quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Vitória e qualificação na Taça de Portugal...

Sp. Espinho 0 - 3 Benfica
20-25, 18-25, 17-25

O melhor após a paragem, parece que estamos a regressar ao normal... e nos entretantos; qualificação para os 1/4 de final da Taça de Portugal.

Vitória matinal...

Benfica 4 - 0 Cova Piedade
Resende(3), Neto


Bom jogo, com a estreia a titular do puto João Resende, logo com um hat-trick!!!
Com os campeonatos da formação parados, a equipa de sub-23 tem servido para dar ritmo, aos nossos melhores Juniores e alguns Juvenis. As muitas alterações não ajudam a ganhar rotinas, mas hoje as coisas correram bem...

Ninguém está autorizado a desistir


"Foi com esta premissa que Rui Costa, vice-presidente do Sport Lisboa e Benfica e administrador da SAD benfiquista, sintetizou, na perfeição, o exigido a todos os que têm a honra de servir o Clube neste e em qualquer momento.
Em entrevista exclusiva à BTV, o responsável máximo pelo futebol benfiquista assumiu frontalmente que "jamais pensámos que pudéssemos chegar a esta altura do Campeonato com este atraso em relação ao primeiro classificado", referindo ainda a deceção pela não concretização dos objetivos da Supertaça, Taça da Liga e Liga dos Campeões. "É uma época extremamente atípica, que fugiu, até aqui, às nossas reais expectativas, à forma como preparámos a época", reconheceu.
Esta assunção de responsabilidade, partilhada por todos os elementos da estrutura do futebol, resulta, de acordo com Rui Costa, da "plena consciência de que o que foi feito até ao momento não é o que estava idealizado, não é o que foi preparado para ser feito".
Há diversas causas identificadas, as quais se pretende eliminar ainda esta época, e têm sido muitas as condicionantes ao normal desenrolar da temporada, algumas delas incontroláveis e fortemente prejudiciais, mas o administrador da SAD insistiu em não as elencar, pois entende que a mensagem passada não deve servir de desculpabilização "nem para fora, nem, muito menos, para dentro". Rui Costa fez ainda questão de deixar bem vincado que o momento exige coragem e só quem mostrar carácter neste momento difícil continuará a ter lugar no Clube.
Este é um ponto determinante, pois o contexto está identificado, sabemos que não é favorável, mas a exigência máxima mantém-se. Além da Taça de Portugal e Liga Europa, em que continuamos em prova, na Liga NOS a distância pontual para a liderança é significativa, porém é no fim que se fazem as contas e não a uma jornada do término da primeira volta.
Rui Costa foi claro: "Sinto extrema confiança de que é possível chegar ao final do Campeonato com o título na mão." Também nós acreditamos, restando-nos assegurar que nunca mandaremos a toalha ao chão!
De Todos Um, o Benfica!"

Uma viagem interminável


"Entre Dezembro de 1914 e Janeiro de 1915, o Benfica realizou aquela que seria a primeira digressão da sua história

A comitiva partiu de Lisboa rumo a Espanha pelas 16h35 do dia 23 de Dezembro de 1914, no rápido de Madrid. No entanto, a viagem não foi rápida, nem fácil para os benfiquistas: 'Depois de uma interminável noite, uns servindo de travesseiros a outros, alguns dormindo em pé, chegámos enfim a Madrid pelas 8 horas da manhã do dia em 24'. Em Madrid, ficou o manager Francisco Calejo, a tratar de assuntos relativos à viagem, enquanto o resto da comitiva seguiu viagem até Bilbau, mas não sem antes desfrutar do almoço volante que tinham levado consigo de Lisboa e que foi gentilmente servido por Cosme Damião
A viagem interminável não acabaria aqui. Depois de mais de 24 horas de viagem, o grupo desembarcou em Miranda do Ebro às 17h20, 'onde com grande desapontamento nosso, temos de esperar cinco horas pelo rápido de Bilbau'. O tempo disponível foi aproveitado com um jantar no Hotel Trocóniz, onde Cadete venceu uma partida de bilhar frente a um jogador espanhol, naquela que foi a primeira vitória do Benfica nesta deslocação a Espanha.
Perto das 2 horas da madrugada do dia 25, a comitiva chegou a Bilbau, e sem mais demoras 'marchámos para o hotel, onde nos refizemos do cansaço que já nos invadia, de uma viagem maçadora de 34 horas'. Durante o dia, os benfiquistas aproveitaram para visitar a cidade, assim como a sede e o campo do Atlético de Bilbau, que defrontariam no dia seguinte.
O cansaço da viagem, o estado do campo - que se encontrava bastante enlameado - e outros factores, como falta de experiência em jogos internacionais e calçado inadequado, levaram a uma pesada derrota dos encarnados por 6-0, que o empate do dia seguinte, de certa forma, vingou. De Bilbau, a equipa partiu para San Sebastián, onde defrontaria a experiente equipa da Real Sociedad, sofrendo novas derrotas: no dia 29 de Dezembro, por 4-1, e em 31 de Dezembro, por 4-0. No dia de Ano Novo, a equipa dirigiu-se à capital espanhola, onde chegou 'depois de uma viagem de 14 horas'. Foi de Madrid que os benfiquistas trouxeram as duas vitórias desta digressão, no dia 2 de Janeiro, frente ao Real Madrid, o jogo foi renhido, mas os benfiquistas venceram por 5-4. No dia seguinte, defrontaram um misto de jogadores de Real Madrid, Sociedade Ginástica e Atlético de Madrid, que derrotaram com uma goleada por 4-1.
Esta foi apenas a primeira de muitas outras digressões que o Benfica já realizou. Saiba mais sobre elas na área 26 - Benfica Universal do Museu Benfica -Cosme Damião."

Marisa Manana, in O Benfica

Procura-se estádio para jogo europeu? | SL Benfica


"O SL Benfica vai defrontar o Arsenal FC nos 16 avos de final da Liga Europa. A primeira mão joga-se a 18 de fevereiro de 2021. Contudo, há um assunto que está a gerar alguma controvérsia. Devido às restrições de viagens entre Portugal e Reino Unido, a primeira mão poderá não ser jogada no Estádio da Luz, como estava inicialmente planeado.
O Primeiro-Ministro britânico, Boris Johnson, disse que os viajantes que regressam ao Reino Unido vindos dos países da “lista vermelha” serão “reunidos no aeroporto e transportados diretamente para a quarentena” por um período de dez dias.
Portugal é um dos países da “lista vermelha” e, como não haverá exceções para os atletas de elite, isso significa que o Arsenal FC teria de ficar em quarentena durante dez dias ao regressar de Lisboa, o que causaria um grande constrangimento no calendário dos ingleses.
Está agendado para que as “águias” enfrentem os “gunners” no dia 18 de Fevereiro, para a primeira mão do embate dos dezasseis avos de final, mas um local neutro estará, até informação contrária, a ser procurado.
A UEFA poderá intervir caso o SL Benfica não propuser, entretanto, um novo local, adequado para as duas equipas, onde se pudesse realizar o jogo sem constrangimentos burocráticos.
De recordar que esta situação já não é novidade, tendo acontecido, esta época, no embate entre FC Midtjylland e Liverpool FC. Na altura a partida esteve marcada para o Signal Iduna Park, também devido à imposição de um período de quarentena após deslocações à Dinamarca. Contudo, as restrições foram levantadas, e o jogo pôde ser disputado no país nórdico.
A segunda partida do embate entre SL Benfica e Arsenal FC está marcada para 25 de fevereiro, e deverá realizar-se no Emirates Stadium."

Chegar lá não é difícil, difícil é saber decidir


"O derby de Lisboa não foi muito distinto dos últimos jogos grandes a que assistimos. Duas equipas num 3-4-3 (o Benfica a moldar-se para encaixar no Sporting), um jogo equilibrado, sem muitas oportunidades, onde o receio de arriscar e expor a linha defensiva falaram mais alto. Apesar de ser mais uma derrota do Benfica frente a um adversário direto, não se pode dizer que houvesse um justo vencedor óbvio neste jogo: o Sporting acabou por controlar mais momentos do jogo, mas o Benfica até se aproximou bastantes vezes da área dos leões, teve os seus momentos de superioridade num jogo desinspirado de parte a parte e acabou por sofrer nos últimos minutos, algo inadmissível num jogo desta importância.
Ora, se o Benfica terminou o jogo com apenas dois remates enquadrados (ambos na segunda parte), o que aconteceu nas variadas vezes que se aproximou da área dos leões, seja através de contra-ataques rápidos, ou recuperações no meio-campo ofensivo? Problemas de ligação na equipa, erros na tomada de decisão, e muita, muita “ansiedade” no momento ofensivo. Reações típicas de uma equipa sem confiança, mas que também vive muito do desequilíbrio individual, principalmente nos jogos grandes. Grandes distâncias entre os homens da frente, nomeadamente entre Darwin e os seus colegas (recorde aqui o artigo em que falei disso); falta de entrosamento nas movimentações dos diferentes jogadores, e atacando frente a uma linha defensiva que tem estado exímia em situações de igualdade ou inferioridade numérica, o Benfica teve vários lances que vão deixar Jorge Jesus de mão na cabeça quando analisar o jogo. Afinal de contas, o mais difícil para o Benfica nem tem sido chegar a zonas perigosas, ou criar situações de superioridade, o problema tem sido a definição dos lances e a falta de inspiração dos seus jogadores, ainda mais evidente quando “a bola não entra”."

Afinal, ainda temos jogos adiados...!!!


"Mais um jogo adiado por Covid. Relembram-se o que disse o comunicado do Benfica aquando do não adiamento do Benfica-Nacional em que perdemos 2 pontos? Pois nós lembramos o ponto 4: "4 - O Sport Lisboa e Benfica entende que, doravante, com exceção dos motivos regularmente previstos, não haverá justificação admissível que suporte uma decisão de adiamento de quaisquer outros jogos das provas disputadas sob a tutela da Liga Portugal. Em concreto, sempre que os pressupostos constantes do plano específico para o futebol profissional – que reforça a aplicabilidade da Lei 3 das Leis de Jogo – se encontrem salvaguardados. Ou seja, um mínimo de 7 jogadores disponíveis."
O Benfica foi a única equipa em Portugal que não teve os seus jogos adiados, nem com um surto de mais de 30 pessoas (incluindo 10 jogadores).
Entretanto, o Sporting joga com um jogador castigado, supostamente libertado por um Tribunal Civil, por intermédio de um Juiz fanático adepto do Sporting e não se passa nada. Zero. O Benfica não toma posição nenhuma, não diz nada. Um redondo ZERO.
São batidos recordes negativos de 70 anos, como nunca ter estado a 9 pontos do Sporting nesta fase da época, não se ganha um jogo a equipas teoricamente fortes, não temos um único penalti a favor e...não se ouve nada. ZERO.
Já não há palavras para descrever o estado de coma a que chegou o Benfica às mãos de Luis Filipe Vieira. 
Resta-nos a consciência tranquila de termos avisado em tempo."

O Sport Lisboa e Benfica está à espera do quê para se manifestar?

"Não bastava o Sporting CP, através de Francisco Varandas, ter alegadamente utilizado tráfico de influências para conseguir obter uma decisão favorável em tempo recorde, algo nunca antes visto em território nacional num tribunal administrativo, como ainda teve o descaramento de ir a jogo com um jogador Castigado.
https://sicnoticias.pt/desporto/2021-02-01-Conselho-de-Disciplina-diz-que-tribunal-nao-suspendeu-o-cartao-amarelo-a-Palhinha

Será que os dirigentes do SL Benfica vão, finalmente, acordar do coma em que se encontram? É preciso chegarmos ao cúmulo de serem os adeptos a fazê-lo?!
Basta!"


Três golos no mesmo pontapé


"Barnabé Ferreyra e o seu pontapé furioso transformaram-se numa fonte de histórias do futebol argentino dos anos 30

No tempo de Barnabé Ferreyra os jogadores não usavam números nas costas e, no entanto, ele era inconfundível. Dele, diziam respeitosamente: «Não é um homem. É uma fera!». O nome ficou: La Fiera. Carlos Gardel, o milongueiro de Mi Buenos Aires Querido quis conhecê-lo. No momento em que se encontraram, Gardel tirou o chapéu, reverente: «Então és tu, La Fiera...». Ao que Barnabé respondeu: «La Fiera eres usted cuando canta».
Tudo isto se passava num mundo distante, de cavalheiros e brutos, perdido por entre as brumas da memória. José Manuel Moreno Fernández, seu companheiro de equipa no River Plate, ficava do lado dos cavalheiros. E dizia a quem queria ouvi-lo: «Se Barnabé te apertar a mão podes ficar certo que terás a partir daí um amigo para sempre».
Barnabé Ferreyra nasceu no dia 12 de fevereiro de 1909. Era o mais novo de uma fileira de seis irmãos. Tinha o mesmo nome do pai, mas mal chegou a conhecê-lo: morreu quando o garoto tinha dois anos de idade. Ficou a cargo do seu irmão mais velho, Paulino, um tipo teimoso como um muar que decidiu que o caçula tinha tudo para ser um bom jogador de futebol. Obrigava-o a chutar bolas contra uma parede, cada vez com mais força, até Barnabé ficar exausto. La Fiera começava a vir ao mundo.
«Hoy que dios me deja de soñar
A mi olvido iré por santa fe
Sé que en nuestra esquina vos ya estás
Toda de tristeza, hasta los pies», cantava Amelita Baltar a música de Piazzolla. Santa Fe era a terra de Barnabé Ferreyra. Mais propriamente Rufino. Por isso também chamado de El Mortero de Rufino. Paulino insistiu sempre para que o irmão aproveitasse qualquer oportunidade que lhe surgisse. Aos 14 anos jogava num clube local, o Jorge Newberry. Aos 18 partiu para a aventura de Buenos Aires e tento a sua sorte num clube de Junín, dos arrabaldes da capital, o Buenos Aires & Pacific Railway.
No Newberry, Barnabé fez furor com os seus pontapés violentíssimos a despeito de ter pernas finas como um flamingo. Marcava golos atrás de golos e, nas bancadas, havia quem lhe atirasse chapéus para o campo, comemorando as suas faenas. Em Buenos Aires, depois de deixar os ferroviários, tentou a sorte no Talleres que, pura e simplesmente, desprezou a sua figura magricelas. Jogaria no Tigre a partir de 1929. Era um marrom, nome que se dava aos jogadores pseudo-amadores que, tendo um emprego oficial, recebiam bónus por parte dos clubes. Como pintor de casas ganhava 7 pesos mensais; com os golos que marcava pelo Tigre recebia 200.
No dia 13 de março de 1932, La Fiera entrou em campo com a camisola branca de risca diagonal do River Plate. Barnabé Ferreyra chegara ao mundo do grande futebol. A estreia deu-se frente ao Chacarita Juniors, o River ganhou por 3-1 e Ferreyra marcou dois golos. Uns meses antes tornara-se internacional pela Argentina. Os sete anos que se seguiram foram dignos de uma explosão de estrelas e de cometas. Barnabé e o seu pontapé furioso levavam os hinchas ao êxtase. E os números não desmentiam a categoria do rapaz de_Santa Fe: em 185 jogos pelo River Plate marcou 187 golos e foi campeão argentino em 1932, 1936 e 1937. O jornal Crítica decidiu atribuir um prémio ao primeiro guarda-redes que defrontasse Barnabé e saísse do campo sem sofrer um golo dele. E então, o keeper Cándido de Nicola, do Huracán, ficou para a história do futebol argentino.
Com o passar do tempo, Barnabé Ferreyra começou a ganhar em seu redor uma aura que ultrapassou a sua já de si tão enorme fama. Entre exageros e invenções, entrou na lenda. Não que não o merecesse, era o que faltava. Muitos outros sem um terço da sua categoria viram as suas vidas transpostas para a literatura e para o cinema. Barnabé Ferreyra também teve direito a surgir na tela. Num filme que não teve um título muito simpático para ele – La Importancia de ser Ladron.
As lendas costumam escolher tempo e horas. E desfazê-los por via da comparação com a aborrecida realidade. Em 1931, contra o San Lorenzo, o Tigre ganhou por 3-2, depois de ter estado a perder por 0-2, com três golos de Barnabé em sete minutos, 29, 33 e 36 da segunda parte. Ele diria no fim do jogo: «As pessoas ficaram loucas quando marquei o golo do empate, mas quando marquei o terceiro golo foi tal a excitação que me caíram lágrimas de alegria». o jornal El Gráfico registou 10 mil espetadores, mas tantos foram aqueles que juraram a pés juntos terem assistido à proeza de Barnabé que o número se aproximou dos dois milhões. 
Barnabé Ferreyra era um moço bem disposto e brincalhão que não se levava demasiado a sério. Anotava num caderno o nome dos adeptos que o abordavam na rua. O caderno ganhou a grossura de uma lista telefónica. Falavam-lhe o hat-trick ao San Lorenzo e ele comentava: «Dizem que marquei os golos em 5,4 ou 3 minutos e eu já cheguei à conclusão que os marquei todos no mesmo pontapé». E ria-se, como era seu hábito."