quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Vitória segura...

Benfica 5 - 1 Tigres

Vitória relativamente tranquila, apesar de mesmo nestes jogos mais 'fáceis' somarmos mais faltas, mais amarelos, mais azuis e menos bolas paradas!!!
O Lucas está em grande forma...

Vitória na Grécia...

PAOK 1 - 3 Benfica


Desta vez 'ganhámos' em Salónica!!! Com a respectiva qualificação para a próxima eliminatória que poderá dar apuramento para a fase de grupos da Champions!

Fomos muito superiores, o resultado acabou por ser escasso! A oposição foi fraca, portanto não devemos elevar muito as expectativas... ainda existe uma grande diferença entre o Benfica, e a média das equipas da Champions feminina!

Nota para os regressos da Kika e da Evy após uma longa ausência de ambas! 

Quarta-feira cheia


"Hoje temos um dia de semana invulgarmente preenchido, ainda mais tendo em conta o contexto competitivo recente das várias modalidades, seriamente afetado pela pandemia e em que se assistiu, com a exceção do futebol profissional, ao encerramento abrupto da temporada passada.
Serão cinco as equipas do Sport Lisboa e Benfica em ação ao longo do dia, com destaque para a de voleibol, que disputará a final da Supertaça com o SC Espinho, às 19h45, em Gondomar, e para a equipa feminina de futebol, que se estreará na Liga dos Campeões, na Grécia, frente ao PAOK (12h30). 
Depois de derrotarem o Sporting nas meias-finais, os nossos voleibolistas têm hoje a oportunidade de conquistar a terceira Supertaça consecutiva. Os comandados de Marcel Matz, campeões nacionais em título e que, na época passada, lideravam a principal prova quando interrompida e, posteriormente, cancelada devido à pandemia, voltam assim a marcar presença numa final, numa competição com um novo formato (seis clubes) e que sofreu vários adiamentos de jogos causados por surtos de coronavírus. Matz revelou que "a expectativa é de um jogo muito difícil", mas assegura que a equipa está "num bom momento e cada vez mais forte para disputar os jogos decisivos".
Quanto à nossa equipa feminina de futebol, realce para o carácter histórico da partida. Logo na época de estreia, em 2018/19, sagrámo-nos vencedores da Taça de Portugal e da 2.ª Divisão, garantido a subida ao escalão máximo. Na temporada passada, além de ter conquistado a Supertaça, a equipa perseguia o título de campeã nacional, mas a pandemia provocou o final antecipado das competições. Já esta época, conseguimos uma importante vitória em Famalicão, numa partida relativa às meias-finais da Taça de Portugal 2019/20. Hoje, o objetivo passa por seguir em frente na mais importante prova europeia, cientes de que a eliminatória é disputada apenas num jogo e em casa do adversário, o qual beneficia da vantagem teórica de ser mais experiente na Europa.
Haverá ainda jogos das equipas masculinas de basquetebol, futsal e hóquei em patins, todos a contar para o Campeonato Nacional de cada modalidade.
Às 20 horas, na Luz, a nossa equipa de hóquei em patins defrontará o HC Tigres. Às 21, os nossos futsalistas jogarão em Burinhosa, para medirem forças com a equipa local. E, meia hora mais tarde, será a vez de os nossos basquetebolistas entrarem em ação no Barreiro, frente ao Barreirense.
Que seja um dia de pleno sucesso para as nossas equipas. De muitos, um!"

O desporto não vive parado


"Infelizmente, esta nova realidade está a obrigar a muitos sacrifícios; porém, não se pode encostar o desporto a um canto à espera que o futuro venha resolver todos os problemas da pandemia.

Foi a 2 de Novembro que o primeiro-ministro recebeu uma carta aberta do Comité Olímpico de Portugal, do Comité Paralímpico de Portugal e da Confederação do Desporto de Portugal face à pandemia de covid-19.
Não é uma surpresa para ninguém quando digo que o desporto vive tempos instáveis; no entanto, não deve ser encarado de ânimo leve o clima de dúvida que reina nas modalidades “não profissionais”. Dentro dessas aspas estão desportos como o basquetebol, o futsal, o hóquei ou o andebol, entre muitos outros.
Sei que não é um tema fácil de gerir, existe muita contestação em diversas áreas que estão a ser visadas pelas medidas restritivas. Infelizmente, esta nova realidade está a obrigar a muitos sacrifícios; porém, não se pode encostar o desporto a um canto à espera que o futuro venha resolver todos os problemas da pandemia. Não quero com isto estar a fazer comparações entre atletas, artistas e pequenos negócios, as dificuldades abrangem todo o país, apenas focar-me-ei nesta matéria do desporto.
É compreensível a ausência de público nos recintos desportivos, são menos um problema para se controlar, mas no que toca aos atletas é injusto verem as suas carreiras adiadas ou canceladas. O desporto envolve muitas rotinas e ainda mais competição. Como é possível estar ao mais alto nível de rendimento quando não existe uma meta ou um propósito para tal? Nem me refiro às condições que muitos destes atletas têm de aceitar para praticar a sua paixão, esse seria todo um outro tema, mas não apresentar medidas de apoio e recorrer simplesmente à cessação das modalidades é uma medida preguiçosa, egoísta e mostra o respeito que há para todos os homens e mulheres que elevam o desporto em Portugal.
Relembro que alguns clubes destas modalidades estão em competições europeias actualmente. Que imagem queremos passar para a Europa, onde já tivemos sucessos recentes, como no hóquei e no futsal?
Os clubes já atravessam períodos difíceis ao não poderem ter formação desportiva e muitos dependem disso para sobreviver. Fazer uma nova paragem pode ter consequências catastróficas para todos eles, a competição pode nunca voltar a ser atractiva quando estes acabarem por ter de fechar portas. Não faz sentido a predominância de um discurso sempre alusivo à importância do país não poder parar, onde se fala tanto da relevância das empresas, da cultura e do turismo, e colocar um travão no desporto.
É do senso comum que as modalidades não têm tanto interesse para os portugueses como o futebol (da primeira liga), mas, mesmo assim, estas mexem com muitos milhares de famílias e amantes do desporto, que vibram com os seus clubes e os seus atletas. Pode não ser o fim do mundo para Portugal caso uma nova paragem venha a acontecer, mas todos estes intervenientes merecem ser respeitados, especialmente aqueles que estão a dar o seu suor, sangue e lágrimas pelo seu desporto.
Compreendo que o Governo esteja sobrecarregado com queixas e duras críticas que, por vezes, podem parecer injustas, mas vivemos tempos muito delicados onde as emoções andam a ferver e a incerteza causa receio nas nossas vidas, o que torna cada decisão muito mais difícil de tomar. Mas o desporto não vive parado, é preciso pôr o país a mexer e criar medidas de apoio e de protecção. Evitar não é uma solução viável."

O desporto não pode parar


"Nos últimos dias as redes sociais têm sido inundadas com a hashtag #ODesportoNãoPodeParar. Temos igualmente assistido ao manifesto público por parte de uma série de organizações desportivas e seus representantes, no sentido de ser dada maior visibilidade ao momento atual do desporto nacional. 
Movidos com esta mesma preocupação, o Comité Olímpico de Portugal, o Comité Paraolímpico de Portugal e a Confederação de Desporto de Portugal enviaram uma Carta Aberta ao Primeiro Ministro (ver aqui), onde reforçam a extrema preocupação com que observam o panorama desportivo nacional. 
Mas o que se passa então com o Desporto nacional? Nada. E esta é a questão.
Por outras palavras, pese embora o reconhecimento do papel socio-emocional que o próprio Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos, vincou ao afirmar taxativamente no seu discurso referente ao desporto nacional que as atividades desportivas não podem parar, uma vez que “(...) os benefícios do desporto naquilo que é a prevenção das doenças, na formação das pessoas, naquilo que é absolutamente essencial para o nosso equilíbrio interior, para o nosso equilíbrio naquilo que é o nosso trabalho e também para o desenvolvimento dos jovens serem inequívocos, o mesmo requer ainda de validação pelas mais altas instâncias do nosso país.
Uma validação que deve manifestar-se com ações e não “boas intenções”. Uma validação que deve ir além dos “agraciamentos” nas medalhas conquistadas, focando-se numa reflexão aprofundada que possa, de uma vez por todas, colocar o Desporto num vértice estratégico da nossa sociedade – na realidade, o seu lugar desde sempre, mas por esforço próprio.
É inegável o esforço que o país está a fazer no sentido de dar a melhor resposta aos desafios que esta pandemia coloca.
É inegável que as equipas que estão na linha da frente para articular uma resposta estratégica e que têm a responsabilidade política de o fazer, têm estado há quase oito meses em sobre-rendimento e, por isso mesmo, possam elas mesmas estar com os seus níveis energéticos quase esgotados e, mesmo assim, continuam a colocar o seu espírito de missão acima dos seus próprios recursos pessoais, mantendo o seu foco na luta face a uma situação jamais vivenciada.
É inegável, contudo, que por esta mesma razão, seria importante solicitar (ou aceitar) a ajuda das diferentes instituições que já procuraram dar o seu contributo para uma melhor resolução e, acima de tudo, saber ouvir quem possui um aprofundado conhecimento da situação e da realidade desportiva nacional.
E este é, possivelmente, o passo que urge dar.

A Urgência do Desporto
Contrariamente ao reconhecimento social do papel do Desporto nas Sociedades Civis, já validado pelo Conselho Europeu, a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu ao veementemente incentivarem os Governos dos Estados-Membros a destinarem uma parte dos apoios comunitários para auxiliar os respetivos contextos de desporto a sobreviver aos impactos da crise, por cá mantemos uma assustadora visão a curto-prazo, revelando um enorme desconhecimento dos trágicos desenvolvimentos que acontecerão na nossa sociedade caso o Desporto Nacional veja a sua sobrevivência em risco.
Do plano económico (que não me compete abarcar, mas que certamente será reconhecido pela percentagem que representa no PIB – mais de 2%, a nível europeu), ao plano social e de saúde mental dos portugueses, passando pelo próprio futuro do desporto nacional, tudo será posto em causa, senão vejamos, por exemplo:
- O impacto do desporto no Turismo (e do Turismo Desportivo) é fundamental e encontra-se perfeitamente documentado e, em boa verdade, a capacidade de atrair grandes eventos europeus e mundiais para o nosso país resulta em boa medida não só da imagem que possamos ter como país organizador, mas também da credibilidade e legitimidade que cada atleta angaria cada vez que, nos palcos internacionais, eleva a bandeira de Portugal;
- A capacidade de assegurarmos a continuidade de renovação geracional de novos talentos, capazes de competir ao mais elevado nível mundial, resulta inevitavelmente da nossa capacidade em responder rapidamente ao vazio em que nos encontramos, sob pena de se assistir, daqui a uns anos, a um enorme vazio geracional;
- O desporto de formação cumpre uma função educativa e social inimaginável que trará para a sociedade civil um enorme fosso no que respeita a um conjunto de competências extraordinariamente relevantes para o desenvolvimento de cidadãos capazes de contribuir de forma decisiva para a subsistência e elevação da nossa Sociedade Civil – através dele se “treina”, a título de exemplo, o respeito por si próprio, pelo outro e pelas organizações, a disciplina e autonomia, o fair-play, a cooperação, a competitividade e foco no esforço pessoal para atingir objetivos a médio/longo prazo, uma melhor e maior resiliência emocional, através de tantos outros mecanismos de regulação emocional.
Através dele se prepara o Futuro – um futuro que queremos não só deixar aos nossos descendentes, mas também onde desejaríamos viver a nossa senioridade.
Por tudo isto, de facto, a hashtag deveria mudar para “O desporto não pode esperar”. Porque de facto, não pode. #ODesportoNãoPodeEsperar"