sábado, 22 de maio de 2021

Vantagem...

Fundão 0 - 3 Benfica

Pragmáticos, numa partida complicada, como normalmente são os jogos no Fundão, defendemos bem e mesmo sem fazer um grande jogo, ganhámos tranquilamente! Tudo isto com o Fundão a apostar no guarda-redes muito cedo... Agora na Luz, é para fechar no 2.º jogo...

Melhores...

Benfica B 2 - 1 Corruptos B


Foi pena os outros resultados terem permitido aos mini-Corruptos, terem ficado na II Liga, mesmo tendo perdido (Vilafranquense e Oliveirense perderam...), mas o mais importante foi mesmo os nossos miúdos terem mostrado competência, carácter e garra para vencer o jogo que nada iria alterar o nosso bom desempenho nesta II Liga, garantindo a permanência cedo, sem sustos... Mesmo com muitos pontos perdidos nos últimos minutos em vários jogos, muitas lesões, e muitas arbitragens horríveis, como aconteceu por exemplo na última jornada em Coimbra!!!

Os Corruptos começaram com 8 jogadores do plantel principal (do nosso lado, só o Svilar...), e com o Manuel Oliveira no apito, por isso mesmo, jogámos de forma inteligente, com claras preocupações defensivas, a defender com os blocos próximos, mais recuados do que estamos habituados... E depois de ficarmos em desvantagem, não desarmamos e demos a volta ao marcador com consistência... E nem a 'esperada' expulsão do Kalaica nos tirou a vitória...

No final, a habitual má educação daquela 'organização' que começou no banco e depois passou para o relvado!

SL Benfica | 5 heróis benfiquistas na Taça de Portugal


"O SL Benfica é ainda hoje o clube com mais Taças de Portugal conquistadas, com um total de 26 no seu palmarés. Muitas delas tiveram momentos que tornaram essas conquistas ainda mais marcantes. Aqui, irei recordar um grupo de antigos jogadores das águias que deixaram a sua marca na final da prova rainha do futebol nacional, seja por recordes inalcançáveis ou por momentos com um especial simbolismo.

1. Rogério Lantres de Carvalho Conhecido como Rogério “Pipi”, foi, provavelmente, a maior glória do SL Benfica nos primeiros 50 anos de história dos encarnados, tendo alcançado um record que muito dificilmente será quebrado por alguém. Conquistou seis Taças de Portugal e marcou um total de 15 golos em finais.

2. Eusébio Como não podia deixar de ser, o Pantera Negra também deixou a sua marca no Jamor. Eusébio conquistou cinco Taças de Portugal na sua carreira, tendo marcado sete golos só em finais. Aquela com sabor mais especial terá sido a conquistada em 1971/72, tendo sido o autor de um hat-trick na vitória por 3-2, após prolongamento, sobre o Sporting CP.

3. Carlos Manuel Em mais uma guerra regionalista, a direção do FC Porto recusou deslocar-se a Lisboa para jogar a final da Taça de Portugal contra o SL Benfica na temporada 82/83, fazendo de tudo para que esta se realizasse no Estádio das Antas.
A indefinição em relação ao local onde a final se iria realizar fez com que esta se realizasse não no final da temporada, mas sim no início da época seguinte, mais precisamente a 21 de Agosto de 1983. Numa final realizada em casa do adversário, o SL Benfica apresentou a sua melhor equipa e derrotou o FC Porto com um golo “do meio da rua” de Carlos Manuel.

4. César Oliveira No final da década de 70, Pinto da Costa e José Maria Pedroto declararam uma guerra regionalista contra os rivais da capital, criando uma narrativa de que o futebol e a sociedade portuguesa estavam condicionados pelo poder centralista, discriminando a cidade do Porto.
Esta guerra atingiu o seu ponto alto na final da Taça de Portugal de 1979/80 entre encarnados e azuis e brancos, numa final que tinha unido os adeptos dos rivais de Lisboa contra o rival do norte. Num jogo muito duro e intenso, um golo solitário do brasileiro César Oliveira – segundo jogador estrangeiro a vestir a camisola do SL Benfica – pôs termo às aspirações azuis e brancas.

5. Simão Sabrosa Na temporada 2003/04, o SL Benfica atravessava um jejum de títulos que já durava oito anos. Para quebrar essa seca, os encarnados teriam de derrotar no Jamor o FC Porto de José Mourinho, que arrasava em Portugal e na Europa com o seu futebol. Num jogo emocionante que chegaria ao prolongamento, o capitão das águias marcaria o golo que deu ao SL Benfica a sua 24ª Taça de Portugal."

Informações falsas


"Uma vez mais, em momentos de decisão e na véspera de jogos importantes, somos confrontados com informações falsas no que diz respeito ao presente e ao futuro do Sport Lisboa e Benfica.
Diogo Boa Alma não está, nem nunca esteve, nos planos do Sport Lisboa e Benfica, tal como já foi publicamente explicitado há uns meses em desmentido formal e que hoje reiteramos perante mais uma vaga de desinformação.
Os benfiquistas saberão distinguir quem nos quer abalar e desestabilizar de quem respeita o Clube.
O foco está apenas em vencer a Taça de Portugal amanhã e não será esta permanente lotaria de nomes e reforços para o futebol, sejam dirigentes ou atletas, que nos fará desviar daquilo que é o essencial."

Escutas de ficçon


"- Bom dia, Serginho. Tudo bem?
- Bom dia, presidente. Tudo a rasgar. É cada treino que o presidente precisava ver. Até bouam.
- Olha, Serginho. Temos um problema aqui, carago. O Marega acusou positibo ao Cobid.
- Ui, presidente. Não me diga isso. Mas olhe que num parece nada. Ele até conseguia labrar uma leira de 12 hectares.
- Pois é. Está assintomaticu, num é?
- É. A num ser que aquele fumo que lhe sai da cabeça a suar já seja disso. Faz-nos tanta falta.
... .... ....
- Tou, Serginho?
- Sim, presidente.
- Olha, falei cu gaijo das análises. O filho do outro.
- Sim, presidente. E?
- Disse-me que precisaba de um gaijo parecido com o Marega.
- Ui, para quê presidente. O Marega não percebe nada de análises.
- Num é isso, carago. Cunseguimos infectar o Loum e o Marega já está cumo nobo. Que aichas, Serginho?
- Ah, ah, ah, presidente. Foda-se, eu já sabia que o presidente era o maior, mais isto? Foda-se.
- Eh, eh, eh...gostaste Serginho?
- Oh, presidente, bóçê é um jénio, carago. Um jénio!"

Românticos e Pragmáticos


"É uma daquelas ideias feitas do futebol português: na segunda liga triunfa-se com jogadores maduros, um ponta de lança estilo armário e mais uns quantos atletas com credenciais para duelos sucessivos, além da aposta inevitável no “pragmatismo”, eufemismo repetido para o que em linguagem simples não passa de “jogar à defesa”, no máximo “em contra-ataque”, ou com “aposta nas transições” se pretendermos modernidade. Só que não, felizmente. Numa época em que na Liga principal ninguém jogou propriamente bem e a maioria jogou efetivamente mal, não deixa de ser refrescante anotar que estão no topo da tabela as duas equipas que, claramente, melhor futebol praticaram: Estoril (já com ascensão garantida) e Vizela. E conduzidas ambas por treinadores estreantes numa prova em que tantos valorizam o “conhecer bem o campeonato”. Mais que identificar balneários pelo cheiro, relvados pelo tamanho e bancadas pela iluminação, tanto Bruno Pinheiro como Álvaro Pacheco definiram bem o caminho por onde seguir. Apostaram no risco de um jogar positivo, de iniciativa e foi assim que ganharam. E, para o quadro ser completo, fizeram crescer quase todos os jogadores em que apostaram, alguns de talento indiscutível, como Miguel Crespo, Zé Valente ou André Franco no Estoril, mais Samu, Guzzo e Kiko Bondoso no Vizela. Juntar o melhor jogo a resultados e à valorização de atletas, eis o pragmatismo verdadeiro. Por isso gosto tanto que triunfem os românticos.
Fernando Santos pode ser o que quiser no próximo Europeu, imagino-o até na tentação de ser romântico e pragmático à vez, seja pela diferença entre o que vão exigir a Hungria, no primeiro jogo, ou a Alemanha e a França, nos seguintes, seja porque o selecionador tem, efetivamente, jogadores de perfil diverso como nunca teve, o que se reforçou com a possibilidade de chamar 26 homens. Os centrais são todos contundentes (além de maduros) e os laterais de recorte ofensivo (embora experimentados), mas daí para a frente não falta nada: homens de combate puro, como Palhinha e Danilo, gente que conjuga o físico com o passe – Sérgio Oliveira e William – ou que coloca o passe antes do físico - Moutinho e Ruben Neves – e o puro transportador de bola que é Renato Sanches. A seguir entra-se na zona da criatividade, que é onde emergem Bruno Fernandes, Bernardo Silva e João Félix e se acrescenta a novidade Pedro Gonçalves, com suplemento de aceleração garantida nas pernas de Diogo Jota, Gonçalo Guedes e Rafa. Por fim, a capacidade goleadora de André Silva e Cristiano Ronaldo, sobretudo deste, que ainda pode ser o topo do bolo.
Lembro-me de seleções portuguesas de qualidade idêntica, mas nunca como agora sobram soluções de fazer inveja a um canivete suíço. Pessoalmente, e mesmo com tanta fartura, abdicaria de um de tantos médios puros para ter outro criativo, que desse pausa e critério e soubesse viajar entre as alas e o centro, como só vislumbro Bernardo Silva. Mas este grupo de eleitos respeita a lógica dominante de um futebol português em que se duvida mais do talento que da força, da criatividade que da velocidade, por isso se discute João Mário e não Palhinha, e dificilmente se escolhe Pizzi antes de Renato Sanches ou Rafa. Na dúvida, talvez o pragmatismo tenha levado vantagem nas escolhas, mas no todo não faltam razões, umas 26, que legitimam todos os sonhos, até os mais românticos."

O torcedor do novo milénio


"A Internet é o ambiente perfeito para o surgimento e reprodução de um novo torcedor. Com espaço para se manifestar (pouco espaço, já que a maioria dos comentários ocorrem nos 280 caracteres do Twitter) e reverberar entre os seus iguais, o torcedor do novo milénio é um fator de mudança, ou pelo menos de conflito, no futebol brasileiro. 
O torcedor de balanço, que prefere um novo patrocinador a um golo da sua equipa, parece ter a receita. Basta uma gestão profissional, com pessoas do mercado, e tratar o clube como uma empresa, procurar maximizar receitas e minimizar despesas. Os títulos virão, obviamente, pensam eles. Claro que isso é importante, mas futebol não é só isso.
O fã de Guardiola, e os seus termos técnicos elitistas, parece ter a receita. Basta subir as linhas, forçar o passe entrelinhas, ter amplitude com os extremos. Os títulos virão, obviamente, pensam eles. Claro que a tática é importante para o jogo, mas o futebol não é só isso.
Os Enzos do século 21 com uma foto do Neymar, no lugar da sua, no perfil das redes sociais, parecem ter a receita. Apaixonaram-se por outro futebol e veem os seus ídolos na Europa, no Instagram, nas festas VIP.
Veem futebol europeu todos os fins de semana e usam camisolas do PSG, Manchester City, Chelsea.
Torcem por jogadores do Ajax, Lyon e só são bons se tiveram bons stats no FIFA. Para eles, habituados ao modelo Europeu, uma equipa classificar-se para a Libertadores é mais importante do que vencer o campeonato Estadual. O jogo brasileiro parou no tempo e ficou para trás, mas o futebol brasileiro não é como o Europeu.
As redes sociais amplificam a voz destes torcedores, filhos da Internet e do acesso que ela trouxe para o mundo. Com o passar do tempo, são estes torcedores que ocupam cadeiras de jornalistas ou comentaristas na televisão. Com as novas mídias, são os torcedores que muitas vezes influenciam mais do que a notícia, através dos seus canais de Youtube.
O torcedor anterior a estes novos tempos, que vibrou com golos de Romário, Viola, Oséias, Washington, não consegue entender a idolatria ao Roberto Firmino. Para não falar dos que viram Zico, Sócrates, Pelé. O torcedor autodenominado “raiz”, inimigo do canto curto, fã da arquibancada e que não grita golo antes de a bola entrar, não compreende este novo torcedor. E este conflito será o centro da evolução do futebol no Brasil nos próximos anos.
O futebol concorre, como entretenimento, com um milhão de outras opções. Um menino de 12 anos pode escolher, com o mundo na palma de sua mão através do seu smartphone, entre assistir aos golos da sua equipa ou a pessoas a jogar videojogos. O princípio é o mesmo. O diferencial do futebol sempre foi a paixão.
Paixão passada de pai para filho, nos momentos em que o jogo virava memória marcante. Mesmo para aqueles que moravam longe e não podiam ir ao estádio, assistir os jogos e ver a sua equipa ser campeã ou, até mesmo, sofrer com as derrotas que deixavam marcas, fortaleciam este sentimento que o só o futebol era capaz de criar. E é a elitização do jogo e o distanciamento do torcedor que cria os torcedores “Nutella” e afasta a paixão racional do futebol.
Só neste ano tivemos muros pixados para acordar Abel Ferreira, campeão duas vezes um mês antes, pois perdia a Recopa. Tivemos o genial torcedor do Santos que classifica como obrigação ganhar a Libertadores. A discussão se é mais importante se classificar em primeiro do grupo na Libertadores ou ser campeão estadual depois de 19 anos. A soberba do flamenguista que espera que a equipa ganhe todos os jogos com larga vantagem. Para citar apenas alguns exemplos.
Precisamos, sim, de cobrar boas gestões tanto nos clubes como na organização do futebol nacional.
Precisamos, sim, evoluir a discussão tática e cobrar melhores trabalhos dos nossos treinadores.
Precisamos, claro, valorizar o desempenho dos brasileiros lá fora, onde hoje estão os nossos melhores atletas. Mas futebol não é só isso, como nos lembrou o menino Derek, fã do São Paulo, com 12 anos de idade, e que ainda não viu seu time ser campeão.


A nossa equipa vai ganhar e vai perder. Mas é a nossa equipa. Eu prefiro ver um golo do Luciano no Paulistão do que ver o Antony marcar na Liga Europa. Eu prefiro ser campeão contra o Palmeiras do que ser eliminado nos quartos de final da Libertadores. Eu sinto mais emoção com a pequena equipa da minha cidade no interior do que se torcesse para o West Ham pela televisão. Mas isso sou eu, talvez um torcedor “raiz” rumo a virar peça de museu. Até o Derek me salvar."

Força, Benfica!


"Ganhar a Taça de Portugal não salva, nem deixa de salvar, uma temporada. É bem mais importante do que isso, tem um valor intrínseco, é a segunda competição mais relevante do calendário competitivo nacional e a mais antiga entre as existentes.
Começou a ser disputada em 1922, alteraram-lhe o nome em 1938, e, como não poderia deixar de ser, o Benfica é o clube mais vezes vencedor: 3 sob a denominação 'Campeonato de Portugal', 26 já como 'Taça de Portugal'.
E porque o revisionismo se combate com factos, aqui está, mais uma vez e as vezes que forem necessárias, o excerto do relatório da Federação Portuguesa de Futebol, aprovado pelas Associações, referente à temporada 1938/39 que comprova inequivocamente que o Campeonato de Portugal e a Taça de Portugal são uma e a mesma prova (ou a primeira antecede a segunda) e não outra qualquer como o Sporting anda a tentar enganar desrespeitadora e vergonhosamente.
Diz então assim: 'Por virtude da reforma a que se procedeu no Estatuto e Regulamentos da Federação, os Campeonatos das Ligas e de Portugal passaram a designar-se, respectivamente, Campeonatos Nacionais e Taça de Portugal'. E, no parágrafo seguinte, para que não houvesse confusão, reiteram que 'o Campeonato da 1.ª Liga passou a ser Campeonato Nacional 1.ª Divisão'.
Mais claro que isto é impossível, podendo o Sporting, se quiser, afirmar que já venceu 6347 campeonatos, que tal não alterará a realidade: ficam-se pelos 19 em 2020/21.
Mas, agora, o que realmente me importa é que vençamos a Taça de Portugal, mesmo sem público e longe do Jamor. Venceremos!

P.S.: Um dia ter-se-á de discutir seriamente a questão do Estádio Nacional. Deixá-lo degradar-se é um crime lesa-futebol português."

João Tomás, in O Benfica

Não tenho jeito para balanços


"Falta um jogo para terminar esta época. Estava difícil de acabar, não precisávamos de sofrer tanto para aqui chegar, mas foi assim que aconteceu. Os balanços ficam para quem gosta de os fazer ou pensa que sabe fazê-los. Eu limito-me a ser um adepto que não está feliz, mas que também não anda com uma candeia acesa à procura de culpados. Tenho a minha cabeça para pensar e a certeza de que lições e medidas estão a ser tomadas, por quem de direito, para que não volte a acontecer.
Resta-nos a final da Taça de Portugal, com o SC Braga, mas mesmo esta competição de que tanto gosto não tirará o sabor amargo da boca. Pode atenuar um pouco, claro, mas, como dizem os entendidos, 'não salva a época'. Em qualquer outro clube português salvaria, não no SL Benfica.
Final da Taça é festa do Jamor, certo? Errado. Quem manda no futebol nacional tem anticorpos com o relvado, acessos e áreas próximas do Estado Nacional. Isso não impede que uma equipa quase sem nome lá jogue oficialmente de 15 em 15 dias, mas se for para a final da prova-rainha já não pode ser. Adeptos a assistir, muito menos. Primeiro estavam aprovados para a última jornada da Liga, mas mudaram de ideias. Talvez, se tivessem preparado convenientemente os festejos dos vencedores do campeonato e evitado cenas tristes, uma pequena percentagem de adeptos do Glorioso e do SC Braga pudesse ter o prémio de estar nas bancadas de Coimbra, mas não. O que é que interessam as pessoas para o espectáculo? Pouco, cada vez menos, quase nada. E depois admiram-se de ver as crianças e os jovens vestidos com as camisolas de Real Madrid, PSG, Liverpool e Juventus. Vai ser muito difícil salvar a imagem do principal campeonato português de futebol, mas ainda tenho esperança de que a competência, a justiça desportiva e o amor pelo jogo voltem a ser condições essenciais para gerir a modalidade em Portugal."

Ricardo Santos, in O Benfica