domingo, 4 de abril de 2021

9.º Campeão Nacional - Bicampeões...

Fonte do Bastardo 0 - 3 Benfica
25-27, 19-25, 24-26

Théo(14), Japa(12), Honoré(8), Lopes(6), Rapha(6), Wohlfi(6), Pinheiro(1), Violas, Zelão, Sinfrónio, Guerreiro; Casas, Bernardo

Simples, três partidas, 9-0 em Set's e Benfica novamente Campeão!!!
Depois de uma época muito complicada, com as restrições da pandemia, um calendário diferente, com algumas derrotas inesperadas, o Benfica soube apresentar-se nesta fase final do Campeonato de forma demolidora...
Mas além da qualidade individual e colectiva, nota-se um enorme espírito de vitória... hoje, no 1.º Set, a recuperação do 20-15, para um 25-27, foi o melhor exemplo deste 'mau perder' que as grandes equipas têm...!!!

Dito isto, a equipa está mesmo a precisar de algum sangue novo, a média de idades é elevada, e isso cria problemas durante época, principalmente quando somos obrigados a muitos jogos em poucos dias...

Nota final para o triste episódio da 'ausência' da Taça!!! A Federação aparentemente desde que o Benfica começou a dominar o Voleibol nacional parece que perdeu o 'interesse' nas competições... Enquanto várias Federações o ano passado arranjaram maneira de terminar as competições da época anterior, no Voleibol ficámos sem 'título' (senão hoje seríamos Tricampeões!); esta época, tivemos Campeão, mas a Taça ficou no continente!!! Tenho a certeza, que se por acaso o campeão desta noite tivesse sido o Sporting de Espinho, haveria Taça no pavilhão!!! A forma como a Federação de Voleibol funciona, só prova que a descentralização é uma treta, pois estes senhores só querem a(s) sede(s) da(s) Federação(ões) para beneficiar os interesses locais regionalistas de cada modalidade, o resto é paisagem...!

PS: Já agora, o canal nacional que tem os direitos do Campeonato de Voleibol é a SportTV. Canal que resolveu não transmitir um único jogo da Final...!!!

Pizzi | Cada vez mais (in)substituível no SL Benfica


"É facto consumado a perda de imprescindibilidade das qualidades de Pizzi no meio-campo do SL Benfica, culminar de dois caminhos distintos: a deslocação para o centro do terreno – onde fisicamente não cumpre com todas as exigências de um ‘8’, ou no apoio ao ponta -de-lança, onde as exigências posicionais não se adequam ao seu perfil – e a chegada de novos valores substanciais como Waldschmidt e Everton, que alavancaram os índices de qualidade individual em relação a plantéis de outras temporadas.
Com 39 participações contabilizadas até ao momento, tem 26 titularidades, mas a sua condição de insubstituível é acentuada a partir de fevereiro, onde só começa de início nas eliminatórias frente a Arsenal FC e GD Estoril Praia. Na Primeira Liga, nos últimos sete jogos efetuados conta uma titularidade, no Jamor frente ao Belenenses SAD, quando Jorge Jesus decidiu poupar Adel Taarabt, o novo companheiro de Julian Weigl na parelha central.
A estatística diz, aliás, que foi ao deslocar-se para ala que beneficiou mais consistentemente do seu talento. Exemplos como na época 2015-16, com Rui Vitória, quando Renato Sanches o empurrou para a direita, ou com Bruno Lage, que via no duplo-pivot zona para homens de outro perfil tático. Pizzi beneficiou principalmente dessa mudança, marcando 15 e 30 golos, respetivamente, nas duas épocas (2018-19 e 2019-20) com influência do técnico setubalense.
Mais: na primeira, assiste 22 vezes. Na época transata, faz 19, números que perfazem 50,5% das finalizações e 46% dos passes para golo no conjunto das sete épocas de águia ao peito. Seria sempre difícil manter a tendência. É à direita que adquire estatuto superior no seio da equipa e atinge o poder de fogo que a sua inteligência, aliada à técnica, necessitava materializar.
Já em 2015-16, é quando deriva para essa extrema por força do ciclone Renato, a partir dos finais de novembro, que a equipa começa a funcionar em pleno. Até ao final da Primeira Liga, só mais um empate (0-0 na Madeira, com o CF União da Madeira) e a derrota em casa frente ao FC Porto de Peseiro. O resto contou-se por vitórias, com uma média assombrosa de golos marcados (88) e número igual de pontos, recorde nacional.
Pizzi, que até 25 de novembro (2-2 em Astana, estreia a titular de Renato Sanches) contava zero golos e uma única assistência, frente ao SC Vianense para a Taça de Portugal, o último jogo a titular desde agosto, vivia momentos de menor fulgor – tinha perdido a titularidade para André Almeida, que assume nessa fase anterior o papel de box-to-box ao lado de Samaris – é nesse formato que acontece a vitória no Vicente Calderón, por 1-2. Com a entrada de Renato e a deslocação de André para a lateral – por força da lesão de Nélson Semedo – disparou nas tabelas com oito golos e mais 12 assistências até final da temporada.
Voltando a 2021, o decréscimo acentuado da importância de Pizzi é traduzido pela menor participação em golos desde 2014-15, época em que assume a titularidade a ‘8’ depois da saída de Enzo Pérez em janeiro – a última da primeira passagem de Jorge Jesus pela Luz. Por outro lado, e por força do posicionamento e do menor risco que enfrenta nas suas ações, de assinalar a melhor percentagem de passes completos de sempre – 87% – aproveitando (ou ajudando a construir) a superioridade benfiquista na Primeira Liga quanto à posse de bola, com uns notáveis 61,86% – remetendo os 57% do líder Sporting CP para terceiro neste índice.
Outro dado transmissor da situação precária de Pizzi é a desvalorização do seu valor de mercado – decréscimo de 6 milhões de euros segundo a última atualização do site Transfermarkt -, valendo agora 12 milhões de euros. Na temporada passada chegou aos 27 milhões, sendo a queda mais acentuada nesta lista, seguido por Everton e Darwin, que caíram cinco milhões. Estes dois, porém, continuam a fazer parte do grupo de jogadores a ter valor igual ou superior a 20 milhões. Weigl juntou-se agora a eles, constituindo o quinteto onde também entram Rafa e Grimaldo. Pizzi é agora nono nesta lista, ao lado de Seferovic.
Com a subida de forma da equipa e a sequência de vitórias, Pizzi, juntamente com Vlachodimos, tornou-se rosto de uma temporada muito abaixo das expectativas, com consecutivos fracassos em todas as competições. As notícias de uma eventual saída sucedem-se e os rumores da insatisfação do português acumulam-se, sustentados por reações mais quentes dentro do retângulo de jogo. Será 2020-21 a última época de águia ao peito?"

Manuel Ugarte, o Tanque uruguaio


"Tem tudo, falta-lhe só uma coisa: ter paciência para jogar entrelinhas, mas por isso é que é um 8. Tem muita chegada à área, é muito forte nos duelos defensivos, bom com bola, tem golo, intensidade. Benfica interessado? Facilmente vai chegar a um grande. Os 3 Milhões que o Famalicão pagou por ele não são nada por um jogador destes.
Silas sobre Ugarte

Ainda com dezanove anos despontou na Liga NOS – Celebrará os 20 no presente mês de Abril – o tanque do Uruguai.
Uma compleição física imponente, que lhe permite tremenda capacidade nos duelos e preenchimento rápido e constante do todo o espaço defensivo dão a Ugarte argumentos no momento defensivo que nenhum outro médio encarnado tem. Também ou sobretudo por isso despertará o interesse na Luz. 
 Embora com capacidade para esconder a bola e progredir em posse, Ugarte está longe de ser nos dias de hoje um jogador refinado e de criação. Tem o perfil de um box-to-box mais de trabalho, capaz de roubar bola e sair em progressão. É responsável e tal faz-se notar na percentagem média de passes que não erra (entrega ao adversário) e no baixo número de perdas por desarme que soma, mas não é um criativo. O perfil é claro – Exactamente aquele que escasseia na Luz. Estará já pronto?"