segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Arsenal


A escolha não era muita, praticamente todas as hipóteses eram complicadas, portanto ninguém deverá ficar chateado de ir ao Emirates!!!
Pessoalmente, não gosto do Arsenal como adversário, pois, apesar de todas as fragilidades do Arsenal, é uma daquelas equipas que não 'encaixa' no nosso estilo de jogo (mesmo quando estamos em bons momentos)!!!
Este Arsenal não é o mesmo dos tempos do Wenger, mas é parecido. Muitos jovens, boa qualidade na troca de bola, e excelentes individualidades lá na frente...
Contra equipas 'grandes', quando jogam com espaço são perigosos. O problema sistémico deste Arsenal é quando jogam com os mais 'pequenos', equipas que jogam fechadinhas, em contra-ataque... e com boa capacidade física!
O facto do Arsenal não conseguir ganhar a Liga à bastante tempo, mas mesmo com todas as desilusões, e más decisões, ter conquistado muitas Taças pelo meio, prova o quanto é perigosa esta equipas em jogos a eliminar!
O problema é que o Benfica, não tem rotinas para ficar lá atrás, a jogar no erro do adversário... e contra adversários deste tipo, isso é um problema!
Ainda por cima, este Benfica, que tem demonstrado problemas defensivos...

Mas até Fevereiro, muito pode mudar. No nosso plantel, no plantel dos londrinos... e até não me admirava se houvesse mudança de treinador no Arsenal (mesmo com todo o conservadorismo que existe naquelas lados, em relação a despedimentos...)!

Agora, uma coisa posso garantir, temos que ser muito mais consistentes, pelo menos defensivamente, se quisermos ter aspirações legitimas a passar a próxima eliminatória...

PS: O historial é engraçado, mas é só para entreter o pré-jogo! O jogo de 1992 foi de facto épico, e por acaso, jogámos esse encontro com uma defesa remandada, que ninguém acreditava!!! 

Benfica-Arsenal
Antuérpia-Rangers
Dínamo Kiev-Club Brugge
Maccabi Telavive-Shakhtar
Estrela Vermelha-Milan
Molde-Hoffenheim
Wolfsberger-Tottenham
Young Boys-Leverkusen
Olympiacos-PSV Eindhoven
FC Salzburgo-Villarreal
Slávia Praga-Leicester
SC Braga-Roma
Real Sociedad-Manchester United
Krasnodar-Dínamo Zagreb
Granada-Nápoles
Lille-Ajax

Marca Benfica


"Foi uma eliminatória tranquila para os encarnados num jogo de forças díspares. Os pormenores táticos e técnicos da goleada do Benfica. Do mérito ao demérito."

Bons Sinais


"A nossa equipa defrontou ontem a sua congénere do Vilafranquense, numa partida referente à 4.ª eliminatória da Taça de Portugal. O amplo favoritismo atribuído ao Benfica foi confirmado com o resultado a cifrar-se em 5-0, alicerçado num início fulgurante em que, aos 15 minutos, já vencíamos por três golos sem resposta.
Para Jorge Jesus, o segredo do triunfo esteve na entrada "com um futebol dinâmico e um ataque posicional forte", concretizando rapidamente algumas das oportunidades de golo criadas. Na opinião do nosso treinador, "o Vilafranquense, ao sofrer os golos, psicologicamente foi sentindo e isso fez a diferença".
Além do triunfo e subsequente apuramento para os oitavos de final da prova-rainha do futebol português, foi também cumprido outro dos objetivos enunciados por Jorge Jesus, que passava por dar minutos, e aumentar o ritmo competitivo, a alguns dos jogadores menos utilizados desde o início da temporada, como foi o caso de Helton Leite, Jardel, Pedrinho, Gonçalo Ramos ou Samaris.
Este jogo ficou também marcado por alguns feitos individuais, como a estreia de Pedrinho a marcar um golo, e que golo, de águia ao peito ou o primeiro tento obtido por Gonçalo Ramos na equipa principal na presente temporada, o terceiro em seis jogos.
Seferovic bisou e soma agora 51 golos ao serviço do Benfica em competições oficiais, tendo sido o 46.º, na história do Clube, a atingir a marca redonda da meia centena de golos.
Mas o maior destaque individual recai em Pizzi, que, com o magnífico golo apontado, é agora o 27.º melhor marcador de sempre do Benfica em "jogos oficiais". Os 85 golos conseguidos por Pizzi, que vai perfazer três centenas de jogos em competições oficiais na próxima partida em que participar, juntam-no a um trio de respeito, composto por Jordão (25.º), Santana (26.º) e Diamantino (28.º).
Essa marca poderá ser atingida já depois de amanhã, quarta-feira, dia 16, nos quartos de final da Taça da Liga, que serão disputados com o Vitória de Guimarães no Estádio da Luz (21h00)
Entretanto foi realizado, esta manhã, o sorteio da Liga Europa que ditou o confronto entre Benfica e Arsenal nos 16 avos de final da prova. Será certamente uma eliminatória muito disputada entre dois grandes clubes. Na única vez que Benfica e Arsenal se encontraram nas competições europeias (1991, Taça dos Clubes Campeões Europeus), a vitória sorriu às nossas cores, com um empate na Luz (1-1) e um triunfo épico, em Londres, no Highbury Park (1-3).

P.S.: Parabéns à nossa equipa de hóquei em patins, que neste domingo venceu a primeira edição da Taça 1947, numa final em que mostrou toda a sua determinação, garra e vontade de vencer!"

Vai ficar um clima estranho nas churrascadas da Aroeira se Everton for parar ao banco por causa de Pedrinho


"Helton Leite
Apesar de não ser chamado muitas vezes a intervir, Helton Leite continua a dar-nos motivos para preferirmos o Vlachodimos. Sabem quem é que está a adorar? O Vlachodimos.

Gilberto
Poucas coisas me darão mais gosto esta época do que reconhecer que algumas críticas ao Gilberto possam ter sido prematuras ou injustas. Hoje voltou a mostrar que talvez me tenha equivocado quando questionei se seria sequer praticante desta modalidade. Já não sentia esta esperança num mundo melhor desde que vi a primeira notícia sobre a vacina da Pfizer.

Otamendi
Nada a dizer. São as melhores noites.

Jardel
Não foi preciso visitar Florianópolis para voltar a merecer a braçadeira de capitão. Mão cheia de golos, boa exibição, atitude do primeiro ao último minuto. Braçadeira de capitão bem entregue. Já não estava habituado. Que bom que é ter uma noite normal de Benfica.

Nuno Tavares
Teve a honra de assistir Pizzi para o golo mais bonito da noite. Depois desse lance prometi a mim mesmo que não o criticaria mais esta noite, e foram 6 minutos de grande serenidade. Talvez tenha sido injusto. Vai ser difícil convencer-nos a todos de que pode ser titular neste Benfica, mas terá uma excelente oportunidade no dia 23 deste mês. Avança, miúdo.

Gabriel
Muito ativo naqueles minutos vertiginosos que decidiram o jogo. Deu tudo nesses lances para poder falhar mais à vontade na 2ª parte. Ainda que não seja bom para o meu sistema nervoso, parece-me justo.  
Pizzi
Grande golo. Mais um. E então? A culpa é dele por ter tornado isto uma situação normal, tão normal que talvez só venhamos a dar-lhe o devido valor um dia quando formos velhos e enrugados e as fantasias de meia idade já nos tiverem trocado por alguém mais novo do que nós, tudo isto enquanto o Pizzi salva um Al Nassr da descida de divisão.

Pedrinho
Grande jogo a deambular no chamado espaço interior e um golo de fazer levantar o sofá. Vai ficar um clima estranho nas churrascadas da Aroeira se Everton for parar ao banco por causa deste miúdo. A ter que escolher, eu prefiro o fim de quaisquer churrascos para os quais não tenha sido convidado.

Rafa
A verdade é que não teve noite especialmente inspirada. Talvez esperasse ser capitão contra o clube da sua terra. Era uma expectativa legítima.

Gonçalo Ramos
Podia elogiar o faro de golo que lhe permitiu inaugurar o marcador ou os vários movimentos revelando QI acima da média, mas o meu momento favorito foi uma falta aos 61’ a impedir um contra-ataque. Gostei que tivesse recuperado para defender, gostei que tivesse feito a falta e gostei que o árbitro o tenha premiado com o cartão amarelo. Tudo certo.

Seferovic
Sabes que um jogo correu bem e que o adversário foi trucidado quando o Seferovic sente confiança suficiente para marcar com o pé esquerdo e com o direito no mesmo jogo.

Everton
o é fácil um craque brasileiro entrar num jogo dominado por outro craque brasileiro - Pedrinho - que foi resolvido nos primeiros 15 minutos. Pode ser impressão minha, mas o Everton pareceu-se imenso com aquilo que foi: um suplente. Não me pareceu especialmente inspirado e teve duas ou três intervenções quase tão oportunas como aquela história contada pelo Manuel Cajuda na TVI.

Darwin
Assim que entrou deve ter estranhado a facilidade com que criou a primeira ocasião de golo e decidiu assistir Taarabt, que por sua decidiu assistir Seferovic, que por sua decidiu negar-nos mais uma alegria. A partir daí arrancou pra uma sucessão de rodriguinhos pouco condizentes com a sua qualidade. Está a precisar de uns golos no sapatinho. Ele e nós.

Taarabt
Paz à alma do rapaz do Vilafranquense que levou aquela cueca aos 84 minutos.

Waldschnidt
Eu percebo, Luca. É difícil um tipo entusiasmar-se com meia dúzia de minutos num jogo feito uma semana depois de ter decidido um jogo aos 94 minutos. Anima-te. Estou com um feeling que dia 23 é tudo teu.

Samaris
Boa chuteira preta. Pareceu saído de outra década."

Curtas do Benfica numa noite prometedora de Pedrinho


"Com três tentos apontados no primeiro quarto de hora, o Benfica tornou ainda mais fácil uma noite que, à entrada para esta eliminatória, já se adivinhava de baixo grau de dificuldade. O facto de Jesus não ter efetuado muitas trocas àquela que tem sido a sua base, também não concedia grandes veleidades ao Vilafranquense de João Tralhão.
* Essencial a utilização de dois pontas na forte entrada do Benfica:
- No primeiro, cria-se uma situação de dois para dois com os centrais do Vilafranquense. Nota aqui para a péssima colocação de apoios do central esquerdo dos visitantes e pelo facto de não haver ninguém no eixo bola-baliza – um dos interiores hesitou entre apertar Gabriel ou baixar, preferindo a segunda opção, e a falta de pressão ao portador permitiu um passe pelo meio do bloco do Vilafranquense.
- No segundo, arrastam os dois centrais e trinco para o interior da área, deixando a zona de meia lua para Pizzi aparecer onde tanto gosta, fazendo um golo de difícil execução. Interiores do Vilafranquense lentos a baixar neste lance.
- No terceiro, Gonçalo traz o central esquerdo e o trinco para a lateral, deixando Seferovic numa situação de um para um com o central direito.
- João Tralhão acabaria por colocar Jefferson (trinco) mais próximo dos centrais depois deste terceiro golo, passando de um 4-1-4-1 para um 5-4-1.
* Algumas debilidades do Benfica não foram exploradas neste jogo, também por incapacidade do adversário:
- Médios muito subidos, às vezes até em paralelo, deixando o espaço entre defesa e meio-campo sem coberturas.
- Algumas desarticulações na linha defensiva quando têm de defender a profundidade.
- A forma como o Gabriel e Taarabt arriscam na zona média podia colocar a equipa exposta a alguns contra-ataques perigosos.
* Nalguns momentos, o Benfica exagera na forma como tenta combinar no corredor central (tabelas, apoios frontais e terceiro homem). Envolve demasiada gente no meio e fica sem ninguém à largura – não fixam nem criam vantagem por fora.
* É verdade que a noite foi menos complicada que o habitual e isso aplica-se a todos os jogadores das águias. No entanto, Pedrinho demonstrou pormenores técnicos e de leitura de jogo que deixaram água na boca. A forma como mata as bolas que vêm pelo ar, a utilização dos dois pés, a qualidade no último passe e a dificuldade que os adversários têm em tirar-lhe a bola fazem dele um jogador perigoso, quer quando progride em drible, quer quando se associa em tabelas com os colegas. A coroar a sua exibição, um golaço que mistura força e colocação!
* O tempo que Gabriel demora a decidir e executar deita a perder alguns momentos em que o Benfica podia acelerar e seguir em frente. Já para não falar do número de passes errados.
* Uma palavra para o Vilafranquense de João Tralhão, que hoje regressou a uma casa que tão bem conhece: bloco muito compacto em 4-1-4-1 no início do jogo, com os jogadores a apertarem os do Benfica quando estes recebiam de costas, posteriormente alterado após o terceiro golo para o 5-4-1, com Jefferson a jogar quase como central. A diferença de qualidade individual era por demais evidente, e uma entrada como a do Benfica obriga imediatamente a uma mudança de estratégia, o que é ingrato para quem não é favorito."

Triplamente fácil


"Claramente superior, o Benfica não teve problemas em concretizar os ataques perante o Vilafranquense, da II Liga, e goleou, por 5-0, na 4ª eliminatória da Taça de Portugal

Depois de uma série de exibições menos felizes do Benfica, Jorge Jesus admitiu que, ao contrário do que tinha prometido no início da época, a equipa ainda não estava a jogar "o triplo". Esta noite, na Luz, já se pode dizer que o Benfica jogou o triplo, mas este é um parco exemplo, dado o adversário que tinha pela frente, obviamente inferior à equipa da casa.
O Vilafranquense até entrou bem na Luz, com pendor ofensivo nos momentos de contra ataque, mas começou a tremer logo aos 11 minutos. É que o Benfica foi extremamente eficaz no ataque à baliza da equipa da II Liga, liderada por João Tralhão, ex-treinador dos juniores do Benfica.
Depois de um remate de Pedrinho - excelente jogo - ao lado, foi Gonçalo Ramos, hoje titular na frente com Seferovic, a fazer o 1-0, respondendo da melhor forma a um passe a rasgar de Gabriel.
O Vilafranquense ainda nem se tinha refeito do primeiro golo quando o segundo apareceu: foi novamente Gabriel - hoje, com espaço e tempo, a organizar o jogo do Benfica a seu bel-prazer - a lançar Nuno Tavares pelo corredor e o lateral esquerdo cruzou para a área, onde apareceu Pizzi a rematar de primeira para o 2-0.
Se 2-0 já era pesado para o Vilafranquense, o que dizer de 3-0? Logo de seguida, Seferovic entra na área, finta o adversário e faz o terceiro golo, aos 15 minutos.
De rajada, o Benfica marcava três golos e praticamente sentenciava a eliminatória. Rúben Gonçalves ainda assustou Helton, com um remate na área, mas a principal oportunidade forasteira nasceu de um disparate caseiro: Nuno Tavares atrasou a bola e Helton... agarrou-a, provocando livre indireto dentro da área. Kady Borges acertou na trave.
Do outro lado do campo, foi Gonçalo Ramos a acertar na barra, depois de um trabalho fantástico de Pedrinho, no meio, a escapar-se de três adversários.
Mesmo em cima do intervalo, novo golo: Sparagna demora muito a tirar a bola de perto da área e Nuno Tavares aparece a roubá-la, oferecendo depois o golo a Seferovic.
O 4-0 já era a machadada final no jogo e a 2ª parte não foi mais do que uma formalidade. Valeu principalmente pelo golão de Pedrinho, de fora da área, com o pé esquerdo, aos 57 minutos.
Já com o 5-0, Jesus decidiu fazer entrar, ao contrário do que seria expectável, alguns habituais titulares: Everton, Darwin, Taarabt, Samaris e Waldschmidt.
Até final, o jogo foi esmorecendo e até o próprio treinador se sentou no banco a assistir aos últimos minutos. O Benfica avança assim, tranquilamente, para a próxima eliminatória da Taça de Portugal."

SL Benfica 5-0 UD Vilafranquense: Hoje só faltou mesmo tourada na Luz


"A Crónica: Aluga-se Meio-Campo Encarnado. Para Mais Informações, Ligue XXX
Hoje foi mais um dia de Prova Rainha, a competição onde todas as surpresas podem acontecer. Restava saber se o UD Vilafranquense iria conseguir dar um ar da sua graça aqui, esta noite, no reduto do SL Benfica em jogo a contar para a quarta eliminatória.
De facto, hoje não foi um desses dias. Não há outra forma de começar esta crónica: três golos em apenas quatro minutos. As águias entraram a todo o gás e, ao que parece, a “bilha” do Vilafranquense veio um pouco vazia. Claro está, sem esquecer os poucos argumentos quando comparado com o adversário. A verdade é que foi como “ketchup”. Gonçalo Ramos aproveita uma má abordagem do central Sparagna e faz o primeiro do duelo aos 11 minutos. Foi o primeiro golo do menino esta temporada e o terceiro com a camisola sénior dos encarnados. Passado três minutos, Pizzi dilata a vantagem no marcador. Depois de uma fabulosa assistência de Nuno Tavares, o médio coloca a bola sem espinhas dentro da baliza ribatejana. Mas os de Vila Franca não conseguiram respirar e o terceiro tento estava mesmo aí à espreita: desta vez, por intermédio de Seferovic, o avançado ganha a frente a Diogo Coelho numa grande jogada individual e faz o terceiro da noite para a equipa de Jorge Jesus. Primeiros 15 minutos de jogo e já cheirava a goleada.
O ímpeto do Benfica acabou por esmorecer um pouco, bem como o jogo durante o resto da primeira parte. Ainda assim, houve tempo para o quarto tento das águias aos 42 minutos. Novamente, Sparagna fica muito mal na fotografia. Depois de mais uma assistência de Nuno Tavares, Seferovic, de carrinho, bisa na partida e volta a “apanhar” a equipa ribatejana em contra mão. Os encarnados foram, então, para os balneários com uma vantagem sólida e que era mais do que justificada.
A segunda parte continuou no mesmo sentido. O Benfica continuou com o pé no acelerador e nem mesmo a postura ainda mais recuada da equipa de João Tralhão evitou a mão cheia de golos. Aos 57 minutos do jogo, fez-se arte no Estádio da Luz. Num golo bem parecido ao de Tabata frente ao FC Paços de Ferreira. Depois de Gilberto dar de calcanhar, Pedrinho coloca em arco na baliza adversária e faz o quinto para as águias.
Ainda houve temo, aos 69 minutos, para uma tentativa do golo de honra. Depois de percorrer vários metros e de alguma passividade de Gabriel, Carlos Fortes remata em jeito. Helton Leite bem se esticou, mas o que lhe valeu foi mesmo o poste. A partida acabou em 5-0 num jogo em que Benfica dominou do primeiro ao último segundo. Os encarnados seguem, assim, para a próxima eliminatória.

A Figura
Pedrinho É o único jogador que completa os 90 minutos dos vários atletas em destaque esta noite. E, por isso, dou-lhe esta nota de destaque. Já para não falar do excelente golo que tirou da cartola. Uma autêntica obra de arte que acabou por ser como um brinde pela boa exibição que prestou ao Benfica esta noite.

O Fora de Jogo
SparagnaO central não teve mesmo uma noite feliz no Estádio da Luz. Ficou muito mal na pintura em dois dos quatro golos do SL Benfica nesta partida. Más abordagens aos lances e alguma passividade por parte deste jogador acabaram por custar caro aos ribatejanos numa noite que, por si só, não se estava a adivinhar nada fácil.

Análise Tática – SL Benfica
O SL Benfica apresentou-se esta noite num 4-4-2 com uma postura assertiva e impetuosa. O que se destacou no jogo dos encarnados esta noite foi a facilidade com que se criou jogo no espaço interior. Para isso, Pizzi, Rafa e Pedrinho foram fundamentais para criar mais nessa zona. Gonçalo Ramos também foi protagonista nesta forma de jogar. Deu muita mobilidade também nessa zona central. Criou muitas dificuldades para as quais a equipa do Vilafranquense não estava a conseguir dar resposta. O jogo dos encarnados foi simples e descomplicado. Jogaram curto e de uma forma eficaz e com uma caraterística que muitas vezes tem faltado ao conjunto de Jorge Jesus: velocidade!

11 Iniciais e Pontuações
Helton Leite (5)
Gilberto (6)
Gabriel (4)
Seferovic (7)
Pizzi (7)
Rafa (6)
Otamendi (5)
Jardel (5)
Pedrinho (8)
N. Tavares (8)
G. Ramos (8)
Subs Utilizados
Taarabt (6)
Darwin (6)
Everton Cebolinha (5)
Samaris (5)
Waldschmidt (-)

Análise Tática – UD Vilafranquense
O UD Vilafranquense apresentou-se esta noite no Estádio da Luz num 5-4-1. Depois da má entrada nesta quarta eliminatória, eram evidentes as debilidades do conjunto de João Tralhão. Depois dos primeiros três golos, o técnico da equipa ribatejana tentou reforçar o setor recuado, onde colocou Jefferson como terceiro central. Uma tentaiva de reforçar e de dar resposta às movimentações de Seferovic e Gonçalo Ramos. Mas a verdade é que não chegou. O Benfica continuou com muita facilidade em criar espaços. Isto porque o meio-campo ribatejano também teve muito que se lhe diga. Ainda assim, nota para Tiago Martins e Vitor Bruno que conseguiram destoar um pouco desta exibição tremida da equipa de Vila Franca.
As entradas de Carlos Fortes e Leo Cordeiro, que aconteceram ao início da segunda parte, não mudaram nada no sistema tático do Vilafranquense. Os visitantes continuaram muito recuados, mas desta vez de uma forma muito mais compacta e organizada. Isto de forma a evitar, ao máximo, que o conjunto de Jorge Jesus dilatasse ainda mais a vantagem.

11 Iniciais e Pontuações
Tiago Martins (7)
Sparagna (2)
Diogo Coelho (3)
Izata (4)
Varela (5)
Jefferson (6)
Rodrigo (5)
Kady (5)
Rúben Gonçalves (6)
Vitor Bruno (7)
Marcos Vinicius (5)
Subs Utilizados
Leo Cordeiro (5)
Carlos Fortes (6)
André Claro (6)
Marco Grilo (-)
Timbó (-)

BnR na Conferência de Imprensa
SL Benfica
Não foi possível colocar questões ao treinador do SL Benfica, Jorge Jesus.

UD Vilafranquense
BnR: Queria perguntar-lhe sobre a facilidade do SL Benfica em construir, sobretudo através de espaços interiores. O que acha que falhou?
João Tralhão: Nesse caso, dou mais mérito ao Benfica. Eles têm um jogo interior muito forte. Nós já sabíamos disso e vínhamos a contar com isso. Quando digo que o jogo interior deles é muito forte, não falo só da qualidade técnica. Eles têm um jogo muito intenso, com muitas combinações e nós tínhamos de ter velocidade, não só do ponto de vista das ações mas da decisão. Em alguns momentos não conseguimos fazê-lo. E por vezes não conseguimos fazê-lo. E foi isso que ditou o erro. Não vou estar aqui a apontar erros individuais porque a equipa foi brava. Acho que nos faltou foi capacidade de decisão."

Universo Paralelo | Jorge Jesus não regressa ao SL Benfica


"Após uma época desastrosa, que acabou com a derrota dos encarnados frente ao FC Porto, na final da Taça de Portugal, a direção liderada por Luís Filipe Vieira procurou o regresso de Jorge Jesus de modo a preparar a temporada 2020/2021.
As “águias” sofreram a sua segunda chicotada psicológica num espaço de três anos, com a demissão de Bruno Lage após a derrota por duas bolas a zero frente ao CS Marítimo, em jogo a contar para a 29ª jornada da Primeira Liga.
Até ao fim da época, o adjunto Nélson Veríssimo assumiu o comando da equipa, como técnico interino, sendo que o favorito a ocupar o lugar era Jorge Jesus. O técnico português, que tem encantado no outro lado do oceano, foi sondado – e até abordado – por Luís Filipe Vieira, que tentou, incessantemente, o seu regresso.
No entanto, Jesus recusou o convite por achar que não estão reunidas as condições para que volte aos encarnados. Desde já, o seu nome não é um tema consensual no seio do universo benfiquista, especialmente após a sua ida para o rival da segunda circular, em 2015.
Além disso, o técnico está a desfrutar do seu bom momento no Flamengo, ao serviço do qual já conquistou uma Copa Libertadores, uma Recopa Sudamericana, uma Supercopa do Brasil e um Campeonato Brasileiro.
Não obstante, nem tudo são más notícias. Com a nega de Jesus, Vieira pode, agora, escolher um treinador que se identifique com o tão aclamado “projeto da estrutura”, que assenta na valorização e integração de jogadores da casa no plantel principal, algo que com Jesus não seria possível.
Outro aspeto positivo são os milhões que se poupam, porque Jesus, como se sabe, é um técnico caro quer em termos de salários, como a nível de construção de plantel, pois exige uma abordagem agressiva ao mercado de transferências.
A nega de Jesus pode ter sido a melhor escolha para o SL Benfica e para os seus adeptos, que vêm assim a garantia da continuidade na aposta da prata da casa, como também não existe um all-in financeiro desnecessário, que poderá colocar em causa a estabilidade financeira do clube."

O Teatro dos Sonhos deverá ser rebatizado como Teatro dos Sonos


"Comecemos pela literatura. Ou arqueologia. E um bocadinho de má-língua. Em 1979, António Lobo Antunes entrou na literatura portuguesa a pés juntos, dentro e fora dos relvados… perdão, dos livros. Numa das primeiras entrevistas que deu, disse que os escritores portugueses daquela época – os outros – faziam uma coisa sem sangue, sem olhar e sem gesto: “é uma sei lá, pá, é uma merda que anda à roda.” Se isto não é uma das mais belas definições de uma literatura nacional, não sei o que é.
Ora bem. Por falar em excrementos, lembrei-me do “shit on a stick”. Em castelhano, “mierda colgada de un palo”, para honrar o inventor da expressão, o poeta argentino, antigo ponta de lança, filósofo desportivo e Richelieu de Florentino Pérez, Jorge Valdano. A expressão foi usada para se referir aos jogos entre o Chelsea de Mourinho e o Liverpool de Rafa Benítez que eram na altura o equivalente tático ao Rumble in the Jungle, a uma corrida Prost vs. Senna, aos grandes duelos entre Garry Kasparov e Anatoly Karpov. (Se eu mandasse na Netflix, recomendava a todos os milhões de espetadores da série Gambito de Dama aqueles confrontos tensos e indigestos entre Benítez e Mourinho, treinadores que em três anos ganharam duas Ligas dos Campeões e duas Taças Uefa entre si.)
Valdano, que sempre foi esse estranho centauro dois terços lírico, um terço pragmático, depois de assistir a outra hora e meia de tortura do futebol escolástico praticado pelas equipas dos dois treinadores disse que, em Anfield, se alguém puser merda pendurada num pau haverá sempre quem considere isso uma obra de arte, embora seja apenas merda num pau, e que Mourinho e Benítez estavam, a bem dizer, a dar uma de artistas modernos e a chatear os burgueses e o povo obrigando toda a gente a procurar virtudes naquelas longas batalhas táticas e estáticas.
Nos últimos anos, sobretudo com a ascensão de Klopp e Guardiola e o ritmo imparável das equipas da Premier League – aquilo já nem é intensidade, são espasmos, distúrbios neurológicos, em que os jogadores já não pensam o jogo, são pensados por ele, meros peões de uma velocidade imposta externamente – julgava-se que tinha chegado ao fim a era das disputas cerebrais em que o objetivo era acabar o jogo com menos golos sofridos do que o adversário mesmo que o resultado fosse zero a zero. 
Puro engano. No sábado assistimos a uma reedição daqueles duelos no mais improvável dos cenários, Old Trafford, o Teatro dos Sonhos, que deverá ser rebatizado Teatro dos Sonos, e no mais improvável dos jogos, um derby de Manchester, outrora uma garantia de emoção, tackles e correrias com o tempero de uma ou outra expulsão. No final do jogo, o inflamável Roy Keane, antigo talhante dos relvados e agora comentador, lamentou que os jogadores das duas equipas acabassem aos abraços em vez de fazerem o que lhes competia que era jogar à bola e partir pernas. Qual quê! Foram todos muito bem-comportados e mantiveram-se a uma distância de segurança das balizas de forma a não causar danos desnecessários. A certa altura, o comentador da "Sport TV" disse que tinham sido dados 14 toques nas grandes áreas e eu pensei que a acusação devia ser verdadeira, mas que os jogadores estavam nitidamente arrependidos de terem dado tantos.
Este espetáculo desmoralizador teve uma agravante. Antigamente, embalados pela cantilena do nível tático, assistíamos aos jogos entre Mourinho e Benítez com aquele espanto dos rústicos a olhar para um quadro de Mondrian ou a ouvir Béla Bartók, impressionados pela esmagadora inteligência que lhes é servida e esmagados pela impressão de que alguma coisa lhes está a escapar. Diziam-nos que aqueles jogos eram, afinal, exercícios confucianos ou sun-tzunianos de sabedoria estratégica e nós acreditávamos. Depois Valdano explicou-nos o que era aquilo e agora já não nos enganam com tanta facilidade.
Daí que ao ver o derby de Manchester não me tenha sentido nada inteligente, nem espantado com a argúcia dos treinadores, apenas mortalmente aborrecido. Jogos tão aborrecidos deveriam ser jogados a um ritmo baixo, hipnótico. Não. Ao contrário de Roy Keane, eu vi os jogadores a correrem, a empenharem-se, a lutarem como se aquilo fosse a sério. Só que não era. Era somente um aparelho em alta rotação, sofisticadíssimo e que não servia para nada: uma merda num pau a andar à roda, para citar dois senhores que não ganharam o prémio Nobel."

Vermelhão: Golos, muitos golos...

Benfica 5 - 0 Vilafranquense


3-0 aos 15 minutos, e qualificação fechada!!! Acabou por ser um jogo sem pressão, o ideal para este momento da época, onde a equipa vinha a ser espremida, com muitos resultados apertados e algumas remontadas nos últimos minutos! Deu para os jogadores, jogarem sem estar sobre pressão, e para nós adeptos, assistirmos a um jogo sem o coração apertado!!!

Apesar da goleada e do domínio nota para as duas bolas nos ferros da nossa baliza... Quarta-feira, temos jogo para a Taça da Liga, com o Guimarães na Luz. O Vitória que perdeu hoje para a Taça de Portugal, em casa, com o Santa Clara. Mas os jogos começam todos 0-0, e este Benfica, após goleadas, tem a tendência para descomprimir... e isso pode ser fatal!

1.ª Taça 1947

Benfica 3(3) - (2)3 Sporting

Admito que quando o marcador ficou em 1-3 pensei que já não dava para ganhar!!!

Jogar contra este Sporting é um exercício muito cansativo: defendem à equipa pequena, ofensivamente fazem pouco ou nada, basicamente rematam de meio-campo, à espera do desvio, refilam que se farta, dão porrada e atiram-se para o chão... contra o Benfica jogam sempre no nosso erro!!! E depois ainda têm algumas das personagens mais nojentas do desporto nacional... Hoje, mais uma vez, tivemos que assistir a um árbitro, ter que 'segurar' o inimputável do guarda-redes do Sporting, para evitar que este fosse expulso!!!

É verdade que vencemos a Meia-final e a Final nos penalty's, mas em ambos os jogos, fomos os únicos que jogámos para vencer a partida antes dos penalty's, hoje, mais uma vez, no prolongamento fomos os únicos que arriscámos alguma coisa...

É inacreditável a forma como este Benfica tem sido afastado dos títulos nas últimas épocas. Independentemente da forma como a secção é gerida, temos tido grandes plantéis, com alguns dos melhores jogadores do mundo, mas no Tugão tudo é (im)possível... Hoje, na podridão do Hóquei em Patins, a equipa que mais arriscou, que mais espetáculo dá, a equipa com os melhores interpretes, venceu...