segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Liga dos Campeões | SL Benfica reencontra PAOK na 3.ª pré-eliminatória

"Possivelmente o pior adversário nas circunstâncias menos apetecíveis: ao SL Benfica de Jorge Jesus calhou em sorte o PAOK de Abel Ferreira na Liga dos Campeões, num embate único a ser jogado no Toumba, casa dos gregos, a 15 ou 16 de Setembro.
Numa fase da competição em que dificilmente os encarnados não teriam condição de favoritos, esta era a única hipótese de equilíbrio na balança da competitividade. Os gregos já despacharam de forma contudente o Besiktas JK na ronda anterior (3-1, com 3-0 aos 29’ e oportunidade de fazer o 4-1 aos 41’ através de uma grande penalidade falhada) e olham para a visita de Jorge Jesus como nova oportunidade de mostrar qualidades que lhes permitam alcançar o que nunca conseguiram – a entrada na fase de grupos da Champions.
As águias negras apresentam-se em 2020-21 com as ideias do seu treinador completamente consolidadas e espera-se muito de uma equipa que não conseguiu destronar o Olympiakos FC do topo do futebol grego (segundo lugar na liga) mas que promete outras ambições para esta época.
No primeiro ano de Abel Ferreira os resultados europeus não foram animadores, houve queda nas primeiras rondas europeias (5-4 agregado com o Ajax na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, 3-3f com o Slovan Bratislava no play-off da Liga Europa), mas nas provas nacionais só o conjunto de Pedro Martins foi mais forte (além do segundo lugar, Abel só caiu na taça precisamente contra ele, nas meias-finais).
Para este ano, as esperanças num final feliz foram redobradas dada a qualidade existente. A maioria das peças fulcrais do onze mantêm-se (por enquanto) no clube e houve adição de talento nacional vindo da cantera – Tziolis, homem de último terço, bisou frente ao Besiktas, e Michailidis, central moderno, são diamantes em bruto por lapidar – que ajudará a alavancar o nível de jogo da equipa para patamares de excelência no historial do clube.
Frente aos turcos, Abel deixou por terra o seu 4-4-2 e assumiu definitivamente o 3-4-3, como em algumas fases de SC Braga: Zivkovic continuou o titular da baliza, ele que foi o titular no campeonato em 19-20; à dupla titular, Varela (ex-Feirense) e Ingason, juntou-se precisamente Michailidis; nas alas, à direita Rodrigo (ex-Aves) e Giannoulis no lado contrário; no duplo-pivot de meio-campo, Schwab (ex-Rapid Viena e principal contratação desta época) acompanhou El Kaddouri (um dos líderes da equipa); na frente, o prodígio Tziolis jogou lado a lado com Akpom e Pelkas (ex-Vitória de Setúbal), relegando para o banco a figura do ano passado, Swiderski, que com 14 golos foi o principal artilheiro da equipa e a quem os rumores colocam na porta da saída… tendo como destino o FC Porto.
Limnios, extremo-direito titular do ano transacto e Anderson Esiti, nigeriano que já actuou em Portugal e contratado por três milhões de euros há um ano, saltaram do banco e fazem parte do lote dos mais utilizados.
Josip Misic, contratado ao Sporting em 2019, foi o MVP da época dos gregos (quatro prémios de Melhor do Mês), mas encontra-se lesionado, com perspectivas de retorno apenas em Outubro.
De relembrar que os últimos encontros entre Benfica e PAOK aconteceram há pouquíssimo tempo, em 2018-19, e que os encarnados eliminaram os gregos com um 1-4 no mesmo estádio do confronto que acontecerá daqui a duas semanas, depois de um empate a uma bola na Luz."

Breves notas (o Tour, o Vitória, Miguel Oliveira e Cavani)


"O Atleta Comum
“Eu sei que não sou o maior talento do desporto. Todos sonham ser o melhor do mundo, mas eu sempre fui realista. Prefiro ser um ajudante na minha equipa de sonho do que correr por mim próprio num nível inferior”, disse o ciclista Tim Declercq da equipa Quick-Step, a disputar o estranho Tour deste estranho 2020. Ao fim de uns anos, a não ser os fanáticos de uma modalidade, poucos conseguem identificar os actores secundários que, pela sua simples presença, ajudam a reforçar o brilho das grandes estrelas. Lembramos um Induráin, um Merckx ou mesmo os ídolos caídos em desgraça, como Pantani ou Armstrong, mas o tempo apaga os nomes dos seus ajudantes e, ainda mais, os “aguadeiros” de equipas menores. No entanto, sem eles não existiria o fascínio da serpente do pelotão a percorrer as estradas, não haveria estratégia colectiva, não teríamos as imagens marcantes dos acólitos a carregarem um chefe de fila montanha acima. Os corredores míticos são imortais, extra-terrestres de qualidades que superam o nosso entendimento. Os outros, os seus ajudantes quase anónimos, parecem-se connosco. Por isso, não os vemos. Por isso é que devíamos olhar para eles.

Vitória de Setúbal
Era uma questão de tempo. Tantas vezes o cântaro vai à fonte que um dia acaba no campeonato de Portugal. Durante muitos anos, o Vitória Futebol Clube conseguiu escapar ao destino de outros clubes históricos da Margem Sul como o Barreirense ou a CUF, mas andava sempre na corda bamba: salários em atraso, polémicas, desnorte directivo e dívidas, salvações in extremis. Apesar de algumas descidas e subidas, altos e baixos, o Vitória parecia insubmersível e, de vez em quando, lá alcançava um brilharete – a conquista da taça em 2005, a taça da liga em 2008 – como que a recordar a sua grandeza passada e a afirmar a sua pertença ao restrito grupo dos clubes triunfadores. Porém, os sinais de decrepitude eram inegáveis, bastando olhar para esse belíssimo Estádio do Bonfim e para a sua degradação e também para o laço cada vez menos apertado entre as gentes da cidade e o seu clube. Terá havido em muitas ocasiões má gestão, mas o declínio do Vitória é também o espelho de uma realidade que não se explica apenas por erros conjunturais. Num país em que se confunde desporto com futebol e em que se confunde futebol com os três grandes, é este o destino que aguarda os restantes clubes. Nenhum Schmeichel, nenhum Casillas, nenhum Cavani chega para disfarçar esta pobreza estrutural em que são todos náufragos embora alguns ainda não tenham consciência disso.

Vitória à portuguesa
Bem sei que nestes tempos de correcção histórica qualquer louvor à excepcionalidade portuguesa – a não ser que seja uma excepcionalidade negativa – é visto como uma manifestação de patrioteirismo arcaico e obsoleto, mas na vitória de Miguel Oliveira na Estíria – o que se aprende de geografia com o desporto – eu vi um triunfo à portuguesa, cheio de ratice, inteligência intuitiva e aproveitamento dos erros alheios. Enquanto os dois pilotos que iam na frente estavam entretidos na sua particular disputa, Oliveira esperou pelo momento certo, por uma, como agora se diz, “janela de oportunidade”, e, deixem-me cá pensar num termo adequado, papou-os, comeu-os de cebolada, comeu-lhes as papas na cabeça. O mérito é individual, sem dúvida, e não é por Miguel Oliveira ser muito bom que os portugueses são automaticamente “os melhores”. Mas é impossível ver aquela ultrapassagem, aquela “ratada”, e não sentir uma emoção epidérmica e, ao mesmo tempo, profunda, talvez atávica, mas nem por isso menos legítima, idêntica à que sentimos quando Fernanda Ribeiro triunfou em Atlanta ou quando Éder marcou o golo mais importante e mais improvável da história do futebol português em Paris. Foi uma coisa linda de se ver – quantas vezes podemos dizer isto de um desporto motorizado?

A novela Cavani
As reacções à novela Cavani, ao vem-não-vem, às narrativas paralelas de jactos para Paris e férias em Ibiza, qual filme de espionagem internacional, mostram que o talibanismo e a toxicidade vieram para ficar. Podem acabar com os programas de grunhos engravatados, com as exibições televisivas de testosterona e macho-alfismo sempre no limite da violência e muito para lá de qualquer contenção verbal e dever de urbanidade, que o mal já está entre nós. Gozar com os infalíveis papas da nossa fé? Achar ridícula, além de incoerente, para a realidade do nosso futebol a contratação milionária de um jogador? Logo descem das árvores e saltam das grutas os pitecantropos de todas as cores armados de fervor clubístico e iliteracia para carregar sobre os hereges. Cartilheiros? Os clubes não precisam de cartilheiros. Para quê pagar a alguém quando se tem ao dispor um exército de voluntários acéfalos?"

Academia do Sachal


"A Academia do Seixal tem sido um dos pilares onde passado, presente e futuro se cruzam para dar corpo a essa noção de sustentabilidade, de geração de talentos e de valorização dos activos.

Sachar - Cavar com o sacho; mondar com o sacho.

O Benfica tem uma centralidade na atenção e nos media sem comparação. O Benfica dá audiências, vende jornais e gera interesse. É por isso que se inventa tanto e que quase tudo é pretexto para engendrar uma razão para falar do clube. Os outros roem-se de inveja. Este potencial e posicionamento é o resultado de um trabalho de anos, de consolidação de um projecto de sustentabilidade do clube face à realidade nacional, às dinâmicas das modalidades e à sociedade portuguesa. cc. Alguns por conveniência das circunstâncias do momento pré-eleitoral no Sport Lisboa e Benfica têm insistido em estratégias de campanha entre o acantonar Luís Filipe Vieira no passado e abocanhar o trabalho realizado que permitiu a centralidade que agora gera tanto interesse e cobiça. Agora, depois de anos de concordância ou de ausência, está tudo mal, lançando-se num esforço desesperado de encontrar momentos de baú que certifiquem o amor ao Benfica nestes anos que passaram e até visionárias visões sobre o presente. “Cada cavadela, cada minhoca”, num impulso desesperado que transformaria a Academia do Seixal em Academia do Sachal, tal é a ambição em esgravatar, a bel-prazer dos adversários e dos media.
É dos livros que uma eleição tem em conta o desgastar de quem está no poder e a afirmação das propostas alternativas, mas o espectro que tem emergido é do bota-abaixo do “está tudo mal”, da boleia dos processos judiciais em aberto e do desespero em sustentar a agenda mediática com desafios, reptos e guinchos que visam a alteração das regras do jogo que existem e existiam. O tempo dedicado à afirmação das propostas alternativas é residual. A orientação é clara, “É preciso implodir o Vieira” para abrir caminho às alternativas, mesmo que isso signifique fustigar a instituição Sport Lisboa e Benfica, colocar tudo em causa e desqualificar o muito que foi conseguido ao longo dos anos, incluindo os do actual mandato.
As próximas eleições no Benfica são mesmo sobre o futuro. Sobre querer correr riscos com aventureiros que modelaram o seu posicionamento em função do seu lugar “na linha de sucessão” ou se ausentaram durante os anos de consolidação do projecto do clube, em qualquer dos casos com tiques de elitismo e de preconceito em relação às origens das pessoas. Sim, o Sport Lisboa e Benfica não é um alforge de criminalidade organizada de outras latitudes, mas também não tem de ser casa de acolhimento de turmas do croquete de outras longitudes. O Benfica tem de continuar a ser o que tem sido. Intemporalidade e diversidade, num caminho de consolidação do caminho percorrido, tão das Casas do Benfica como das elites ou das pseudoelites; tão do ecletismo das modalidades como do futebol; tão da memória como da preparação para os desafios do futuro.
O drama de alguns, é que o Benfica nunca esteve tão sólido e tão presente como agora.
Sólido nos pilares de gestão e de infraestruturas que permitem a geração de condições para os atletas poderem brilhar, envergando a camisola do clube.
Consolidado numa presença diversificada nas modalidades com crescentes preocupações com a participação do género feminino, apesar do actual contexto pandémico que limita e coloca entraves à formação e às modalidades ditas amadoras.
Presente no território nacional e no mundo através do papel fundamental das Casas do Benfica, da Fundação Benfica e das Escolas de Formação que dão expressão ao enorme potencial do projecto como instituição e como marca. No tempo actual querer questionar a afirmação de uma dimensão empresarial do clube, quase por contraste com a carolice de outros tempos, é ridículo. É tão ridículo que não tem em conta que foi Luis Filipe Vieira que resgatou para a órbita do património do clube, o Estádio e a BTV. 
Presente na afirmação de uma gestão que tem em conta o património histórico do clube, os desafios presentes e o futuro, procedendo aos ajustamentos necessários da estratégia como sempre aconteceu, com anuência e sem alarme. É assim em qualquer empresa, escritório de advogados ou instituição em que nem sempre tudo corre como previsto nos resultados, nos processos judiciais ou nas metas. É nesses momentos que os líderes, com a experiência e o conhecimento da realidade, avaliam a situação e ajustam a estratégia, os modelos de gestão e os impulsos de ação. É o que foi feito ao longo de anos e continua a ser feito. Lá porque há eleições e os deserdados desatam a dizer mal de tudo, mesmo daquilo em que participaram, os ausentes desesperam por afirmar uma presença que lhes confira notoriedade e proliferem interessados em relação a uma instituição que na suas palavras teve uma gestão insuficiente, não significa que se deixe de fazer o que sempre se fez. Avaliar, ajustar e concretizar para voltar a ter êxito.
O tempo não está para aventuras, nem para dar alento aos detratores do clube. O Benfica tem uma centralidade na sociedade portuguesa que deve ser continuada, com solidez, com diversidade e com sentido de futuro. Tudo que falta a quem quer fazer das eleições um bota-abaixo do trabalho realizado e, por essa via, da instituição Sport Lisboa e Benfica. As regras existem e são claras, é focarem-se na apresentação das alternativas em vez do bota-abaixo, dos lancinantes desafios e de truques. Fazer tudo diferente é abrir portas aos Vale e Azevedo desta vida. Fazer algumas coisas diferentes é melhor que seja feito por quem sabe. Outubro é sobre o futuro, sem regressos de outros passados que tanto custaram a ultrapassar.

Notas Finais
Pérolas a Porcos
A pequenez é uma reserva mental que impede e impedirá sempre quem ganha de ser grande. O actual contexto poderia suscitar algum ajustamento evolutivo, mas não. O Twitter do F.C.Porto após a final da Youth League em que participou o Sport Lisboa e Benfica é a prova de que podem dar pérolas a porcos, mas há quem nunca consiga sair do meio em que está confortável.
O Algodão Não Engana
A Liga Portugal, agora ainda mais em tons de azul, fez a sua gala e conferiu o Prémio Prestígio a Valentim Loureiro. É impressivo e está tudo dito sobre a cotação do prestígio na instituição.
Um Suponhamos
Suponhamos que o Benfica tinha uma mão cheia de jogadores que não renovavam, não comprava nem vendia, tinha um jogador que não treinava com a equipa há meses e não pagava as dívidas de transferências passadas. Caía o Carmo e a Trindade mediáticas, mas assim não passa quase nada."

A actividade física e desportiva... em nome da vida!... (1)


"Dada a necessidade imperiosa de nos dias hoje invocar esta temática, tendo em conta o quase desprezo com que os responsáveis pela gestão do desporto como elemento primordial para a saúde e bem estar da nossa população a isto nos condiciona, aproveitando o “defeso” das competições desportivas, irei defender em quatro ou cinco artigos o que importa, no sentido provocar um meia culpa pela atrevida iliteracia que se dissolve ao longo dos tempos, muito em especial quando não cheira a eleições, dessa tropa que se vai aconchegando nas cruzetas do poder.
Farei nestes primeiros artigos (1, 2 e 3) uma análise histórica e evolutiva da prática da actividade física e desportiva, obviamente de forma muito circunscrita ao resumo da mesma.
Fazendo uma viagem no tempo, as actividades físicas começaram por ser indispensáveis à vida do homem pré-histórico.
As largas caminhadas davam-lhe a resistência nas marchas; a necessidade de perseguir a caça ou de fugir ao inimigo, emprestavam-lhe velocidade nas corridas; a imposição de acertar no alvo, quase sempre móvel, dava-lhe destreza; as valas e precipícios exercitava-os nos saltos; o refúgio ou procura de frutos em altas árvores, ensinavam-lhes a trepar…
A vida simples mantida pelos recursos que a natureza lhe proporcionava, levava o homem primitivo a obedecer àquela lei da fisiologia. “o movimento continuado e repetido desenvolve os órgãos e aperfeiçoa as funções” – o carácter utilitário do exercício!...
A partir de 2000 anos a.C., pelas pinturas e desenhos encontrados, se podem reconstruir as actividades físicas que figuravam entre os costumes das várias povoações: exercícios gímnicos, arco e flecha, corrida, salto, os arremessos, a equitação, esgrima, a luta e boxe, a natação, o remo, corridas de carros, danças, traduzem a intensa exercitação na civilização egípcia.
Os Hebreus manejavam com destreza o arco e a flexa, arremessavam a lança, brandiam a espada usando gritos ensurdecedores antes de atacar, quer para elevar a moral, quer para atemorizar os adversários.
Entre os Persas e segundo Heródoto, ensinavam-se fundamentalmente três coisas às crianças: montar a cavalo, atirar o arco e dizer a verdade.
Na antiguidade clássica merece-nos importância especial a civilização Espartana, cujo objectivo era formar soldados corajosos, valentes que defendessem galhardamente a Pátria. Por isso, o exercício era exclusivamente destinado a fortalecer corpos robustos para a guerra, não esquecendo de seleccionar um conjunto de actividades tendentes a formar mães fortes, para gerar filhos fortes para o combate.
Por outro lado, a civilização Ateniense distinguia alguns princípios: o corpo deverá subordinar-se à alma racional (não devemos esquecer que a alma racional para Platão, é substância completa, espírito puro, anterior ao corpo, com o qual se une acidentalmente). A actividade física deverá proporcionar saúde, força e beleza, com nítidas preocupações higiénicas, estéticas e recreativas.
É importante referir (estamos agora em 460 a.C.), o método de Hipócrates, o médico mais notável da antiguidade. Contemporâneo de Platão e Aristóteles, criou um método e cura de doenças, que até podemos chamar de pré-científico, pois prescrevia a corrida como um meio curativo: “Esta far-se-ia sobre a ponta dos pés e com balanço alternado dos braços. Integrava ainda a dieta, banhos frios e a vapor como forma terapêutica e dietética”.
Na civilização Grega, com o uso de grandes jogos e festivais, as práticas físicas e desportivas foram um dos factores mais importantes para a unificação da Grécia. Dentro de todos os jogos, merece-nos referência os Olímpicos, realizados em Olímpia em honra de Zeus, dedicados à força e beleza física do homem. Realizavam-se de 4 em 4 anos, começando por durar 1 dia e mais tarde 5 dias, cujo vencedor recebia uma coroa de oliveira, sendo-lhe permitida a entrada pela porta secreta da cidade, erguendo-se-lhe uma estátua.
Conta-se o ano de 776 a.C. como sendo a data da primeira olimpíada e o ano 303 da era cristã a suspensão dos jogos pelo imperador romano Teodósio, como oposição ao exclusivo do corpo e dos deuses e como antítese do cristianismo.
Seguindo no tempo, entramos na civilização romana. Para as actividades físicas, efectua-se a construção de anfiteatros, onde as lutas de gladiadores e os combates com feras tinham lugar. O regresso dos legionários e a consagração pelos seus desempenhos, o abandono dos campos devastados, tomou Roma com uma elevada população esfomeada, que insistentemente pedia pão e circo.
Importa referir nesta época, Galeno, médico estudioso da obra de Hipócrates. Aplicou a educação do físico à medicina, criando a ginástica médica (129-199 d.C.). Dizia: “A cada indivíduo, segundo as suas características, deveria corresponder um conjunto de exercícios também específico”. Para ele era muito importante associar o termo saúde ao prazer do movimento!... Como vemos na distância do tempo o anunciar das causas de bem realizar o exercício que ainda hoje, infelizmente, tantos exemplos de flagrante ataque à saúde de quem ultrapassa a regra de ouro: em termos de exercício e actividade física fazer o que não deve ser feito ou fazê-lo de forma inapropriada são males do mesmo tamanho!...
(continua)"

Há mais Benfica na Luz


"Uma bem conseguida etapa inaugural, na primeira aparição pública do Benfica a fazer recordar marcas de Jorge Jesus de outros tempos:
a) Um Benfica ultra pressionante que não permitiu ao adversário jogar;
b) Coordenação da última linha já com trabalho de pormenor – Movimentos de encurtar, baixar – Posicionamentos em Largura e Profundidade;
c) Exploração do último terço em Ataque Posicional com muita presença ofensiva.
Alinhamento Defensivo Rigoroso
Notas soltas da partida:
- Taarabt a um nível bastante elevado ofensivamente, e muito disponível defensivamente – Está longe de ter a “rotação” que Jesus exige na posição, mas enquanto a fadiga não chega é claramente o homem mais capacitado do actual plantel para a posição;
- Pizzi embora nunca se venha a tornar um jogador competente defensivamente mostrou maior agressividade do que alguma vez o tenha feito nos últimos cinco anos – “Quando o futebol for como o Andebol joga sempre, quando for a atacar jogas, quando for para defender sais” Jorge Jesus. Já não é o jogador com bola de outrora, por demasiado ineficiente em zonas e gestos de criação, mas esteve bastante melhor na participação no carrossel encarnado no último terço;
- Tremenda a facilidade técnica de Cebolinha – Todas as suas acções técnicas parecem ser realizadas sem o mínimo esforço – Tudo natural, fluído, eficiente e eficaz – Vai ter um impacto gigante no último terço na Liga NOS;
- Luka e Chiquinho com pequenos pormenores na forma como executam – Recebem, Decidem – Entregam que permitiram perceber a fluência que podem dar ao jogo no último terço – Facilitam o jogo aos colegas, permitem que seja mais fácil instalar no meio campo ofensivo e com isso amarrar adversários atrás;
- Continua a faltar um ponta de lança com qualidade ao Benfica. Seferovic é esforçado e ajuda no plano defensivo, Vinícius finaliza bem. Em tudo o mais, não acrescentam e estão abaixo do nível da equipa; 
- Diogo Gonçalves a fazer recordar Toto Salvio – Forte fisicamente, potente, desequilibrador em condução e drible, e com chegada à zona de finalização – Tem condições para ser uma surpresa na temporada;
- Gilberto a denotar alguns problemas em perceber distâncias óptimas para adversário em situação de 1×1 defensivo – Deu demasiado espaço! Melhor na coordenação com a linha."

Vermelhão: Luz...

Benfica 2 - 1 Bournemouth


Estreia à 'porta aberta', somente com duas contratações no 11 inicial, mas com diferenças na forma como jogámos! A principal nota foi a pressão alta, muito alta, durante muitos minutos... Eu sei que esta pré-época é atípica, mas manter este ritmo durante tanto tempo surpreendeu-me... E como estamos perto do primeiro jogo oficial, que vale muito 'dinheiro', é importante demonstrar boa forma logo desde início!
Problemas nas transições defensivas, e no ataque organizado... Notou-se a intenção de jogar rápido e 'directo', quando ganhamos a bola, mas ainda faltam 'automatismos' principalmente com os novos jogadores... A opção do Pizzi no 'meio' como segundo avançado, só poderá ser útil em alguns (poucos) jogos! Boa entrada do Digui (Gonçalves)...
Dois grandes golos, o Adel a fazer aquilo que deve fazer mais vezes; o Everton a marcar um golo típico, que se tudo correr bem, irá ser 'normal'!!!

Destaque ainda para o senhor António Nobre: uma vergonha!

Faltam reforços: defesa central (o Jardel está sempre lesionado), defesa esquerdo, '8', 2 avançados... pelo menos estes!