quarta-feira, 10 de junho de 2020
Dupla face
"O FC Porto, através do seu director de comunicação, ainda há pouco tempo acusava José Manuel Meirim de, nas últimas épocas, ter funcionado como ponta de lança do Benfica e considerava que "enquanto for assim, é difícil que estas coisas sejam normais, transparentes e iguais para todos os competidores".
Pois bem, há dias, quando se soube que existiria uma pessoa que se candidataria para o seu lugar, mesmo ele mantendo-se na equipa, os mesmos responsáveis surgiram a elogiar o trabalho isento e equilibrado de José Manuel Meirim considerando inaceitável essa alteração.
Mas o mais extraordinário é virem agora colocar em causa a nova candidatura por se tratar de uma deputada e existir uma eventual incompatibilidade face ao exercício desse cargo político.
Isso mesmo, poucas horas depois de elegerem para os seus órgãos sociais uma vasta legião de políticos, com a agravante de alguns já estarem directa e indirectamente ligados a processos de decisão que estão a gerar polémicas, como se observa com a eventual cedência de terrenos no concelho de Matosinhos, após intervenção noticiada e nunca desmentida do actual presidente do Conselho Superior do FC Porto e presidente da Câmara Municipal do Porto.
O que estamos a assistir é à montagem de uma rede de interesses sem paralelo entre política e futebol em benefício de um clube numa situação de desastre financeiro.
Já não falando da despudorada falta de coerência e verdade que estes exemplos demonstram sobre a velha estratégia de sempre, em que o único objectivo visado é intimidar, ameaçar e condicionar qualquer responsável que se estreie num órgão de decisão desportiva.
Um clube, que viu o seu presidente ser condenado por corrupção desportiva pelas instâncias da justiça desportiva e de quem todos nós ouvimos as conversas telefónicas a decidir e combinar árbitros com o próprio presidente do Conselho de Arbitragem, naturalmente pensa sempre os outros à sua imagem, e não consegue conceber outra estratégia senão partir logo para a difamação e a chantagem, e, por isso, Meirim estaria ao serviço do Benfica, para agora já ter feito um excelente trabalho.
Penoso é assistir ao desfile dos novos “Bobis” e “Tarecos” deste novo século, que em diversos programas, perante tanta incoerência e mudanças de posição sobre os mais diversos assuntos por parte do seu clube, dão provas da sua inestimável capacidade e resiliência de nos provar que a dupla face tem um preço certo.
Um pouco de coerência, pelo menos..."
Recados hipócritas...
"Treinador do #portoaocolo: “Já agora, não quero cartões amarelos ao adversário aos 92 minutos por perder tempo.”
Esta regra nova só se aplica aos adversários, ou também se aplica ao #portoaocolo?
Hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa na verdade não possui, frequentemente exigindo que os outros se comportem dentro de certos parâmetros de conduta moral que a própria pessoa extrapola ou deixa de adoptar."
Coacção continuada...
"Hoje foi dia de conferência de imprensa de Sérgio Conceição a atacar, coagir e ameaçar a arbitragem. Just another day at the office.
Multas? Castigos? O Meirim transfere-os para o Benfica."
Campeão incompetente: o vencedor da Liga 2019/2020 será o menos mau
"A suposta mudança de paradigma para a “Era da Estratégia” assinala que já não é o modelo de jogo o factor diferenciador entre as grandes equipas e o traço fundamental que as distingue de outras de menor dimensão. Não deixando o modelo de ser importante, diz-se que a capacidade de adaptação ao adversário, o anular dos seus pontos fortes e a exploração dos seus pontos frágeis é o ex-líbris do futebol destes tempos. Tal ideário advoga ainda que quem não estiver Adaptado às novas circunstâncias ficará para trás e não resistirá à velocidade de mudança deste novo futebol.
O campeonato em Portugal diz-se muito estratégico. Estratégia é aliás a palavra adoptada quando não há mais nada para elogiar no jogo. Quando não há futebol, quando não há competências colectivas ou individuais em clara evidência, os analistas e os treinadores recorrem a algo que mais ninguém conseguiu perceber no jogo (a tal estratégia) para se distinguirem, e para explicarem o resultado. Aceito que a era da estratégia tenha, finalmente, chegado à Portugal. Mas o que se tem notado de ano para ano, de forma evidente, é uma queda abrupta da qualidade de jogo. A bola tem sido maltratada na maior parte do tempo e, mais do que uma solução para resolver os problemas do jogo, a bola é agora um problema. Se há coisa que essa febre estratégica trouxe foi a incompetência para se jogar um jogo que a todos apaixonou pelo contacto com a bola, evitando-se agora o seu bom tratamento.
A título de exemplo, não me lembro de, na última década, um coro tão unânime de adeptos dos clubes que disputam o título. Muitos deles, apesar da celebração do título ser uma possibilidade bem real, não se conseguem rever nos comportamentos em campo das suas equipas a atacar e/ou a defender. Acompanhar os jogos dos que defendem as suas cores é um sofrimento imenso muitas vezes não proporcionado pelo resultado. A capacidade de sofrimento, tão falada por tantos treinadores em Portugal, é hoje o principal atributo para se ser adepto das equipas que ocupam os primeiros lugares. É um contrassenso ganhar sem se sentir superior, sem sentir que a equipa tenha feito o que pode para conseguir a vitória. Ao fim de cada noventa minutos, e mesmo com os três pontos no bolso, a sensação é de profunda frustração porque o futebol é paupérrimo. Tendo em conta os muito melhores argumentos que têm, as exibições das equipas tornam-se insuportáveis.
No FC Porto, Sérgio Conceição continua a querer arrombar as defesas adversárias. A sua opção por jogadores com uma compleição física imponente não permite que a equipa jogue um futebol de acordo com a qualidade dos intérpretes tecnicamente dotados, que se ofuscam por não falarem a mesma linguagem dos fortes e agressivos. De arrombamento em arrombamento, a equipa vai somando vitórias mais ou menos confortáveis, mas quando encontra quem queira retirar os duelos do jogo a dificuldade é evidente.
Há quem diga que não há opções para jogar de outra forma, que não há soluções para furar os blocos baixos que se amontoam em frente à área quando enfrentam as equipas “grandes”. Poderíamos estar a falar de uma equipa sem opções, e sem qualidade individual para jogar de outra forma; mas vemos que Fábio Silva, o melhor avançado do clube, só tem lugar na bancada; Fábio Vieira, que poderia acrescentar o virtuosismo e a capacidade para individualmente desembrulhar o jogo em espaços reduzidos não salta do banco; com Corona como lateral direito, e sem Alex Telles, não há espaço para Tomás Esteves usar a sua qualidade ofensiva para ajudar a equipa a atacar melhor; não há Diogo Costa que há muito justifica a aposta na baliza; não há Vítor Ferreira para fazer a bola entrar chegar em melhores condições às zonas de criação; Nakajima, inclusivamente, quer fugir do Dragão, tão má é a sua relação com o jogo proposto pelo seu treinador; as acções de Luis Díaz não são o suficiente para desembrulhar todos os jogos, em todos os momentos. É preciso que também ele se ligue com outros que o permitam ser melhor.
Com tudo isto, ignora-se o funcionamento do mercado em nome da entrada direta na Liga dos Campeões. Esquece-se, porém, que vender um Fábio Silva com vinte jogos na primeira divisão e alguns golos, com esta idade, poderia valer duas entradas na prova, deixando o clube de estar refém da classificação final para conseguir um extraordinário retorno financeiro. Fábio Vieira poderia perfeitamente ser vendido ao nível dos mesmos valores de Trincão, e se calhar até mais altos, tendo em conta o nome do clube que representa. Etc, etc, etc.
Repare que as grandes competências por todos reconhecidas da equipa de Sérgio Conceição são a compleição física, e a competência nas bolas paradas ofensivas. Sendo que a primeira não tem nada a ver com o trabalho tático do treinador, a segunda é uma característica boa, mas não das que fazem ansiar por ir ao estádio, ou ligar a televisão para ver a equipa jogar. Nenhuma grande equipa da história de Portugal é conhecida e reconhecida por algo tão pobre quanto a força das bolas paradas.
Relembre quais os intérpretes do melhor golo que a equipa marcou no decorrer desta época, e note que as capacidades físicas que utilizaram para fazer este golo foram a força técnica, e a velocidade de decisão: Luis Díaz, Uribe, Otávio, Nakajima, Corona, e outra vez Otávio.
No Benfica, vive-se um estado de dúvida permanente. Como a equipa quer ser estratégica acima de tudo, os jogadores não se conhecem e não se reconhecem. Não sentem os mesmos movimentos nos mesmos espaços, e não percebem nos mesmos timings os padrões de situações semelhantes.
Sendo que Bruno Lage venceu de forma arrebatadora a jogar em contra-ataque, a jogar com espaço, fiou-se ser esse o caminho certo para o seu Benfica e esqueceu do grande problema que isso lhe traria quando lhe retirassem o espaço. Não trabalhou a sua equipa para ser forte com bola, para ser forte a criar espaços, daí a pouca admiração pelo que Weigl pode dar ao jogo.
Por isso, intuímos o pouco trabalho para juntar jogadores que possam criar mini sociedades, e que coletivamente (pelo seu bom entendimento individual) consigam penetrar nas bem apetrechadas defesas contrárias de forma a criar mais situações de finalização simples. Pense na forma como Grimaldo está pouco acompanhado, com poucas linhas de passe, ou estando acompanhado, os posicionamentos não são os melhores para que ele possa beneficiar a equipa tirando partido da sua extraordinária qualidade. Também não se entende, numa equipa que anseia por criatividade, a ausência de Tiago Dantas das convocatórias. Não se compreende, numa equipa que precisa de jogadores que desembrulhem o jogo e que consigam desmontar um adversário para que a equipa possa jogar com menos oposição, a falta de oportunidades de Zivkovic - é que ele com um olho vê melhor do que os outros com dois, mas não tem uma real oportunidade para o demonstrar.
A equipa de Bruno Lage é fortíssima com espaço, sendo que colectiva e individualmente está bem montada para o aproveitar. O problema é que o mais importante é a bola. Não é difícil perceber que o Benfica entra em curto circuito quando não tem espaço. E a equipa até se poderia distinguir, também, pela excelência do momento defensivo; mas nesse momento do jogo, não demonstra predicados que nos convençam que aquele é o melhor caminho para evitar sofrer golos. A equipa tem dificuldade em defender os espaços entre linhas, e mesmo a defesa da baliza não se mostra de grande nível. Quando os adversários têm a intenção de trocar mais do que quatro passes consecutivos, os jogadores perdem as referências de pressão.
A hegemonia do FC Porto e do Benfica na luta pelo título é indissociável da qualidade dos seus jogadores. Portanto, de modo algum podemos dizer que a luta pelo título traduz a excelência colectiva de ambas e o trabalho diferenciador dos seus treinadores. As competições de regularidade costumam distinguir competências colectivas extraordinárias, e trabalhos de fundo dos treinadores que tatuam as suas ideias no corpo dos seus jogadores.
Mas em Portugal, na Liga NOS, essa relação não existe.
A qualidade de jogo não é proporcional ao número de vitórias (a uma percentagem esmagadora sobre derrotas e empates), nem tão pouco à classificação. O título não invalida que o melhor futebol tenha sido praticado por equipas que estiveram longe dessa disputa, e decerto não coroará o melhor treinador da Liga. Assim é este jogo onde as regras ditam que deverá existir um vencedor. E quem tem o melhor conjunto de jogadores, com uma diferença abismal para a concorrência, acaba por estar mais próximo de vencer, ainda que o treinador não se distinga dos seus pares pela destreza do jogo que a sua equipa pratica."
Desmentido
"O Sport Lisboa e Benfica desmente que exista qualquer acordo ou que esteja fechado qualquer processo de negociação com vista à contratação do jogador Robin Koch, do Friburgo, conforme foi noticiado por alguns órgãos de comunicação social."
Estes gajos nunca precisam de ser apertados
"Era quinta-feira, já de noite, o telemóvel acende o ecrã, é uma notificação das milhentas que implica ter o WhatsApp instalado e lá fazer parte de grupos. Cai uma mensagem: "Estes gajos precisam de ser apertados".
O grupo é de bons e antigos amigos, muitos vindos da ancestral infância quando nem sabíamos o que era futebol. Quem a escreve é um benfiquista chateado com o empate do Benfica com o Tondela, apoiado minutos depois por outro que tenho como amigo para a vida, que apenas escreveu "mesmo". Nenhum sabia, ou sequer imaginava, que nessa noite o autocarro do clube seria apedrejado e as casas de vários jogadores pintadas com insultos em muros e paredes.
Não era preciso o primeiro escrever, no dia seguinte, que obviamente não se estava a referir a disto, porque eu e ele conhecemo-nos há muito e entre as razões para sermos amigos é, felizmente, sabermos que a violência, o vandalismo e as ameaças resolvem nada, são resposta para muito menos e vêm de gente que não sabe viver em sociedade, portanto, também não saberão conviver com vitórias e derrotas da equipa que apoiam no futebol, que alteram nada de palpável nas nossas vidas, fora oscilações na bússola do humor e da boa disposição.
Já era sábado e sobre isto falámos como deve ser, em pessoa. Chegámos rapidamente ao subliminar problema que origina barbáries destas quando este meu amigo começou a dizer coisas como "Mas eles não sentem uma vitória ou uma derrota como nós", "Mas eles estão-se nas tintas", "Mas eles ganham milhões, só pensam nisso, têm que aguentar" ou "Mas eles têm que sentir a exigência". Sempre um "mas".
Concordo com a última, pois se os humanos ergueram estádios à volta de campos foi para terem lá adeptos que querem o mesmo que o clube, obterem o dinheiro que pagam pelos bilhetes e irem tendo o que despendem nas quotas de sócios, retribuindo com um clube que reflicta os valores da região, da terra, da cidade e das pessoas que o acolhem.
Mas condeno e rejeito todas as outras, em que o "eles", como já devem ter percebido, são os futebolistas, entre os quais haverá cerca de nenhum que se sinta mais motivado e em pulgas para jogar melhor depois de ser ameaçado com violência ou ter a casa onde moram os filhos vandalizada porque perdeu, ou empatou um jogo, e alguém achou que isso era razão para ser apertado.
Isto não é apertar.
Apertar é fazer o que é tolerável por estar no direito de cada adepto que torça, sofra e tem os batimentos cardíacos dependentes das coordenadas da bola no campo: exigir melhores resultados e exibições, criticar, assobiar, apupar ou mostrar tarjas no estádio, por exemplo. São coisas de que os jogadores também não gostarão, com as quais podemos concordar ou discordar, mas que se aceitam, cabem na chapelada que conhecemos como pressão e, tacitamente, um futebolista abraça quando encarrila a vida por este caminho.
De nenhum plano faz parte haver adeptos a apedrejar autocarros e vandalizar casas de jogadores, a invadirem um centro de treinos para baterem em jogadores ou a ameaçarem um jogador com um tiro no joelho se não renovar o contrato com o clube.
A paixão das pessoas é o que germinou os clubes. Até certo ponto, é o que os faz mover antes de entrar a mecânica dos €, mas essa paixão acaba onde começa a visão doentia que distorce o conceito de apertar uma pessoa cuja profissão é jogar futebol e, na grande maioria dos casos, importa-se tanto quanto qualquer adepto se o jogo não lhe dá aquilo pelo qual passou dias e dias a treinar para acontecer.
Não sei se há assim tanto jeito no argumento, mas, quando respondi ao meu amigo que já o vi, não sei quantas vezes, furibundo e a barafustar por perder um jogo da bola entre amigos, indo para casa de trombas quando nada está em discussão e nem há pessoas a torcerem pela equipa em que jogou, e lhe pedi para imaginar o que sente um profissional, ele calou-se. "Mas é diferente", disse, às tantas.
Pois é, claro que é.
É a curta vida profissional de pessoas cujo trabalho diário é prepararem-se para aquela hora e meia que têm a cada semana, em que têm de carregar as suas próprias expectativas e jogarem pelas de todos os adeptos para quem esses 90 minutos podem bem ser o escape de uma semana de tudo o que lhes ocupa a vida e, naturalmente, se desiludem quando as coisas não correm bem. Mas nada, em circunstância alguma, justifica ter a "casa vandalizada, cabeças partidas, vidros nos olhos ou ser alvo constante de ameaças", como escreveu Fábio Martins, quando se atreveu a conversar sobre isto, sem filtro, numa rede social onde o teclado e o anonimato protegem ódios exacerbados, mas se deu ao trabalho de confrontar e ser confrontado por quem acha que "Eles Ganham Milhares, Têm Que Se Sujeitar".
Fábio Martins deu um exemplo de abertura, transparência e diálogo, mais uma vez e muito bem, entre quem faz vida do jogar futebol e quem vive para ter o futebol como um dos seus gostos e hobbies. Foi lendo muitos "mas" e dando resposta a vários. Mas, repetindo, o "mas" que mais devia importar é este: o futebol pode significar tudo para muita gente, mas nada justifica apertar com violência quem anda no futebol. Nunca. Devemos é apertar com a mentalidade que leva alguém a achar-se no direito de ameaçar e violentar jogadores só porque não ficou contente com o que os viu a fazer em campo."
5 jogadores a ter em conta no Portimonense SC x SL Benfica
"Na segunda jornada pós-regresso à competição, o SL Benfica desloca-se a Portimão, tentando fazer esquecer o empate na Luz, da passada quinta-feira, frente ao CD Tondela. Em igualdade pontual com o FC Porto, enfrentará um Portimonense SC motivado, depois de uma vitória caseira frente ao Gil Vicente FC por 1-0.
Antevendo o confronto da 26ª jornada da Primeira Liga, apresentamos cinco jogadores a ter em conta no embate entre algarvios e encarnados, capazes de ter uma influência tremenda no resultado final.
1.
Franco Cervi – Desconhecendo a condição física em que se apresenta, certo é que muito estranho não ter sido opção na quinta-feira passada, sobretudo pelo desenrolar do jogo e pela monotonia ofensiva que o SL Benfica apresentava. Assim, para este jogo, vejo um papel fulcral na utilização do argentino, podendo aproveitar Bruno Lage as suas características mais irreverentes, nomeadamente a procura do um contra um e do desequilíbrio que daí provoca e, sobretudo, a sua largura em momentos, potencializando o aparecimento de Grimaldo em zonas mais adiantadas e interiores.
2.
Lucas Fernandes – Não podemos dissociar o golo fantástico da passada quarta-feira, diante do Gil Vicente FC, da inclusão nesta lista. O médio brasileiro apareceu em locais mais adiantados do terreno, aproveitando o Portimonense SC a sua excelente qualidade de remate, bem como o seu esclarecimento com bola e a sua visão de jogo. Igualmente forte nas bolas paradas e no último passe, se tiver espaço poderá criar grandes problemas aos encarnados.
3.
Carlos Vinícius – Mais do que estranhar o facto de o avançado brasileiro ter ficado em branco, estranho ter estado tão desligado do jogo e dos companheiros na passada quinta-feira. Ainda mais contra equipas tão fechadas e bem organizadas defensivamente, o SL Benfica precisa de mais Vinícius, com maior disponibilidade para o jogo apoiado e para as tabelas com os médios e os extremos. Acredito que possa melhorar bastante em Portimão, não só com golos, mas, inclusive, criando oportunidades de golos para os colegas.
4.
Aylton Boa Morte – O extremo algarvio tem-se mostrado forte não só em lances de contra-ataque e em profundidade, como também procurando criar perigo na entrada da área, com um drible curto e fazendo-se valer da sua força física. Poderá criar bastantes dificuldades aos laterais encarnados, tendo em conta as suas características e as lacunas e complacência que se vêm evidenciando no momento defensivo dos comandados de Bruno Lage.
5.
Adel Taarabt – Diante do CD Tondela, o médio marroquino apresentou-se com bastante disponibilidade física e táctica, tendo sido o mais inconformado dos encarnados, sendo, no entanto, por muitas ocasiões traído pela rigidez e pouca disponibilidade dos elementos mais ofensivos da sua equipa. Para este jogo, espero um Taarabt um pouco mais recuado, potenciando maior qualidade na saída e na condução de bola, permitindo assim um envolvimento ofensivo, com maior dinâmica e imprevisibilidade."