quinta-feira, 26 de março de 2020

Cadomblé do Vata (...a um passo do Tri !!!)



"Taça dos Clubes Campeões Europeus 62/63 - Meias Finais - 2a Mão - 08/05/1963 - Estádio da Luz 
SL Benfica 3-1 Feyenoord Rotterdam
1. Costa Pereira, Coluna e Eusébio de Moçambique e Santana de Angola... não admira que os holandeses tenham andado séculos a tenta roubar-nos as nossas colónias ultramarinas.
2. Primeiro jogo transmitido em directo para a Eurovisão pela Rádio Televisão Portuguesa... o acto de partilhar com o Mundo o futebol do Glorioso é metade generosidade e metade gabarolice.
3. Terceira final da Taça dos Clubes Campeões Europeus em três anos... da memória do grande Real Madrid europeu, só restam os calções brancos do SL Benfica.
4. Os vermelhos de Roterdão vieram jogar ao Estádio da Luz... e como seria de esperar, perderam inapelavelmente contra os encarnados de Lisboa.
5. É um escândalo dizer que Eusébio é o Pelé da Europa... quanto muito, comparando com o Pantera Negra, Pelé é o Nartanga da América do Sul."

Que livros de desporto devo ler nesta Quarentena? Alex Ferguson – A Minha Autobiografia

"A mais completa colecção de memórias de Alexander Chapman Ferguson – Alex Ferguson – A Minha Autobiografia – é o livro lançado em 2014, edição final e completa da vida e carreira do mais titulado treinador de sempre.
Nascido nos subúrbios de Glasgow no último dia de 1941, Alex sempre se definiu orgulhoso das suas origens modestas no distrito de Govan, distrito operário onde fomentou as suas qualidades humanas. A honestidade e a força de carácter, características intrínsecas à sua personalidade e que demonstrou durante toda a sua carreira, foram a base de um talento inesquecível na gestão de egos e na sua capacidade em impor a autoridade nas mais diversas circunstâncias.
A descrição de todas as etapas enquanto homem, atleta amador e profissional e, finalmente, treinador, são-nos explicadas ao pormenor de forma articulada e fluída, na qual todos os detalhes vitais nos são transmitidos com uma precisão histórica infalível.
Desde os tempos de futebolista profissional no Dunfermline AFC e no Rangers FC, onde chegou a internacional escocês, até ao último jogo na liderança do Manchester United FC: o 5-5 frente ao West Bromwich Albion FC é apontado por ele como o resultado que melhor ilustra uma carreira ímpar e um estilo inconfundível, no qual a racionalidade muitas vezes se deixava subjugar pela força das emoções.
«If I needed a result to epitomise what Manchester United were about it came to me in game No. 1500: my last. West Bromwich Albion 5 Manchester United 5. Wonderful. Entertaining. Outrageous. If your were on your way to watch Manchester United you were in for goals and drama. Your hear was in for a test. I could have no complaints about us throwing a 5-2 lead agains West Brom within nine minutes. I still went through the motions of expressing my annoyance but the players could see right throught it. I told them: ‘Thanks boys. Bloody great send-off you’ve given me!» p. 11
Lê-se nas ‘Reflexões’ e é a introdução perfeita para a descrição de uma carreira e de uma personalidade que faz parte da história do jogo, por mérito próprio. Desde os 32 anos, quando começa no East Stirlingshire FC, que a sua faceta disciplinadora foi sentida. Um autêntico sargento. A imagem de pai carinhoso com temperamento instável foi o que possibilitou a transformação de grupos de jogadores em seguidores acérrimos da sua palavra: só assim se justifica a forma como pega no Aberdeen FC e os leva a intrometerem-se entre o poderio dos dois gigantes do costume, levando-os inclusive à glória europeia com a conquista da Taça das Taças.
Em Manchester, revolucionaria um clube, dar-lhe-ia identidade e seria a figura paternal de uma geração inesquecível de jogadores, a Class of ’92, assim chamada pela vitória na FA Youth Cup do mesmo ano: Gary e Phill Neville, Scholes, Giggs e Beckham, a estrela maior e a personalidade mais mediática até à consolidação de Cristiano Ronaldo na primeira equipa.
Ao português, dedica-lhe um capítulo completo – o oitavo de 25 -, o qual começa com a mais pertinente das afirmações: Cristiano Ronaldo was the most gifted player I managed.
A carreira é-nos apresentada em números no final da obra, onde se explica com todas as estatísticas, classificações e trajectórias europeias o percurso do jogador e do treinador Sir Alex Ferguson, pormenor que emprega ao livro o definitivo carimbo de ‘essencial’ na biblioteca de qualquer admirador."

Breve retrato histórico sobre artes marciais e desportos de combate em Portugal

"Se quisermos conhecer um pouco da história do surgimento de algumas artes marciais em Portugal, temos que recuar até ao início do século XX. O primeiro período, que podemos situar entre 1900 e 1945, caracteriza-se, sobretudo, pelo surgimento em território nacional das primeiras práticas orientais de luta, sobretudo japonesas, despertando a curiosidade das classes sociais urbanas e das forças militares e de segurança pelo seu exotismo e vertente de uso social (defesa pessoal).
As primeiras imagens e fotografias de que temos conhecimento sobre as modalidades orientais, sobretudo de jujutsu e de kendo, são reveladas pela revista Illustração Portugueza (n.º 79), de 26 de Agosto de 1907, quando da passagem por Lisboa de dois navios japoneses (Tsukuba e Chilone), sob o comando do almirante Goro Ijuin (1852-1921). Depois de 1907 outras publicações da época (as revistas Tiro e Sport, n.os 370 e 373, de 10 de Janeiro e Fevereiro de 1908; Illustração Portugueza, n.º 139, de 19 de Outubro de 1908; Sports Ilustrados, de 22 de Outubro, 3 e 10 de Dezembro de 1910), apresentam nas suas páginas imagens e referências sobre lutadores japoneses que por Lisboa e Porto foram passando. A Illustração Portugueza (n.º 139), de 19 de Outubro de 1908, por exemplo, dá conta de que o primeiro mestre japonês que lutou jujutsu em Portugal foi Sada Kasu Uyenishi, popularmente conhecido por “Raku” (actua em Barcelona a partir de 01 de Setembro de 1907, através do Circo Ecuestre, no Teatro Tivoli, surpreendendo, igualmente, os espanhóis.
Entre Novembro de 1907 e Julho de 1910, Raku terá visitado cerca de duas dezenas de países europeus, tendo realizado mais de duzentas demonstrações). Em Portugal, o Coliseu, de volta à cena, reabre com uma nova companhia de circo no dia 28 de Setembro de 1907. O lutador japonês Raku deu uma sessão pública de jujutsu, lutando com Diogo Conelli, lutador greco-romano. A sua estreia deu-se no dia 27 de dezembro, tendo lutado também com o brasileiro João Cardoso de Moura, com o inglês Dillon, o japonês Hidesuki Hano e os portugueses Manuel Loureiro Grilo e Rui Cunha. Infelizmente, não temos conhecimento de imagens do acontecimento.
Mas os repórteres da revista Illustração Portugueza (n.º 139) registaram o momento de forma escrita, mostrando um sentido emocional: “Raku entrou na arena do Colyseu e a sua figurita magra, encolhida, os seus óculos, o seu sorriso tímido para aquele público de médicos, de jornalistas, de homens de sport, era como uma desillusão. Aguardava-se uma créatura forte, musculosa, um homem com o ar triumphal de vencedor e d’ahí a surpreza que logo se manifestou n’uns risinhos e n’umas phrases ditas em segredo. Qualquer pessoa se sentia capaz de destruir o pygmeu que se propunha bater-se à face d’uma cidade inteira. Porém, quando elle começou fazendo as suas demonstrações com o seu auxiliar, os risos foram cessando, uma atenção enorme começou a prestar-se ao nipponico, que com a maior tranquillidade do mundo ía vencendo. Por fim, um dos assistentes, rapaz conhecido no sport, quiz experimentar as forças de Raku e saltou para a arena. Dentro de pouco estava por terra, sentia o golpe forte do japonez a estorcegar-lhe o braço e vinha-lhe uma dôr tão violenta que se debatia até que ele o largava com o ar sereno, o mesmo ar grave de sempre. Agora todos rodeavam o sportsman que fazia justiça às qualidades do adversário. N’essa tarde, sob a cúpula do Colyseu, o ju-jutsu começou a consagrar-se para os portuguezes”.
Raku exibe-se durante cinquenta e seis noites e matinées. Era na altura um homem novo (27 anos), de estatura baixa (1,65 m), magro (58 kg) e exibia um bigode preto, pequeno, cujas pontas terminavam na comissura dos lábios, dando-lhe um ar severo. Fazia-se acompanhar por um inglês de nome Nelson, que exercia as funções de seu secretário. Numa entrevista concedida à revista Tiro e Sport, de 10 de Janeiro de 1908, Raku dizia-se natural de Osaka e que o seu pai o tinha obrigado a praticar jujutsu como meio de revigorar a sua debilidade física. Pelas suas naturais aptidões, depressa foi notado pelos seus colegas e foi nomeado instrutor na Escola Militar de Educação Física (“Imperial”) e, posteriormente, na Escola dos Instrutores da Escola de Educação Física da Polícia e na Escola Militar para os Oficiais. O desejo de ser o introdutor do jujutsu no Ocidente levou-o a sair do Japão por volta de 1898 a caminho de Inglaterra, Alemanha, País de Gales, Irlanda, França, Bélgica, Espanha e Portugal. Nas demonstrações que fez com esta prática oriental de combate, acabaria por vencer o campeão dos médios e pesados de luta, Gruhn, do Reino Unido.
O reconhecimento deste método de combate pelos ocidentais, e a procura da “modernização” da formação militar e de segurança, levou-o a ser convidado para ser instrutor de jujutsu em vários locais: Escola Militar de Aldershot, em Shorncliff Camp; Escola Naval Militar; departamentos da polícia inglesa, etc. Considerado um dos maiores “embaixadores” do jujutsu na Europa no início do século XX, Raku era acompanhado nas suas digressões por vários compatriotas. As suas demonstrações enchiam as salas de espectáculo.
O segundo período, que situamos de 1946 a 1974, da implementação e evolução a nível nacional das práticas de luta orientais é marcado pela criação das primeiras organizações dedicadas ao ensino destas práticas desportivo-marciais em território nacional, pelo estabelecimento de residência de mestres oriundos da Ásia (Japão, China, Coreia, etc.), e, consequentemente, pelo surgimento e proliferação de artes marciais até então desconhecidas, pela criação de várias comunidades de praticantes, levando a uma popularização das várias modalidades, e pelo controlo e fiscalização do Estado português (através da Comissão Directiva das Artes Marciais, criada em 1972), procurando impor a disciplina dos praticantes, a sua obediência às leis e à ordem estabelecida, quer dizer, a sua tradicional submissão à autoridade, sob pena de… (ser punido segundo a lei).
Nos anos 1940, dominados pela Segunda Guerra Mundial, o regime totalitário de Salazar adoptava em Portugal uma posição neutra, mas as suas simpatias tinham uma inclinação pró-Nazi. É num contexto em que a censura e a impiedosa repressão às liberdades civis eram uma constante que surge a mais antiga academia do país dedicada ao treino, à prática e ao ensino regular do jujutsu/judo. Surgiu, em maio de 1946, em Lisboa.
O nome escolhido foi “Academia de Judo”. O então ministro do Japão em Portugal, Iotaro Koda, encarregou-se de oferecer os tatamis (tapetes) e os kimonos (vestimenta). Competia a esta Academia promover o espírito tradicional do judo, visando essencialmente a preparação para o combate real; adoptar as técnicas de treino do Kodokan de Tóquio, não relegando as técnicas das escolas congéneres, na medida em que o próprio Kodokan exortava à sua investigação; relegar a selecção dos praticantes por pesos, por ser contrário à vida real (não considerava nem cultivava o judo como prática desportiva). O fundador da Academia foi António Hilmar Schalck Corrêa Pereira (1906-1982). Os dados a que tivemos acesso, evidenciam que o contingente de praticantes cresceu. Dos 17 efectivos de 1956, passa para 89 em 1963. Corrêa Pereira escreve um trabalho de reflexão, intitulado “A Essência do Judo” (1950), veiculando a transmissão dos valores e comportamentos ditados por esta prática oriental. Adoptou o pseudónimo de Minuro. Nesta obra, o autor realça os aspectos fundamentais do judo marcial, aplicáveis, no seu entender, a todos os ramos da actividade humana (estudo, combate, negócios, diplomacia, amor, etc.). Estava convencido de que o judo que preconizava não era para todos. Com o aumento de “clientes”, a Academia tornou-se demasiado exígua. Apesar da renovação total deste centro de prática em 1957, foi preciso arranjar um espaço mais conveniente e com melhores condições para a prática.
Assim, e em plena época salazarista, abriu-se em 1958 o centro de prática de Entrecampos, na rua Visconde de Seabra, n.º 18, que passa a chamar-se Academia de Budo. É nesta academia, e com a vinda de mestres japoneses e de praticantes de diferentes nacionalidades, que vão surgir outras artes marciais, nomeadamente o karaté. À medida que os praticantes vão sendo credenciados, e com as várias cisões individuais (que passaram por questões de competição ou não competição das modalidades; opção de percursos profissionais, entre outras), vão também abrindo outros espaços de treino a nível nacional. Outras dinâmicas (criação de clubes, associações, etc.) foram registadas no Norte de Portugal. A Comissão Directiva de Artes Marciais viria a ser extinta em 1987. As artes marciais passaram para a tutela da então Direcção Geral de Desportos (DGS). Ao serem integradas neste organismo estatal foi-lhes negada essa denominação, englobando-as no domínio da prática desportiva. Convém não esquecer que o próprio Jigoro Kano teve muita relutância em considerar o judo como desporto, e acabou por ser o primeiro representante da Federação Internacional de Judo."

O basquetebol reinventa-se? - Parte 1

"O aparecimento de um surto epidémico que rapidamente se transformou numa pandemia, afecta o quotidiano de todos, colocando igualmente a comunidade do basquetebol português num estado de indefinição. Não temos dúvidas de que o mundo que aí vem será diferente, e o desporto, nomeadamente o basquetebol português, terá de se adaptar e de se organizar de outra forma. É fundamental que a Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB), em parceria com Associações e Clubes, encontre formas de gerir a modalidade demonstrando ser uma organização ágil e proactiva. 
Nesta fase, é natural que muitos se preocupem em encontrar soluções para as provas que estavam a decorrer e que foram suspensas. Antes, já tinha sido cancelada a Festa do Basquetebol Juvenil, prova que assume uma enorme importância no calendário da FPB, desde há muito tempo.
Os dados que temos do basquetebol português dizem-nos o seguinte:
Portugal está, actualmente, no 61.º lugar do ranking mundial da FIBA em homens e está mais perto da cauda da Europa (nº 34 do ranking) do que do seu topo. Isto, depois de ter participado nos Europeus de Espanha e da Lituânia com a sua seleção sénior – o topo da pirâmide, onde desagua e, finalmente, é avaliado (a métrica tão falada nestes tempos…) todo o trabalho de base. No que diz respeito ao ranking das selecções jovens masculinas, não fazemos parte nem do ranking mundial nem do europeu (estaremos colocados depois do nº 27 neste último).
No ranking feminino o panorama é melhor, 47.º do ranking mundial e 27.º lugar do europeu, enquanto nas jovens mulheres o ranking mundial coloca-nos no 27.º lugar no ranking mundial e no 15.º do ranking europeu. No que diz respeito ao Campeonato da Liga Placard, recentemente publiquei alguns estudos que incidiam em diversas áreas da competição.
Na análise feita ao “Estudo sobre o tempo de jogo dos jogadores Portugueses e Estrangeiros das equipas da Liga Placard ao fim da 1ª volta” os dados diziam-nos que os jogadores estrangeiros jogavam 64% dos minutos disponíveis num jogo e os jogadores portugueses 36%. Face à leitura dos dados, foi realizado um novo estudo com o foco nos “Jogadores Seleccionáveis Seniores e SUB 20 - Quanto Tempo jogam e sua Valorização”, por forma a perceber que tempo estes jogadores dispunham, sendo que esse estudo nos dá a seguinte informação: a maioria dos jogadores que compunha a equipa que venceu o Grupo B do Campeonato Europeu de sub20, joga maioritariamente na Proliga e só um jogador tem 15 minutos ou mais minutos de utilização na Liga Placard. Quanto aos atletas seniores, existem somente sete jogadores “portugueses” que jogam 20 minutos ou mais minutos por jogo, o que é um número escasso de atletas. Na Europa temos um jogador português a jogar na LEB Oro, Espanha (equivalente ao 2º nível de competição), e um jogador naturalizado em Itália. Já nos Estados Unidos temos alguns jovens no Campeonato Universitário e na competição das escolas secundárias. Das quatorze equipa que disputam o Campeonato da Liga Placard, só uma é que dá mais de 50% dos minutos disponíveis aos jogadores portugueses, sendo que no outro extremo existe uma equipa onde os jogadores portugueses jogam somente 19% do tempo total de jogo.
Este é o ponto de partida desta reflexão.
Sempre que alguém lançou o debate sobre algum aspecto da modalidade, apresentando algo de diferente ouvia-se, mais vezes do que o desejado, alguém dizer que não era a altura certa, que havia muita coisa em andamento, outras tantas planeadas, etc… Não se podia travar uma bola de neve em movimento!
Mas, agora, pode-se! Este é o momento certo! Atrevam-se! Este é o meu desejo para este período de isolamento social a que estamos votados: uma reflexão profunda. Enquanto observador e estudioso da modalidade em diferentes escalões e em várias perspectivas, debato-me com a fragilidade do basquetebol português da actualidade, não confundindo alguns (bons) exemplos com a média. Tapar o sol com a peneira é um erro crasso.
Não me agrada não poder ver jogadores portugueses a baterem-se com os jogadores estrangeiros de igual para igual. Também não gosto de ver equipas a darem “cabazadas” no campeonato principal do quadro competitivo da FPB, bem como não gosto de ver uma equipa sem nenhuma vitória na tabela classificativa da Liga Placard. Obviamente que um dos pilares como resposta para a crise do basquetebol português está na formação – sem uma forte aposta neste sector não se chegará a lado algum!
Em que ponto da formação, questiona-se. Técnica? Táctica? Físico? Psicológico? Motivacional? Pedagógico? Compromisso? Ensino do jogo? Exigência? Quadros competitivos? Os índices em causa são demasiado vastos para se encontrar um antídoto fácil.
Os problemas são de diversa índole. Cabe à FPB ter a capacidade de se afirmar como uma organização ágil, demonstrando ter flexibilidade e ser proactiva no que diz respeito ao futuro incerto que nos espreita. Os desafios que vai ter pela frente no decorrer da próxima época exige esse tipo de atitude, por forma a ser capaz de lidar com os múltiplos problemas que vai encontrar pela frente. Como diz o provérbio popular “colhe-se o que se semeia”, é tempo de os filhos do basquetebol lançarem boas sementes para que o basquetebol cresça, volte a ter boas colheitas e se torne relevante."

Prevenção e contingência

"O Sport Lisboa e Benfica, sabendo do impacto que a infecção por SARS-CoV-2 (COVID-19) estava a ter noutros países, decidiu espoletar um conjunto de acções mesmo antes de Portugal ter registado o primeiro caso de pessoa infectada. Desde o início que assumimos uma posição proactiva com o intuito de salvaguardar a saúde e o bem-estar dos nossos atletas e colaboradores e de proteger ao máximo toda a nossa actividade desportiva e empresarial.
Tem sido um enorme desafio, não só porque se trata de uma pandemia mundial e com repercussões gravíssimas na saúde e na economia, mas também porque o SL Benfica é composto por áreas de actividade distintas como desporto, televisão, saúde, retalho, comunicação, marketing, museologia, entre outras, e que carecem de respostas diferentes quando confrontadas com esta problemática. 
Importa referir que todo o tipo de acções adoptadas pelo SL Benfica têm em consideração as recomendações amplamente divulgadas pela Direcção-Geral de Saúde (DGS) e outros organismos de saúde internacionais, nomeadamente a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Dentro de um conjunto de acções já adoptadas para a prevenção e contenção desta pandemia, destacamos as seguintes:
- Constituição de uma equipa de trabalho composta por elementos da área médica, de recursos humanos e de segurança e outras do SL Benfica, capaz de dar resposta aos desafios inerentes à COVID-19;
- Desenvolvimento de um plano de contingência. Ao abrigo desse plano foram criados diversos processos, bem como áreas de isolamento nas nossas instalações;
- Envolvimento de colaboradores com papel estratégico no combate à COVID-19 numa acção de formação organizada pela LPFP e pela DGS;
- Reforço da higienização das áreas de trabalho, zonas adjacentes e locais de passagem;
- Criação de uma linha interna de apoio aos colaboradores, gerida por técnicos de saúde do SL Benfica;
- Disponibilização da nossa equipa de psicólogos a colaboradores que necessitem dos seus serviços;
- Desenvolvimento de um manual de recomendações (saúde mental, actividade física e nutrição), elaborado pelo nosso departamento médico, para ajudar os colaboradores a enfrentar este período de isolamento preventivo de forma positiva e com o menor impacto possível;
- Combate contra a desinformação junto dos nossos colaboradores, através de e-mails institucionais, newsletter semanal e um site interno criados exclusivamente para divulgar informação relacionada com a COVID-19 e cujas fontes são a DGS, OMS e EstamosOn (site criado pelo Governo);
- Desde o início que nos preparámos para a possibilidade da deslocalização dos nossos serviços – via teletrabalho – pelo que antecipámos todas as necessidades técnicas daí decorrentes, algo que nos permitiu espoletar todo este processo de forma eficiente e eficaz, diminuindo assim qualquer impacto negativo na nossa actividade empresarial. Temos, actualmente, mais de 500 Colaboradores em teletrabalho e vários profissionais a acompanharem os nossos atletas.
Para além destas acções, temos trabalhado um conjunto de outras dinâmicas capazes de manter os colaboradores do SL Benfica motivados, conectados, unidos e acima de tudo informados, salvaguardando a sua protecção e a das suas famílias e a protecção do SL Benfica e respectiva actividade."