terça-feira, 15 de junho de 2021

Tóquio à vista


"A cinco semanas do arranque dos Jogos Olímpicos de Tóquio, há ainda atletas perseverantes a trabalhar para obter acesso à maior competição multidesportiva do planeta. No Sport Lisboa e Benfica, estamos confiantes quanto às qualidades técnicas e aos resultados que poderão alcançar os mais de 20 nomes ligados ao Clube que estarão em prova no Japão, a partir de 23 de julho.
Entre modalidades individuais e coletivas, os benfiquistas poderão acompanhar, à distância, os desempenhos de nomes familiares no Atletismo, na Canoagem, no Judo, no Triatlo, no Taekwondo e na Natação. É, portanto, garantido que as cores de Portugal terão, em Tóquio, competidores com verdadeiro ADN Benfica. Além das supracitadas modalidades, há ainda que referir a possibilidade de se confirmarem, através de convocatórias para as respetivas seleções, presenças de vários andebolistas nacionais e de futebolistas, em particular do plantel da equipa feminina que culminou a época com a conquista do título inédito no principal escalão.
Atesta bem esse ADN Benfica a consistência dos excelentes resultados alcançados recentemente pela judoca Telma Monteiro – a medalha de bronze em 2016, a única do país, sagrou-se Campeã da Europa –, por Pedro Pichardo – Campeão Europeu do triplo salto em pista coberta –, e pelo canoísta Fernando Pimenta – Campeão do Mundo e vice-campeão da Europa. Três expoentes máximos em desportos de grande prestígio olímpico, e para os quais os portugueses terão os olhos arregalados e as expectativas bem elevadas.
Sobre estes e de todos os restantes apurados, sabemos que apenas o espírito resiliente, o forte compromisso com o treino e a alta competitividade lhes permitiu o "passaporte" para os Jogos de 2020 – sim, a organização manteve a designação do evento, apesar de todas as incertezas que se tornaram evidentes aquando do adiamento pelo impacto da COVID-19, em março do ano passado.
Aconteça o que acontecer em Tóquio – e acreditamos que vão acontecer coisas boas! –, também já pensamos em Paris 2024. Tal como na génese do projeto, em 2005, em que Vanessa Fernandes era grande referência, na esfera do Benfica Olímpico, um pouco mais longe dos holofotes, há já outros talentos a serem acompanhados e trabalhados por equipas multidisciplinares, que poderão ter o auge desportivo no próximo ciclo olímpico. Os de "amanhã", como os de agora, fruto de muito trabalho e sacrifício, estarão munidos do potencial e da ambição necessários para chegar mais rápido, mais alto, mais forte. À Benfica.

P.S.: Hoje realiza-se, no Pavilhão n.º 2 do Complexo Desportivo do Estádio da Luz, a Assembleia Geral Ordinária que tem como ponto único deliberar sobre o orçamento ordinário de exploração, o orçamento de investimentos e o plano de atividades elaborados pela Direção, bem como o parecer do Conselho Fiscal, para o exercício de 2021/2022. A votação decorre entre as 10h00 e as 21h00. Fica o apelo à participação de todos os sócios!"

Porque a bola pincha


"Não é preciso conhecer as leis da física para sabermos que a bola pincha. Mas não deixa de ser maravilhoso como, por uns dias, descobrimos que o futebol, mais do que os capacetes azuis das Nações Unidas, consegue fazer respeitar à escala continental um mesmo código de conduta, as regras do jogo. Em campo, países ricos e países pobres, de distintas geografias, separados por todo o tipo de diferenças culturais, sociais e religiosas, e por vezes até envolvidos em conflitos armados, aceitam jogar sob o mesmo regulamento e compreendem que um indivíduo que não conhecem de lado nenhum, vestido de forma diferente e de apito na boca, o faça cumprir - tomara António Guterres!
Com um ano de atraso, devido à pandemia, o Euro 2020 joga-se em 11 cidades de 11 países, até 11 de julho, e a seleção portuguesa inicia hoje mesmo a defesa do título europeu, em Budapeste, frente à seleção da casa, a Hungria, com quem nunca perdemos. Num dia em que Alemanha e França, nossos principais adversários na fase de grupos, medem forças em Munique, Portugal terá, à partida, uma estreia acessível na prova, embora os magiares contem do seu lado com o forte apoio vindo das bancadas do estádio batizado com o nome Ferenc Puskás, ainda hoje considerado o melhor futebolista do século XX. Do nosso lado, o selecionador nacional promete o melhor, ou seja, tudo: a nossa equipa "vai dar tudo o que tem para dar uma alegria" aos pelo menos 11 milhões de adeptos que somos das cores nacionais.
É claro que um campeonato entre nações acentua o lado nacionalista e patriótico das equipas e suas hordas de apoiantes, avivando a memória dos livros de Astérix, que jogam com estereótipos sobre a rivalidade entre britânicos, suíços e germânicos - ainda que se saiba agora que o goleador sueco Zlatan Ibraimovic, apesar de ausente neste torneio, se prepara para vestir a pele de ator, alinhando como centurião romano, chamado de Caius Antivirus, no quinto filme em imagem real sobre as aventuras do gaulês criado por Uderzo e Goscinny. Mas entre o entusiasmo e a paixão pelo futebol, é a diversidade de gentes que torna o Campeonato da Europa tão especial. E a beleza do futebol é que ninguém tem de renunciar àquilo em que a infância e a circunstância converteram cada um. Ali, todos se reconhecem diferentes, também porque as mesmas regras se aplicam a todos.
Assim como o mercado do futebol, o número de seleções participantes passou de quatro em 1960, para 16 em 1996, e para 24 em 2016. Ainda hoje sorrimos quando alguém diz que "jogamos todos muito bem, e no final ganha a Alemanha"; mas até nisso a história destes campeonatos europeus desmente a piada francesa, porque em 15 campeonatos já conhecemos dez diferentes campeões. Portugal entre eles, desde 2016, com aquele golo do Eder que nos fez pular de alegria, mesmo sem o Cristiano dentro de linhas. E quem não sabe fica a saber que, tal como na política, também no futebol não há homens providenciais: os melhores do mundo saem por vezes vencidos do seu pedestal. Eu, que sou antigo, ainda guardo a vaga memória do primeiro Euro. Ganharam os soviéticos, mas do que eu me lembro bem é do Lev Yashin, o "Aranha Negra de Moscovo", assim conhecido por equipar sempre de preto, o único guarda-redes alguma vez eleito Futebolista Europeu do Ano. Entrementes, o coronavírus não joga, mas vai certamente participar. É, para já, a verdadeira potência mundial, a única capaz de nos ensinar o que é verdadeiramente importante entre os países nas próximas semanas: solidariedade e justiça no combate ao adversário de todos."

Por que hei de gostar de futebol?


"Eu sei que estou em contraciclo, visto que mais um campeonato de futebol europeu está aí à porta. Que eventos desta importância não sejam ensombrados por mais acontecimentos grotescos. Só assim poderei mudar a minha a opinião.

Entre um almoço corrido e a aula da tarde, lá tive uns segundos para espreitar um dos noticiários televisivos. Por momentos pensei que estava a ver uma ficção inserida num programa jornalístico, mas percebi que aquele aparente “Fight Club” a céu aberto e em plena luz do dia era nas ruas do Porto.
Aquelas dezenas de homens meio desnudos, atrelados com fúria uns nos outros, eram adeptos ingleses (muito pouco snobs) que vieram a Portugal, que lhes abriu as portas em tempos de estado de calamidade, para que, todos juntos, vissem ao vivo a final da principal competição europeia de futebol.
Deste texto não sairá uma crítica à abertura de exceções para o futebol, mas sim uma reflexão sobre os motivos pelos quais grande parte das ações associadas ao futebol não me merece atenção nem tão-pouco respeito. Mesmo antecipando a suscetibilidade de sensibilidades várias, aqui vai a minha resposta à pergunta “porque hei de gostar de futebol?”.
Basta introduzir as palavras “violência” e “futebol” em qualquer motor de busca online para ter um manancial de sugestões de casos de brutalidade no e pelo futebol em Portugal, num constante abuso da força entre adeptos – quais gladiadores –, entre treinadores – agredidos e agressores altamente mediáticos –, e entre presidentes dos clubes – autênticos imperadores que agregam os seus homens pela luta pela causa clubística.
Ora, se esta modalidade se confunde com o todo do desporto em Portugal, que continua a discriminar as mulheres (nos salários, na presença mediática e tanto mais) e que incita, não raras vezes, ao conflito físico, porque a continuamos a venerar quase religiosamente? Não sei.
Mas voltemos à violência, que, nas suas mais diversas expressões, é naturalizada pelo futebol e seus agentes ativos, quase sempre “desculpados” e “perdoados” com o argumento equivocado de que mexe com “emoções fortes”. E os casos avolumam-se. Só mesmo a velocidade da informação é que torna até as situações mais graves em fait divers, que se esfumam entre comentários televisivos estéreis e publicações mais ou menos insanas nas redes sociais.
Permitam-me, então, um breviário do futebol e violência em Portugal em apenas quatro anos.
Em 2017, um adepto é atropelado mortalmente nas imediações de um estádio. Resultado final: quatro anos de prisão e a promessa de voltar a ser um ‘bom menino’. Ainda em 2017, o caso de um jogador que decidiu andar à canelada com o árbitro, num acesso de fúria absolutamente descontrolada. Resultado final: 11 meses de pena suspensa, uns euros de indemnização e a promessa de tomar Victan antes dos jogos. Em 2018, um conjunto de adeptos alucinados decide assaltar o castelo e atacar os soldados em pleno espaço de treino. Resultado final: pouca coisa ou coisa nenhuma. Para terminar o rol: um jornalista é agredido por um dos agentes do futebol. Resultado final: o agressor foi suspenso uns dias e terá prometido voltar a ser um menino bem-comportado.
Este rol é muito breve tendo em conta tanto que tão pouco digno se passa no futebol e em muitas ações que dele, por ele, resultam. Por isso, custa-me entender a candura com que agressores e incitadores de violência são tratados e a displicência com que alguns treinadores e jogadores praticam atos e usam palavras indecentes, quando sabem que tantas crianças os têm como ídolos e exemplos.
Eu sei que estou em contraciclo, visto que mais um campeonato de futebol europeu está aí à porta. Que eventos desta importância não sejam ensombrados por mais acontecimentos grotescos. Só assim poderei mudar a minha a opinião. Por enquanto: não há porque gostar de futebol."

O desporto e o serviço público de televisão


"Discutir o serviço público de televisão é mais do que abordar a programação de uma estação de televisão. E avaliar o contributo que este deve dar no domínio da informação à sociedade está muito para além das suas competências técnicas.
E se isso é verdade para vários domínios da sociedade, também o é para o desporto.
Para alguns trata-se de um assunto que é uma espécie de reserva corporativa, excluindo ou desvalorizando aqueles que, fora do sistema que ao longo de décadas dominou os vários poderes nos quais opera o serviço público de televisão, ousam pronunciar-se. Mas é óbvio que o assunto interessa a todos os portugueses que se preocupam com a comunicação social pública e, no nosso caso particular, com o desporto.
Desde logo, começando por lembrar que gerações de portugueses acompanharam as principais vitórias de atletas e equipas portuguesas em competições internacionais e Jogos Olímpicos através do serviço público de rádio e televisão. Durante décadas este serviço público assumiu um papel de incontornável importância para o desenvolvimento desportivo nacional, pois a reconhecida qualidade técnica dos seus profissionais contribuiu para a formação desportiva das audiências, em território nacional e na diáspora.
Estas conquistas fazem parte do imaginário de milhões de portugueses. Representam um inestimável património coletivo do país e são momentos incontornáveis na afirmação da nossa identidade. Foram poderosos fatores agregadores das comunidades de língua portuguesa que, espalhadas pelo mundo, acompanharam em direto, a cada momento, o percurso até à glória dos seus desportistas culminada com a bandeira nacional içada no mais elevado mastro e os acordes do hino nacional escutados por milhões.
Nesta medida, por mais diversas que sejam as perspetivas em torno do conceito de interesse público, onde se ancora o serviço público de rádio e televisão, este acervo cultural assume um papel incontornável e inalienável, forjado ao longo de décadas na construção social da identidade desportiva nacional.
Trata-se, também por isso, de um património que se projeta muito para além do direito consagrado à informação pública, pois este direito afigura-se muito mais contingente do que os traços distintivos da história e da memória. E de um património que não pode ser apenas avaliado à luz de audiometrias de audiência ou de lógicas comerciais.
O panorama do mercado audiovisual e a sua relação com o fenómeno desportivo na emergência da sociedade das novas tecnologias de informação e comunicação tem sofrido profundas e rápidas transições que reconfiguram e colocam novos desafios à missão do serviço público de rádio e televisão em relação ao desporto.
Na recente discussão pública sobre o serviço público de televisão o Comité Olímpico de Portugal teve oportunidade de reiterar o seu entendimento sobre o que está em causa: a capacidade de o serviço público difundir e promover a dimensão social e cultural na diversidade do desporto, como retorno dos benefícios económicos e sociais que este proporciona à comunidade.
Nesse sentido, a estratégia de conteúdos desportivos numa ótica de serviço público não pode ficar refém de critérios comerciais para assegurar a sua sustentabilidade, nem o espaço público televisivo pode ser ocupado apenas por quem detém condições económicas e financeiras para garantir a produção dos seus eventos e publicitar as suas iniciativas, normalmente com custos associados consideravelmente mais elevados do que o mercado concorrencial.
Como não é aceitável uma tendência monotemática nos espaços de debate replicando a lógica da concorrência do setor privado num modelo em tudo semelhante e circunscrito ao espetáculo desportivo do futebol profissional, limitando o debate sobre os problemas do desporto a este particular.
Por outro lado, o mercado digital e a diversificação de plataformas de distribuição de conteúdos desportivos têm assumido uma dimensão cada vez mais relevante nos consumos desportivos da população e na comercialização dos direitos de transmissão, os quais representam um pilar fundamental na sustentabilidade do tecido desportivo europeu.
É já hoje uma tendência precipitada pela revolução digital os organizadores das competições desportivas que não conseguem espaço no mercado televisivo tradicional assumirem a condição de produtores de transmissões dos seus próprios eventos via plataformas de streaming ou nas redes sociais, substituindo-se aos grandes operadores e criando audiências específicas.
Este fenómeno abre uma discussão em torno do papel - e do futuro - que os canais tradicionais devem assumir perante uma audiência que despertou para novos produtos e formas de consumo. O que representa igualmente uma oportunidade para criar um serviço público mais consentâneo com a capacidade de responder às exigências da audiência nacional.
É nosso entendimento que sem uma opção mais clara e incisiva por parte do serviço público de televisão, o desporto continuará refém da pouca atenção que lhe é concedida, das dificuldades que a esmagadora maioria das modalidades têm em conseguir um espaço, mesmo custeando as respetivas transmissões, e de uma situação de profundo desequilíbrio na grelha de programação em relação a outros setores, desde logo pelas prioridades assumidas no contrato de concessão agora em discussão.
Este é, portanto, o momento decisivo para projetar o futuro ajustando as orientações do serviço público à transição célere e profunda que o panorama audiovisual desportivo tem vivido e aos desafios iminentes que se colocam ao desenvolvimento do desporto português."

Comunicado


"O Sport Lisboa e Benfica informa que Rui Pedro Braz assume o cargo de Diretor-Geral do Futebol Profissional a partir de amanhã, dia 15 de junho.
O Sport Lisboa e Benfica endereça as maiores felicidades a Rui Pedro Braz no exercício das suas novas funções."

Steven Nzonzi, o médio que o Benfica precisa


"Especulado ao interesse do Benfica, embora aparentemente demasiado caro mensalmente para os cordões da águia, poderá Nzonzi trazer o que falta no jogo dos encarnados?
Claramente que o médio francês tem o perfil que tanto escasseia na zona intermediária encarnada, e que porventura condenou a equipa de Jesus a uma temporada de rotundo insucesso.
Nos dias que correm não pode nos grandes clubes haver tantos “meios” jogadores – no sentido de apenas serem competentes em uma das fases do jogo – Ofensiva ou Defensiva. Nzonzi tem o perfil do médio que dá bola à sua equipa – Porque tem capacidade para a recuperar, e sem esta… não jogas! e em posse não sendo um criador, acrescenta e bastante.

Aos 32 anos continua a somar temporadas plenas de jogos, pelo que estará mais que a tempo de rubricar uma / duas temporadas de elevado nível em Portugal – Até porque sempre jogou com várias “mudanças” acima da realidade Liga NOS.
Passada larga, imponência no duelo defensivo, capacidade para fechar o espaço defensivo, mas também progredir em posse, sair tranquilo da pressão e ligar o jogo de forma veloz pela eficiência das suas acções técnicas. Nzonzi que somou cinco jogos no último Campeonato do Mundo, que venceu, seria pois claro uma tremenda mais valia no plantel do Benfica."

Cadomblé do Vata


"1. Terminado o campeonato, os despromovidos Rio Ave e Farense parecem parecem depositar esperanças na permanência devido a um eventual incumprimento de pressupostos financeiros do Boavista… não quero dar más noticias a vilacondenses e algarvios, mas os boavisteiros têm tanto dinheiro que em Janeiro até compraram o Chidozie em final de contrato com o FC Porto, por 5 milhões de euros.
2. No totobola do Mercado Glorioso, hoje o Record meteu a cruzinha em Gil Dias, dando-se ao desplante de rabiscar em primeira página, que o português foi “pedido de Jorge Jesus”… algo me diz que um rapaz agenciado pela Gestifute, que com 24 anos já passou por 9 clubes em 7 anos, não assina contratos por ser “pedido do treinador”.
3. O Benfica despediu-se hoje do capitão Jardel… sem ele no plantel, o Manto Sagrado vai continuar a ser ensopado em campo com suor, lágrimas, mas muito menos sangue.
4. Segundo variadas fontes, Luís Filipe Vieira está-se a preparar para, quase 1 mês após o término do campeonato, explicar aos Benfiquistas as razões para tão desastrada temporada… o cúmulo da incompetência é andar 5 meses a dizer a frase “a culpa é do Covid” e mesmo assim, precisar de mais 1 mês para se preparar para dizer a frase “a culpa é do Covid”.
5. No futsal, pela segunda vez esta época, levamos 2-6 do Sporting e tal como na última final do campeonato, as equipas trocaram guardas de honra entre si… destas duas tradições que parecem estar a nascer na modalidade, espero que só a última tenha vindo para ficar."

SL Benfica | Rui Pedro Braz assume o futebol encarnado


"O SL Benfica oficializou a contratação de Rui Pedro Braz esta segunda-feira. Está assim encontrado o sucessor de Tiago Pinto como Diretor-Geral para o futebol das águias. Na mesma nota, os encarnados revelam que Rui Pedro Braz vai iniciar funções esta terça-feira, 15 de junho.
Licenciado em Comunicação Social, Mestre em Comunicação e Liderança e com um MBA em Gestão do Desporto, o analista e ex-comentador desportivo em Portugal há mais de 10 anos tem uma relação próxima com Jorge Jesus, pelo que esse possa ter sido um fator decisivo aquando da escolha do mesmo para o cargo.
Quando confrontado com a notícia, a 1 de junho, o agora dirigente dos encarnados até afastou o cenário, desmentindo uma ida para a Luz. “Não aceitei nenhuma proposta do Benfica porque não houve proposta nenhuma do Benfica. Em bom rigor é o que posso dizer. Terás sido tão surpreendido quanto eu. Estou aqui hoje e amanhã cá estarei, é o que posso dizer aos adeptos do Benfica, que são os principais interessados neste tipo de notícias”.
Pois bem, treze dias passaram e, aparentemente, tudo mudou. O antigo comentador da TVI, que já abandonou a estação face ao seu ingresso na Luz, irá assumir a pasta que outrora foi de Tiago Pinto, agora no AS Roma. Assim, a organização e gestão do futebol profissional do SL Benfica estará nas suas mãos.
E fala-se já da primeira contratação com dedo do recém-chegado Diretor-Geral. Steven Nzonzi estará a ser negociado pelo clube da Luz, que vê o ingresso do experiente centrocampista francês com bons olhos.
De relembrar que o jogador de 32 anos realizou 39 jogos pelo Stade Rennes FC, marcando um golo e somado uma assistência.
Apesar de não ser um nome consensual, penso que terá de ser dado o benefício da dúvida a Rui Pedro Braz. No papel tem as qualificações necessárias para desempenhar o cargo, pelo que teremos de esperar e ver se o consegue executar na prática. Depois, sim, tiraremos ilações."

SL Benfica | Toma Basic, o motor que falta?


"O meio-campo do SL Benfica tem sido um alvo da imprensa nacional e internacional com vários nomes a serem falados e o mais recente chega de França, mais propriamente do FCG Bordéus: Toma Basic.
O médio croata, de 24 anos, tem sido fortemente ligado a um possível interesse dos encarnados para reforçar aquela que é a posição mais débil da equipa de Jorge Jesus, a posição ‘8’. Com 1,90m e 82kg, Basic pode pisar terrenos mais defensivos – na posição ‘6’ – ou terrenos mais centrais – na posição ‘8’, muito à semelhança do que Nemanja Matic fazia quando jogava na Luz.
Depois do falhanço na contratação de Gérson (Flamengo), do empréstimo de Gedson Fernandes e da colocação de Pizzi na ala direita, a posição mais central do meio-campo ficou entregue a Adel Taarabt.
Ainda que o marroquino seja um jogador explosivo, dinâmico e muito utilizado por Jorge Jesus, a sua visão de jogo, eficácia de passe e, essencialmente, chegada ao último terço denotaram várias debilidades para titular do SL Benfica naquela posição.
Caso se confirme a vinda do atual jogador do FCG Bordéus para a Luz, o meio-campo ganha mais “músculo”, polivalência e mais golo – Taarabt não marcou qualquer golo na época transata, enquanto que Basic fez quatro.
Toma Basic tem duas internacionalizações pela seleção croata e esta época realizou 34 jogos na Primeira Liga Francesa, tendo marcado quatro golos. A sua chegada a França aconteceu no verão de 2018 quando o emblema do sudoeste pagou cerca de três milhões e meio ao Hadjuk Split pelo passe do croata. Atualmente, o seu valor de mercado ronda os nove milhões de euros, de acordo com o website transfermarkt.pt.
Ainda que seja fortemente apontado aos encarnados, existem outras ofertas vindas de Itália, algo que está “no topo das prioridades” do jogador, segundo as declarações do seu empresário, Adrian Aliaj, à imprensa local.
O emblema francês já fez saber junto dos clubes interessados que apesar de estar disponível para negociar, não aceitará menos de dez milhões de euros pelos serviços de Basic."

Rival invisível


"É impressionante ouvir os vários testemunhos acerca do impacto, a todos os níveis do surto de Covid no seio do plantel (sério: 'Rival Invisível', disponível no Benfica Play e redes sociais do clube). Pela extensão em tão curto espaço de tempo, em que chegou a haver, salvo erro, 25 infectados em simultâneo (jogadores, técnicos e estrutura de apoio), o Benfica teve de lidar com uma situação que assumiu contornos quase únicos a nível mundial.
Este é um documento precioso que nos ajuda a perceber, em profundidade, o que se passou com a equipa naquele período da temporada.
Não entendo a série como uma mera peça ilibatória do rendimento em campo, mas antes considero-a essencial para a compreensão das circunstâncias extremamente adversas com que o plantel se deparou em determinado momento e que, por força da insatisfação com os resultados, foram injustamente menosprezadas.
Mais do que as questões de natureza desportiva, saúde ou aptidão física para a competição futebolística, relevo a dimensão humana. Por boa vontade que tenha, só remotamente poderei, compreender pelo que passaram os elementos do plantel naquela altura.
A angústia por eventuais consequências nefastas para a carreira (caso grade de Daniel dos Anjos, da B), o receio de prejudicar os familiares e, num plano secundário, mas sempre latente e prioritário para os adeptos, a impossibilidade de reversão de um percurso de um percurso desportivo aquém das legítimas expectativas, certamente foram dificílimos de lidar e ultrapassar e só com a passagem do tempo e o restabelecimento da saúde esvaneceram.
Haverá muito a corrigir para regressarmos ao título já na próxima temporada. Mas é um erro menosprezar o impacto do surto de covid na nossa equipa em 2020/21."

João Tomaz, in O Benfica

Força, Portugal!


"Faltam cinco dias para a estreia de Portugal no Euro 2020. É a primeira vez que entramos na fase final de uma grande competição internacional com o estatuto de campeão em título e espero que sejamos capazes de defender essa condição com determinação e audácia. Mesmo antes de começar já partimos à frente da concorrência. O regulamento da competição está do nosso lado: os quatro melhores terceiros classificados continuam a apurar-se para os oitavos-de-final, o que significa que mesmo empatando os três primeiros jogos ainda podemos ambicionar erguer o troféu.
Apoiar a selecção nacional costuma ser um desafio, desta vez não será excepção. A partir do momento em que toca o hino, confesso que perco a paciência para a clubite aguda. Quem gosta de aturar aqueles adeptos que estão sempre à procura da primeira oportunidade para criticar os jogadores dos rivais? Eu aproveito para vibrar com eles. Andei uma época inteira a torcer para que o Pote tivesse uma cãimbra a cada remate à baliza, mas se ele marcar um golo na final até sou capaz de pintar o cabelo da mesma cor que o dele. Habitualmente, aprecio muito pouco o espírito combativo do Pepe, mas quando o homem veste a camisola de Portugal passa ser o cidadão natural de Maceió com quem eu mais simpatizo. Por norma fico incomodado quando o Palhinha fica imune a suspensões por acumulação de cartões amarelos, mas agora até poderei ficar bastante feliz, pois sei bem da importância dos médios defensivos na estratégia do mister Fernando Santos.
Pouco importa, pouco importa, se o onze ou a convocatória têm jogadores do rival. Tragam mas é a taça cá para Portugal."

Pedro Soares, in O Benfica