domingo, 5 de janeiro de 2020

Intenso e vivo

"Apesar da interrupção do campeonato, observou-se um jogo muito disputado

Paragem
1. A descontinuidade do processo competitivo no futebol acarreta um conjunto de dúvidas sobre o rendimento das equipas no primeiro jogo a realizar após tal paragem. Apesar de muitos treinadores estarem de acordo com essa interrupção, todos eles sabem que, por muito que modelem, durante esse período temporal, o processo de treino à imagem da competição, jamais o alcançam. Logo, após a paragem competitiva para o Natal e Ano Novo, as equipas necessitam de tempo para retomar o rendimento das rotinas ofensivas e defensivas antes atingidas. Provavelmente foi possível ter algum descanso regenerativo, apurar dinâmicas e calibrar sincronismos colectivos, bem como alterar algumas sub-rotinas, tais como as situações de bola parada, de modo a surpreender o adversário. Contudo, haverá mais desvantagens do que vantagens (exceptua-se as equipas que recuperaram jogadores importantes, tendo, assim, mais opções na sua organização dinâmica).

Campeonato
2. Duas das equipas que melhor futebol desenvolverem em Portugal, em virtude do calendário e da classificação, encontraram-se nesta encruzilhada temporal. É evidente que a distância pontual entre ambas (18 pontos), em virtude das 13 vitórias e 1 derrota do S.L. Benfica (37 golos marcados e 5 sofridos) contra 5 vitórias, 6 empates e 3 derrotas do Vitória S.C. (24 golos marcados e 17 sofridos) provavelmente não corresponde à qualidade de futebol apresentado, mas sim, porventura, às individualidades, às vicissitudes, à sorte, entre outros. Mas como se sabe, as equipas alimentam-se de pontos, sendo a melhor plataforma para consolidar a confiança e a coesão de qualquer colectivo.

Intensidade
3. Apesar da interrupção do campeonato, observou-se um jogo muito disputado, intenso, vivo, quase sem interrupções. Contudo, este facto não é sinónimo de um grande espectáculo desportivo. O Vitória S. C. interpretou o que gosta de fazer, ou seja, ter a iniciativa de jogo, obrigando em grande parte do tempo o S.L. Benfica a lutar muito, impossibilitando-o de exteriorizar a sua própria forma de jogar.

Estratégias
4. Ambas as equipas utilizaram dinâmicas estratégico-tácticas similares. Assim, assumiram na fase defensiva do jogo a necessidade imperiosa de manter equilíbrios defensivos e, regressar rapidamente, após a perda da bola, para um bloco defensivo intermediário, compacto e com todos os jogadores atrás da linha da bola, num sistema 4x1x4x1. Deste modo, evitar-se-ia o jogo interior, obrigando as equipas a utilizar o espaço exterior. Na fase ofensiva as saídas na 1.ª e a passagem para a 2.ª etapa de construção caracterizam-se por serem controladas e tecnicamente evoluídas (acções de Gabriel e Pepe). Nas etapas de criação e de finalização do ataque o Vitória SC foi a equipa mais perigosa, acumulando ao longo da partida mais aproximações à grande área adversária e mais acções de remate.

Números

5. O Vitória S.C., teve mais posse de bola, mais remates, mais ataques perigosos, logo, os n´meros de carácter quantitativo retirados dos jogos não justificam o resultado final do jogo. Não vale a pena referir que o jogo de futebol não tem lógica, na verdade, nem todos os dados contam, bem como nem todos os dados devem ser contados."


Jorge Castelo, in A Bola

Sofrer sofrer e poder esperar

"Hoje é dia de Sporting - FC Porto, clássico sempre apaixonante que ganhou, ontem, contornos ainda mais especiais depois da sofridíssima vitória do Benfica no difícilimo D. Afonso Henriques, onde mora, está época, uma belíssima equipa orientada por um belíssimo treinador. Fez, a águia,, aquilo que se lhe pedia antes do clássico deste final de tarde: ganhou. Não fez grande exibição, é verdade - sobretudo se a compararmos com aquilo que vinha fazendo o conjunto de Bruno Lage antes do break natalício -, mas não quer isto dizer que não fez a águia um grande jogo. Porque aproveitou a primeira oportunidade de que dispôs, como se pode a um candidato ao título nestas partidas de grau de dificuldade alto, e soube depois lutar, até à exaustão, para segurar um triunfo importantíssimo. Os campeões, todos o sabemos, também se fazem de jogos assim. Podem, pois, os benfiquistas, depois do sofrimento de ontem à noite, assistir de cadeirinha às emoções de hoje em Alvalade. Nenhum esconderá - pelo menos os mais racionais... - que a vitória do eterno rival da Segunda Circular é o resultado que mais interessa ao Benfica, por razões óbvias. Claro que, como fez Bruno Lage ontem, oficialmente todos dirão que ainda há muito por jogar e lembrarão o que aconteceu na última época para lembrar que sete pontos de avanço não garantem, em Janeiro, o título. É verdade. Mas o que Bruno Lage fez com o Benfica em 2018/2019 foi extraordinário porque, lá está, é incomum. E todos o sabem. Incluindo Sérgio Conceição e todos no FC Porto, que entram bem mais pressionados no clássico do que Silas e o seu Sporting em aparente recuperação mas, hoje, a 16 pontos das águias. Ninguém quer perder, mas há uns que têm, mesmo, de ganhar..."

Ricardo Quaresma, in A Bola

Vitória SC 0-1 SL Benfica: Encarnados sobrevivem e consolidam liderança

"Crónica: Vitória com sabor amargo
Em fim-de-semana de clássico a deslocação do SL Benfica ao terreno do Vitória SC era vista como uma complicada mas importante oportunidade para a equipa de Bruno Lage cimentar a liderança no campeonato. Dito e feito. Jogo dificílimo, três pontos garantidos e agora é com 7pts de vantagem que os benfiquistas irão assistir ao Sporting CP – FC Porto.
Uma vitória encarnada de sabor amargo pela cinzenta exibição da equipa. Uma vitória encarnada amarga e injusta para o Vitória SC que desde o primeiro minuto procurou dominar o jogo e chegar à baliza de Vlachodimos.
Do lado do SL Benfica vimos uma equipa desligada da bola e simplesmente preocupada em defender os lances que o Vitória SC ia tentando construir. A primeira parte valeu por um momento de inteligência de Pizzi a assistir para o golo do Cervi. A segunda parte valeu pelo apito final e confirmação dos 3pts.
Do lado do Vitória SC vimos uma equipa totalmente ligada à bola. Assumiram a iniciativa do jogo e procuraram o golo constantemente. As oportunidades não foram em abundância – não esquecer que do outro lado estava o líder do campeonato em modo defensivo – mas foram as suficientes para fazer a equipa acreditar. Faltou eficácia para quebrar o inspirado Vlachodimos.
Francamente (mais) uma exibição muito pobre do Sport Lisboa e Benfica num jogo em que o Vitória SC fez por merecer outro resultado.

A Figura
Adel Taarabt O marroquino fez um jogo muito condicionado pelas amarras tácticas que o treinador lhe colocou mas mesmo amarrado foi sempre estando presente. Até aos 80 minutos o criativo encarnado foi dos principais recuperadores de bola da equipa e o único com a frieza o suficiente para sobre pressão no terço defensivo encontrar linhas de passe para sair a jogar. Nos últimos 15 minutos, com a substituição do Chiquinho pelo Samaris, já se pôde libertar e aparecer em zonas mais avançadas com a bola controlada e é aí que faz toda a diferença. Mais ou menos condicionado, foi durante os 90 minutos o jogador encarnado para esclarecido no relvado.

O Fora de Jogo
Carlos Vinícius O ponta de lança encarnado passou totalmente ao lado do jogo. Tal como o Taarabt, passou o jogo condicionado pelas opções mais defensivas de Bruno Lage o que o obrigou a um jogo isolado na frente de ataque. Mas ao contrário do marroquino o avançado brasileiro não conseguiu contornar as dificuldades impostas. Nos poucos lances de ataque colectivo não soube procurar os melhores espaços para se desmarcar e dar linha de passe. Nas raras situações em que recebeu a bola no ataque, e ao contrário do usual, não teve capacidade para a segurar e criar lances de perigo para si ou para algum colega que surgisse a apoiar. Foi constantemente batido pelo Tapsoba e esta foi a sua pior exibição de águia ao peito.

Análise Táctica - Vitória SC
Ivo Veira foi fiel ao seu 4-3-3 mas optou por uma equipa com maior qualidade na posse de bola. Assim deu mais bola ao seu tridente do meio-campo com a titularidade de Pêpê e J.C.Teixeira em vez dos usuais M. Agu e Poha. Foi um 4-3-3 que constantemente se desdobrou num 3-5-2 de pressão alta. Davidson partia da esquerda para se juntar ao avançado Bonatini, os laterais estavam em constantes incursões ofensivas e tanto o médio J.C. Teixeira como o médio L. Evangelistas apareceram sistematicamente em zonas de finalização. O Vitória SC optou por um jogo positivo, um jogo de procura da bola e de carinho à redonda. Pressionaram em bloco a linha defensiva encarnada e com bola procuraram encontrar os espaços com criatividade e em futebol apoiado.

11 Inicial e Pontuações
Douglas Jesus (5)
Victor Garcia (6)
Tapsoba (7)
Pedro Henrique (6)
Florent Hanin (6)
Pedro Rodrigues (7)
João Carlos Teixeira (6)
Lucas Evangelista (6)
Marcus Edwards (6)
Davidson (6)
Léo Bonatini (5)
Subs. Utilizados
Poha (5)
Bruno Duarte (3)
Rochinha (1)

Análise Táctica - SL Benfica
Bruno Lage lançou aquele que tem sido o seu 11 no último mês. Assim o SL Benfica entrou em campo com o seu 4-2-3-1 onde a dupla de médios apela à maior qualidade na posse de bola, o extremo esquerdo actua com maior cautela permitindo mais ingressões ofensivas ao lateral e Pizzi e Chiquinho alternam no espaço procurando mais o jogo interior e entre linhas. Este 4-2-3-1 de Bruno Lage tem variado entre aquele que defrontou o Marítimo e aquele que defrontou o Boavista. Neste jogo surgiu o do Marítimo. Um 4-2-3-1 em 4-5-1 condicionado defensivamente e com um futebol de expectativa. Os laterais amarrados, os dois médios amarrados ao terço defensivo, o extremo amarrado ao lateral, Pizzi e Chiquinho amarrados a compensações defensivas e Vinicius isolado no ataque.

11 Inicial e Pontuações
Odysseas Vlachodimos (6)
Tomás Tavares (4)
Rúben Dias (5)
Ferro (5)
Grimaldo (5)
Gabriel (4)
Taarabt (7)
Pizzi (5)
Chiquinho (4)
Franco Cervi (5)
Vinícius (3)
Subs. Utilizados
Seferovic (3)
Samaris (3)
Gedson Fernandes (-)"

Chegar, Ver, Marcar e Defender

"O registo interno de Bruno Lage é para lá de assombroso. Completa duas voltas – O correspondente a uma Liga – com apenas cinco pontos perdidos – Se fosse na mesma época seria um registo “seguramente” impossível de bater.
Ao modelo muito bem pensado e treinado, a modernidade surge em forma de abordagem estratégica a cada jogo.
Em Guimarães, o Benfica foi a equipa humilde que teria de ser para vencer o jogo perante um conjunto que lhe é inferior individualmente, mas que tem um sem número de jogadores de nível muito bom, e que garantidamente não farão carreira eterna no Castelo – Tapsoba, Edwards, João Carlos, Pêpê, Rochinha, Lucas Evangelista…
Uma das maiores críticas à abordagem dos jogos no período pré Bruno Lage que este espaço fez passou sempre pela pressão constante que os encarnados exerciam em cada jogo, em cada situação, e que tantas vezes levaram o Benfica a defender aberto, a ter de defender muito espaço e com poucos homens.
Benfica nunca partiu a equipa na pressão sobre a construção adversária – Esperou, fechou espaços vitais e nunca abriu “Avenidas” para as entradas Vimaranenses

É impossível prever que abordagem teria tido o Benfica se o tempo se arrastasse e não estivesse em vantagem no marcador – Teria de ser diferente! Mas, tal não sucedeu, e a equipa de Lage foi desde o primeiro minuto uma equipa junta, concentrada e humilde no sentido de perceber que do outro lado havia muita qualidade e que era preciso, antes de tudo o mais, saber fechar o campo.
O Vitória podia e talvez merecesse (não ignorar, contudo, que o merecer por se ter instalado no meio campo do Benfica, tem sempre a condicionante de tal ter sido fruto de uma (boa) decisão de Bruno Lage ao optar pelo tal não pressing, mas antes pelo fechar do espaço) ter tido mais “sorte”. Não criou em número suficiente para que se possa falar de um jogo muito conseguido, mas Marc Edwards com os seus recortes individuais criou lances perigosos – Mais do que os que o Benfica teve no jogo. 
Vitória deu sempre espaço para o Benfica construir com o intuito de roubar e acelerar – Os seus mais prometedores lances tiveram origem em perdas de Tavares e Gabriel

Na leitura de um jogo nunca se pode ignorar o resultado com que este vai decorrendo. A vencer, importou muito mais não dividir o jogo para que não houvesse muitas situações com espaço para Lucas Evangelista, Pêpê e Marcus Edwards definissem chegada e definição no último terço.
Onze jogos sem sofrer golos na Liga em quinze é uma marca incrível que reflecte alguns jogos de Vlachodimos, mas sobretudo o trabalho de modelo e de estratégia do treinador do Benfica com uma equipa que está a muitos anos luz de qualitativamente poder ombrear com a de um passado não muito distante e que reuniu uma série de jogadores que se viram transferidos para as melhores Ligas e Equipas do futebol mundial.


Lição de ataque posicional:
– A profundidade do lateral (Grimaldo) que obrigou o lateral do Vitória a dividir pressão e com isso Cervi teve espaço para receber e virar;
– O passe interior de Ferro;
– Depois de conquistado espaço nas costas dos interiores – Conquista do espaço nas costas de Pedro Rodrigues;
– Temporização e Definição de Chiquinho para conquistar último espaço – Nas costas da defesa;
– Procura do lado cego em zona de finalização.
Um regalo."

Posição do SL Benfica

"Face ao conjunto de incidentes ontem ocorridos antes, durante e após o jogo com o Vitória de Guimarães, informamos:
1 - O Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD lamenta e repudia de forma veemente o comportamento dos adeptos dos dois clubes envolvidos no arremesso de objectos e engenhos para dentro do recinto que motivou a paragem do jogo em vários períodos.
2 - Condenamos claramente os adeptos afectos ao nosso clube envolvidos nesses arremessos, reafirmando o nosso empenho em que tais comportamentos sejam totalmente banidos, considerando que os mesmos só prejudicam o Sport Lisboa e Benfica e a atitude correta dos milhares e milhares de simpatizantes do nosso clube que de forma incansável apoiam a nossa equipa em todas as deslocações.
3 - Condenamos também, de forma veemente, todos os incidentes ocorridos antes e após o jogo em que adeptos do Sport Lisboa e Benfica foram roubados e agredidos por grupos de indivíduos com a cara coberta.
4 - Responsabilizamos as forças de segurança pela incapacidade de controlar tais comportamentos, quando têm todas as condições e meios para tal. Compete às forças de segurança identificar e punir esses elementos que estão a mais nos campos de futebol e que só prejudicam os próprios clubes, que se veem penalizados e responsabilizados por comportamentos a que são totalmente alheios.
5 - O Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD não pode deixar de lamentar as infelizes declarações do presidente do Vitória de Guimarães, Miguel Pinto Lisboa, quando insinua que, no caso das paragens do jogo provocadas por parte dos adeptos afectos ao nosso clube, estas seriam eventualmente deliberadas e articuladas, como expressa quando diz que "quando é preciso lançam-se tochas e pára-se o jogo".
6 - Por último, não podemos deixar de registar o ridículo de quem ontem, uma vez mais, demonstrando um conhecimento muito próprio das regras do jogo, procurou criar uma polémica totalmente artificial, num lance perfeitamente normal, idêntico a milhares ocorridos em tantos jogos e que nunca até hoje foram sancionados, e de que poderíamos aqui dar vários exemplos, inventando a existência de uma grande penalidade que teria ficado por marcar, quando é totalmente claro que o jogador do Vitória de Guimarães já estava em queda e encostou-se ao adversário."

Esgoto no Castelo !!!

"Hoje vamos ser mais extensos do que o habitual mas há alturas em que chega. Chega mesmo! Perdoem-nos o tempo que vos vamos tirar mas é absolutamente fundamental combater este Estado Anti-Benfiquistiano que se alojou em Portugal.
Vir para uma conferência de imprensa reclamar da Arbitragem por causa de um amarelo dado num lance e noutro não? Vir para uma conferência de imprensa dizer que o Árbitro e o VAR não podem apitar este jogo porque a mesma equipa de Arbitragem apitou um jogo há meses, e em que por sinal fez uma arbitragem irrepreensível? Vir para uma conferência de imprensa falar de uma falta perto da área não ter sido objecto de cartão amarelo quando nem falta era uma vez que o jogador tropeça na relva? Vir para uma conferência de imprensa queixar-se de um lance em que o jogador do Vitória leva amarelo por falta feia que atinge apenas o jogador adversário e corta um contra-ataque prometedor porque “é uma falta a 60 metros da baliza”? Vir para uma conferência de imprensa insinuar que o Benfica em conluio com os seus adeptos agendam o arremesso de tochas para o relvado para ter “descontos de tempo”? Foda-se. Mas isto agora vale tudo, seu broeiro Miguel Pinto Lisboa? Sr.Miguel Pinto Lisboa, porque não abordou o tema da atitude nojenta dos seus jogadores passarem o jogo a atirarem-se para o chão para beneficiar da bola parada?
Relembremos o comportamento de Miguel Pinto Lisboa quando tem um jogador ridiculamente expulso aos 10 segundos de jogo contra o Calor da Noite no início desta época:
Numa curta declaração o dirigente disse. "Primeiro de tudo quero dar os parabéns ao FC Porto pela Vitória. Estiveram duas excelentes equipas em campo, parabéns também aos jogadores, equipa técnica e adeptos do Vitória. Todos demonstraram um enorme caráter e vontade de vencer. O jogo ficou condicionado logo no primeiro minuto, com uma decisão inexplicável que em nada favorece o espetáculo. Se a Liga quer valorizar este espetáculo tem de pôr cobro a estas situações. O Vitória não pode continuar a ser penalizado na Liga"
Hoje não era "o Benfica", era "o adversário", e não havia duas equipas em campo a parabenizar, havia só uma. 
Ficamos todos a perceber ao que vieste no futebol Português, Miguel Pinto Lisboa.
Foquemo-nos agora na Comunicação Social e na máquina de Comunicação do Calor da Noite, que começa com o falido Marques e acaba com tudo o que é comentador nas TV´s. O Marques começa inicialmente por espalhar o camião de palha para alimentar a vara de adeptos e simultaneamente envia a cartilha para os cartilheiros ao serviço do Calor da Noite. Não é necessário identificá-los todos porque toda a gente sabe quem são e corríamos o risco de ficar aqui umas horas a enumerá-los. 
E depois é só assistir de cadeirinha ao espectáculo de azia Dragarta por TV´s e Jornais. Por exemplo, a TVI 24 começou o Telejornal das 24h a dizer: “O Benfica entra em 2020 a vencer de forma tímida, num jogo com lances polémicos”. Passam o resumo do jogo e ainda estamos à espera de ver os lances polémicos. O "especialista" de arbitragem da SportTv foi ao pormenor de reparar na "contração" do "músculo" do braço direito do Rúben no momento do contacto. Isto para não falar no Tribunal Unânime do jornal do Calor da Noite, cujos “Juízes” são a antítese da honestidade ou moralidade. Três dos árbitros mais corruptos dos tempos do Apito Dourado fazem agora análises de arbitragem naquilo que chamam de Tribunal! Isto num jornal comandado pelo clube envolvido no mesmo Apito Dourado! Delicioso! Nós chamaríamos de “Bordel Unânime”, mas eles lá sabem.
Falando do lance que esta máquina toda do Calor da Noite quis trazer para a agenda mediática, se fosse a favor do Benfica nem alvo de discussão seria. O Davidson salta e atira-se para trás para fazer um pontapé de bicicleta e o Ruben Dias tinha que se desviar? Dar uma distância de segurança de dois metros? A ilegalidade do RD é não conhecer a nova regra:
"Sempre que o avançado quiser executar um pontapé de bicicleta, o defesa, se for do Sport Lisboa e Benfica, deve previamente afastar-se para que este perigoso movimento seja executado em segurança e de modo eficaz". Se os Ingleses tivessem conhecimento que este lance estava a ser elevado a penalti em Portugal, iríamos ser completamente ridicularizados.
Mais uma vez temos que chegar à conclusão que o Benfica é grande demais para este País. País pequeno, rasteiro e miserável no que a futebol, pelo menos, diz respeito.
Muitas responsabilidades de uma Comunicação Social submissa e escolhida de forma selectiva, em que apenas interessa a polémica, a confusão e a tentativa de incendiar os ânimos. O interesse maior desta gente hoje em dia é apenas e só levantar suspeição sobre tudo o que é relacionado com o Benfica.
O nosso futebol está num nível de esgoto a que não julgávamos ser possível chegar."

Cadomblé do Vata

"1. Vitória para os que pedem que a equipa do Benfica respeite a História do Benfica... temos mais vitórias em Guimarães sem jogar pirilau, do que taças no Museu Cosme Damião.
2. Vinicius hoje mostrou o problema de ter muitos estrangeiros no plantel... há sempre um ou outro que perde o avião no regresso das férias do Natal.
3. Marchesin, mesmo que não volte a jogar, já garantiu o prémio de Melhor Guarda Redes desta temporada... Odysseas por sua vez, naquela barraca corrigida com defesona no segundo tempo, deve hoje ter sacado o Moretto do Ano.
4. Todos gozam por LFV ter dito um dia, que o SLB está 10 anos à frente dos adversários, mas hoje ficou à vista que tem razão... durante a semana contratamos Weigl para substituir Taarabt, que vai limpar os amarelos na próxima jornada
5. Concordo quando dizem que o Vitória joga à grande, mas não me venham com a treta de que é o 4° Grande... sou Benfiquista mas não gosto que desrespeitem assim o Sporting CP."

Curtas – Benfica passa em Guimarães

"Benfica passa em Guimarães, num jogo onde foi mais controlador (a defender e fechar espaços) que dominador (em posse). Vitória teve muita bola, tentou bastantes ligações interiores, mas raramente chegou com qualidade a finalização, seja por dentro ou por fora.
Primeira bola que os encarnados conseguem ligar e jogar entre linhas dá golo. Atrair dentro para libertar espaço fora para entrar em finalização, um dos padrões que mais perigo cria neste ano no Benfica de Bruno Lage.
Nestes jogos, onde o adversário rouba a bola ao Benfica e este baixa o bloco optando por sair, muita falta faz Rafa, a grande referência para conduzir o contra-ataque, tornando-se assim uma equipa menos perigosa nesse momento.
Incrível Adel Taarabt! Qualidade em todas as posses, seja em organização como em transição, em passe ou condução, sempre a escolher as melhores rotas de ataque, e uma atitude competitiva de louvar, na ocupação dos espaços, na velocidade a que saltava na pressão e quando batido recuperava para a posição, nas divididas e até no desarme, onde recuperar inúmeras bolas.
Nota final para a personalidade corajosa e desenvergonhada de um menino de 18 anos. Tomás Tavares teve um erro grave em posse, onde quase deixou um adversário na cara de Vlachodimos, não se intimidou e nas duas bolas seguidas, tal como em todo jogo, sempre a tentar entregar jogável e sair da pressão com qualidade."

Fumo branco: habemus um bom jogo de futebol

"O Benfica ganhou por 0-1 ao Vitória, em Guimarães. A este Vitória que lhe roubou a bola, fez mais remates, teve a iniciativa, fabricou mais jogadas com fim na área e jogou de uma forma que puxou pelo melhor da equipa de Bruno Lage, mesmo que esse melhor não a tenha feito jogar como costuma 

A ideia de tirar a bola a uma equipa nascida, criada e reputada para não viver sem a ter, é arrojada. Carregado até ao tutano de jogadores cujas características, juntas, muito funcionam se muito tocarem na bola e a quem Bruno Lage, há coisa de nem dois meses, por fim juntou com constância no onze, o Benfica é um dos grandes mandões da posse no campeonato português.
Ver o Vitória, por mais que se acompanhe da bola, ditatorialmente, contra as restantes equipas, a usar as posses com tempo que tem, desde trás, para dar passes rasteiros, verticais e cheios de propósito no meio de movimentos pensados - lateral a esticar, médio interior a não ultrapassar o meio e o extremo a aparecer por dentro, no espaço criado - e, quando perde a bola, a ter jogadores pressionantes e agressivos nos duelos, não é que fosse, de todo, inesperado.
O esperado talvez fosse não ter tanto, tão eficaz, nem tão continuado sucesso a fazê-lo contra o Benfica.
À forte reacção à perda, que fazia os jogadores levarem o lado bom de quase todos os duelos, o Vitória compactava os extremos aos médios e, salvo uma jogada, nunca deixou o Benfica ligar passes por dentro, ou dava tempo e espaço para Gabriel ou Taarabt darem circulação às jogadas.
Mas quando, na sua própria metade, os jogadores vitorianos se mantiveram, alinhados, a olhar para a bola, Cervi, o extremo de arraias tão fiéis à linha lateral, foi pedir a bola ao centro, nas suas costas, recebeu o passe vertical que os bateu e tirou a todos da jogada, virou-se, jogou apoiado em Chiquinho e foi à área receber o cruzamento atrasado de Pizzi para fazer o 0-1 no único remate do Benfica na primeira parte.
Por essa altura (23’), havia um 59%-41% de companhia da bola para o Vitória, balança que se aguentaria a pender assim, com mais remates, mais ataques - que é ultrapassar a linha do meio campo com a bola controlada, chegar aos últimos 30 metros, entrar na área adversária ou seja lá o que for para as estatística da Liga - e mais influência na bola de Lucas Evangelista a acelerar jogadas, João Carlos Teixeira a variar os passes e Pêpê a dar vazão limpo e com critério às saídas de bola.
O Benfica marcou um golo e Vlachodimos apenas esticou os membros e sujou o equipamento para desviar cortar alguns cruzamentos ameaçadores e desviar um remate perigoso (Evangelista), mas Ivo Vieira, não ganhando, tinha o Vitória a tirar a bola ao adversário, a não ter que pular sectores para ligar jogadas até à área e a desmontar a organização defensiva contrária com passes e as ocasionais serpentinas de fintas de Marcus Edwards.
Tão ultrapassável que foi, na primeira pressão, até ao intervalo, o Benfica deixou de ter Vinícius e Chiquinho em diagonal, para contrariar a saída adversária e tentar limitar os passes que sempre chegavam a Pêpê. Um deles passou a estar nas suas costas, a fazer por o impedir de se virar com as bolas que recebia e não variar o sítio onde a bola rolava com os passes longos e aéreos que raramente falhava.
Taarabt recuou também uns metros, perfilou-se mais na linha de Gabriel - o marroquino, quem o viu e o vê agora, a cortar passes, recuperar bolas e desarmar adversários -, ambos cerravam os espaços entre as suas costas e as barbas dos centrais e conseguiram limitar as recepções de Davidson ou Edwards ao centro.
Não tentando ser ladra tão à frente no campo e juntando mais as linhas, o Benfica conseguiu, sobretudo a partir dos 60 minutos, dar mais esperança média de vida às bolas que recuperava, saíndo em transições rápidas quando escapava à pressão pós-perda sempre forte do Vitória, porém mais falível com o cansaço e o tempo a contar.
Vinícius, quase sozinho, inventou o segundo remate do Benfica no jogo, carregando sobre Pedro Henrique e livrando-se do central já na área. Só nos últimos 10 minutos, com o jogo já pachorrento, com posses de bola pausadas, é que Pizzi ajeitou o terceiro, após Rúben Dias lançar um passe longo que Tomás Tavares, o lateral que perdeu tantas bolas no primeiro terço do campo quantas os defesas do Vitória juntos, recebeu para ele. E Gabriel o quarto, num livre directo.
Só nesses minutos a bola foi do Benfica, já com Samaris em campo para se situar perto de Gabriel e Taarabt, numa equipa a tentar gerir os passes e aproveitar o espaço que o Vitória cansado, que à fadiga dos extremos acrescentou uns médios interiores fatigados por tantas diagonais sem bola acelerarem, de dentro para fora, quando o espaço para encontrar gente entrelinhas foi cada vez mais fechado pelo adversário.
O Vitória acabou a jogar com 10, reduzido pelos pitons que Rochinha cravou numa perna de Samaris, após uma acrobacia, mas terminou com mais remates (os mesmos, quatro, na baliza), jogadas ligadas até à área adversária, até ficarem apenas dependentes do último passe - e do murro que foi a dupla Ferro-Rúben Dias - e, de facto, com a bola roubada ao Benfica durante uma hora e vinte minutos. 
Sobretudo na segunda parte, apesar de jogar pouco como costuma, com um bloco mais recuado e sem os médios a pensarem tantas jogadas, o Benfica adaptou-se ao contexto, melhorou no estilo mais contra-atacante que adoptou e fez por anular, ou conter, as dinâmicas e o estilo de jogo do Vitória. 
Que perdeu, mas foi derrotado no resultado ganhando na bonança que Ivo Vieira e os jogadores trazem ao futebol em Portugal - haver uma equipa, fora dos três grandes, a jogar desta forma, que jogando assim também puxa pelo melhor que há no Benfica, no FC Porto ou no Sporting.
E, perdoem-me, sem clubismos para aqui chamados e porque assisti, faz pouco tempo, a um retrato fílmico das conversas entre um vindouro Papa e um prestes a ser ex-Papa, este Vitória-Benfica, que provavelmente (fora dois momentos em que tochas foram atiradas para o relvado) será um dos melhores jogos desta época, largou o fumo branco. Habemus bons jogos de futebol."

Vermelhão: Sofrer para somar...!!!

Guimarães 0 - 1 Benfica


O Vitória tem sido a equipa mais elogiada pelo bom futebol esta época no Tugão, e nos jogos 'grandes' esteve quase sempre bem (até jogar com 10 desde do primeiro minuto...!!!), mas com adversários menos 'complicados' tem tido bastante dificuldade em ganhar jogos... e isso deve-se muito, ao facto deste Vitória preferir jogar em ataques rápidos, em velocidade, com espaços... E por isso mesmo, a estratégia do Benfica, desde do segundo inicial, passou por 'retirar' este tipo de jogo ao adversário... O Lage na conferência de imprensa pré-jogo, destacou a necessidade de jogar com o coração mas também com a 'cabeça', e foi isso que aconteceu...

Sendo que quando a partir do minuto 15 o Benfica começou a ter mais bola em momento ofensivo, o golo apareceu rapidamente... Em vantagem, a dinâmica 'mudou' e o Benfica deixou de ter a 'necessidade' de procurar o golo... e acabámos por 'gerir' ainda mais!!!

No 2.º tempo, apesar do Guimarães ter novamente muita bola, as grandes oportunidades foram do Benfica, primeiro pelo Vinícius, e depois nos minutos finais, quando o adversário arriscava tudo. Vitória sobre um Vitória extra-motivado, muito provavelmente com Malas pelo meio, onde mesmo jogando feio, ganhámos!!!
Com o clássico 'amigável' de amanhã, era essencial somar os três pontos hoje. O ano passado, na mesma jornada onde vencemos 4-2 em Alvalade, os Corruptos perderam em Guimarães... terá sido dos momentos mais decisivos da remontada no Campeonato! Amanhã a 'pressão' será diferente!!! Estas vitórias decisivas, sem nota artística, sabem que nem ginjas...

Aquilo que faltou hoje, foi claramente o Rafa, o único jogador do nosso plantel que tem a capacidade de ganhar metros em grande velocidade no contra-ataque, com a bola agarrada aos pés... E suspeito que com o Aves, ou com o Rio Ave para a Taça, vamos ter o regresso do nosso spedy gonzales!!!

Apesar do golo do Cervi com o pé cego, e da excelente exibição do Ody (a única que largou, rectificou)... o homem do jogo para mim, foi novamente o Taarabt!!! Talento enorme, e está com 'fome' de bola...!!!
Aquilo que se passou nas bancadas não foi bonito. A cultura do ódio anti-Benfica destilada em várias zonas do país, promovida pela descomunicação social é muito perigosa... Eu pessoalmente não percebo a suposta admiração unânime sobre as claques do Guimarães: são do mais animalesco que conheço... O elogio ao bairrismo doentio é parvo!!! Em relação aos nossos adeptos, defendo à muito tempo, que os arruaceiros que provocam multas milionárias ao Benfica sejam identificados e expulsos das 'nossas' bancadas!!!

Este seria claramente o jogo mais complicado do calendário, sem contar com a ida ao Dragay e ao Alvalixo, algo que irá acontecer nas próximas semanas... A jogo de Alvalade, com o Rio Ave para a Taça na Luz, 72 horas antes, foi mais uma armadilha, que o Benfica poderia ter evitado com um adiamento...

O mercado está aberto e já nos deu uma grande prenda, e provavelmente vamos ter mais... e se calhar alguns jogadores vão sair (menos utilizados), mas no meio da 'euforia' será muito importante manter a concentração no essencial, por parte dos adeptos e dos jogadores!!!

Centena mais um !!!

Benfica 101 - 74 Barreirense
29-16, 27-14, 24-20, 21-24

Ainda sem o Hilliard (nova contratação para o lugar do Dows), nova vitória, sem dar qualquer hipótese ao adversário...

Vitória em Viana...

Viana 0 - 3 Benfica
18-25, 14-25, 15-25

Regresso das mini-férias com as baterias recarregadas, com a vitória do 'costume'!!!

Vitória em Coimbra...

Académica 1 - 2 Benfica


Já tinha 'saudades' duma vitória desta equipa, com um golo da vitória mesmo no cair do pano!!!
Não fizemos um grande jogo, mas tivemos claramente as melhores oportunidades... algumas desperdiçadas de forma escandalosa (pouco depois, marcámos com um auto-golo!!!), e depois, ainda 'oferecemos' o penalty à Académica... num erro individual, mas a cabeça do Nóbrega, 'salvou' o Dylan!!!