sábado, 6 de fevereiro de 2021

Vitória no Minho...

Viana 0 - 3 Benfica
18-25, 14-25, 16-25


Depois da boa exibição a meio da semana em Espinho, nova prova que voltámos à forma normal: rolo compressor...!!! Desta vez, com o regressado Gaspar, após lesão... Tudo isto, jogando com o 'plano B', dando descanso aos nossos jogadores mais utilizados!

Liderança...

Famalicão 0 - 1 Benfica


Grande golo no arranque da partida e depois conseguimos 'aguentar' a vantagem mínima... Numa partida, com mais uma arbitragem surreal, com muita porrada pelo meio, num sintético muito complicado, com algumas jogadoras a recuperar das lesões, mas ainda com muitas ausências!

Eliminação na Taça Hugo dos Santos...

Corruptos 80 - 76 Benfica
24-22, 17-12, 11-25, 28-17

Num jogo mau, conseguimos perder um jogo, que esteve quase ganho, apesar de alguns números horríveis: 46/27 nos ressaltos!!! E mesmo assim só perdemos por 4?!!! Triplos nos 21% e nós sabemos a dependência desta equipa dos Triplos! E 38% nos Lançamentos de Campo!!!
Hoje praticamente só o Quincy e o Carter jogaram... Alford, Betinho, Coleman, Jackson muito abaixo do exigível!!!
A questão dos ressaltos era previsível no início da época, com a falta de centímetros no jogo interior, mas mesmo assim não se pode ser tão passivo...

Mesmo somando tudo isto, os apitadeiros estavam nervosos... aquela anti-desportiva na parte final foi sinal de 'impaciência!!!

Curtas Benfica vs Vitória Sport Clube


"Darwin no banco de suplentes, Everton de volta ao onze e o regresso ao 4x4x2 foram as primeiras notas de destaque no xadrez encarnado na noite de hoje.
Com Pizzi mais perto de Seferovic, encarnados criaram mais condições para se associarem em zona de criação;
Cervi e Everton a procurarem muito a zona interior para procurar combinar com os colegas dentro do bloco adversário, dando os corredores laterais à projeção dos laterais;
Vitória maioritariamente em organização defensiva organizado em 4x4x2 com André Almeida juntar a Estupinan na frente;
Minhotos com dificuldades em saltar primeira linha de pressão do Benfica, tentando atrair encarnados ao corredor esquerdo para libertar o corredor contrário na busca de ações de 1×1 e cruzamento de Quaresma. Uma ação conseguida apenas por uma vez nos primeiros 45 minutos.
Do lado do Benfica, os primeiros 45 minutos não trouxeram golos mas o imenso volume ofensivo dos encarnado esteve muito alavancado pelas boas referências de pressão de Weigl e Taarabt.
A dupla de médios encarnada é aquela que melhor relação tem com a bola e, com isso, perde menos vezes a bola e expõe menos os encarnados às transições adversárias. O marroquino terminou a primeira parte com 100 por cento de eficácia de passe, um aspecto que vinha sendo um dos motivos da quebra de produção do médio benfiquista;
A turma lisboeta perdeu qualidade de jogo na segunda- parte. Mais uma vez, as mexidas na equipa tornam-na pior e mais ansiosa no jogo;
Com o passar dos minutos os comandados de Jesus procuraram cada vez mais a largura e as ações de cruzamento;
Ao Benfica faltam avançados com relação com o golo e conforto em zonas de criação. Torna-se cada vez mais evidente que Luca (lesionado) é, de todos os avançados do plantel, o mais capaz em ambos os aspectos;
Foi na sequência de uma ação de cruzamento e já nos descontos que Pedrinho teve a oportunidade mais flagrante para o Benfica, ao minuto 92. O brasileiro rematou por cima à boca da baliza;
Destaque pela negativa para Gabriel. Com duas perdas de bola infantis, já nos descontos, o brasileiro colocou a bola nos pés de Edwards que, sobretudo na segunda oportunidade, esteve muito perto de dar a vitória aos visitantes;
Os encarnados estão, no fim da primeira volta, a 11 pontos do líder, algo difícil de encaixar com o investimento e a expectativa criada no início da temporada.

Destaques Individuais
Weigl e Taarabt. Foram os dois elementos que mais foram aproximando a equipa do sucesso, mas a incapacidade da equipa em ser criativa e dinâmica em zona de criação impediu os encarnados de atingir o sucesso, ou seja, o golo.
Otamendi foi o melhor em campo esta noite, na Luz. O argentino ganhou todos os duelos, comandou a última linha encarnada e está, também, cada vez mais confortável com bola, no início de construção. Mas, quando o destaque de uma equipa grande, num jogo em sua casa, é um defesa central, alguma coisa não está bem."

SL Benfica 0-0 Vitória SC: Error 404 em zona de finalização


"A Crónica: Benfica Perdulário Deixa Escapar Mais Uma Vitória
Um SL Benfica com um orgulho ferido tentou entrar nesta partida a provar o seu valor logo desde início. As águias assumiram o jogo, com muita facilidade em trocar a bola até chegar ao caminho da baliza adversária. Esta atitude impetuosa dos encarnados encostou o Vitória SC às cordas. Ainda assim, a supremacia do clube da Luz não estava a conseguir ir ao encontro da concretização das oportunidades que criava. Estava a faltar cabeça e critério, mas as dificuldades surgiram também porque, do outro lado, estava um Vitória SC coeso e muito solidário defensivamente.
Aos nove minutos, Trmal é chamado a prestar serviço. Depois de um canto batido por Grimaldo a partir da esquerda, Vertonghen tenta cabecear mas o guardião vimaranense agarra a bola sem grandes dificuldades. Dois minutos depois, as águias voltam à carga: Gilberto sobe e faz um cruzamento daqueles quase teleguiados. Apesar disso, Seferovic não conseguiu aproveitar a oportunidade e remata fraco de cabeça para defesa do guarda-redes adversário. Este tipo de oportunidades espelhavam o ascendente encarnado, mas mostravam, por outro lado, a incapacidade da equipa de Jorge Jesus de decidir bem na finalização. Ao longo da primeira parte, o dinamismo do Benfica começou a desvanecer-se. Do outro lado, o Vitória SC começou a equilibrar as contas quanto à posse, ainda que timidamente. Nos minutos finais do primeiro tempo, ainda houve tempo para Pizzi ameaçar o Vitória. O médio furou a defensiva vimaranense, mas não conseguiu fazer com que a bola encontrasse o caminho da baliza.
No regresso dos balneários, a equipa da Cidade de Berço começou a dar um pouco o ar da sua graça. Conseguiu ter mais bola e penetrar de forma mais eficaz o meio-campo do Benfica. Uma mudança de paradigma que foi sobretudo impulsionada pela entrada de Pepelu ao intervalo. Ao longo da segunda parte, o conjunto de Jorge Jesus conseguiu ir crescendo novamente na partida, mas a tendência mantinha-se: a incapacidade de decidir bem no último terço persistia. Aos 69′, houve um exemplo disso mesmo. Acabado de entrar, Gonçalo Ramos ameaçou Trmal, mas o cabeceamento passou ao lado do poste. Seis minutos depois, surge a resposta do conjunto de João Henriques. Na melhor jogada dos vimaranenses até agora, Ricardo Quaresma serve Rúben Lameiras que ainda tenta criar perigo, mas o remate é desviado para fora.
Os minutos finais seguiram num tom algo “atabalhoado”, com a clara evidência de alguma ansiedade dos jogadores encarnados que não estavam a conseguir impor mais ritmo para chegar ao golo. Isto porque, do outro lado, o Vitória continuou também irrepreensível na recuperação da bola.
Nos minutos finais, ainda houve tempo para oportunidades de ambos os lados. Aos 93′, Pedrinho tinha espaço, tempo, só não teve cabeça. O brasileiro falhou clamorosamente em frente à baliza e rematou por cima. Dois minutos depois, Marcus Edwards protagoniza uma grande oportunidade para o Vitória SC. Um remate forte, com a bola a passar ao lado, mas a tirar tinta ao poste da baliza encarnada. Mais um deslize do Benfica, onde a incapacidade de decidir nos momentos de finalização custou caro aos encarnados.

A Figura
Pepelu – Só jogou uma parte do jogo, mas foi essencial para a coesão da sua equipa no processo defensivo durante o segundo tempo. O Vitória SC mostrou-se mais confiante na segunda parte, principalmente quando comparado com o primeiro tempo, e muito se deve à entrada de Pepelu, que foi peça-chave para os vimaranenses aguentarem o empate.

O Fora de Jogo
Everton Faltou velocidade e inspiração a este jogador benfiquista neste duelo. O jogo estava a pedir apoio ao ataque encarnado. Algo que Cervi fez de forma exímia durante a primeira parte, mas que Everton não conseguiu ao longo de toda a primeira parte. Uma incapacidade que acabou mesmo por levar à substituição do brasileiro ao intervalo para a entrada de Darwin Núñez.

Análise Tática – SL Benfica
O Benfica voltou às origens no seu típico 4-4-2, depois de ter apostado numa linha defensiva com três centrais frente ao Sporting CP na passada segunda-feira. Em relação a essa equipa, destaque para a ausência de Darwin Núñez no onze inicial de hoje, sendo que o avançado foi sempre titular em jogos do campeonato até o dia de hoje.
Os encarnados entraram fortes desde início. As águias estavam a ser muito eficientes na recuperação das segundas bolas. Após algum drible ou remate do adversário, estavam a conseguir recuperar rapidamente a posse de bola. E quando a tinha, o Benfica procurou sempre o caminho da baliza vimaranense. Uma boa dinâmica ofensiva, onde o Cervi ganhou especial importância: o jogador encarnado procurou sempre mobilidade, quer pelo corredor esquerdo, quer pelas costas da defesa vimaranense. Uma dinâmica que deu bastantes dores de cabeça ao setor mais recuado da equipa de João Henriques. Everton desempenhou o mesmo papel, mas não conseguir impor tanta velocidade como o seu colega. O Benfica estava a colocar muita gente no último terço do campo. Os laterais estiveram bastante subidos e toda a dinâmica ofensiva benfiquista estava mesmo a carregar sobre as costas dos pupilos de João Henriques. Ainda assim, faltava encontrar a solução nos momentos de finalização.

11 Iniciais e Pontuações
Odysseas (6)
Gilberto (7)
Grimaldo (6)
Vertonghen (5)
Everton (3)
Cervi (6)
Seferovic (5)
Pizzi (6)
Weigl (7)
Otamendi (7)
Adel Taarabt (6)
Subs Utilizados
Darwin Núñez (5)
Gonçalo Ramos (5)
Pedrinho (5)
Gabriel (-)
Chiquinho (-)

Análise Tática – Vitória SC
O Vitória SC apresentou-se no Estádio da Luz num 4-3-3. No onze inicial, houve três novidades: o reforço de inverno, Rúben Lameiras, Jorge Fernandes e Miguel Luís começaram de início neste duelo frente aos encarnados. Houve uma clara tentativa dos vimaranenses de responder ao ímpeto do Benfica e como? Os médios do Vitória SC recuaram no terreno, mas sobretudo André André. Tudo para tentar controlar o jogo (algo que era o Benfica que estava a fazer) e para conseguir ter mais saída de bola. 
Face ao domínio ofensivo do Benfica, o Vitória SC viu-se obrigado a recuar também os extremos: Quaresma e Rúben Lameiras baixaram as linhas para dar apoio no processo defensivo. Um recuo que acabou por causar sérias dificuldades na criação encarnada. Começou a sentir-se alguma previsibilidade do Benfica por isso mesmo, num momento em que começaram a surgir problemas para impor velocidade face a um bloco tão recuado do adversário.
Na segunda parte, a entrada de Pepelu levou à “libertação” de André André para terrenos onde está mais habituado a jogar, numa zona mais avançada. Pepelu passou então a dar esse apoio ao setor mais recuado do Vitória SC. Um apoio que deu ainda mais segurança para este Vitória SC segurar o empate na Luz.

11 Iniciais e Pontuações
Trmal (7)
Abdul Mimin (6)
Quaresma (5)
André André (5)
Mensah (6)
Falaye Sacko (6)
Lameiras (5)
Oscar Estpupiñán (4)
Jorge Fernandes (5)
André Almeida (6)
Miguel Luís (4)
Subs Utilizados
Pepelu (8)
Rochinha (5)
Marcus Edwards (-)
Wakaso (-)
Noah Holm (-)

BnR na Conferencia de Imprensa
SL Benfica
Não foi possível colocar questões ao técnico adjunto do SL Benfica, João de Deus

Vitória SC
BnR: Disse que a segunda parte tinha sido muito mais dividida. No seguimento dessa análise, quem entra muito bem ao intervalo é Pepelu, que permitiu também a “libertação” de André André para zonas mais avançadas onde consegue ser mais criativo. Pergunto-lhe se acha que esta pode ter sido a peça-chave para o Vitória da segunda parte, uma vez que esta entrada deu mais solidez defensiva e consequentemente ter mais confiança para atacar.
João Henriques: Sim, foi um misto disso tudo. O Vitória tem sido fustigado pelos casos de Covid. Jogadores a entrar, jogadores a sair. E nós, desde que eu cheguei, só houve dois jogos em que consegui manter o mesmo onze. Porque é difícil. E depois são as caraterísticas individuais dos jogadores. Não que o Miguel Luís tivesse pior do que os outros todos que voltaram na segunda parte, mas, por uma questão estratégica de nós colocarmos lá o nosso pivot no meio-campo, que já está muito rotinado e sabe bem aquilo que nós pretendemos.
Mas disse muito bem, nós com o Pepelu conseguimos ganhar mais bola, primeiras e segundas bolas. Algo que não aconteceu tanto na primeira parte. E isso foi fundamental para nós. Ele (Pepelu) conseguiu fazer aquilo que nós já trabalhamos há algum tempo: fazer com que a bola, quando chega a um corredor, consiga depois chegar ao lado contrário. E nós não estávamos a conseguir fazer. 
Melhorámos em vários aspetos. Ao conseguirmos estar melhor posicionados no campo, estamos mais chegados à frente. Se estamos mais chegados à frente, conseguimos recuperar mais bolas no meio-campo adversário. E consequentemente conseguimos criar mais oportunidades de golo. Isto é tudo uma sequência de situações.
O Pepelu não fez treino nenhum antes deste jogo. Estava infetado, tal como o Varela. Felizmente não perdeu as rotinas. E, pelas suas caraterísticas, o jogo estava a pedir a entrada dele. E o André André cresceu no jogo precisamente por isso. Naturalmente, o André Almeida. Conseguiu jogar mais entre linhas para poder fazer ligação para os corredores. E nós na primeira parte não estávamos a conseguir fazer isso. Lá está, na primeira parte corremos menos, mas fizemos mais, criámos mais oportunidades. Fomos melhores."

Nada muda!!!


"Tudo isto por um lance em que é unânime - salvo a natural propaganda do jornal "O Jogo" - que não há grande penalidade.
A indignação de não ter sido beneficiado é a matriz do FC Porto, não sabem ganhar de outra forma.
E pelo caminho condicionam tudo e todos para o próximo jogo."

Lembras-te da tua primeira memória de Benfiquista?


"A minha tem o número 2 cravado nas costas avançando de cabeça baixa para a marca dos 11 metros. O meu pai estava ao meu lado a olhar para a televisão e tudo por ali era ansiedade e silêncio. E eu não percebia o porquê do meu estômago começar a sentir-se apertado enquanto a respiração parecia não querer obedecer ao natural equilíbrio do corpo. 
O Veloso remata para a esquerda, sem força, e o guarda-redes do PSV Eindhoven, Van Breukelen, voa para a vitória na Taça dos Campeões naquele derradeiro penálti. Estávamos em 1988, o meu pai não emitiu qualquer som, baixou a cabeça como que a imitar o gesto do Veloso e aqueles segundos souberam a eternidade a fintar a glória, mais uma vez. E eu? Eu tinha 8 anos e apaixonei-me violentamente pelo Benfica naquela noite de Estugarda.
Dois anos depois, pela frente o colosso AC Milan de Arrigo Sacchi. Nova final. Eu já percebia umas coisas da bola e sabia que o Maldini, o Baresi, o Gullit, o Rijkaard, o Van Basten, só para abrir o leque de talento puro, eram areia demais para a nossa camioneta. Ainda assim acreditava e acreditei que o Benfica carregava o nome de Glorioso por alguma razão e que as almas do Thern, do Magnusson, e do Valdo seriam suficientes para trazer o caneco para Lisboa. O minuto 68 encarregou-se de me explicar que não seria assim. Van Basten levanta a cabeça, mete no Rijkaard e este, com a parte de fora do pé direito, atira o Milan para mais uma Taça dos Campeões. 1-0 em Viena. O meu pai estava ali ao meu lado, de cabeça baixa a imitar o Silvino, outra vez. Não te incomodes Silvino, eu vou buscar a bola ao fundo das redes. A nossa hora há-de chegar, foi o que o meu pai me disse em surdina mesmo antes de apagar a televisão.
Novembro de 1991, Já não me lembro o dia, sei que a semana estava pela metade e eu tinha aulas no dia seguinte, tive de ir para a cama cedo mas conseguia ouvir o som da televisão no andar de cima, no escritório do senhor que me ensinou a ser do Benfica. A televisão estava aos berros e precisávamos de ganhar ao Arsenal, no mítico Highbury Park, tínhamos empatado na Luz 1-1. A televisão estava aos berros e eu de pé em cima da cama, às escuras, para ficar mais próximo do tecto e ouvir melhor o Isaías a rematar de fora da área e a calar os ingleses, não uma mas duas vezes. A televisão estava aos berros e o meu pai também. E eu também, de pé em cima da cama, às escuras a imaginar como teria sido. Foda-se, até me arrepio só de pensar nisto. Comecei a chorar como uma criança que ainda era, talvez o meu pai estivesse a chorar também no andar de cima. Ganhámos 1-3. Era Novembro, eu não me lembro do dia mas do escuro do quarto caíram-me lágrimas de glória. A televisão continuou aos berros pela noite dentro.
Porra! E o Bayer de Leverkusen?! Recordam-se? Eu ajudo-vos. Parece que foi ontem. Março de 1994. Fomos à Alemanha a precisar de varrer o jogo a nosso favor. O empate na Luz tinha dado um nó difícil de desatar para seguir até às meias-finais na Taça das Taças. Os gajos tinham o Kirsten e o Schuster que eram um perigo do caraças. Nós entrámos no jogo com pezinhos de lã e não tarda um fósforo já estávamos a levar duas batatas. Mas depois, em 2 minutos, com o Rui Costa a liderar a orquestra, marcámos 2 golos de enfiada, primeiro Abel Xavier, depois João Vieira Pinto e eu aos berros, possuído, de pijama e pantufas. Mas os sacanas dos alemães eram um osso duro de morder e dou por mim a perder por 4-3. Até que… até que o João Pinto arranca por ali fora, mais uma vez (quantas foram nesse jogo?), parte a defesa com um passe de outro planeta e o Kulkov assina uma página de imortalidade. 4-4! Chorei outra vez. Parece que foi ontem bolas, de olhos vidrados, de pijama e pantufas a gritar Benfica até as minhas cordas vocais pedirem arreio. Parece que foi ontem.
Dois meses depois, o jogo de uma vida para o número 8 da Luz. Alvalade e o título ali tão perto. 1-0 marcou o Cadete, depois o Figo também fez o gosto ao pé (foi de cabeça mas pronto), e o número 8 prestes a abrir o livro. E quando o fez, não abriu o livro, escreveu-o na relva com chuteiras pretas e brancas que na época não havia cá botinhas às cores. Devia ter ganho o Pulitzer o sacana do João. Hat-trick e o resto já se sabe, vencemos 3-6! Era o João pelo meio, era o João pela esquerda, era o João pela direita, era o João de cabeça, era o João com os pés. Era o João no Olimpo a fazer-me acreditar que Deus pode existir num jogo de futebol. Campeões e eu no estádio a festejar o último campeonato antes do que veio a seguir.
Deserto. O Damásio e o Vale Azevedo amolgaram-me a querença que Cosme Damião começou. Não jogávamos um caracol à chuva. Anos a fio. Foda-se. Levar 7 do Celta? Ainda hoje carrego a cicatriz dessa noite. Carregá-la-ei para sempre. Lembram-se do Tahar, do King ou do Clóvis? Não? Ainda bem. Podões vestidos de vermelho. E rodeado destes caramelos entrei eu na idade adulta sem nunca saborear o quente metal prateado da vitória. Anos a fio.
Mas, a paixão, essa eterna velhaca, continuou sempre por cá, nunca se foi embora. Como poderia? Afinal é o Benfica. O meu Benfica. E após todos estes anos de altos e baixos, de pé agora no cume da montanha do Tetra, sinto-me como da primeira vez, sinto-me como aquele miúdo que se apaixonou na noite de Estugarda com o meu pai ao lado de cabeça baixa sem imitir um som, a imitar o Veloso depois do penálti falhado."

Vermelhão: Nulo...

Benfica 0 - 0 Guimarães


O dia começou logo mal com o anúncio das lesões do Rafa e do Luca, num momento onde os últimos infectados pelo Covid estavam a regressar, mais dois indisponíveis! E fizeram falta... Mas tal como tem acontecido nesta onde de maus resultados, o principal problema, é a incapacidade de marcar golos!!!
Rematamos mais, criámos mais oportunidades, temos mais posse de bola, etc... etc... 'Ganhámos' quase todos os indicadores estatísticos, mas não marcamos!

A qualidade de jogo é fraca, mas isso não é impeditivo de ganhar jogos! Muitas equipas jogam 'feio' e ganham, mas no nosso caso, para ganhar um jogo, é preciso jogar muito mais do que o adversário, porque se for só um bocadinho, não conseguimos traduzir essa superioridade em golos!

Este jogo teve pouca história, foi praticamente todo dominado pelo Benfica, com um arranque muito forte (mais uma vez...), mas aos 20 minutos já se notava que não tínhamos pernas para jogar na mesma forma durante muito mais tempo... Mas mesmo assim, desta vez, apesar disso, conseguimos manter a bola longe da nossa área... O adversário só criou verdadeiro perigo, na última jogada da partida, já nos descontos!
Na parte final da 1.ª parte voltámos a criar perigo...
O 2.º tempo começou mais morno, mas só o Benfica criava perigo, nem que fosse nas bolas paradas... Com as muitas paragens das substituições e das faltas, o jogo arrefeceu... e só na parte final com o cansaço acumulado, é que voltámos a criar verdadeiro perigo... O desperdício do Pedrinho é muito difícil de explicar!!!

As discussões sobre a qualidade do plantel têm muitas 'variáveis', mas eu continuo a defender que o nosso principal problema é a falta de jogador com uma qualidade técnica acima da média, e que tenha faro de golo, estilo Jonas ou Félix... Independentemente do meio-campo, dos extremos, do défice físico nos duelos, o nosso principal problema é não existir no plantel um jogador que 'invente' golos! E que tenha uma qualidade extra na definição do último passe...

A espiral negativa manteve-se. È urgente ganhar. O impacto do último surto de Covid continua a sentir-se: seja pelos jogadores que regressaram mais perderam ritmo, seja pelos que jogaram demasiados minutos, porque não havia alternativas, seja até pela ausência de praticamente todo o corpo técnico dos treinos nas últimas duas semanas!!! Recordo que antes deste surto, fizemos provavelmente o melhor jogo da época, no antro dos Corruptos, onde o empate foi claramente injusto!
Temos que vencer os próximos jogos... se o título de campeão é uma miragem, a qualificação para a Champions é fundamental!

Para finalizar: chegámos ao fim da primeira volta da Liga, sem um único penalty a favor! E hoje houve outro que não foi marcado... Mais uma vez o Nuninho que ainda a uns dias no Dragay marcou todos os sopros dos jogadores do Rio Ave aos Corruptos, não viu nada... e o meu vizinho Lagarto o António Nobre, com a televisão à frente dos cornos, ficou calado!!!
Os processos judiciais contra o Benfica e as respectivas polémicas, são narrativas encomendadas, sem qualquer conteúdo, mas têm servido essencialmente para o Benfica ser roubado à frente de todos, sem qualquer consequência para os infractores! Vale tudo...