quarta-feira, 30 de setembro de 2020
Rúben Dias | O adeus do capitão
"É oficial: Rúben Dias deixou o SL Benfica rumo ao Manchester City FC, a troco de 68 milhões de euros, mais 3,6 milhões em objetivos.
Os encarnados perdem um dos melhores centrais a atuar em Portugal, internacional A e titular pela seleção das Quinas.
Rúben Dias começou a sua carreira no futebol de sete no lendário Estrela da Amadora, mas depressa captou a atenção do clube encarnado, que se apressou a contratar o jovem central, na altura com 11 anos.
A partir de aí, Rúben foi subindo a escada na formação do SL Benfica. Sempre reconhecido pelas suas qualidades dentro de campo, mas também pela sua perseverança e qualidade de liderança.
A enorme maturidade que sempre teve concedeu-lhe o privilégio de ser capitão em todos os escalões de formação até chegar à equipa B. Foi campeão nacional em iniciados e juvenis, tendo sido sempre uma das principais figuras da equipa.
No dia 16 de setembro de 2017, Rúben Dias (aos 20 nos) cumpriu o seu sonho de criança: representar a equipa principal do Sport Lisboa e Benfica. O jogo de estreia até foi de má memória para os encarnados. Uma derrota de 2-1 frente ao Boavista FC no Estádio do Bessa. Rúben fez uma exibição competente ao lado do capitão Luisão.
Desde este dia, Rúben não mais saiu da equipa do SL Benfica. Fez dupla com Jardel, Luisão, Ferro e mais recentemente com Verthonghen. Passou de aprendiz a mentor. Passou de novato a líder. Vestiu o manto sagrado por 137 ocasiões, marcou 13 golos e fez seis assistências. Venceu um campeonato nacional, com Bruno Lage, e uma Supertaça.
Assumiu-se como titular na seleção portuguesa e foi fulcral na conquista da Liga das Nações, incluindo uma exibição de gala digna de homem do jogo na final frente à Holanda.
Ao longo dos últimos anos, o camisola 6 das águias foi um dos poucos indiscutíveis na equipa e sempre um dos atletas com mais minutos nas temporadas.
Se, a nível desportivo, a perda do central já é enorme e dificilmente os encarnados conseguirão encontrar um substituto minimamente à altura, em termos anímicos e de mística a perda é ainda mais significativa.
Rúben Dias foi sempre o verdadeiro capitão e o líder dentro de campo, mesmo sem envergar a braçadeira. A forma como defendia o símbolo e lutava até ao último folego. A forma como reagrupava os companheiros depois de um golo sofrido ou sprintava para celebrar um tento dos seus colegas. A forma como falava à frente das câmaras ou se envolvia nas mais variadas campanhas sociais e de solidariedade.
Para mim, tudo isto vale muito mais do que um cara ou coroa ou um pedaço de plástico à volta do braço.
Supostamente, o Manchester City FC não queria que Rúben jogasse frente ao Moreirense FC, mas o central português quis despedir-se do seu clube da forma adequada. Rúben quis ser capitão.
Entrou em campo, à frente de todos os colegas com a braçadeira no braço (como sempre devia ter acontecido) e com um olhar decidido. A pandemia obrigou-o a ver um estádio despido de gente. Não era esta a despedida que merecia.
Num jogo em que a bola teimava em não passar por Passinato, Rúben subiu aos céus, elevando o símbolo do SL Benfica mais alto do que qualquer um, e cabeceou a bola para o fundo as redes.
Nem um filme da Disney teria um final tão perfeito quanto este. As declarações e lágrimas no final do jogo confirmaram o pior. Não é, simplesmente, a partida de um jogador. É a partida de um benfiquista, de um líder, de um símbolo da formação (no que aparenta ser o final do sonho do Seixal).
Não há outra forma de terminar este texto sem ser em forma de agradecimento. Rúben fez muito pelo SL Benfica, pela liga portuguesa e por Portugal."
Mérito de um projecto
"Os canoístas Fernando Pimenta e Joana Vasconcelos estiveram em excelente plano, no último fim de semana, na Taça do Mundo de velocidade de Szeged (Hungria). Foram registos a merecer destaque na comunicação social, em particular a chegada à 100.ª medalha do limiano em grandes competições internacionais. Não foi fácil, antes, mais uma vez, consequência de muito trabalho. E é aqui, enquadrado numa estratégia de potenciação da capacidade competitiva, que o Sport Lisboa e Benfica se posiciona, com imenso orgulho.
Nas reações após o marco incomum das "100" – nesta prova, dois ouros e uma prata –, o "super-Pimenta" fez questão de transmitir que foi um longo caminho desde a primeira, em 2005, e não esqueceu o papel que o Sport Lisboa e Benfica tem tido nos anos mais recentes. Também a atleta de Crestuma – ouro e bronze – dedicou palavras de gratidão ao Clube.
Quando, há longos anos, foi estruturado e arrancou o projeto olímpico do Sport Lisboa e Benfica, já se sabia para onde se caminharia: apoiar e potenciar atletas para um patamar maior, contribuir para que estes pudessem chegar, com consistência, a bons resultados internacionais e, claro, poderem estar ao mais alto nível em Jogos Olímpicos. Existe algum consenso, que, mantendo-se a previsão de data para os Jogos de Tóquio – adiados para 2021 devido à COVID-19 –, dentro de um ano, um lote de atletas de topo estará debaixo de olho dos portugueses, que esperarão medalhas "forçosamente", por exemplo, dos benfiquistas Pedro Pichardo (triplo salto) e Fernando Pimenta.
Desta vez foi a Canoagem. Noutras ocasiões tem sido o Atletismo, o Judo, o Triatlo, a Natação ou o Taekwondo. A aposta é evidentemente chegar a grandes prestações e os nossos atletas têm trabalhado forte para mostrar regularmente qualidades competitivas. Ainda há bem pouco tempo, o triatleta Vasco Vilaça (20 anos) surpreendeu a elite mundial com duas excelentes classificações.
Orgulho para todos no Clube é sentir que nem as várias contingências trazidas pela pandemia retiraram empenho e foco a quem tem de treinar muito, tantas vezes individualmente, para poder chegar às competições com a melhor condição física e técnica.
No contexto das principais modalidades integradas no Benfica Olímpico, o trabalho e a motivação são importantes todos os dias, porque qualquer quebra poderá ser inevitavelmente notada em prova. Está bem patente a convicção de que a bandeira nacional continuará a ser hasteada com alguma regularidade nos grandes eventos internacionais, porque sabemos que existe um grupo de atletas resilientes, empenhados, comprometidos com o árduo treino diário, cujo apoio do Clube lhes permite dedicação total e profissionalismo.
Continuaremos a caminhar juntos."
Os 'outsiders' desportivos
"Howard Saul Becker, sociólogo americano, escreveu um livro muito interessante sobre os “Outsiders: Estudos de Sociologia do Desvio”, em 1963, fornecendo bases teóricas importantes para a teoria da rotulagem. O termo “desvio”, na sociologia americana, tem um sentido mais abrangente do que delinquência e dos comportamentos que transgridem as normas aceites por um determinado grupo social ou por uma determinada instituição. Sabemos que todos os grupos sociais instituem normas e esforçam-se por as aplicar, pelo menos em determinados momentos ou em certas circunstâncias. As normas sociais definem as situações e os modos de comportamentos apropriados: algumas ações são prescritas (o que é “bom”) e outras são interditas (o que é “mau”). Quando um indivíduo transgride uma norma em vigor, ele pode ser visto como alguém particular, em que não se pode confiar. O indivíduo, na perspetiva de Becker, pode ser considerado “estrangeiro” (outsider) ao grupo. Mas o indivíduo que é etiquetado assim pode ver as coisas de uma outra forma. Ele pode não aceitar a norma segundo a qual o julgam e pode recusar ou negar a competência ou a legitimidade daqueles que o fazem. Os transgressores podem estimar que os julgamentos são estrangeiros ao seu universo. Isto pode aplicar-se em muitos domínios, nomeadamente o desporto, que se tornou uma atividade social de primeira importância. Dou um exemplo concreto: os ciclistas que se dopam podem considerar que somos “outsiders” ao seu universo, pelo que não aceitam o nosso julgamento. As pessoas que fumam haxixe podem considerar que aqueles que não fumam nada têm a dizer sobre o assunto. E isso também se pode aplicar ao primeiro-ministro, António Costa, quando defende o seu apoio à recandidatura do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e que isso, afinal, não tem “rigorosamente nada” a ver com a sua vida política ou funções.
Para muitos, o desporto é portador de valores humanistas, com princípios éticos e virtudes morais. O sucesso do desporto parece natural e nada incomoda as consciências. Mas, na realidade, existe um desfasamento entre a realidade e a teoria. Uma organização desportiva não pode ser analisada como um conjunto transparente, que muitos dirigentes querem que ela seja. Ela é um reino de relações de poder, de influência, de mercadoria e de cálculos. Os agentes sociais, na terminologia do sociólogo francês Pierre Bourdieu, com as suas liberdades e racionalidades, com os seus objetivos e as suas necessidades, são “construções” e não entidades abstratas. E sabemos muito bem que os agentes sociais raramente assumem objetivos claros e ainda menos projetos coerentes. Normalmente, eles são múltiplos, mais ou menos ambíguos, mais ou menos explícitos, mais ou menos contraditórios. Ao longo do tempo, eles mudam as ações, rejeitando umas e descobrindo outras, num caminho caminhando, com imprevistos e reajustamentos. Nesse sentido, o seu comportamento é ativo. E mesmo se constrangido ou limitado, o seu comportamento não é determinado. Um comportamento tem sempre dois aspetos: um ofensivo, que procura agarrar as oportunidades, tendo em vista melhorar a sua ação; e outro defensivo, que é manter e alargar a sua margem de liberdade, logo a sua capacidade de agir. A globalização do fenómeno desportivo confirma a existência de um mito e a sua celebração cíclica proíbe a cada um dos agentes sociais a verdade do desporto moderno, apesar das evidências e dos escândalos que se acumulam. O desporto não pode ser um substituto, sobretudo quando muitos cidadãos passam por grandes dificuldades e a quem é necessário propor soluções concretas."
Urge o apoio aos clubes em Portugal!
"Não querendo ser o velho do Restelo, de pouco importa que o desporto seja incluído na versão final da Visão Estratégica para o Plano de Recuperação de Portugal 2020-2030, VEPRP, apresentado por António Costa Silva, depois da análise dos contributos da consulta pública. A não ser pelo reconhecimento que o desporto pode contribuir para a economia portuguesa com consequências na qualidade de vida dos cidadãos, designadamente ao nível da prevenção e tratamento das doenças crónicas não transmissíveis e da incapacidade funcional, contribuindo fortemente para a redução dos pesados encargos com o Serviço Nacional de Saúde.
A médio e longo prazo, esteja o que estiver escrito na VEPRP, a estratégia de Portugal nos próximos anos só poderá ser uma: aproveitar os dinheiros que vêm da Europa e aí sim saber se o desporto fará parte das linhas estratégicas com que se urdirá a distribuição de fundos no âmbito dos desígnios societais emanados da Europa. Esperemos que, ao contrário do que sucedeu no último quadro comunitário de apoio, Portugal 2020 (2014-2020), existam programas de apoio ao desporto, não somente enquanto função instrumental (consequências na saúde), mas também no âmbito da sua natureza concetual (adesão à prática).
É esta atividade lobista que os grupos de pressão nacionais e internacionais, numa escala continental, devem promover, para influenciar a montante as decisões políticas orientando-as para a necessidade do aumento dos investimentos na atividade física enquanto integrante de um modelo de sociedade inteligente, do exercício e da atividade desportiva, junto dos decisores políticos institucionais num âmbito europeu, nacional, regional e municipal.
O problema que subjaz, no entanto, é de curto prazo. Se não forem assumidas medidas de mitigação desta crise sem precedentes para o sistema desportivo, que está a afetar mais diretamente os clubes, não teremos problema para resolver, porque se vai subsumir à realidade do seu desaparecimento. Os clubes, a célula básica do desenvolvimento desportivo.
O IPDJ, já fez um estudo com as federações desportivas cujas conclusões foram apresentadas ao conselho nacional de desporto, em junho passado, com base no qual foram traçadas um conjunto de medidas cuja implementação pudesse responder às circunstâncias extraordinárias que afetam o setor e que contribuam para recuperar o nível de prática desportiva e a normal capacidade de intervenção do setor.
Apresenta agora, em parceria com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e as Direções Regionais do Desporto das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, um inquérito junto dos clubes e associações desportivas em todo o território nacional, com o propósito de avaliar o impacto da COVID-19 nas organizações, quer ao nível da sustentabilidade financeira, quer da sua capacidade de retoma da atividade desportiva.
Esperamos que as conclusões do estudo com os clubes não sejam as mesmas do estudo feito com as FD’s que apresentou, como uma das conclusões, a permissividade, pretensamente como consequência da COVID-19, de em 2020 parte das verbas inscritas nos Contratos-Programa das Federações das Atividades Regulares para 2020 poderem ser reafectadas a outros projetos, especificamente: a reorientação do apoio ao programa de atividades regulares, privilegiando o apoio aos clubes, aos praticantes, aos agentes desportivos; à criação de recursos que promovam a confiança e segurança nas instalações desportivas e; ao acompanhamento técnico para a retoma das atividades e o reforço da sustentabilidade organizacional.
O problema é que esta medida, que se aplica para as alterações do destino do apoio superiores a 10%, e que se dirijam a um fim diferente de acordo com o que está previsto na clausula 3ª do artigo 3º, estava já prevista, sem necessidade de se proceder a revisão contratual, no contrato programa previamente assinado, desde que solicitada por autorização escrita, com base numa proposta fundamentada, a apresentar até 60 dias antes do termo da execução do programa de Desenvolvimento Desportivo, nos termos da cláusula 12.ª do presente contrato!
Sendo assim, para quê a comunicação sobre a possibilidade de revisão do contrato-programa, se já estava prevista no próprio contrato programa assinado previamente?
Sobre os clubes a evidência é clara e quase que não justificava qualquer estudo, mas sim medidas urgentes de apoio.
A realidade é que após quase 3 meses de paragem (março a maio 2020) e 4 meses de retoma progressiva (nalguns casos), o desporto tem iniciado com muitas restrições e limitações a sua atividade, não obstante as confusões desnecessárias decorrentes da falta de coordenação manifesta entre a tutela do desporto e a DGS aquando da publicação das orientações (36/2020) para a atividade física e o desporto.
Urge colmatar o severo impacto das medidas de contingência e controlo da pandemia por COVID-19 no desporto, a exemplo do que sucedeu nos restantes países europeus onde o desporto é atendido e reconhecido com medidas concretas, extraordinárias e específicas de combate aos prejuízos, conforme diretivas europeias: do Conselho, da Comissão e do Parlamento Europeu, para mitigar o impacto da crise, fundamentalmente ao nível dos clubes, completamente ignorados no Programa de Estabilização Económica e Social, onde foram enquadrados nos regimes aplicáveis a quaisquer outras empresas.
Não chega o anúncio da retoma da prática desportiva, desde a formação até ao alto rendimento desportivo, apesar de esta ser uma condição sine qua non de sustentabilidade dos clubes, porquanto as condições em que se concretiza a retoma, na exata medida das recomendações da DGS, com controlo de riscos sanitários associados, torna insustentável a sua existência, não só pelos prejuízos decorrentes da paragem de quase 7 meses, mas pelos custos excessivos do reinício, sem medidas de apoio urgentes.
E os que advogam a inexistência de casos concretos, basta estar atento. Não acredito, de todo, que os líderes políticos não tenham conhecimento de situações concretas. Enquanto presidente da FPN todos os dias me chegam relatos. Um dos últimos foi do clube AMINATA de Évora, clube com 38 anos de existência, da Associação de Natação do Alentejo.
Mesmo com a retoma da atividade, e cumprindo os rácios previstos nas recomendações da DGS, o clube teve uma quebra nas inscrições para as aulas de natação (fonte de rendimento para fazer face às despesas) de cerca de 70% em setembro, com perda decorrente de faturação em igual proporção.
A angústia dos dirigentes é legítima. Desde a reabertura das atividades a 22 de junho que se verifica uma queda acentuada da procura, justificada pelo medo de contrair o vírus e pelos surtos que, entretanto, atingiram o distrito de Évora, como é o caso de Reguengos, Vimieiro, Mora, Montemor-o-Novo e agora Évora e Redondo.
A redução mencionada traduz-se na ausência de liquidez, que apesar do apoio de 10.000 € da C.M. Évora materializado em julho, não se irá repetir, pelo menos no curto prazo.
Neste contexto é difícil honrar as suas obrigações salariais, fiscais e para com a segurança social (dia 20 setembro data limite de pagamento da Taxa Social única (TSU) de 4500 euros, apenas foi possível liquidar a parte do trabalhador, ficando por liquidar, cerca de 3 mil euros), com os fornecedores (gás, eletricidade, produtos químicos para tratamento da água da piscina), isto sem a garantia absoluta de não fechar a porta.
Na ausência de medidas no curto prazo (imediato), o que resulta?
O encerramento de um clube, único na Cidade de Évora que fomenta a prática da natação, com consequências para cerca de 1000 utentes e famílias, e a perda social de uma organização agregadora, socialmente mobilizadora e economicamente fixadora de RH numa região do interior, que sustenta um número de federados que se aproxima dos 150 e o único clube do Alentejo com as modalidades de natação artística e polo aquático.
Que medidas de apoio poderiam ser cabíveis neste âmbito, para além das já assumidas pela generalidade das FD’s?
Fundamentalmente aos clubes e aos recursos humanos em funções complementares ao mercado do exercício e desporto, especificamente:
1. A criação de um regime fiscal mais favorável, com menor carga fiscal e maior flexibilização no pagamento das obrigações fiscais e contributivas considerando não só o risco de impacto económico e financeiro negativo, como o Estatuto de Entidade de Utilidade Pública e o impacto social positivo na saúde;
2. Redução ou isenção da TSU para Instituições localizadas no interior do país, na criação de emprego e manutenção de postos de trabalho definitivos;
3. A criação de um fundo de apoio direto aos clubes (não reembolsável), mas com critérios definidos, sob a forma de contratos locais de desenvolvimento desportivo, no exato montante das perdas acumuladas durante a paragem, e cuja manutenção dependente do alcance de critérios em função da atividade, como: n.º de utentes > perda comparada c/ tempo ‘normal’ de funcionamento; manutenção de postos de trabalho; contribuição para a estratégia nacional/local de cuidados integrados (do qual o desporto faz parte), etc.;
4. Aos que possuem estruturas físicas (piscinas) e/ou equipamentos imprescindíveis à operacionalidade - que requerem manutenção regular, a diferenciação das tarifas de acesso às redes de fornecimento de água, luz e gás, tornando-as competitivas para uma função social abrangente, podendo mesmo nestes casos ser aplicada a taxa social, na medida de reconhecimento e cumprimento do Estatuto de Instituição de Utilidade Pública;
5. Fundo de apoio direto aos atletas, treinadores e recursos humanos técnicos de suporte que dependem para a sua sustentabilidade dos rendimentos que decorrem da participação no desporto/competições e eventos desportivos, alargando a todos os que operam como prestadores de serviços não contratados, vide recibos verdes.
Uma coisa é certa, se nada for feito, ou se imperar a inação a que estamos já habituados, os clubes não subsistirão até final do ano e com eles assistiremos ao desmoronamento de uma função de regulação social insubstituível."