plantel parecem estar Gonçalo Ramos, Waldschmidt, Pinho e Darwin Núnez."

Comunicado aos Sócios do Sport Lisboa e Benfica


"Caros Consócios, caros Benfiquistas:
Tomei conhecimento no passado dia 23 de julho, através de diversos Órgãos de Comunicação Social, de uma carta aberta apresentada pelo grupo de Sócios, autodenominado "Servir o Benfica", pedindo a minha renúncia imediata de Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica, com o argumento de que não marquei para o mês de julho a Assembleia Geral Extraordinária pedida por um grupo de Sócios.
Na verdade, em 29 de junho passado, no comunicado que dirigi a todos vós, referi:
"Compreenderão todos os Sócios que a organização de qualquer AG, quer Ordinária, quer Extraordinária, independentemente das Ordens de Trabalho de cada uma, exige a intervenção de várias estruturas do Clube, e em momento de pandemia como a que estamos atravessando, e de muitas restrições decretadas pelas entidades Governamentais e da DGS (a proibição de deslocações de e para a AML ao fim de semana é uma delas), a mesma só se poderá realizar caso exista a concordância da DGS ao Plano de Contingência elaborado no seio das estruturas do Clube e já apresentado junto desta entidade pública.
É intenção da Mesa, caso não exista qualquer decisão contra ou condicionantes que tornem impossível a sua realização, conforme atrás referi, proceder à sua marcação ainda durante o mês de julho próximo, com a Ordem de Trabalhos que vier a constar da sua convocatória e, em caso algum, a Mesa decidirá em função de notícias publicadas nos jornais ou difundidas através de meios de comunicação social, independentemente da orientação que cada um venha demonstrando, ou de timings que nos queiram ser impostos."
Ainda no fim de junho, o Secretário-Geral do SLB enviou à Senhora Diretora-Geral de Saúde uma carta a informar que "o Benfica pretende realizar em julho próximo a AGE pedida por um Grupo de Sócios, se as condições de saúde pública o permitirem e for garantida a proteção dos cidadãos/Sócios".
Na mesma missiva, continua o Senhor Secretário-Geral: "Em função da situação que vivemos, vimos pedir a V. Ex.ª autorização para a realização da referida Assembleia Geral Extraordinária e enviamos em anexo dois Planos de Contingência elaborados com o contributo dos principais responsáveis de saúde do grupo Benfica."
Termina a carta com: "Naturalmente, para podermos prestar todas as garantias aos nossos associados, seria especialmente relevante que a ARS de Lisboa e Vale do Tejo se pronunciasse sobre o assunto."
Caros Consócios, caros Benfiquistas:
Todos os membros da Mesa da Assembleia Geral conhecem os Estatutos do SLB e eu, como Presidente dessa mesma Mesa, sou um defensor acérrimo do estabelecido nesses mesmos Estatutos, só que acima dos Estatutos do SLB estão as Leis do País e as normas que as entidades Governamentais e de Saúde aprovam para nos ajudarem a enfrentar a pandemia que tem assolado o mundo em geral e o nosso país em particular.
Assim, continuo a aguardar a resposta da DGS à carta dirigida pelo Senhor Secretário-Geral, para então marcar a data da Assembleia Geral Extraordinária e apresentar o modo de funcionamento da mesma.
Informo-vos, ainda, e no seguimento daquele meu comunicado do passado dia 29 de junho, que, antes do final do corrente mês de julho, uma empresa multinacional irá proceder à abertura das urnas e à contagem dos votos físicos, sendo acompanhada pelos serviços do Benfica.
Esta empresa, cuja identidade entendo dever ser salvaguardada por questões de segurança até ao fecho deste processo, não é um fornecedor habitual do grupo Benfica.
Dirigi convites aos mandatários de cada uma das listas concorrentes ao Ato Eleitoral de outubro passado para se fazerem representar na abertura das urnas e contagem dos votos. Nenhuma das listas respondeu positivamente ao convite endereçado há cerca de três semanas.
Apesar disso, tudo farei para que este ato decorra com a normalidade que todos desejamos.
Também os serviços do SLB estão em fase de conclusão do processo de contratação da empresa de Auditoria para fazer o trabalho de análise ao software informático que suporta o voto eletrónico. A empresa a contratar será também uma multinacional que não presta serviços ao grupo neste domínio.
Uma vez terminados todos os trabalhos, o resultado dos mesmos será disponibilizado a todos os Sócios através dos mecanismos adequados.
Finalmente, e agora dirigindo-me aos Sócios que pedem a minha renúncia imediata de Presidente da Mesa da Assembleia Geral, quero comunicar que não me deixo abater por pedidos públicos como o apresentado, sem qualquer fundamento legal, e que continuarei a trabalhar e a servir o Benfica com a mesma energia com que aceitei o cargo e conto com o apoio dos Benfiquistas para organizar, em conjunto com os restantes membros da Mesa, o próximo Ato Eleitoral antecipado, já anunciado, para concretizar até ao final do ano corrente.
Viva o Benfica!"