sábado, 10 de abril de 2021

Grande exibição...

Liceo 2 - 7 Benfica

A melhor exibição da época. Grande jogo, com o Diogo em grande e o Pedrão a defender 'tudo' na baliza! Mas o melhor foi mesmo a forma colectiva como jogámos, principal na fase defensiva...

O frustrante, é que muito provavelmente esta vitória não vai chegar para seguir em frente!!! Explico: o formato da Liga Europeia é estranho e permite distorções (3 grupos, passam os 3 primeiros e o melhor 2.º)! Tudo começou no sorteio, como avisámos aqui, várias semanas antes do dito sorteio, já se sabia quais seriam os grupos, e os 'zandigas' acertaram em tudo!!! Dito isto: o Benfica amanhã vai jogar com o Barcelona, que hoje não jogou, enquanto nós temos menos de 24 horas de descanso, o Barça teve quase 48h (Algo que hoje beneficiámos em relação ao Liceo!) Agora se o Benfica não perdeu com o Barça, passamos... mas se perdermos (o que será um resultado 'normal'...), bastará o Sporting - Oliveirense acabar empatado, para passarem os dois, e nós ficarmos de fora!!! Querem fazer apostas, no resultado final do Sporting - Oliveirense?!!!!

Eliminados da Taça...

Benfica 88 - 92 Imortal
(30-21, 21-26, 26-26, 11-19)

Esta era a melhor oportunidade para vencer uma competição esta época, mas mais uma vez, uma 'branca' total, neste caso no 4.º período, ditou uma derrota indesculpável...

Em Paços para vencer


""O Benfica tem de jogar sempre para ganhar", começou por afirmar Jorge Jesus, na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Paços de Ferreira, agendado para hoje, às 20h30, na Capital do Móvel, quando instado a comentar a grande dificuldade da partida.
De facto, o Paços de Ferreira, que ocupa a quinta posição da Liga NOS com nove pontos de vantagem, e menos um jogo, sobre o seu mais direto perseguidor, tem sido muito e justamente elogiado, por analistas e adversários, pelo percurso feito ao longo da época.
Em particular no seu reduto tem-se revelado praticamente intransponível, cedendo apenas uma derrota e dois empates em 12 partidas do Campeonato (leva 11 jogos consecutivos sem conhecer a derrota). As nove vitórias obtidas na condição de visitado igualam o desempenho de FC Porto e Braga (ambos derrotados em Paços de Ferreira), deixando os pacenses a apenas um triunfo do pecúlio benfiquista e sportinguista neste particular.
Estes são dados que, na opinião de Jorge Jesus, "mostram a capacidade e aquilo que a equipa do Paços de Ferreira está a fazer, sobretudo no seu estádio", constituindo-se como "um alerta", ainda de acordo com o nosso treinador, "para percebermos que vamos ter um jogo difícil".
Independentemente do indiscutível valor do nosso adversário desta noite, "sabemos que temos condições para sair de Paços de Ferreira com uma vitória", conforme asseverou Jorge Jesus, não obstante as previsíveis dificuldades.
Temos muita confiança que a nossa equipa terá a capacidade de dar continuidade ao bom momento que tem vindo a atravessar, restando-nos desejar que seja um grande desafio, que todos os intervenientes saibam estar à altura das elevadas expectativas e que, após o apito final, possamos somar mais três pontos. 
De Todos Um, o Benfica!"

Do espanto ao esperanto


"Espanta-me que Manuel Machado, velho caminhante das ligas portuguesas, apresente no momento em que regressa ao nível mais alto uma estratégia de “dar a bola” ao adversário. Percebemos-lhe a intenção, velha de décadas e comum a tantos, que é a de jogar com menos espaço nas costas da linha defensiva e aproveitar pontualmente o erro rival. Do mesmo modo que sabemos, como ele sabe, até pelo resultado, que a estratégia falhou redondamente. Tanta bola se entregou ao adversário que ele fez 5 golos com ela. O ponto mais revelante parece-me ser outro, todavia, e é os das primeiras mensagens que o novo treinador do Nacional passou à equipa: de confiança reduzida nas próprias capacidades e da aposta num jogar dependente do opositor. Opositor que, a propósito, era o Portimonense e no Funchal, não exatamente um dos maiores emblemas do país. E já há muitos sabemos que não há duas oportunidades para criar uma boa primeira impressão. Em Famalicão aconteceu o inverso: Ivo Vieira aterrou, como é costume nele, com a mensagem de que o protagonismo no jogo é irmão gémeo da vontade de ter bola. Num par de semanas alterou o destino de uma equipa que vagueava triste e, de caminho, já goleou o Marítimo na Madeira e ultrapassou, com muito mais mérito que felicidade, os projetos mais elogiados até agora, Braga e Paços de Ferreira. E nada disso me espanta propriamente. 
Bola tratada com carinho e qualidade teve a seleção de sub-21. Rui Jorge dizia no fim do jogo com a Suíça que se deliciou no banco - como nós pela televisão - e bem mereceu o momento de prazer. Porque foi ele que que desenhou para o meio campo aquele losango de talento que enquadrou a felicidade. O que atirou a qualidade de jogo para a estratosfera foi valorizar mais a decisão que o músculo, a intuição que os centímetros, juntando em campo gente que se compreende depressa e cria relações com a facilidade de quem repete uma receita culinária muitas vezes testada. O jogo nunca deixará de ser dos jogadores e o futuro dele dependerá bem mais de homens que subvertem modelos e alteram rumos – como ainda esta semana Neymar e Mbappé fizeram em Munique - que da modernidade dos meta-dados, traduzida em gráficos e manchas de calor. Nunca será isso a sustentar a paixão que nos trouxe até aqui. Ver ao mesmo tempo num meio campo Bragança, Vitinha, Pote e Fábio Vieira reconcilia-nos com o jogo porque o retira de um escritório burocrático e devolve à rua, troca a manga-de-alpaca pelo rasgão na ganga que todos nós algum dia sofremos ao imitar os gestos dos craques. Não os números.
E só nessa equipa que vulgarizou a Suíça havia ainda, entre outros, craques anunciados como Florentino, Trincão ou Francisco Conceição, que em breve estarão a equipar-se junto de Ronaldo, Félix, Bernardo, Bruno Fernandes ou Diogo Jota. Aliás, a seleção principal bem pode acabar em breve com a dicotomia gasta de se jogar ou bem ou bonito, que há cada vez mais gente para jogar bem quase sempre e bonito por regra, sem deixar de ganhar. A receita é buscar mais a compatibilidade que a complementaridade, porque juntar esses tantos que falam a mesma linguagem do talento tornará desnecessário qualquer esperanto e poderá mais vezes encher-nos os olhos de espanto."