segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Helton Leite, Gilberto, Pedrinho e Diogo Gonçalves: upgrade ao banco de suplentes?

"Como tem sido noticiado e facilmente visível, o SL Benfica está a investir fortemente neste mercado de transferências, com o objectivo de construir uma equipa que domine a nível interno e, igualmente, se consiga bater com outra qualidade e rendimento no plano internacional, ao contrário do que tem acontecido nas últimas temporadas. Como tal, são, até ao momento, já seis os reforços para o plantel encarnado (Cavani está próximo de ser oficializado e assim se tornar o sétimo), ao qual também se junta o regresso de empréstimo por parte de Diogo Gonçalves.
De facto, é inegável a grande expectativa para ver em acção nomes mais sonantes e que deixaram água na boca no universo encarnado, nomeadamente os de Jan Vertonghen, Everton “Cebolinha” e Gian-Luca Waldschmidt, quer pelo avultado montante investido na contratação dos jogadores em questão, quer pelo facto de se tratarem de jogadores já feitos, com experiência, qualidade e atributos diferenciados que certamente marcarão uma nova etapa no futuro do clube da Luz.
No entanto, no futebol actual, cada vez é mais necessário ter um plantel equilibrado, com soluções para as diversas posições e que, consequentemente, possa impedir quebras de rendimento em caso de fadiga, castigos ou lesões por parte dos elementos habitualmente escolhidos para o 11 inicial. Assim sendo, hoje, escrevo sobre quatro nomes que tanto poderão disputar e ocupar um lugar na equipa de Jorge Jesus como, por outro lado mas igualmente importante, serem alternativas válidas para a rotatividade e colmatar algumas situações que surjam no decorrer duma época que se prevê bastante longa e desgastante (começando logo com as eliminatórias de acesso à Liga dos Campeões), garantindo um banco forte e com qualidade.

1. Diogo Gonçalves Por fim, resta fazer referência a Diogo Gonçalves, que regressa para fazer pré época com o plantel, depois de dois empréstimos consecutivos (Nottingham Forest FC em 2018/2019 e FC Famalicão em 2019/2020), sendo que no empréstimo aos famalicenses demonstrou toda a sua qualidade e capacidade para ser novamente uma opção válida (com 34 jogos, sete golos e dez assistências em todas as competições) nos encarnados, depois da aposta e algumas oportunidades na época de 2017/2018, ainda com Rui Vitória à frente da equipa.
Apesar da versatilidade e polivalência que apresenta, juntamente com o amadurecimento no FC Famalicão e maior experiência na Primeira Liga, ainda não é certa a sua permanência definitiva no plantel. Para lateral direito, já há André Almeida e Gilberto, tendo Jorge Jesus dito, em entrevista à BTV, que serão os dois a disputar a vaga pela posição. Já nas alas, há jogadores como Everton “Cebolinha”, Rafa, Pedrinho, Pizzi (ainda que Jorge Jesus tenha dado a entender que será mais utilizado no centro do terreno), juntamente com outros atletas que, até à data, continuam no plantel encarnado, tais como Franco Cervi, Andrija Zivkovic e Jota.
Veremos qual o futuro do português, se a permanência na equipa, sendo uma opção válida para diversas posições, nova saída por empréstimo ou, desta vez, uma saída definitiva, permitindo um encaixe financeiro ao clube, altamente sobrecarregado pelos atuais gastos em compras.

2. Pedrinho Para as alas, chega o talentoso Pedrinho, com 22 anos, vindo do SC Corinthians, por uns elevados 20 milhões de euros, numa contratação que, quando foi confirmada, provocou imensas dúvidas nos adeptos encarnados e também muita discussão em terras brasileiras em consequência da relação valor/qualidade, levando até o seu agora treinador Jorge Jesus a afirmar que, pelo valor pelo qual foi contratado, existiam melhores opções no Brasileirão.
Apesar do elevado montante investido, o certo é que se trata de um jogador com características que o diferenciam dos restantes extremos que o SL Benfica possuía em 2019/2020: finta, imprevisibilidade, capacidade de jogar entrelinhas, técnica e muito forte no 1×1. Terá de aprender várias noções e dinâmicas do ponto de vista táctico, finalizar com outra qualidade (o seu historial a nível de golos não é fantástico, bem pelo contrário) e compensar também defensivamente numa equipa que se prevê que seja obviamente ofensiva.
Além de jogar preferencialmente na ala direita, flectindo para o meio e oferecendo muita capacidade de jogo interior, pode também actuar na esquerda e como segundo avançado, oferecendo, deste modo, um leque de soluções e uma versatilidade extremamente apreciada pelo técnico Jorge Jesus.
Talvez não inicie a época como titular, mas será certamente um elemento com oportunidades e, quiçá, importância no SL Benfica 2020/2021.

3. Gilberto Para a defesa encarnada, mais especificamente para a ala direita, chegou outro nome brasileiro e já com alguma experiência (27 anos), neste caso, Gilberto, saído do Fluminense. Contratado por cerca de três milhões de euros, o lateral assinou contrato até 2025 e prepara-se para disputar com André Almeida a vaga pela posição de lateral direito, algo carenciada desde 2017 (após a saída de Nélson Semedo para o FC Barcelona).
Muito forte fisicamente e com capacidade atlética considerável, Gilberto tem como cartão de visita a velocidade, cruzamento e a chegada ao último terço ofensivo, sendo bastante forte nesse aspecto. Em sentido contrário, apresenta algumas debilidades tácticas e fragilidades do ponto de vista defensivo, sobre as quais Jorge Jesus provavelmente terá de fazer um trabalho específico de forma a melhorar os aspectos referidos.
No entanto, o jogador já havia sido um pedido do técnico português quando este se encontrava no CR Flamengo; na altura, a transferência acabou por não se concretizar, mas agora, no SL Benfica, o treinador optou novamente por tentar contratar o defesa direito brasileiro, desta vez com sucesso. Com a sua chegada, certamente aumentará a competição pela posição e, previsivelmente, o clube terá duas opções mais equilibradas sem se notar tanto a diferença em caso de ausência do possível titular.

4. Helton Leite – Começando pela baliza, Helton Leite, de 29 anos chega ao SL Benfica proveniente do Boavista FC, tendo assinado um contrato válido por cinco temporadas. À partida, tudo leva a crer que será o suplente de Odysseas Vlachodimos, sendo, claramente um upgrade em comparação com Zlobin que, na época transacta, quando foi chamado para defender as redes encarnadas na Taça de Portugal, não se mostrou preparado para o peso da tarefa e responsabilidade.
Na época passada, Helton Leite foi um dos melhores guarda redes da Primeira Liga, evidenciando excelentes reflexos, segurança, jogo de pés, posicionamento e elasticidade. Contudo, a meu ver, poderá melhorar noutros aspectos, tais como as saídas e a cobertura da profundidade, algo preponderante para Jorge Jesus que, como se sabe, é um apreciador da defesa subida, em função do futebol de ataque e elevada pressão que pratica. Por fim, as lesões têm sido outro aspecto menos positivo do guarda redes brasileiro e que, por vezes, o têm impedido de demonstrar todo o seu valor."

Lá fora: "El Súper Benfica"

"Cá dentro: A idade, o investimento, a fiscalidade, a pandemia, aquilo que outrora eram jogadores que vinham dar prestígio à Liga Portugal passou a indecência ou irresponsabilidade.
Este País é demasiado pequeno para a grandeza do Sport Lisboa e Benfica."

Herança de peso para Robinho

"Inicia-se uma nova era no futsal do Sport Lisboa e Benfica, com a saída há muito anunciada de antigo capitão e símbolo do clube, Bruno Coelho, para o projecto do ACCS, em França. Tal abriu uma grande interrogação no seio do clube encarnado: qual seria o novo capitão das águias a partir da próxima época 2020/21. Com esta baixa de peso, caberia à estrutura benfiquista encontrar um jogador com o perfil indicado e um misto de experiência e capacidade de liderança para ser a extensão do treinador em campo. 
A escolha acabou por recair sobre um dos jogadores mais influentes e o mais experiente do actual elenco, o brasileiro Robinho. Com 37 anos de idade e a caminhar para o seu quarto ano com a camisola do Benfica, o brasileiro naturalizado russo é dos futsalistas do actual plantel aquele que melhor encarna, na minha opinião, a garra e a vontade que o misticismo e a rica história das águias merece.
A herança deixada pelo seu antecessor é muito pesada, pois Bruno Coelho é um dos grandes jogadores das águias e obviamente, um dos capitães mais consensuais e indiscutíveis, pelo que a tarefa de Robinho não se avizinha nada fácil. Mas, pelo menos, pode ajudar a integrar os jogadores jovens e inexperientes e faze-los sentir a importância e o peso de vestir o “manto sagrado”.
Nesse papel acredito que o experiente ala irá auxiliar os jovens que estão a dar o salto para a equipa principal. O resto, como se costuma dizer, teremos que aguardar pelos próximos episódios e pelo desenrolar da próxima temporada. Como o próprio jogador admitiu, a sua responsabilidade dele irá aumentar bastante e como tal, só o avançar da competição é que irá mostrar o real valor de Robinho enquanto capitão do Benfica.
Eu defendo sempre que, antes de se criticar ou elogiar prematuramente uma decisão, devemos dar o benefício da dúvida e um voto de confiança aos escolhidos e depois sim, fazer uma análise crítica e fundamentada."

Evanilson, o habilidoso gigante


"Como ponta de lança ou partindo da posição de extremo, quando actua em simultâneo com Fred, o miúdo Evanilson (20 anos) é a nova atracção do futebol no Rio de Janeiro. Ele que representa o Fluminense desde bem jovem, mas que tem a curiosidade de ter passado pela Liga Eslovaca.
Qualidades condicionais extraordinárias, surpreende pela invulgar habilidade com que se move e executa para quem tem tal perfil morfológico.
Mestre das diagonais curtas para aparecer a finalizar, aceleração, drible e capacidade de finalização que lhe valeram uma soma anormal de golos no Brasileiro Sub20, e que o tornaram atracção do Carioca 2021. 
Eis Evanilson, mais um jovem de potencial tremendo que o futebol brasileiro vê emergir."

Uma frase de pascal...

"Nos Pensamentos, Pascal (1623-1662), matemático e físico e filósofo e teólogo, de ideias imorredoiras, afirmou: “o homem nada mais é do que um caniço, o mais frágil da natureza, mas um caniço pensante. Não é necessário que o universo inteiro se reúna, para massacrá-lo. Uma gota de água basta para matá-lo. Mas, se o universo um dia o eliminar, o homem continua mais nobre do que os elementos que o eliminaram, pois que sabe por que morre. Toda a nossa dignidade consiste, portanto, em pensar”. Alain Touraine acrescenta, a este propósito, na sua Crítica da Modernidade: “a história da modernidade é a história da dupla afirmação da razão e do sujeito”. Os filósofos do século XVIII (o século, por excelência, do racionalismo) converteram a Razão numa espécie de divindade, capaz de ler o universo todo e conduzi-lo à resolução das necessidades humanas mais instantes. É pela Razão, segundo a filosofia racionalista, que pode contemplar-se a Verdade. Mas o paradigma desta filosofia (também chamada “iluminista”) era a física de Newton. O corpo jazia rodeado por um ferrugento arame farpado de ideias e não passava de um objeto ao lado dos outros objectos. A tanto levou o racionalismo: ao corpo-objecto! A visão do corpo era simplesmente mecânica e relojoeira. O médico mais célebre do Iluminismo, La Mettrie (1709-1751) escreveu um livro, L´Homme-Machine (O Homem-Máquina) que faz do ser humano uma simples máquina, chegando ao extremo do mais dogmático mecanicismo, ateísmo e materialismo. Pascal, no entanto, que inventou a primeira máquina de calcular, que se conhece, com o seu espírito científico sempre temperado de filosofia e teologia, também deixou escrito algumas frases que ficaram célebres e onde o racionalismo se põe em questão: “O coração tem razões que a própria Razão desconhece”…
Max Weber identificou modernização com racionalização, dado que a modernização se expressa pela permanente e cada vez mais complexa racionalização da sociedade, mormente do conhecimento científico. Não é por isso de estranhar-se que numa sociedade que se julga solidamente científica prevaleçam o empirismo, o positivismo, o realismo, o materialismo e o célebre princípio marxista: “não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas é o seu ser social que determina a sua consciência”. Só que se num primeiro momento a Igreja Católica, em Portugal, se sentiu enfraquecida pela ausência de simpatia e de apoio dos diversos governos republicanos, o exercício intelectual e pastoral de Gonçalves Cerejeira (futuro Cardeal Patriarca de Lisboa e “lente” na Faculdade de Letras), entre os estudantes da Universidade de Coimbra; a criação do C.A.D.C. (Centro Académico de Democracia Cristã), que logo nas primeiras reuniões se impõe um “espírito” que nunca mais se havia de perder: o alheamento da política partidária, a preocupação da integral formação dos estudantes e, finalmente e ainda mais, uma disciplinada e consciente subordinação à autoridade da Igreja. Folheio, agora o livro Fátima e a Cultura Portuguesa (D. Quixote, Lisboa, 2018), da autoria do escritor e filósofo Miguel Real, onde pode ler-se: “Porém, a grande resposta da Igreja ao republicanismo foi dada (de um modo lateral às instituições e totalmente inesperado para a hierarquia) pela irrupção das Aparições de Fátima” (p. 84). E, duas páginas adiante, escreve Miguel Real: “Do ponto de vista do pensamento católico em Portugal, A Igreja e o Pensamento Contemporâneo (de Gonçalves Cerejeira) é um livro notável , operando o ponto de situação metafísico, teológico e epistemológico das relações entre a ciência e a religião, na Europa contemporânea”. De salientar o seguinte, no que à “formação física” diz respeito dos sócios do C.A.D.C.: foi, nesta organização académica, que se ergueu um ginásio e se organizaram cursos de ginástica, em espaço universitário. Mas… “não se tendo lançado na febre do desportismo” (Padre Luís Lopes de Melo, O Centro Académico de Democracia Cristã (História Breve), Coimbra, 1951, p. 12).
O mundo que o Iluminismo criou tem muito do que é seu transformado em clamorosas ruínas. Tenho a sensação, por vezes, que só leio coisas já ditas. Faltam-nos mestres. “Deus morreu” proclamou-o Nietzsche, num desespero incontido. Foucault, tão niilista como Nietzsche, garante que o homem morreu também. E, no entanto, para ele, o homem é uma invenção recente, não passa de um conceito filosófico que a modernidade inventou – afinal, uma criatura, com 200 ou 300 anos de vida! Resta-nos pensar sobre o vazio do homem desaparecido. Tem razão o Heidegger quando afirma que o homem é tão-só um ser-para-a-morte? Michel Foucault morreu de sida, num hospital parisiense, em 1984. E deixa-nos um legado de morte para todos os quadrantes da vida. Como estranhar que neste árido clima se escutem apelos a uma renovação do pensamento? Pois não é verdade que também há quem nos diga palavras donde sai um autêntico acorde… que nos deixa em êxtase? “Somos em grande medida habitados pela possibilidade de Deus”. Sem esquecer jamais que “a crença num conhecimento muito estável muitas vezes precipita-nos numa espécie de idolatria. A gente tem de perguntar-se sempre: o que é que me traz mais próximo de Deus? O saber ou o não saber? A procura de uma segurança a todo o custo ou a confiança esperançada numa amizade que amadurece?”. E este pensamento que nos deixa sentido, num mundo em crise de sentido? “Não há misericórdia sem excesso. Se queremos ser pessoas moderadas, se queremos ser apenas justos, se queremos fazer apenas o que está certo, seremos até boas pessoas, mas não conheceremos o Evangelho da Misericórdia. Porque o Evangelho da Misericórdia pede de nós um excesso de amor: que sejamos capazes de abraçar a vida ferida e que percebamos tudo sem necessidade de dizer muito”. José Tolentino Mendonça: é um dos meus autores preferidos. Com ele aprendo sempre que é possível ser feliz, feita a ressalva que não há felicidade sem transcendência! De facto, na obra do Cardeal Tolentino Mendonça, há uma Verdade para além da verdade histórica dos nossos anseios e dos nossos sonhos, que só pela transcendência se pode imaginar. E que tem sentido… 
Na prosa poética de Jorge Valdano, os treinadores e os futebolistas avultam sempre como figuras de actualíssima projecção, muito oportuna nos dias que nos assistem: “O capitalismo já ocupa todos os espaços, também no futebol. Como o pragmatismo não se discute e o futebol não tem uma claque própria, aceitamos com resignação as palavras de Simeone: “O resultado não é o mais importante, é a única coisa”. Os treinadores têm o direito de o dizer, porque são os primeiros a sentir a guilhotina por um mau resultado. Mas a frase é uma falta de respeito pelo futebol enquanto fenómeno, “ópera dos pobres”, que provoca sobressaltos emocionais e estéticos e que eleva, em algumas ocasiões, jogadores e equipas a picos heróicos. Para Simeone, o resultado é uma questão de sobrevivência, mas se o futebol fascina é porque tem a ver com o orgulho, a identidade e a aspiração de grandeza. Numa só palavra, com a glória. Se o único critério social que mede o êxito é o dinheiro, não podemos estranhar que o único critério futebolístico que mede o sucesso seja o triunfo” (A Bola, 2020/8/15). De facto, “o capitalismo já ocupa todos os espaços, também no futebol”. Há muito tempo o senti. Por isso, respigando no que escrevi, pode encontrar-se: “E se o Desporto emerge tão-só como um dos subsistemas do sistema “capitalismo” ele não passa de simples mercadoria, à imagem do que se passa com o próprio corpo (…). No corpo, o que mais se consome e publicita são as suas qualidades físicas, morfológicas e sexuais. Prometem-se força física, ombros largos, cinturas finas, orgasmos tensos e intensos, como quem vende sabão, lixívia, ou outro produto deste jaez (…). O turvo presságio de Marx poderia aqui invocar-se: na sociedade capitalista, a prostituição da mulher acontece, lado a lado, com a prostituição generalizada do trabalhador. A reificação do corpo significa a reificação do trabalhador” (Algumas Teses sobre o Desporto, Compendium, Lisboa, 1999, p. 12). Mesmo o Ronaldo, o Messi e o Neymar… que ganham milhões, também para esconder a esmagadora maioria dos futebolistas profissionais que ganha “tostões”. Mas volto ao meu querido Amigo e Mestre, José Tolentino Mendonça, na revista do Expresso (2020/8/15): “Penso que uma forma de preparação decisiva, no nosso mundo incerto, é aquela que nos chega, através da capacidade de pensar”."

Cadomblé do Vata (milhões!)

"Então e aquele pessoal que há um ano via em silêncio esfingico, um clube sob alçada do Fair Play Financeiro da UEFA, com parcos 7 milhões de lucro no Relatório e Contas, investir quase 65 milhões de euros em reforços e que agora se contorce todo da língua quando um clube que nunca foi intervencionado pela UEFA e que no ultimo Relatório apresentou 104 milhões de lucro, planeia investir 80 ou 90 milhões de euros em craques?"

Patrick de Paula, da favela para o mundo


Na favela era tiro para cá, tiro para lá, vai tremer em penalty?
O moleque há dois anos e meio estava na favela jogando pelada. Lá onde ele morava, na comunidade dele, o tiro ‘come’ para lá e para cá, ele tinha que se esconder aqui e ali. Ele não está nem aí para bater pênalti. É um jogador que nasceu jogador de futebol. Não vai tremer nunca.»
Wanderlei Luxemburgo

Foi a grande revelação do Paulistão 2020 e ainda ficou para a história como o marcador do golo do triunfo do Palmeiras na competição.
Depois de um empate entre os rivais Palmeiras e Corinthians, a grande final decidiu-se na marca das grandes penalidades, e aí uma vez mais Patrick de Paula deixou a sua marca, assumindo a responsabilidade de bater o penalty final que valeu o triunfo do verão sobre o até então tricampeão Corinthians.
Médio centro com enormes argumentos técnicos e físicos, Patrick enche o campo com elegância e capacidade para progredir em posse. Com pouco erro, mesmo quando assume riscos à qual alia disponibilidade e qualidade defensiva, De Paula é mais um jovem brasileiro que a Europa descobrirá em breve."