domingo, 2 de fevereiro de 2020

Rivais, Liberdade e Imagens

"'Rivales', em latim, era o colectivo que se referia a pessoas ou povos que dependiam de um mesmo rio ('rivus', também em latim) para beber

Liberdade
1. Em latim libertas, que deu origem à nossa palavra liberdade, referia-se à «vigilância sobre os que ocupam cargos públicos»; liberdade individual, ou liberdade privada, seria assim a possibilidade de não atirar para o Estado central a liberdade absoluta. O governo não pode fazer tudo; por isso sou livre. O governo não é totalmente livre, por isso eu sou livre.
Sou livre, no fundo, apenas num país onde o poder do Estado está vigiado pelos cidadãos.
São os cidadãos que vigiam o Estado e não o contrário. Pensar, pois, num Big Brother de Orwell invertido. São os Presidentes, os Ministros etc. que estão a ser filmados, com esse olho livre, pelos indivíduos.
E o que é o olho livre do cidadão que vigia os chefes? Nas democracias é a lei e Constituição.

Rivais
2. Rivales, em latim, «era o colectivo que se referia a pessoas que se referia a pessoas ou povos que dependiam de um mesmo rio (rivus, também em latim) para beber». A água no centro, pois, da primeira das batalhas, do primeiro dos conflitos. Quem perdia o acesso ao rio morria ou, pelo menos, perdia condições de existência.
Em termos jurídicos, rival era ainda »quem possui, as águas de um rio». Dois vizinhos com um rio ou riacho no meio são rivais. E assim se faz o caminho de uma palavra. Nasce num ambiente e vai para outro. No caso da palavra rival - ela nasceu perto do rio. Como muitas vezes era tumultuosa essa vizinhança, com a partilha da mesma água e do mesmo rio, a palavra passou das duas margens para terreno seco. E em todo o lado é agora usada: por causa de uma mulher ou de um homem, de um negócio, de uma luta qualquer em solo firme. Os rivais de hoje não necessitam de ter um rio no meio.
No sentido primeiro da palavra, Benfica e Sporting são verdadeiros rivais, lutam em redor do Tejo, lutam, pelo menos metaforicamente, pelo mesmo rio e pelas mesmas águas. Já o Porto e o Boavista seriam os dois rivais em luta pelo Douro. Podemos falar, então, em verdadeiros rivais - e falsos rivais: os que lutam por outros assuntos que não o acesso à água. Assuntos menores, dirão uns. Assuntos ainda mais transcendentais, dirão outros.

Imagem
3. A palavra imago para os romanos designava a «imagem de cera ou máscara funerária de um antepassado» que tivesse chegado «a um lugar relevante na política». Imago que deu origem à palavra Imagem é, portanto, se atentarmos à sua origem, uma matéria que duplica a face de alguém que já não está presente - de alguém que já morreu ou que, pelo menos, está ausente dali (em viagem, escondido, etc.). A imagem deveria substituir a presença.
Nos funerais romanos, muitas vezes - lembra Peter Jones, um estudioso deste período - havia actores que seguravam as máscaras de cera dos antepassados ilustres dessa família e avançavam com essa máscara a tapar o seu rosto no cortejo fúnebre. De repente, tínhamos ali todos os grandes antepassados de uma família, as suas caras de novo vivas e na rua.
A imagem apareceu, pois, para fingir que o morto afinal está vivo. Apareceu, no fundo, para não nos esquecermos dos defuntos.
Pensar em imago, a máscara romana dos antepassados mortos, e pensar na nossa fotografia ou filme onde vemos quem já morreu.
Se fossemos imortais, não existiriam imagens poderíamos pensar.
E claro que a imagem não refere apenas às pessoas mortas, é também sobre os acontecimentos mortos, o passado, aquilo que já não está presente.
A imagem continua a mostrar-nos o rosto dos momentos passados, aqueles que já não podem ser repetidos, pelo menos na mesma exacta forma.
As imagens são, portanto, máscaras, não são o rosto verdadeiro, são uma falsidade. O rosto verdadeiro (da vida e dos vivos) é o presente.

Provérbio
4. Mais vale um que bem mande do que dois que bem façam. Alternativa (para quem quer que realmente alguma coisa seja feita):
Mais vale um que bem faça do que dois que bem mandem."

Gonçalo M. Tavares, in A Bola

Eventos de interesse generalizado para 2020

"O despacho 1153/2020 torna pública a lista dos acontecimentos que devem ser qualificados de interesse generalizado do público em 2020, de modo a permitir o seu acesso aos operadores interessados na sua transmissão televisiva que emitam por via hertziana terrestre com cobertura nacional e acesso não condicionado.
São eles: jogos oficiais das selecções nacionais masculinas e femininas de futebol; finais das competições nacionais de futebol masculinas e femininas; um jogo por jornada da Liga, envolvendo necessariamente uma das cinco equipas melhores classificadas nos campeonatos das cinco épocas anteriores; um jogo por jornada ou por mão de cada eliminatória das competições europeias masculinas, em que participem equipas portuguesas; finais das competições masculinas de clubes organizadas pela UEFA; cerimónias de abertura e de encerramento, bem como jogos de abertura, quartos-de-final, meias-finais e final do Euro-2020 e todos os jogos nos quais participe a Selecção Nacionais; cerimónias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2020, bem como as provas finais das diversas modalidades; participação de atletas portugueses em competições dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2020; Volta a Portugal em bicicleta; participações de praticantes portugueses, bem como das selecções nacionais A, nas fases finais das Competições do Mundo e da Europa das diversas modalidades desportivas; finais das competições oficiais internacionais entre clubes em que participem equipas portuguesas.
Importante notar que entram na lista eventos de futebol feminino, o que demonstra bem o crescimento desta modalidade."

Marta Vieira da Cruz, in A Bola

Déjà-vu !!!

"O mesmo árbitro, o mesmo jogador, o mesmo clube e… a mesma simulação. Com apenas 27 dias de diferença, Nuno Almeida volta a “ver” falta de Pizzi e à entrada da área do SL Benfica."


Porto ao Colo, in Facebook

O mercado benfiquista e a noção de estabilidade

"A janela de transferências invernal dos encarnados começou com uma das mais inesperadas investidas do mercado e finalizou no consumar de uma paixoneta antiga, no cúmulo de um divagar sobre a posição ‘9’ e as incongruências pelo qual tem passado o planeamento do clube para a posição.
Desde a primeira aproximação do Benfica a Dyego Sousa, em Janeiro da época passada, e quando era o melhor marcador da Primeira Liga, foram vários os pontas de lança que integraram o carrossel das águias, mas tantas voltas se deram que… se voltou à posição inicial. A querida Ana Bacalhau cantava que o que tem de ser tem muita força, numa simples e engraçada reflexão sobre o destino das coisas, que se aplica a muitas das contratações do clube.
Quando, nos idos de Dezembro, os benfiquistas se depararam com as cogitações no sentido da contratação de Julian Weigl, o mundo era um lugar feliz. Era o Benfica de volta às contratações de renome e à aposta em jogadores de craveira internacional como complementação à estratégia de foco no Seixal. A receita perfeita e o concretizar da promessa de Rui Costa, que a 22 de Maio, e na ressaca das comemorações do título, afirmava que a intenção do clube seria “apostar em menos contratações, mas mais valiosas” e que alavancassem a qualidade individual do plantel para níveis superiores, concluindo: “serão jogadores de nível, até porque na simbiose entre jogadores mais experientes e mais jovens que pretendemos na equipa, os mais jovens estão em casa e é neles que queremos apostar. Isto não quer dizer que não avancemos se aparecer no mercado um jovem com talento ou para uma posição para a qual não temos em casa“.
Foi uma pedrada no charco naquilo que é e era a estratégia do clube de há uns anos a esta parte e o regresso ao investimento a sério. A capacidade de um clube português ir buscar um titular a Dortmund era cenário inimaginável há anos e foi a confirmação de que a venda de João Félix dotou os encarnados de uma capacidade negocial muito acima dos restantes clubes nacionais, apesar de não existir ainda tradução para a qualidade do plantel, curto e aquém dos objectivos do clube.
A verdade é que o dinheiro despendido no Verão confirmou essa ideia de Rui Costa. Raúl de Tomás e Vinícius foram contratações acertadas e de valor avultado, e ao espanhol só faltou adaptar-se para explanar toda a sua qualidade e assumir-se como titularíssimo da equipa.
Com a contratação de Weigl ainda em Dezembro, pensou-se ser abordagem para manter durante toda a janela, já que, a seguir ao internacional alemão, as capas de jornal foram tomadas de assalto pela entretida novela de Bruno Guimarães, o craque do Athletico Paranaense por quem os responsáveis benfiquistas se enamoraram durante todo o mês, sem nunca conseguirem acordo total com Mário Celso Petraglia, presidente brasileiro que supostamente “roeu a corda” do acordo que teria com Luís Filipe Vieira e preferiu negociar com o Lyon, por razões que só o tempo nos dirá.
Eventualmente, durante todo o processo e sem grande alarido, chegariam à Luz Yony González, Elias Pereyra e Derlis Mereles: nenhum dos três com projecções para a equipa A, nenhum com reais capacidades para dotar o plantel de melhores soluções.
Portanto, no dia de hoje é de estranhar a falta de soluções na baliza (Zlobin esteve francamente mal sempre que jogou e Svilar deve continuar a sua evolução meritória nos B), no eixo defensivo (Jardel perdeu o comboio, Morato precisa de tempo) e no eixo atacante, onde só Chiquinho se perfila como a única opção natural para jogar atrás do ponta de lança. Lacunas graves de uma equipa que vai agora entrar num ciclo infernal de jogos até Abril e que se assume como candidata à Liga Europa, no consumar da promessa de um “Benfica Europeu”.
Ainda assim, já é motivo de valorização a estabilidade que a prosperidade financeira trouxe ao plantel. O núcleo duro da equipa manteve-se, mais blindado que nunca parece estar, com a manutenção de todos os titulares, das principais alternativas e da renovação de contrato de alguns casos que se estendiam há meses, como Jota, que teve de se juntar à armada Gestifute e prolongou o vínculo até 2024.
A permanência do extremo português e de Florentino foi o redobrar da confiança depositada nas suas qualidades, apesar da fase menos fulgurante a nível competitivo dos dois. Os excedentários, que em Setembro já o eram, tiveram finalmente a possibilidade de tratar do seu futuro: Gedson, Caio Lucas, Conti e Fejsa decidiram novos caminhos nas suas carreiras, lugares onde serão pensados como soluções reais ao onze.
O trabalho de limpeza do quadro de atletas, tão pedido por Bruno Lage a favor da sua preferência por um plantel mais curto, só não ficou completo devido à irredutível vontade de Zivkovic em permanecer às ordens do técnico, apesar dos 61 minutos de utilização em 2019-20. A isso, junta-se a reconhecida peculiaridade do seu contrato (com o exponencial aumento de salário anual, independente do rendimento desportivo) que é mais um dos obstáculos à cedência por empréstimo: o Olympiakos de Pedro Martins foi o mais sério pretendente, mas estaria apenas disposto a assumir parte da folha salarial. Caso bicudo a tratar pela direcção benfiquista, que vê o jogador permanecer mais um semestre sem competir.
Só a sucessão de jogos a ritmo frenético que marcará grande parte da segunda metade da temporada desvendará a verdadeira qualidade do plantel, que alia a abundância de talento individual com lacunas nas segundas linhas, onde uma trivial lesão de última hora nas posições já enumeradas colocaria os objectivos da época em risco. Tem a palavra Bruno Lage e a sua equipa técnica."

Benfica 3 - 2 Belenenses SAD: Benfica squeeze clinch a home victory before travelling to Porto

"Benfica didn’t improve after last week’s display against Paços. The game against seemed settled as the team’s came back from the tunnel at half-time, with Benfica leading 2-0. However, Belenenses were daring, pressing high and winning the ball back constantly. Benfica struggled and Ferro’s own goal in the 70th minute made for a very tense ending.
Player notes:
Vlachodimos: 7.
The keeper shined on a night where most players in front of him were poor. His top-quality reflexes were once again on display. Kept everything out, only conceding an own-goal and a penalty. 
Grimaldo: 4.
Average performance from the Spaniard. He remains an important outlet in build-up and he’s a quality passer, but he hasn’t provided as much offensively as he does when he’s at his best. Last night, he also displayed his tendency to get caught off position defensively.
Rúben Dias: 5.
He was once again key in one of the goals – his pass to Vinicius in the build up to the third goal cut through Belenenses’ midfield. He doesn’t merit a higher rating because of how frail the entire team was defensively.
Ferro: 4.
January wasn’t a good month for Ferro, who’s going through a poor patch of form that lays bare his defensive shortcomings. He’s capped off this torrid period with an own goal. Hopefully he can turn a new leaf in the next match away against Porto, which could be a decisive match for what’s left of this league campaign.
André Almeida: 3.
Another poor performance from the skipper. Some say he earns his starting spot for what he contributes defensively; he was even poor in that regard. He was a yellow card away from missing the next match against Porto, but didn’t get carded, which means he’ll probably start at the Dragão next weekend.
Cervi: 3.
After a purple patch, the Argentinian has regressed to the mean. It was more of the same from him: a lot of running but next to no contribution offensively.
Weigl: 5.
Another underwhelming match from the German, bearing in mind all the hype around him and the transfer fee he commanded. As I wrote last week, the problem doesn’t lie with Weigl but with the system itself: he isn’t provided with enough options to play the ball forward. This statistical analysis from Hernâni Ribeiro showcases that even though Weigl is a player that’s consistently looking for the forward pass, he’s been a passive passer in these first few games for Benfica due to the lack of passing options in the center, between the opposition's lines.
https://twitter.com/Mathletics1984/status/1223379673402499073
Taarabt: 8.
Stole the show on his return to the starting eleven. No one at the club is as strong as he is at driving through an opponent’s offense. The intelligence in his movement makes Lage’s 4-4-2 a more dynamic system than it would be otherwise: when there are no options in the centre of the pitch, Taarabt can create them out of nowhere. The prelude to Vinicius’ opener showed exactly this: Taarabt dribbled past five Belenenses men before laying it off to Cervi. He also got on the scoresheet for the first time since joining the (main) team.
Pizzi: 5.
He’s Benfica’s barometer: if the team is doing well, Pizzi will be having a good game; when the team’s overall performance is poor, so is Pizzi.
Rafa: 4.
Had an off night, which is fortunately very rare from him. Almost nothing he tried came off. After looking at home as the supporting striker against Paços, he was a fish out of water yesterday. To top it off, he conceded a penalty at the death, which made for tense stoppage time.
Vinicius: 7.
He’s consistently one of the best performing players and yesterday was no exception. He scored another goal, in a ball he chased after his own header came off the crossbar and had an intelligent first touch assist for Chiquinho’s crucial goal.
Chiquinho: 6
 He was on the pitch for less than half an hour, but he had a tidy performance and (most importantly) scored the goal that sealed tonight’s win. His sub appearance and Rafa’s disastrous night may grant him a return to the starting eleven in the next match.
Overall:
Another shaky match from Benfica. The previous game against Paços was an appetizer for this one: for the second match in a row, Lage’s side conceded possession to the opponent once they were in the lead. They saw out the match against Paços peacefully, but last night’s tense affair with Belenenses SAD was marred with defensive errors from the entire team. Benfica’s press is disjointed for the most part and last night’s defensive organization was faulty. By giving up control of the ball, Lage’s side gave up control of the match which made for a very tense second half. The lead was achieved through moments of individual brilliance and it was only upkept by Vlachodimos’ performance. A lot of games that make up Benfica’s current winning streak were like yesterday’s, where the result masks a poorer performance. Will the next match at the Dragão look like last season’s memorable victory or will it look like our defeat in gameweek 3?"

Poesia e Futebol

"Gonçalo M. Tavares pode saudar-se como um dos grandes escritores, portugueses e europeus, do nosso tempo. Actual professor da Faculdade de Motricidade Humana, colho do seu Livro de Dança o poema seguinte:
“o dedo que é só dedo nem sequer é dedo
o corpo que é só corpo só tapa o espaço só tapa o espaço
só tapa o espaço
- deixem-me ver o espaço
ou então
-deixem-me ver tudo
(para que importa exibir o corpo se é só para exibir o corpo; só importa
exibir o corpo se é para exibir o que não é corpo)
para que importa exibir o corpo se é só para exibir o corpo?”.
O poeta Eugénio de Andrade, num livro que fez história, Poesia, liberdade livre, escreveu: “De Homero a S. Juan de la Cruz, de Vergílio a Alexandre Blok, de Lio Po a William Blake, de Basho a Cavafy, a ambição do fazer poético foi sempre a mesma: Ecce Homo (Eis o Homem) parece dizer cada poema”. Na leitura crítica da poesia, ou seja, após um estudo lúcido e interrogativo, é o autor que emerge, sobre o mais, dando sentido ao processo poético. António Ramos Rosa, também poeta de grande originalidade, no seu livro, A poesia moderna e a interrogação do real – assinala que a liberdade da linguagem poética não nega, acentua a “experiência vital, por vezes exaltante, que subjaz ao poema”.
Não há fenómeno cultural que, para compreender-se, não deva compreender-se antes o homem que o produziu. Escrever um poema é a revelação originária do poeta criador. Por isso, venho dizendo, há algum tempo já, que no futebol não há saltos, mas homens (e mulheres) que saltam, não há fintas, mas homens (e mulheres) que fintam; não há remates, mas homens (e mulheres) que rematam. À semelhança da poesia, nos remates e nas fintas e nos saltos, há a revelação originária daqueles (daquelas) que os produziram. Quando a poesia se adensa e indetermina, tal significa que o homem-autor ainda está por conhecer. O Homem é um ser em perpétua e constante redefinição...
Não conheci (posso mesmo adiantar: e não conheço), no mundo do futebol, nem em Portugal nem no estrangeiro, um treinador com a cultura literária do treinador de futebol, Fernando Vaz, infelizmente já falecido e jornalista de A Bola. Um dia (julgo que na década de oitenta) encontrei-o no bar do Hotel Tivoli, em Lisboa, na Avenida da Liberdade. Ele tinha entre mãos um livro. Disparei a pergunta: Que livro é esse? E ele: “É um livro do Manuel Alegre”. E, com um sorriso cordial, acrescentou uma frase de grande generosidade e simpatia: “Quando será que os homens do futebol descobrem, como o meu amigo o diz tantas vezes, que livros, como este, nos ajudam a uma melhor compreensão do futebol?”. E lá volto eu, com os meus quase oitenta e sete anos, a repetir-me: é que o futebol, como o desporto, é uma Actividade Humana, não é só uma Actividade Física. Quem ainda não entendeu isto sabe bem pouco de futebol.
Nas tácticas de Josep Guardiola, de José Mourinho, de Jorge Jesus, de Jesualdo Ferreira ou de qualquer outro treinador; no instante criador de golos inesquecíveis – há, antes do mais, pessoas. Ou se conhecem as pessoas, ou não se entendem, nem as tácticas, nem os golos. Como é lógico! O meu Amigo, Dr. Aldo Rebelo, ilustre e antigo Ministro da Ciência e Tecnologia, no Brasil, ofereceu-me, em Brasília, o livro A Pátria das Chuteiras, do jornalista e escritor Nelson Rodrigues, um dos grandes intérpretes do Brasil, tendo no futebol a sua grande metáfora. Nele encontrei o seguinte, de um artigo que o Nelson publicou, em Janeiro de 1959: “Amigos, o meu personagem do ano de 1958 tem de ser um jogador do escrete que levantou a taça do Campeonato do Mundo. Mas é um problema catar, num time invicto, um jogador que seja, exactamente o símbolo pessoal e humano desse time e desse escrete. E logo um nome me ocorre, de uma maneira irresistível e fatal: Pelé! Olhem Pelé, examinem suas fotografias e caiam das núvens. É, de fato, um menino, um garoto. Se quisesse entrar num filme da Brigitte Bardot, seria barrado, seria enxotado. Mas reparem: é um génio indubitável. Pelé pode virar-se para Miguel Ângelo, Homero ou Dante e cumprimentá-los, com íntima efusão: Como vai, colega?”. É que, em Miguel Ângelo, Homero, Dante e Pelé, há o que de melhor tem a arte, isto é, há poesia! E se procurássemos, todos nós os que vivemos atentos e presos ao futebol, a poesia que dele desponta? Seriam outras, com toda a certeza, a lucidez e a serenidade, nas conversas que se escutam sobre o “desporto-rei”. E muito menor o agressivismo verboso, a diatribe exibicionista, venenos da sociabilidade que, por vezes, o sacodem.
O Presidente da República de Cabo-Verde, o escritor e poeta (para mim, poeta, acima de tudo) e jurisconsulto e político, Doutor (em Direito) Jorge Carlos Fonseca publicou, há um mês, mais um excelente livro da sua autoria, Em tempo de Natal e da Morna, a mosca viajou gratuitamente na executiva. É nome, dos maiores, da cultura (esse poema, vivo e profundo, que desponta da experiência vivencial de um povo) cabo-verdiana e da língua portuguesa. A sua filosofia da alteridade (quero eu dizer: do conhecimento e do respeito e da simpatia, pelo seu semelhante) aproxima-o do "personalismo" de Mounier - o Mounier que nos ensinou: "A verdade de cada um só existe, quando em união com todos os outros" (O Personalismo, ariadne editora, Coimbra, p. 42). Por sorte minha, o Doutor Jorge Carlos Fonseca é um querido Amigo que jamais poderei esquecer. Neste seu último livro que, parecendo um diário, é mais do que um diário, onde surge, como sempre, como um dos escritores mais insatisfeitos, um dos mais eloquentes, um dos mais capazes de agitar ideias, de entre os hodiernos escritores em língua portuguesa - escreveu ele: "Quem disse que amar é simplesmente não conhecer a pessoa amada? Ou não a tocar? Terei sido eu? Provavelmente, sim, quando sentado numa mesa rectangular do quarto do hotel, a imagem do bem-humorado Papa Francisco ainda na minha mente, computador e gentilezas da gerência à frente, redigia discurso para a cerimónia de atribuição do grau e título de DHC, em Dakar, e espreitava, de vez de quando, no televisor com o écran guinado à direita, um fraco jogo de futebol" (p. 97). O Papa Francisco! O discurso! Um jogo de futebol! Afinal, um verdadeiro caos. Só que, num poeta, como Jorge Carlos Fonseca o é, o caos é generativo e ordenador. Num poeta, pecar é resistir à possibilidade de passar da des-ordem a uma ordem mais alta, mais perfeita. Jorge Carlos Fonseca, um poeta que é político. Cabo Verde: um país onde a política é poesia!
E termino com uma poesia de que sou autor (peço desculpa, pela ousadia) e que dá pelo título de Uma bola e um menino:
Aquele menino tem numa bola
A liberdade que não tem
Bola redonda sonora
Galgando muros batendo em portas
Hora a hora
No sossego das ruas mortas

Bola redonda e sonora
Nunca rolou nos estádios
Entre os gestos rubros das multidões
Que um anseio crispado levanta
Mas vê-a nimbada de clarões
O menino que com ela cisma e canta

Bola redonda e sonora
Transforma-se em brisa pelas ruas
E então ninguém chama o menino
Atrás da bola a brincar
Correndo para além de si
Porque não pode voltar

Bola pequena e aventureira
Entre os pés de uma criança
Que inventou o infinito
Com uma bola multicor
E a paisagem bucólica
Dos caminhos onde for

E o que interessa
Depois
Aos dois
A uma bola e um menino
Correr correr correr
Ir sem destino?"

Manuel Sérgio, in A Bola

Reviravolta no Minho...!!!

Braga 1 - 3 Benfica


Mais uma grande vitória das nossas meninas, desta vez na Taça da Liga, abrindo assim o caminho para a Final da prova, que depois do empate em casa com o Sporting, tinha ficado tremido!!!

Já com 3 caras novas (Caroline - já tinha jogado -, Spetsmark e Thembi - estreia absoluta), ainda faltam as duas Americanas (Mimi, Alana), conseguimos dar a volta, num fim de tarde com muita chuva...

2,28m

Parabéns ao Paulo Conceição, recorde nacional absoluto do Salto em Altura, com 2,28m. Marca obtida num Metting em Pisca Coberta no Luxemburgo...
Excelente...

O intervalo fez bem...!!!

Benfica 7 - 3 Física

Primeira parte errática (4-3), melhor no 2.º tempo!
Nos últimos jogos tem sido evidente a subida de forma do Adroher, algo que é fundamental, pois os resultados fazem-se de golos!!!

Nas calmas...!!!

Ginástica 0 - 3 Benfica
11-25, 15-25, 19-25

'Goleada', antes da eliminatória da Taça, na Luz, com a Fonte do Bastardo...

Derrota em Lisboa, a 'pensar' na Dinamarca!!!

Sporting 81 - 75 Benfica
16-20, 21-23, 27-19, 17-13

Mais uma derrota na '2.ª parte'!!! Isto, está a tornar-se repetitivo!!!

Mas hoje não 'apostámos' tudo na vitória: a rotação foi feita a pensar nos próximos jogos, ao contrário os Lagartos, que sem Europa, meteram toda a 'carne no assador', com os dois jogadores mais influentes a fazerem praticamente 40 minutos, enquanto do nosso lado, o nosso jogador com mais minutos foi o Hallman que não chegou a ter 26 minutos de utilização!!! O jogo na Dinamarca, na Quarta, é decisivo, enquanto o de hoje não era...!!!

Tudo será decidido mais tarde... antes do play-off ainda vamos ter uma 2.ª fase, mas nunca sabe bem, perder estes jogos...

A nota positiva da semana: parece que o Micah está muito perto do regresso!

Ao (des)milímetro

"A velocidade média de um jogador de futebol, quando arranca e sprinta, é 29 km/hora (35 metros em 4.3 segundos). Ou seja, ligeiramente acima de 8 metros por segundo. Se o VAR, em Portugal, usar 300 frames por segundo, o que estaria na vanguarda deste tipo de tecnologia, significa que, entre cada frame, há uma distância média de 2,7cm. Escolher o frame exacto é, de certa forma, aleatório, e as linhas têm de coincidir com a parte do corpo mais adiantada (de dois jogadores, outro passo complicado).
Portanto, é evidente que deveria haver uma margem de erro suficiente para prevenir os erros até certa medida. E a lei do jogo até é indicativa de quem deverá ser beneficiado nessa margem: os atacantes. Acontece que o Benfica teve um golo anulado devido a um fora-de-jogo, supostamente, por escassos 4 centímetros. Dois frames antes, em 300 (0,006666 segundos antes), e as linhas rigorosamente colocadas, e possivelmente teria sido golo. Felizmente ganhámos, e este lance foi irrelevante para definir o vencedor. Assim como o da grande penalidade por marcar a nossa favor, numa falta mais que evidente sobre Rúben Dias. Se no fora de jogo abusivamente assinalado houve centímetros a mais, no (não) penálti houve, nas lentes de árbitro e video-árbitro, se as usam, dioptrias a menos. Ou não precisam de lentes, o que piora a situação.
Não me surpreende, infelizmente.

P.S. A propósito do trágico falecimento de Kobe Bryant, além de manifestar o meu pesar e partilhar a enorme admiração que lhe devotei, apraz-me referir que as homenagens póstumas, como os cemitérios, servem mais aos vivos do que aos mortos. Esta é uma das razões, talvez a principal, do meu orgulho pelo nosso extraordinário museu."

João Tomaz, in O Benfica

46900

"Três jogos da fase final da Taça da Liga 2019-2020: em duas meias-finais e uma final e conseguem meter nas bancadas 46900 pessoas. Foram poucos mais de dez mil pagantes num Vitória SC - FC Porto, 13 mil e uns trocos no SC Braga - Sporting CP e uns 'loucos' 23700 e qualquer coisa na final entre portistas e arsenalistas E vêm falar de sucesso da prova... Só podem mesmo estar a brincar.
Nesta época há, para já, 8 jogos do SL Benfica na Catedral com mais de 50 mil a assistir. Em cada jogos, atenção, não é na soma de três!
É este o futebol que querem, de bancadas, vazias? Muito bem, então continuem a fazer como até aqui, na esperança de que, repetindo muitas vezes os erros, o resultado final possa ser diferente. Não é teimosia, é só estupidez.
Continuem a deixar que os valores máximos de bilhética possam ser ultrapassados sempre que a Onda Vermelha se instala; Continuem impedir a entrada de adeptos do maior clube português com camisolas e cachecóis do Glorioso, sempre que o campeão nacional joga fora de casa; Continuem a fingir que as forças de segurança fazem revistas cuidadosas a quem entra nos recintos desportivos; Continuem a não transmitir ao Ministério da Administração Interna as identidades dos elementos perigosos que todos os fins de semana envergonham o futebol português.
Continuem assim e depois queixem-se de que as famílias deixam de ir aos estádios e de que os mais novos só torcem por equipas estrangeiras. Um dia, os responsáveis pelo futebol profissional em Portugal vão perceber que, sem pessoas nas bancadas ou a assistir pela televisão, perdem o emprego. Pode ser que, nesta altura, se decidam a fazer o melhor pela modalidade que dizem amar."

Ricardo Santos, in O Benfica

Olá, o meu nome é Weigl, dá cá essa bola

"Sou fá incondicional da saga Harry Potter, pelo que fiquei agradavelmente espantado com a relação tão próxima de Julian Weigl com o universo da feitiçaria. O leitor tem reparado na quantidade de vezes que o alemão veste e despe o manto da invisibilidade em 90 minutos? Ora está escondido, ora aparece de rompante a cortar uma linha de passe. Em Paços de Ferreira, sempre que os castores encontravam espaço para lançar um ataque, lá aparecia o Weigl de surpresa a negar a tentativa. Na hora de atacar, o número 28 parece enfeitiçar a bola sempre que a entrega a um companheiro. É mais fácil o Bruno Fernandes sair do Sporting do que o Weigl falhar um passe. É um jogador que vem acrescentar qualidade na construção e consistência no momento defensivo, o que me leva a crer que na segunda volta deveremos marcar mais golos e sofrer apenas metade.
Cresci a ver jogadores fictícios como Oliver Tsubasa, Tobi Misaki ou Mark Landers (caramba, que saudades!), nenhum deles superado por quem quer que fosse no mundo real. Agora já não é bem assim. Havia um craque chamado Julian Ross, mas estou convencido de que este nosso Julian ainda é melhor.
Quero aproveitar este espaço para manifestar a minha solidariedade com Sérgio Conceição, muito contestado pelas declarações no final da Taça da Liga. É perfeitamente natural que o treinador se sinta afastado da estrutura e dos adeptos em geral. A falta de união é evidente, a começar pelas aspirações na Taça da Liga. É público que Pinto da Costa e os portistas nunca tiveram qualquer interesse no troféu, em três anos o Sérgio consegue ser eliminado com três derrotas tão divertidas, e ainda é criticado?
Coerência, meus senhores, coerência."

Pedro Soares, in O Benfica

Assim não VAR

"Ninguém me irá conseguir convencer de que Carlos Vinícius estava em fora-de-jogo no lance que originou o golo de Pizzi em Paços de Ferreira - e que não foi validado, nem pelo fiscal de linha nem pelo VAR, felizmente sem consequências no resultado final da partida. Podem apresentar linhas assim ou assado. A verdade é que não há forma de discernir quatro centímetros para lá ou para cá, num campo de futebol com quase setenta metros de largura, com os jogadores em movimento. Basta parar a imagem uma ligeira frame atrás ou à frente para adulterar a conclusão, até porque não é fácil estabelecer, através da televisão, o exacto momento em que a bola é passada (é uma questão de milésimos de segundo, mas pode fazer desenhar uma linha que chegue ao rigor da largura das mangas de uma camisola, ou do número que calce determinado futebolista. E em casos como aquele, no futebol que sempre conheci, deixava-se jogar, beneficiando o avançado.
Este e outros episódios reforçam a ideia de que o VAR traz mais problemas do que aqueles que resolve. É verdade que para situações grosseiras - como por exemplo o golo do Maicon, em 2012 na Luz, com o qual perdemos um campeonato - as imagens televisivas podem ajudar. Mas na maioria dos casos (e viu-se na Mata Real) só acentuam a polémica, e tornam mais implacáveis as críticas.
Pior que tudo isso, o VAR está a matar a festa do golo. O que antes era uma celebração espontânea, agora tem de ser desdobrada ou retardada até à confirmação de alguém que está longe do estádio. Quem vê futebol como um espectáculo não pode estar de acordo com isto."

Luís Fialho, in O Benfica

Exemplares

"A notável campanha do Sport Lisboa e Benfica, no Campeonato, tem sido marcada, semana após semana, pelo apoio maciço e dedicado dos adeptos. Foi assim em Paços de Ferreira, foi assim em Alvalade, em Guimarães, no Bessa, em Ponta Delgada, em Tondela, em Moreira de Cónegos, em Braga e no Jamor. Em todos os jogos fora de casa jogámos literalmente em casa. Tem sido impressionante a onda vermelha. Quer nos nove jogos fora, quer nos nove jogos na Luz, os benfiquistas tem sido exemplares e têm empurrado a equipa para as vitórias. Em 18 jogos disputados, 17 vitórias. Um feito impressionante que espelha bem a onda que existe por todo o país e nos cinco continentes. As Casas, Filiais e Delegações do Benfica são o nosso braço armado, e sei que incomodam muita gente, pois representam por um lado, 25 por cento da bilheteira do Estádio da Luz, e, por outro lado, 20 por cento da distribuição de merchandising. Já para não falar nos 8 por cento dos adeptos que se deslocam em transportes das Casas. Nas 289 Casas existem 14 escolhas de modalidades do Benfica e uma escola de futebol. Existem 32 mil atletas das Casas do Benfica em 36 modalidades diferentes. Estes números falam por si e merecem admiração. Por isso, os actos de vandalismo sobre as nossas embaixadas são verdadeiros casos de polícia e merecem o nosso vivo repúdio. Conheço centenas de dirigentes das Casas do Benfica e tenho por todos eles amizade e, sobretudo, enorme admiração. São homens e mulheres dedicadíssimos ao Glorioso, que a troco de uma paixão clubística abdicam do bem-estar para servir o SL Benfica.
Venha já o modelo 2-0!"

Pedro Guerra, in O Benfica

11

"Este é um número incontornável no mundo do futebol, todos sabemos porquê, mas neste ano, para a Fundação Benfica, esta capicua reveste-se de um significado especial. Fazemos 11 anos, e a nossa história já não se conta pelos dedos de uma, nem sequer das duas mãos. Foi um caminho de trabalho e conquistas que só nos ensinou a olhar para a frente e fazer mais e mais, aprender e melhorar. Não poderia ser doutra forma porque o ADN Benfica assim determina e porque a missão da Fundação é das mais nobres que se pode imaginar ao serviço dos outros. Hoje somos uma estrutura profissionalizada e permanente com presença em todo o país e capaz de responder a desafios pelo mundo todo, com uma atenção especial aos países que partilham connosco a língua portuguesa. Mas não se reduz a estes 11 anos a obra social deste clube imenso e centenário. Ela está gravada a fogo (vermelho, é bom de ver...) na história e nos valores do Sport Lisboa e Benfica, um clube do povo e dos povos, assumidamente humanista e solidário que encerra na sua mística a excelência e a nobreza de carácter e que repetidamente se reafirma dizendo sempre presente quando faz falta, quando e onde for. Por isso são 11 anos de orgulho e humildade que nesta semana celebramos, sem grandes festejos ou publicidades porque estamos focados no trabalho.
É assim o SLB!"

Jorge Miranda, in O Benfica

Manipulação

"Nas sociedades actuais, só quem é ingénuo é que não percebe que quase tudo é manipulado.
O melhor instrumento de manipulação é sem dúvida o poder da imagem e o poder do som. E quem tem esse poder?
Tudo para onde se caminhou até agora é irreversível e não há volta a dar.
Independentemente do que é óbvio quanto ao pirata informático de branqueamento interno e internacional, debruço-me sobre a newsletter do SLB referente ao último jogo entre o Paços de Ferreira e o Benfica. Aí foi escrito: 'Sentimo-nos obrigados a ter de falar sobretudo do VAR. O lance mais polémico terá sido, porventura, o golo de Pizzi anulado por fora de jogo. Em bola corrida dá a sensação de inexistência de qualquer irregularidade no posicionamento de Vinícius, que assistiu o nosso 21. A imagem parada pela Sport TV não motiva qualquer inflexão nessa percepção de legalidade do lance. Mais tarde, ficou-se a saber que o nosso avançado estaria supostamente em fora de jogo por quatro centímetros'.
'Este lance e a forma como foi escrutinado motiva perplexidade. Não é claro que as linhas, para aferir a existência, ou não, de fora de jogo, tenham sido bem colocadas. Há dúvidas quanto ao posicionamento da linha do corpo do defesa pacense (no pé ao invés do ombro, como no caso de Vinícius) e até do momento exacto do passe. E frisamos novamente que o golo foi invalidado por quatro centímetros, quando a própria empresa fornecedora da tecnologia admite a necessidade de se considerar uma margem de erro de cinco centímetros na avaliação de foras de jogo'.
É exactamente isto! Exactamente!"

Pragal Colaço, in O Benfica

Avariou, novamente, seguramente!!!

"Ah, e parabéns ao Chalina, o padeiro Manuel Oliveira! Como VAR conseguiu validar o primeiro golo do Calor da Noite com dois foras de jogo no mesmo lance!
Bravo!
É continuar a nomear estes Super Dragões Manuel Oliveiras, Rui Oliveiras, Jorge Sousas e Soares Dias. É esse o caminho! Força, Fontelas! O campeonato mais escandaloso de sempre está aí para as curvas!"

Vender a alma!!!

"Há muito que não víamos um escândalo destes à vista de toda a gente. O Calor da Noite depois de ter comprado o jogador do Gil Vicente que se auto expulsou no Dragão a semana passada, não se fez de modas e comprou meia dúzia de jogadores do Setúbal. Setúbal, aliás, que já é cliente habitual deste esquema e todos os anos os jogadores ficam financeiramente mais aliviados depois destes jogos com o Calor da Noite. Vão numa sequência anedótica de 37 anos sem fazer cócegas em Setúbal ao Calor da Noite. Há 7 anos que não marcam um golo ao Calor da Noite em casa.
O que se viu nestes primeiros 45 minutos foi uma vergonha e um atentado ao Futebol Português.
É preciso estar-se mesmo na lama para precisar de comprar meia equipa adversária.

Adenda: não foram só os 45 minutos. Mantém-se. O Setúbal tem 19 golos sofridos sendo que 7 foram do Calor da Noite. É a terceira melhor defesa do campeonato, a seguir apenas a Benfica e Calor da Noite. Já agora, não investigam o Makaridze? Esta merda não é evidente?
Os comentadores da Sporttv acabam de afirmar que até com equipas de escalões inferiores o Calor da Noite sentiu mais dificuldades que hoje. Acho que deram de mais nas vistas hoje e nem aos comentadores passou incólume."

O terceiro homem – Rúben Dias – Vinícius – Chiquinho


"Muitas vezes tem sido explicado por cá a importância do terceiro homem na combinação. Porque não recebe o primeiro passe, é regra geral impossível de adivinhar a sua acção. Habitualmente para receber entre linhas de frente para o jogo.
Na recepção do Benfica ao Belenenses, Chiquinho surgiu como o último elemento a tocar na bola na combinação indirecta. Enquanto o olhar dos jogadores azuis se centrava em Vinícius que recebeu primeiro passe, criaram-se condições para surpreender a defensiva de Belém com a participação de um terceiro elemento.
As sobreposições e proximidade entre colegas da mesma equipa têm maior sentido quando próximas da última linha utilizam um terceiro elemento (Chiquinho) que parte de trás para a frente, para receber a bola do segundo (Vinícius), beneficiando de estar “fora do olhar” de quem se prepara para defender o lance.
Rúben Dias, um dos poucos jogadores da Liga NOS com potencial e qualidade para jogar nas grandes Ligas, voltou a desenhar com um passe tenso o início do golo encarnado. Mas foi da “souplesse” do toque de Vinícius e no movimento de Chiquinho que a equipa de Lage chegou ao terceiro golo."

Os 5 predestinados à presidência do SL Benfica

"O cargo de presidente é um dos mais importantes, seja em que organização for, e no futebol não é diferente. Foi na antevisão do jogo FC Paços de Ferreira-SL Benfica que Bruno Lage, face aos rumores de uma possível transferência de Rafa Silva para um tubarão europeu, disse: “O Rafa? O que acho e sinto, até pelo que ele já me disse, é que o sonho dele é ser presidente do Benfica.” Como Luís Filipe Vieira não será eterno, decidimos fazer uma lista de cinco jogadores/ex-jogadores que podem, um dia, vir a ser presidentes do Sport Lisboa e Benfica.
1. Rui Costa Quando se fala em Benfica, eventualmente acaba-se por falar em Rui Costa. Ao serviço dos encarnados, o maestro disputou 178 jogos, tendo apontado 28 golos, mas os golos não interessam para nada! A classe, a pura classe que as botas do ex-internacional português libertavam: essa é mítica. Pelo glorioso, conquistou uma Taça de Portugal, um campeonato nacional e o coração de milhões de benfiquistas. A sua elegância e classe em campo transformaram-se em inteligência e brilhantismo enquanto administrador da SAD. Estando já nos altos cargos do Sport Lisboa e Benfica, não parece totalmente descabida um possível candidatura a presidente no futuro. O que dizes, Rui? 
2. Rafa Silva Rafa é o único nesta lista que parece ter uma candidatura assumida! Em tom de brincadeira, Bruno Lage referiu que um dos sonhos de Rafa seria mesmo ser presidente do SL Benfica. De águia ao peito, o internacional português já leva 115 jogos, tendo apontado 33 golos e feito 19 assistências. Relativamente a palmarés pelo clube encarnado, já ajudou a vencer dois campeonatos, duas Taças de Portugal e duas Supertaças. Um jogador destinado a vencer, portanto. Se for tão ágil e preponderante como é em jogador, parece que dará um excelente presidente. 
3. Bernardo Silva Não é segredo nenhum que Bernardo Silva tem o desejo de um dia voltar ao Benfica, bem como também não é segredo que os adeptos anseiam por esse mesmo dia. A verdade é que as condicionantes do futebol nem sempre permitem que os desejos sejam respeitados. Contudo, se não houver a possibilidade de vestir novamente o Manto Sagrado, Bernardo Silva seria uma boa opção para comandar os destinos do seu amado Benfica. O amor ao clube é inabalável, até porque o jogador fez toda a sua formação nos encarnados, apesar de nunca se ter conseguido afirmar na equipa principal. Talvez por falta de oportunidades, talvez por ainda não estar preparado, a verdade é que Bernardo havia de sair da Luz com apenas três jogos disputados. Resta então saber se o sonho de voltar ao Benfica se vai concretizar para Bernardo. Porque este é o sonho que todos queremos que se concretize.
4. Luisão Anderson Luís da Silva, “Girafa” para os adeptos benfiquistas e Luisão para o mundo do futebol, é um dos nomes incontornáveis do Benfica. Sendo o jogador que em mais jogos envergou a braçadeira de capitão, e também o mais titulado em 115 anos de história, resta a Luisão defender o clube fora das quatro linhas. Pela sua personalidade, pelo profissionalismo e pela sua capacidade de liderança, o ex-capitão dos encarnados podia, agora, almejar a novas conquistas, desta feita fora dos relvados. Luisão é, sem qualquer dúvida, um grande benfiquista e, nas palavras do mesmo, “a cada jogo sentia aquele arrepio do que é ser Benfiquista, da Mística”. O brasileiro diz mesmo: “o Benfica é a minha casa, a minha família.”. Para quando a candidatura, Luisão?
5. Simão SabrosaSimão Pedro Fonseca Sabrosa é um dos jogadores aposentados mais acarinhados pelos benfiquistas. Em 230 jogos de águia ao peito, apontou 94 golos, tornando-se num ícone junto da massa adepta encarnada. Simão é, muito por aquilo que deu ao clube, uma opção viável para a assumir o controlo dos destinos da equipa da Luz. Dentro de campo era exímio em praticamente todas as acções. Será que fora dele tem a capacidade de assumir um projecto tão grande como o Sport Lisboa e Benfica?"