quarta-feira, 1 de abril de 2020

Eram cinco em sombra da tarde!

"Organizou-se para obter verbas para a construção do Estádio da Luz. A I Corrida de Touros Sport Lisboa e Benfica, no Campo Pequeno. A chuva não afastou o entusiasmo. Salvação Barreto, que estava na moda por ter pegado uma fera no filme Quo Vadis, em exibição em Lisboa, quis repetir a façanha e teve ordem de prisão.

Vítor Gonçalves gostava de touradas. Era um jogador de classe. Primeiro como avançado puro, depois recuando um pouco no campo, tornando-se um médio de personalidade rara.
A sua paixão maior era a bola. Depois vinha a arena.
Quando o Benfica cumpriu 25 anos, foi um dos entusiastas pela garraiada promovida na velha Praça de Algés. Nessa tarde, Vítor estava feliz como nunca.
Não sei se, como dizia Garcia Lorca eram 'las cinco em punto de la tarde'.
Sei que a garraiada foi comandada pelo tenente-coronel Ribeiro dos Reis. Foi uma estreia, sim. Mas algo para repetir-se.
Goste-se ou não se goste, a tradição do touro está aí, na alma portuguesa. O Benfica não poderia fugir a esse chamado. Como não podia fugir ao chamado do Lorca, porque tem entranhada na existência um mundo de poesia: 'Ay, qué terribles cinco de la tarde! Eram las cinco em sombra de la tarde! Las heridas quemaban como soles!'.
Cinco em sombra da tarde. Nenhum de nós consegue fugir ao apelo do poema. Mesmo que as feridas queimem como sóis...
No dia 26 de Outubro de 1952, os dirigentes do Benfica decidiram ir ainda mais além. Organizaram a I Corrida do Sport Lisboa e Benfica. A receita reverteu em favor da construção do Estádio da Luz. O assunto era para ser levado a sério. Não se tratava de qualquer chinfrineira. De tal ordem, que o Benfica - SC Braga para o campeonato nacional até foi antecipado. Leiam, leiam: 'Não sofre dúvidas: acontecimento e dos maiores, esta formidável corrida de toiros que se efectuou no Campo Pequeno para o fundo de construção do novo estádio e parque de jogos do Sport Lisboa e Benfica'.

Festa e cadeia
Era a última corrida da época. Sublinhava a partida para o México do matador Manuel dos Santos. Cavaleiros: Simão da Veiga, João Branco Núncio, José Rosa Rodrigues e Francisco Sepúlveda; espadas: Manuel dos Santos, António dos Santos, Joaquim Marques e Francisco Mendes; moços de forcados: Amadores de Lisboa, com Salvação Barreto como cabo. 'Cartel primoroso que só o Benfica conseguiu organizar neste final de época. Todos os aficionados estão de parabéns, como também estão todos os adeptos do grande e popular clube português, que, uma vez mais, percebeu como é amado pela população de Lisboa'.
Não importava sol ou sombra. Nem foi caso para isso, porque desatou a cair uma chuva miudinha, irritante, daquela a que o povo gosta de chamar de molha-tolos.
Francisco Sepúlveda montante o Gama com laivos de pertinácia, sempre de frente para a fera, sem medos, com alegria e sem demoras. Mereceu a ovação. Tremenda ovação.
Manuel dos Santos, em trânsito para Tijuana, houve-se com um novilho de estadão, bicho largo, ancho, com a valentia e o pundonor que a afición lhe reconhecia, exponde-se com a capa e a muleta, deixando o bicho aproximar-se, quase lhe tocando de raspão, para arquear as costas, fugindo-lhe aos cornos cortantes, adornando-se em molinetes, entrando a matar al encuentro. Os sócios do Benfica ergueram-se para a despedida. O México esperava por ele.
Os pormenores tiveram fascínio. Leiam, leiam: 'Nuno Salvador Barreto, que em Lisboa está a pegar um touro desembolado num filme que se exibe três vezes ao dia (era o Quo Vadis, recordam-se?), quis repetir o facto ao vivo, e o representante da Direcção-Geral dos Espectáculos levou o seu zelo ao excesso de requerer a sua imediata prisão, que deveria, pelo menos, ser retardada para o fim do espectáculo para não privar o público do que estava anunciado, as pegas, porque o seu grupo, privado do cabo, que é a cabeça, ficaria acéfalo se não se tivesse, naturalmente, retirado'.
Há sempre uns figurões que gostam de impor a sua autoridade, por mais bacoca que seja. Salvação Barreto foi posto em liberdade pouco depois, mas impedido de assistir ao jantar oferecido pela direcção do Benfica na Adega Mesquita.
Entrou Francisco Mendes, acenderam-se as luzes do Campo Pequeno, que a tarde ia longa. O touro estranhou e baralhou-se. Perseguiu, aqui e ali, a própria sombra e estragou e baralhou-se. Perseguiu, aqui e ali, a própria sombra e estragou o trabalho do toureiro. Depois, no seu jeito de bem muletear, garantiu os aplausos de uma gente alegre.
Bem a chuva estragaria a noite do Benfica.
'Todos os cavaleiros, toureiros e forcados amadores brindaram ao Sport Lisboa e Benfica, cujos adeptos devem ter ficado satisfeitos com a gente dos touros sempre pronta para tudo que contribua para as boas relações da família portuguesa'.
Os touros, esses recolheram aos curvos, vermelhos de feridas em fundo negro.
O povo continuou a festa, aqui e ali, um pouco por toda a parte. A tarde não tivera futebol, mas fora popular como poucas..."

Afonso de Melo, in O Benfica

O Benfica retratado por Roland Oliveira

"Na fotografia de Roland Oliveira há 50 anos de história. Como salvaguardar o património do Clube para as gerações futuras?

No mês em que se comemora o centenário de Roland Oliveira (25 de Março de 1920 - 7 de Setembro de 2007), homenageamos este fotógrafo do desporto português. Sócio do Sport Lisboa e Benfica, colaborou desde os anos 1950 como repórter desportivo com o jornal O Benfica e, mais tarde, com O Benfica Ilustrado.
Após a sua morte, a família doou o seu acervo fotográfico ao Património Cultural do Sport Lisboa e Benfica. Este conjunto é composto por cerca de 80 mil imagens fotográficas de diversas tipologias (negativos e provas com diversos formatos, imagens a preto e branco e a cores). De imagem em imagem, somos levados a percorrer a história do Benfica. O seu trabalho acompanha as mais variadas modalidades, eventos e vivências, desde meados do século XX até ao início do século XXI, constituindo um dos importantes para o Clube.
Este espólio reflecte, para além da história benfiquista, a história da fotografia e a evolução dos processos fotográficos e equipamentos técnicos. Através da observação do acervo, percebemos que Roland, à semelhança de outros fotógrafos, utilizou câmaras de médio formato, entre a década de 1950 e 1970, e câmaras de pequeno formato, a partir dos anos 1970. As câmaras de médio formato usam filme em rolo de 120mm ou 20mm produzindo imagens com o popular formato 6x6cm, e permitem a criação de uma série de imagens em sequência, com muito boa resolução. Estas viriam a ser substituídas por câmaras de pequeno formato, usando o filme 35mm conhecido por todos, por serem mais leves, rápidas e versáteis, e por produzirem mais fotogramas, sendo ideias para um repórter fotográfico. As películas fotográficas contêm uma estrutura físico-química complexa, são espécies extremamente frágeis e, se não forem devidamente cuidadas, a sua deterioração é inevitável. De forma a divulgar e salvaguardar estas valiosas imagens, o Património Cultural do Sport Lisboa e Benfica iniciou o seu tratamento documental e a sua conservação. Neste contexto, estão a ser realizadas acções de conservação preventiva, como a higienização, reacondicionamento e digitalização, bem como a descrição arquivística. No fim deste projecto, os negativos (matrizes fotográficas) irão ser acondicionados a temperaturas negativas em arcas congeladoras, de modo a retardar a sua decomposição natural e prolongar o seu tempo de vida útil.
Para saber mais sobre a fotografia de Roland Oliveira, veja a rubrica #100anosRoland nas redes sociais do Museu Benfica - Cosme Damião."

Joana Silva e Sandra Garrucho, in O Benfica

Mensagem do presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira

"Tal como tive oportunidade de transmitir ao grupo de trabalho do futebol profissional do Benfica e a todos os jogadores em particular, é enorme o orgulho que sinto, partilhado por todos os órgãos sociais, sobre a forma exemplar e solidária como, desde o primeiro momento, procuraram unir-se para ajudar aqueles que mais necessitam e os que, de forma mais corajosa, nos protegem desta terrível pandemia.
Os gestos de doação de alimentos para com os sem-abrigo e, agora, o elevado contributo dado para a aquisição de diverso material e equipamento de protecção médica ficarão para sempre na nossa memória, e definem o carácter e o espírito de entreajuda de um grupo de jovens de diversas nacionalidades que comungam da necessidade de todos podermos, de alguma forma, contribuir para ajudar quem está na linha da frente deste combate.
Aproveito também para realçar o exemplo ímpar que tem sido dado pelos técnicos, atletas e profissionais ligados às mais diversas modalidades do Benfica e dos mais diversos clubes pelas diferentes iniciativas e incansável empenho em publicamente darem voz e incentivos a todos os que se encontram em recolhimento ou que trabalham nos sectores de actividade que nos garantem o acesso aos bens essenciais, segurança e salvaguarda da nossa saúde.
Elogios extensíveis a todas as acções de solidariedade da Fundação Benfica e dos exemplos que nos chegam um pouco por todas as Casas do Benfica, sem esquecer a forma como toda a estrutura profissional do clube, funcionários e colaboradores, desde logo, planearam e implementaram as medidas de prevenção e contingência e, em teletrabalho, demonstram uma inexcedível dedicação para normalizar, tanto quanto é possível, a actividade de gestão e administração do Clube.
Mas, neste momento, gostaria sobretudo, do fundo do coração e da forma mais veemente, de prestar a mais justa das homenagens a quem tanto merece pelo seu exemplo e abnegação.
Justa homenagem e agradecimento público a todos os profissionais de saúde, jovens e menos jovens que, dia a dia, de forma incansável e com enorme coragem, salvam vidas e nos motivam a todos a acreditar que a solidariedade e a ajuda ao próximo é o bem mais precioso que temos.
As imagens e relatos que todos os dias nos chegam do vosso trabalho são de uma grandeza humana inexcedível. Que coragem a vossa!
A todos, o meu profundo agradecimento para quem melhor do que ninguém dá corpo ao lema,
De todos um!

Luís Filipe Vieira"

Gordos

"1. Em Janeiro, quando o futebol ainda era importante, disse Thomas Tuchel sobre Cavani. «Há coisas piores na vida do que ficar no PSG». E também há coisas piores na vida do que ficar em casa, por mais que agora não pareça.
2. O treinador Luís Castro resumiu tudo muito bem num artigo na Tribuna Expresso. «Há 10 dias pensava em futebol. Hoje penso na arriscada viagem ao supermercado, mais complexa do que jogo contra o Man. City».
3. As notícias de milhares de mortos chegam-nos diariamente com a naturalidade de um boletim meteorológico. Eu também gostava que a época fosse terminada, nada seria mais justo, mas querer jogar à força é a maior fraqueza que o futebol pode ter.
4. Entre outras coisas (a começar pelo risco para saúde pública, mesmo à porta fechada), como iriam explicar ao povo que há vidas apagarem-se como velas ao vento enquanto se joga futebol) E em cada jogo há dois médicos à espera de ir meter spray...
5. A pressa é inimiga da perfeição e amante da irresponsabilidade. É a altura de assumir que a época, provavelmente, não será mesmo retomada e começarmos a pensar nas decisões mais difíceis e injustas mas inevitáveis: as de secretaria.
6. Diz a ministra que para nos voltarmos a abraçar é preciso ficarmos longe. É como dizer-nos que só podemos ganhar marcando um autogolo.
7. Nem de propósito, a música You'll Never Walk Alone, de Gerry and the Pacemakers, adoptada como hino do Liverpool, é a mais ouvida no Reino Unido na era do Covid-10. Faz tanto e tão pouco sentido ao mesmo tempo.
8. Nesta luta não pode haver dois Rambos. O dos dias de chuva (papel higiénico, gel desinfectante e lata de atum) e o dos dias de sol (toalha, chapéu e bronzeador). Se o vírus é inteligente, não o ajudemos sendo burros.
9. Talvez tenhamos mesmo de sair disto mais gordos, como dizia Guardiola. Para não sairmos menos vivos."

Gonçalo Guimarães, in A Bola

Magia Pedrinho



"Foi o número dez da selecção pré-olímpica do Brasil, numa equipa que reuniu Paulinho (Leverkusen), Bruno Guimarães (Lyon), Matheus Cunha (Hertha), Yuri Alberto (Santos) e Reinier (Real Madrid), e chega aos vinte e um anos ao SL Benfica para retomar uma história de jovens brasileiros talentosos que rumam à Liga NOS para potenciar capacidades antes de voos mais altos.
Apesar das características de corredor central, no Corinthians Pedrinho tem jogado maioritariamente na ala direita – A equipa do estado de São Paulo defende em 4x4x2, e no seu ataque posicional assume uma configuração parecida à do SL Benfica de Bruno Lage, com o corredor direito entregue a Fagner (lateral direito), e Pedrinho a ocupar espaços centrais entre linha média e defensiva do adversário.
O talentoso – Boa e veloz execução – jogador que chegará ao Benfica na temporada vindoira é portanto uma alternativa clara a Pizzi. Características de médio ofensivo que defende na ala, mas não é um extremo puro, antes procura definir em espaços interiores."

A maior competição desportiva do mundo

"Esperava-se um retorno de mais de 2 mil milhões de dólares em turismo, 4 mil milhões de dólares em patrocínios e o mesmo valor em direitos de transmissão televisiva Nenhum país ou sociedade podem hoje em dia passar à margem deste fenómeno tão rico como é o desporto. Ele está presente nas escolas desde as mais tenras idades até ao patamar universitário. Depois de adultos, é-nos proposto outro tipo de actividades físicas. A terceira idade passou também a ser um alvo prioritário para o incremento da actividade desportiva. Muitos países elegem o desporto como a sua principal força de afirmação no contexto internacional. As grandes competições fazem parar toda a sociedade. Os Jogos Olímpicos são a maior de todas.
Neste cenário o desporto precisou de se posicionar perante a sociedade fazendo valer os seus argumentos como elementos de atracção. Se pensarmos bem, estamos perante uma indústria de entretenimento onde a televisão, o cinema, a música, o teatro ou a internet ‘lutam’ pela atenção individual de cada indivíduo. Onde é que as pessoas vão investir o seu tempo de lazer é claramente o objecto de disputa entre estas áreas. Se conseguirmos que as pessoas gastem o seu tempo connosco, provavelmente conseguiremos também que gastem connosco o seu dinheiro...
Numa sociedade tão mediatizada, o desporto também não passa ao lado desta realidade, bem pelo contrário. A maior parte de nós saberá o nome do treinador da equipa de futebol do Manchester City. Poucos saberão o nome do Ministro da Defesa do Reino Unido. Os media vieram maximizar a importância do desporto na sociedade actual contribuindo, decisivamente, para a mistificação dos melhores atletas. Os grandes feitos estão cada vez mais acessíveis a todos. Os grandes ídolos são reconhecidos em qualquer continente.
Todos, diariamente, sentimos a pressão que a globalização exerce sobre nós nas mais variadas actividades rotineiras. Ora o desporto não escapa desta verdade absoluta. A crescente industrialização do negócio do desporto induziu ao novo conceito dos eventos desportivos globais. O maior de todos, os Jogos Olímpicos, arrastaram consigo várias modalidades que foram capazes de produzir mega eventos onde o palco era tão só...o mundo. Os campeonatos mundiais de futebol, a Fórmula 1, o rally Dakar, o circuito ATP de ténis, a volta a França em bicicleta, o circuito PGA de golfe, o circuito mundial de voleibol de praia e tantos outros reduziram a nada as distâncias entre países. Deixou de ser estranho competir na mesma semana em Moscovo e no Rio de Janeiro. As distâncias pouco valem no esforço de fazer cada vez mais e de chegar a mais e mais pessoas, perdão... consumidores.
É neste contexto que recebemos esta semana a notícia do adiamento para 2021 dos Jogos Olímpicos de Tóquio. O Governo Japonês investiu mais de 12 mil milhões de dólares neste evento esperando receber mais de 30 milhões de visitantes. Esperava-se um retorno de mais de dois mil milhões de dólares em turismo, quatro mil milhões de dólares em patrocínios e o mesmo valor em direitos de transmissão televisiva. E foram já vendidos mais de oito milhões de bilhetes para esta edição. Será um enorme desafio para todos manter estes valores em 2021."

Olheiro BnR: Neemias Queta

"Do Barreiro para o mundo
No Barreirense começou a lançar ao cesto, no SL Benfica cresceu como jogador e na universidade de Utah State mostrou-se ao mundo. Neemias Queta continua a fazer sonhar os amantes de basquetebol portugueses, podendo ser o primeiro luso a pisar as quatro linhas da NBA.
Depois de ajudar a sua faculdade a conquistar dois títulos da conferência Mountain West, os olheiros da liga milionária já ligaram o radar até ao talento do número 23 dos Aggies. No ano passado, as médias de 12 pontos, nove ressaltos e 2,5 desarmes de lançamento catapultaram o poste até ao NBA Combine, uma montra para os jovens que esperam ser escolhidos no Draft.
Várias equipas convidaram Neemias para um treino privado, mas o natural do Barreiro decidiu voltar mais um ano para continuar os estudos e a carreira universitária na NCAA. Entretanto, fez parte de uma página dourada da selecção portuguesa de basquetebol: a conquista do grupo B do Campeonato da Europa de Sub-20.
Durante o torneio que se realizou em Matosinhos apareceu uma lesão no joelho que o afastou da primeira parte da temporada. Depois de uns jogos menos conseguidos, as boas exibições a que nos habituou voltaram, e as expectativas para o March Madness eram elevadas. O sonho NBA voltou a ganhar peso, mas cabe ao atleta decidir se é o momento certo para tal.


Quando vemos o jovem basquetebolista a actuar, os seus 2,11 metros de altura mostram-nos uma habilidade defensiva acima da média. Neemias é, sem dúvida, um jogador de “garrafão”, sempre pronto para massacrar o aro do cesto ou a bloquear lançamentos dos adversários. Por outro lado, demonstra pouca velocidade e perde algumas vezes a bola em transição.
Nas previsões que diversos meios de comunicação social realizam alguns meses antes do Draft, Neemias Queta aparece como uma sólida escolha de segunda ronda. Espera-se que uma das 30 equipas se encante com as variadas qualidades do português e nos encha de orgulho quando Adam Silver trouxer o nome do nosso país naquele papel."