domingo, 23 de fevereiro de 2020

Pelo Benfica

"Estamos no pior momento da época. São 4 jogos sem ganhar, uma defesa aos papéis, um dos esteios da equipa de fora por lesão grave. Tudo mudou neste mês, mas se nada estava ganho, agora também nada está perdido.
É nesta altura que os Benfiquistas são necessários. Para o Marquês, já sabemos como é, mas e nos momentos difíceis?
Nesta fase não interessa o presidente, o treinador ou os jogadores. Interessa apenas e só o Sport Lisboa e Benfica.
Todos temos as nossas divergências e opiniões. No final, como clube exigente que somos, faremos as contas.
No entanto, temos poucas dúvidas, que fora do campo, os obstáculos vão adensar-se.
E se dentro do campo temos de jogar mais à bola, fora dele, temos de estar unidos e aguerridos na defesa do nosso SL Benfica. Sempre.
Portanto, está na hora de cerrar fileiras e ir à luta. Começa na segunda feira em Barcelos. Vamos! Pelo Benfica!"

Três finais

"Agora é ganhar ou ganhar. Com a certeza do que os últimos jogos da equipa de Bruno Lage não foram nem consistentes nem motivantes

1. Lemos, nas Máximas de Cristina da Suécia que «um homem que teme a morte é incapaz de coisas grandiosas». E sabemos, igualmente, e desde há muitos séculos, e com Séneca - no seu A tranquilidade da Alma - «que de uma vez por todas morramos do nosso medo de morrer». Nesta semana em que a morte esteve no centro, se bem que assistida, da nossa agenda política - a par do racismo e, aqui, exigindo uma série e sistémica reflexão - temos consciência que o Benfica tem, no espaço de uma semana, três finais. A primeira será, amanhã, em Barcelos e frente a um Gil Vicente bem liderado por um dos grandes senhores - e senadores! - do futebol português, Vítor Oliveira. A segunda, na próxima quinta-feira, na Luz, e na legítima e ambicionada conquista dos oitavos de final da Liga Europa, face ao Shakhtar sob a sábia orientação de Luís Castro e trazendo da Ucrânia um resultado bem mais estimulante do que a exibição que todos vimos. E a terceira na próxima segunda frente ao Moreirense, uma equipa que esta época tem uma vitória e cinco empates fora da sua casa. Três finais e com a nota, especial e singular, de os dois encontros para a Liga NOS, se disputarem após terem terminados os jogos do Futebol Clube do Porto. Ou seja o Benfica já sabe seja amanhã em Barcelos seja na próxima jornada, no seu Estádio, os resultados da equipa de Sérgio Conceição. E sabendo, à partida, que todos os seus jogos motivam a conquista dos necessários três pontos, terá a consciência, logo no arranque de cada partida, do que terá que fazer, pelo menos, para manter a liderança da Liga portuguesa. Agora é ganhar ou ganhar. Com a certeza que os últimos jogos da equipa de Bruno Lage não foram nem consistentes nem motivantes. E, aqui, importa assumir que o discurso não pode colidir com a realidade nem com o jogo jogado que todos vimos. É que o jogo falado e o jogo jogado devem ser coincidentes! Por vezes dizer a verdade custa. Dói. E está para além de vozes que julgam que, nestes concretos tempos, se pode iludir o que se sente e o que se pressente. E ter idade e memória é terrível. Por isso sabemos bem que temos pela frente três finais. Com a consciência, e a certeza, que o Porto de Sérgio Conceição já jogou quando o escolhido onze de Bruno Lage entrar em Barcelos e na Luz. Desde logo, amanhã, na terra em que justiça popular imortalizou, e bem, o Galo de Barcelos!

2. Só o Sporting ajudou Portugal, na passada quinta feira, no ranking da UEFA. Mas esperamos que na próxima quinta os outros três clubes portugueses somem vitórias e nos façam aproximar da França, a quinta classificada num ranking que nos permitirá, no final da próxima época desportiva, ter dois clubes com acesso direito à fase de grupos da Liga dos Campeões. Os números são claros. Já nos distanciámos claramente da Rússia e estamos mais próximos da França. E esta aproximação pode acentuar-se se os nossos quatro representantes chegarem aos oitavos de final da Liga Europa. Seria um feito singular de um futebol português que tem de fazer muito nos relvados para minimizar os efeitos negativos que ecoam das bancadas o que chegaram ao mundo inteiro!

3. A Federação Portuguesa de Futebol, na pessoa do seu Presidente Fernando Gomes, acaba de fazer uma grande contratação: Madjer! Para coordenador do futebol de praia! Cinco vezes melhor jogador do mundo, tricampeão do mundo e mais de mil golos com a camisola de todos nós são números impressionam. E que mostram e evidenciam a qualidade de um jogador e de um homem que será, estou certo, uma outra mais valia para a Federação e para todo o futebol federativo. Os melhores devem estar ao serviço activo do futebol e da sua expressão organizacional da cúpula.

4. (...)

5. (...)"

Fernando Seara, in A Bola

Televisão, fealdade e música

"«Nada do que eu pinto poderá ser mais feio que o que se vê na televisão» Francis Bacon tinha muita razão

Televisão
1. Francis Bacon, um dos pintores mais importantes do século XX, são dele alguns dos quadros mais caros da história da pintura. Rostos e retratos meio fumados, distorcidos, nunca belos. Uma vez disse: «Nada do que eu pinto poderá ser mais feio que o que se vê na televisão».
Esta semana vimos episódios terrivelmente feios na televisão; uma semana quase normal, portanto.
Porém, de facto, ver episódios de racismo em directo, via tv, não será único, mas não é comum.

O feio
2. Um zoom sobre o feio não tira a fealdade à coisa. Colocar o feio em câmara lenta ou em loop interminável não tira fealdade à coisa.
«Nada do que eu pinto poderá ser mais feio que o que se vê na televisão». Francis Bacon tinham muita razão.

Os debates
3. A fala nem sempre é argumento, nem sempre é linguagem e raciocínio. Muitas vezes na televisão a fala é pura ocupação de espaço o tempo. Como um bicho que quer assegurar metro quadrado, muitas vezes, ali estão humanos na guerra da ocupação do território do tempo.
Não se trata de discutir, de argumentar, de ouvir o argumento do outro e responder com contra-argumento; trata-se de produzir som como uma máquina feita para mostrar que está viva, que não se rendeu, que continua a lutar. O silêncio, um dos maiores sinais de inteligência - significa que se está escutar o outro ou a pensar - é visto, nestes contextos, como desistência ou um assumir da derrota. Estás calado, portanto, perdeste. Substituição da decisão ao murro não pelo argumento que decide, mas por uma espécie de resistência da voz. A linguagem deixa de ser argumento e passa a ser voz. O importante não é o que se diz mas a projecção das cordas vocais. Muitos dos debates na televisão seriam claramente vencidos por um barítono poderoso.
E então, subitamente, humanos em redor de uma mesa deixam de falar e passam a emitir sons que se tornam quase disformes quando ditos ao mesmo tempo. Três ou quatro fontes de palavras a jorrar simultaneamente e cada vez mais alto fazem com que as palavras saiam do contexto da língua portuguesa e entrem numa outra língua qualquer, uma língua paralela, que lembra vagamente uma língua familiar mas que é agora um conjunto de puros sons breves, quase onomatopeias,um bá-bá.bá contra um tá-tá-tá e contra outro pá-pá-á-pá quase a recordar os sons da infância (infância: o mundo antes da palavra).
Talvez se pudesse colocar isto de forma mais clara e, antes de um debate, ficar atribuído a cada interlocutor uma sílaba. O senhor à minha direita fica com o tá-tá-tá; o senhor à minha esquerda fica com o bá-bá-bá, e etc. E quando o debate começasse os interlocutores entrariam logo, sem qualquer pausa ou disfarce, nos seus sons base, esquecendo as palavras. E, desta maneira, quem tiver mais projecção de voz mais resistente, vence. Uma vitória do tá-tá-tá sobre o pá-pá-pá não deixaria de ser vitória e, pelo menos, não se fingiria estar enquadrada num debate - palavra, esta, que envolve fala, escuta, argumento e contra-argumento.

A música
4. E por vezes no meio dessa algazarra de sons lembro-me da frase atribuída a Vítor Hugo, «a música é ruído que pensa». E é interessante imaginar a possibilidade de, quando a palavra se transformasse em ruído ininteligível, esta ser substituída, quase de modo automático, por música clássica, por exemplo.
Quando um debate abandonasse a serenidade e entrasse no ruído, de imediato, por iniciativa do moderador, se escutaria, por exemplo, a sinfonia n.º 40 em sol menor de Mozart. Entre ruído que já não é palavra e ruído que pensa, como é a música, deixemos a música ocupar o espaço que merece em muitos falsos debates. Ou palavra verdadeiramente, ou então... música."

Gonçalo M. Tavares, in A Bola

O TEDH e o caso turco

"O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) proferiu, recentemente, uma decisão muito interessante relativa ao sistema de resolução de litígios interno da Federação Turca de Futebol. A acção dizia respeito a uma queixa de um jogador profissional e de um árbitro contra a Turquia sobre este tema.
Em suma, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos declarou, por unanimidade, que houve uma violação do artigo 6, 1 (direito a um julgamento justo) da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, devido à falta de independência e imparcialidade do órgão, o Comité de Arbitragem da Federação Turca de Futebol.
Este Comité, composto maioritariamente por advogados ou académicos especializados em direito do desporto, não estão sujeitos a nenhuma regra de conduta profissional nem protegidos de acções de responsabilidade civil conta si intentadas. Além disso, as regras da Federação Turca não fixavam um prazo concreto para o mandato dos membros nem previam o recurso das respectivas decisões.
O Tribunal constatou, em particular, que o órgão executivo da Federação Turca, que é constituído, em grande parte, por membros ou executivos de clubes de futebol, exercia uma influência muito grande sobre a organização e o funcionamento do Comité de Arbitragem. As normas da Federação também não apresentam mecanismos adequados para proteger os membros de tal Comité de qualquer pressão externa.

Por outro lado, o Tribunal nota que o caso analisado revelou um problema sistémico no que diz respeito à resolução de litígios relacionados com o futebol na Turquia, pelo que determinou que o Estado turco deveria tomar medidas para garantir a independência estrutural do Comité de Arbitragem."


Marta Vieira da Cruz, in A Bola

Mais uma grande vitória...!!!

Benfica 29 - 24 Gwardia Opole
(14-12)


Três jogos, três vitórias, perfeito!!!
Contra os polacos que ainda não ganharam um jogo nesta fase de grupos, até fizemos a exibição 'menos' boa, mesmo assim bastante aceitável, com muita agressividade na defesa e quase sempre bem a atacar...

Vitória na Alenquer...

Alenquer 1 - 9 Benfica

Viagem curta à Alenquer, para defrontar a nossa filial para a Taça, com uma vitória normal, apesar dos excessos de agressividade do outro lado!
Estamos nos Oitavos-de-final da Taça de Portugal..,