domingo, 29 de novembro de 2020
Bom jogo, apesar da derrota...
Corruptos 27 - 25 Benfica
(12-11)
Jogámos bem, talvez o melhor jogo da temporada, e ainda faltou o Keita... O jogo acabou por ser decidido em pormenores, nos últimos minutos, com a habitual inclinação arbitral a dar um empurrãozinho, mas tendo em contra outros jogos, nem foi demasiado escandaloso!!!
Creio que ficou provado, que com mais um Pivot na rotação, e com um jogador no lugar do Nyokas mais consistente (principalmente a defender), tínhamos equipa para disputar o título... e nem era preciso mais um Central!!!
Mesmo assim, a jogar a este nível, temos equipa para derrotar os Lagartos!
Vlachodimos vs Helton vs Svilar: Ameaça tripla para ver quem fica
"Odysseas Vlachodimos, Helton Leite e Mile Svilar. Estes são os nomes das três opções que o SL Benfica tem ao seu dispor para a salvaguarda das suas redes. Três nomes distintos, três nacionalidades diferentes e três atletas com muitas diferenças.
Convergem, na minha opinião, num ponto sobejamente importante: nenhum é, neste momento no tempo e no espaço, guarda-redes para um SL Benfica dominador em Portugal e minimamente competente na Europa. Note-se que estas palavras não significam que qualquer um deles seja responsável pelo paupérrimo momento da equipa.
Significam – ou intentam significar – que a construção (a verdadeira construção!) de um SL Benfica à medida do que se pretende terá que começar pela posição mais recuada e implicará, inevitável e invariavelmente, que as águias garantam que têm como escolhas para a posição um guarda-redes de nível (indiscutivelmente) mundial.
Vlachodimos não o é, nem creio que possa atingir tal patamar – pese embora a muita qualidade entre postes que demonstra. Helton Leite, de quem particularmente não desgosto, não é de topo mundial e, a virar a esquina dos 30, não é plausível que venha a ser.
Resta Svilar. Dos três, o único, pela idade e qualidade, o único que ainda pode almejar vir a ser um guarda-redes da classe que o clube da Luz procura recuperar. Todavia, esse porvir está por vir e, como tal, Svilar não é, de momento, a melhor opção para os encarnados.
O ideal seria, então, para o clube e para o jovem belga, um empréstimo interno ou a um clube belga, tal qual estava planeado acontecer na última janela de transferências, sendo o negócio final gorado pela contração por parte de Svilar do novo coronavírus.
Um empréstimo de dois anos não seria de descartar, uma vez que possibilitava ao belga instalar-se, agarrar a titularidade e crescer nesse papel. Naturalmente, a escolha do clube arrendatário teria que ser bem ponderada e a manutenção de uma opção de resgate do jogador e a exclusão de uma cláusula de opção de compra teriam que ser partes integrantes do negócio.
Helton Leite ficaria no plantel, não pela maior ou menor qualidade, mas pelo carácter intermédio do brasileiro ex-Boavista FC. Não é novo o suficiente para ser emprestado, nem velho o suficiente para ser dispensado; não tem valor de mercado para ser vendido, mas é demasiado valioso para sair por uma bagatela; não é de classe mundial para ser titular, mas é bom o suficiente para estar no plantel.
Vlachodimos seria vendido já em janeiro, num – ou no meu – cenário idílico, com o intuito de rentabilizar financeiramente enquanto é tempo o desempenho desportivo do internacional grego e para financiar a contratação de jogadores que preencham as (ainda muitas) lacunas do plantel encarnado, incluindo a de um guarda-redes, claro está.
Um.. ou dois. Um certamente. Um com experiência – que não é sinónimo de idade avançada, por mais que essa associação se vulgarize de forma constante -, um com bom jogo de pés, um com segurança para dar e vender (ou, neste caso, emprestar à linha defensiva das águias), um que corresponda à dimensão (à verdadeira dimensão!) do Sport Lisboa e Benfica.
Um… que não seja Vlachodimos, Helton ou Svilar. Um… Entretanto, são estes os que há. É o que há… É o que vai ter que ser. Até um dia… Um…"
Desporto e valores
"O interesse pelo desporto tem vindo a ganhar, ao longo dos tempos, um importante significado social, sobretudo nas sociedades ocidentais (industrializadas), assim como se tem assistido a uma diversificação nas formas de estar e de participar neste espaço social. O desporto, desde o início da sua história, foi associado a valores (fair-play, solidariedade, autoestima, respeito pelo próximo, etc.), tendo em vista a promover a sua prática. A sua existência foi estabelecida sobre pressupostos, tornando-se um mito. Para demonstrar o seu interesse e justificar a sua legitimidade, os promotores do desporto procuram apresentar a prática como um elemento de bem-estar individual e coletivo. Muitos discursos relativos ao desporto não economizam palavras laudatórias sobre para que ele serve e o que vale.
As competições internacionais são sempre momentos importantes para relembrar a sua natureza e exorcizar a sua prática. Mais do que um simples jogo ou uma atividade de divertimento ou de performance, o desporto deve ser compreendido a partir dos benefícios que pode promover, sobretudo para aqueles que o expõem, o admiram, o praticam ou o organizam. Longe das teorias deterministas, que consideram a prática desportiva exclusivamente dependente das suas componentes objetivas (motrícias, fisiológicas, etc.), convém abordar o lugar social do desporto por intermédio das mais-valias associadas. Produto de uma história que coloca os valores no centro do seu projeto universal, o desporto é regularmente associado às funções que os atores sociais lhe atribuem. Investido de missões e de ideais, a sua prática reveste-se de uma importância considerável para todos aqueles que procuram transformar o homem e a sociedade.
A representação social de um “desporto +” é claramente dominante, deixando pensar que nada pode incomodar uma prescrição desportiva naturalmente estabelecida. Permitindo validar a legitimidade e condenar a ilegitimidade, os valores associados ao desporto constituem uma escala para julgar a sua utilidade. Afirmar que o desporto provoca excessos, violência, rejeição das diferenças, reforço do individualismo ou imoralidades de certos comportamentos desportivos, não significa que o desporto não tem valor, mas, pelo contrário, que o desporto é portador de valores que convém precisar para clarificar este fenómeno e dar-lhe a importância merecida. Ao se aceitar a realidade, não nos devemos fechar numa beatitude submissa que associa os princípios sedutores, desfasados ou contraditórios da sua prática. Um exame sobre o desporto como ele é, e não como deveria ser, torna-se indispensável para se ter uma ideia dos incidentes de percurso. Se não é possível contestar a existência desportiva, parece-nos primordial questionar a sua natureza."