sexta-feira, 1 de novembro de 2019

As voltas que o râguebi deu até esta final

"Inglaterra e África do Sul jogam a final do Mundial de râguebi no sábado (9h, Sport TV1) e não há pessoa mais ligada a tudo o que está em causa do que Eddie Jones, o seleccionador inglês

O facto de treino assenta-lhe largo. Sobra tecido nas pernas, nos braços e nos ombros, ele boia lá dentro. Tem, ao pescoço, uma fita de identificação, como se obrigatório fosse explicar, a toda a hora, quem é e o que está ali a fazer. Parece um mero ajudante, irrelevante membro da equipa técnica em que os restantes treinadores vestem, todos, a camisa, a gravata e o protocolar casaco verde e amarelo dos springboks.
Eddie Jones nunca se adorna com o fato, típico da selecção da África do Sul, durante o Mundial de 2007. Nem quando o ganham. Fala-se em politiques dentro da federação de râguebi, em supostas cláusulas no contrato, justifica-se com a vontade do próprio australiano em não se ornamentar com a vestimenta que honra quem é escolhido para trabalhar na selecção — mas “se ele queria, ou não, não é a questão, ele merecia-o”. 
Fourie du Preez era o médio de formação dessa África do Sul, vice-capitão da equipa vitoriosa, na final, contra a Inglaterra, em que não fizeram questão em ter mais posse que os adversários, nem foram quem teve mais corridas e metros percorridos com bola em mão. Baseavam-se no rochedo que era a sua defesa, na intensidade posta no contacto e nos pontapés territoriais apontados para dentro de campo.
Se a descrição soa a familiar e se se pode aplicar a um dos finalistas deste Mundial, a decidir no sábado (9h, Sport TV1), é muito por culpa do então incógnito na indumentária, mas mestre nos bastidores, Eddie Jones. A três meses do arranque do torneio de 2007, o australiano foi contratado como conselheiro técnico da África do Sul. “Se não fosse ele, não teríamos ganhado o Campeonato do Mundo”, disse Du Preez, ao “Telegraph”.
É quem, olhando bem para o cenário, deveria ser o alvo de todas as perguntas caso a ideia fosse dissertar sobre as voltas que a vida (e o râguebi) dá.
Porque, há 12 anos, Eddie Jones, que em 2003 treinava a Austrália e perdeu na final do Mundial, foi substituir Rassie Erasmus, hoje seleccionador da África do Sul, que defrontará a estrondosa Inglaterra de Jones, imediatamente caída no caldeirão do favoritismo assim que, na meia-final, vergou a Nova Zelândia a um controlo continuado que os neozelandeses costumam impor às outras equipas.
Eddie Jones, tudo ele, o metódico que acorda às 5h, submete jogadores a sessões intensas, mas curtas, para estarem nos limites aeróbicos do corpo; quem já os obrigava a treinar com bolas ensaboadas, anos antes de toda a gente o fazer nos estágios pré-Mundial, para acautelar a humidade do Japão.
O treinador que priva, ao detalhe, com cada inglês desde 2015 sobre um objectivo: conquistar o Mundial, que apenas venceram em 2003. Pela frente terá a selecção mais equiparável à Inglaterra na potência no jogo físico, injectada no marrar de avançados contra a linha da vantagem e na agressividade defensiva a avançar contra o portador da bola.
A África do Sul não entusiasma com variações nas jogadas à mão, é previsível no que pretende fazer com as fases de ataque em campo aberto e limita, muitas vezes, Handré Pollard, talvez o abertura mais constante do torneio, a abrir a bola para a linha de corrida mais próxima e a pontapear, aqui e ali e muito, para afastar a pressão.
Ele e Faf de Klerk, o formação loiro até aos ombros, prendem o jogo do springboks nos pontapés, ultrapassaram Gales dessa forma e assim tentarão suster o habitual entrar-com-tudo dos ingleses. Serão liderados por Siya Kolisi, o primeiro capitão negro da África do Sul, cujo simbolismo explodirá caso ponha as mãos no troféu e dê o terceiro (1995 e 2007) título ao país onde a oval ainda é mais tocada por brancos.
Nos últimos 12 meses, só sofreram quatro ensaios nos primeiros 20 minutos de um jogo. O jogo ao pé é insistente, o estilo pode ser aborrecido, mas são os sul-africanos, vestidos com o seu fato, que têm a oportunidade de barrar a Inglaterra de Eddie Jones."

O tamanho de um sonho

"Qual é a força de um sonho?
Recentemente descobri que o meu sonho estava datado.
Este sonho tem, pelo menos, vinte e seis anos.
No mês passado, ao percorrer cassetes antigas, descobri uma entrevista minha na televisão. Ali, com os meus doze anos, comunicava um sonho a todo o país: ir aos Jogos Olímpicos.
Transmitia este sonho aos portugueses. A todos aqueles pelos quais carrego a Bandeira nas provas da minha modalidade: a Vela, na classe 49er.
A verdade é que este sonho se concretizou, não só uma, mas duas vezes, e irá agora concretizar-se uma terceira, com Tóquio 2020 a aproximar-se.
Mas qual será a força de um sonho, um sonho que sobrevive à infância, adolescência e idade adulta de um Ser Humano? Qual será a força deste sonho que trago em mim desde que me lembro?
Tanta que supera qualquer hesitação, e a dúvida de que o momento de ganhar A medalha pode nunca chegar.
Tanta que permite suportar a distância da família, amigos e de “casa”, durante as longas ausências. 
Tanta que permite ultrapassar a impotência de não bastar a experiência, o trabalho, a vontade, ou a garra que nos caracteriza.
É que existe uma complexa estrutura que nos faz ser mais ou menos competitivos: o barco tem de ser trabalhado a nível de sistemas, peso, afinações e formato de velas, eficiência hidro e aerodinâmica. 
Por mais glamorosa que pareça a ideia de longos passeios de barco à vela, não é o que fazemos. Precisamos de capacidade física e psicológica a níveis extremos. Na nossa classe, 49er, no caso do José, proa, o físico é levado ao limite. Tudo isto para assegurar que eu, timoneiro, consigo levar a cabo as decisões estratégicas e tácticas.
Assim, o meu psicológico é testado também ao máximo. As decisões são muitas vezes tomadas na hora, no calor do momento.
Por isto, a força deste sonho é também tanta quanto a que temos quando somado um ao outro. 
Também financeiramente lutamos circunscritos à dimensão do nosso país. A maioria das vezes inferior à dos nossos adversários. Toda a estrutura técnica de material, viagens, competições, treinador, entre outros, é muito dispendiosa na nossa modalidade.
Numa altura em que parece que lutamos contra tudo e contra todos, esta força não esmorece. Ainda que solitária. E em colisão com todas as probabilidades.
Por esta altura, eventualmente o leitor já terá resposta, para a pergunta que lancei anteriormente.
Qual é a força de um sonho?
A minha resposta é muito clara: é uma força que não tem dimensão, de tão grande que é."

O corpo e as práticas desportivas

"O corpo é o “operador” de toda a prática social. Neste sentido, é legítimo analisar o lugar do corpo na sociologia do desporto. Nas suas condições habituais, o corpo é transparente. É o “excesso” que o faz surgir à consciência: dor, fatiga, doença, prazer, gestação, etc. Esta “transparência” não é “natural”. Ela é cultural. Marcel Mauss explicitou esta noção de cultura corporal a partir das “técnicas do corpo”, em 1934. Elas são muito mais do que utensílios. Elas fazem sentido para os indivíduos e para os grupos. É possível distinguir, grosso modo, quatro níveis de “socialidades corporais”:
1) As técnicas do corpo, enquanto gestos codificados, tendo em vista a eficácia prática ou simbólica; 
2) Os gestos internacionais, que relevam de uma educação informal (o vestir, o não olhar fixamente uma pessoa, etc.);
3) As sociabilidades infra-corporais: a dor, por exemplo, faz parte da história de um indivíduo e, portanto, da sua singularidade. Na sociedade ocidental, existe uma tendência para que se sofra cada vez menos, salvo em certas situações, como é o caso do desporto. Impõe-se a noção de dor a um problema técnico a resolver com um medicamento.
4) A expressão dos sentimentos (teatro, cinema…), que corresponde a lógicas sociais e culturais variáveis.
No fundo, o corpo “fala”. Nas práticas desportivas competitivas, o corpo deverá “responder” e funcionar (concepção mecânica do corpo). As dores e as emoções surgem como perturbadoras. São a evacuar e a ignorar. O campo desportivo tornou-se o espaço por excelência da “construção” do corpo, da (re)produção dos estereótipos de beleza e da imagem corporal. O corpo é um objecto desejável de consumo. A crescente centralidade do corpo nas sociedades ocidentais tem vindo a incitar a procura de práticas desportivas com vista à manutenção da forma física. Os indivíduos exercitam-se por si mesmos, para se divertirem, para se suplantarem a si próprios, inclusive na “mortificação” física do “eu”. O princípio de “performance” democratiza-se, personaliza-se e psicologiza-se, regido pela gestão utilitarista do “capital-corpo” (que autores designam por “capital corporal” ou “capital físico”), pela optimização da forma e da saúde, pela emoção do extremo, etc. A angústia provocada pelo envelhecimento e pela morte leva a um zelar constante pelo bom funcionamento do “corpo-sujeito”, levando a uma lógica de mercantilização corporal. É preciso “pensar o corpo”, na medida em que ele é o principal meio de apresentação ao mundo. Se é certo de que enquanto seres humanos somos corpóreos – isto é, todos possuímos um corpo, não é menos verdade de que o corpo não é algo que nos limitemos a ter, nem algo puramente físico que existe separado da sociedade. Os nossos corpos são profundamente afectados pelas nossas experiências sociais, pelas normas e pelos valores dos grupos a que pertencemos. É um factor de distinção."

Quem 'matou' a mudança? Suspeito 20 - Resistir à eficácia

"“Os nossos treinadores têm cada vez mais conhecimento, mas as nossas equipas não jogam muito melhor. Porquê?” – perguntava o Presidente do F.C. os Galácticos, o sr. Mark Angie, ao Coordenador da Academia, o sr. Anthony Smith, enquanto o Detective Colombo observava a conversa informal, no bar do Clube. No final da bancada lateral, do complexo de treino da Academia, erguia-se um bar, com as cores do Clube, um ecrã panorâmico, onde se podia assistir à Galácticos TV, e muita gente, normalmente familiares, a acompanhar os treinos de filhos, netos ou ídolos.
Na mesa, estavam 3 chávenas de café, e enquanto o Presidente Angie olhava para os campos de treino, lembrava-se da última conversa, com o Detective Colombo, acerca de uma das três resistências à eficácia – resistir ao conhecimento (ver AQUI) - estava muito curioso, por descobrir quais seriam as outras duas resistências à eficácia, que podiam estar a comprometer a mudança, no Clube, quando, repentinamente foi interrompido pela pergunta do proactivo Coordenador Smith – “Detective Colombo, o Presidente Angie já me colocou ao corrente da vossa última conversa e estou muito curioso por saber o que pensa sobre este paradoxo, o dos treinadores terem cada vez mais conhecimento, fruto dos muitos cursos e formações, mas as equipas e jogadores não serem mais eficazes. Por que razão é que isto pode estar a acontecer?”
O Detective Colombo fez uma pequena pausa, para organizar as suas ideias, enquanto os olhares de ambos, do Presidente Angie e do Coordenador Smith, dirigiram-se para ele. A atenção era tal que parecia que mais ninguém estava no campo ou no bar. Parecia que toda a gente tinha desaparecido, nada desviava o foco da conversa e depois perguntou – “viram o telejornal de ontem?” – e enquanto observava ambos a acenarem afirmativamente, continuou – “repararam na reportagem onde o reitor da Universidade fazia uma comunicação?” – e ao voltar a ver o aceno de sim, prosseguiu – “qual era a mensagem, da sua intervenção?”.
O Coordenador Smith recorda-se perfeitamente da peça e respondeu imediatamente – “a necessidade de ir para lá do conhecimento, da Academia se concentrar em desenvolver Competências e não só Conhecimentos” – e, prontamente, o Presidente Angie perguntou – “qual é a diferença, Detective Colombo?”
“Presentemente, assistimos a uma mudança de paradigma, do paradigma do conhecimento para o paradigma da competência, como tentou destacar o reitor da universidade. Acreditava-se que quem sabia podia fazer e, por isso, começaram a proliferar formações e cursos, para melhorar o conhecimento, mas e infelizmente, nem sempre o ter mais conhecimento se tem traduzido em maior eficácia de intervenção” – comentava o Detective Colombo, quando foi interrompido pelo Presidente Angie, que disse – “concordo Detective e é isso que tem acontecido com os nossos treinadores” – e ao olhar para o Coordenador Smith, que parecia recordar os tempos em que começou a ser treinador e quase não havia cursos, clinics e formações, o Detective Colombo clarificou – “não se trata de substituir o conhecimento por competências, até porque as competências se edificam sobre o conhecimento”.
“Percebo” – começou por dizer o Coordenador Smith e continuou – “está a dizer que o conhecimento está para as competências como um rés-do-chão está para um 1º andar, certo?” e, conjuntamente com o Presidente Angie, olhou para o Detective Colombo, que acenou afirmativamente e esboçou um sorriso de agrado pela compreensão. O Presidente Angie colocou a chávena de café sobre o pires e construiu – “então, para os treinadores, para as pessoas em geral, serem bem-sucedidas, elas necessitam quer de conhecimentos, quer de competências, mas, repito, qual é a diferença?”
“O conhecimento é “o quê” e a competência é “o como”, por exemplo, para os atletas e as equipas jogarem intensamente, entre muitas outras coisas, necessitamos de saber o que é a resistência aeróbica e anaeróbica, o que é o limiar anaeróbico, qual é o efeito do ácido láctico, (…), mas para jogar intensamente, também necessitamos de saber o como desenvolver a resistência anaeróbica láctica. Ou seja, o que concretamente faríamos se pudéssemos fazer isso, para jogar, neste caso, intensamente” – respondeu o Coordenador Smith.
“Estou um pouco confuso” – começou por dizer o Presidente Angie e, enquanto pensava no que o Coordenador Smith tinha dito, para tentar perceber, perguntou – “recordam-se daquele bolo da Avó?” – e enquanto o Coordenador Smith pensava no Bolo de Chocolate, da sua Avó e o Detective Colombo no Bolo de Cenoura, da sua Avó, continuou – “a minha Avó fazia um Bolo de Manteiga maravilhoso e delicioso” – e perguntou – “será que a minha Avó conseguia fazer o soberbo Bolo de Manteiga, que desaparecia num abrir e fechar de olhos, sem alguns ingredientes, como a farinha, a manteiga, o açúcar, o leite, os ovos ou o fermento?” – enquanto o Coordenador Smith e o Detective Colombo acenavam que não, continuou – “e será que o Bolo de Manteiga, da minha Avó, seria delicioso sem a receita que já tinha aprendido com a sua Mãe?” – o olhar do Coordenador e do Detective pareciam dizer que não e o Presidente prosseguiu – “do mesmo modo que são necessários ingredientes, para fazer um bolo delicioso, também são necessários conhecimentos para sermos eficazes, mas os ingredientes por si, não fazem um bolo, quanto mais delicioso. É necessária uma receita, um conjunto de instruções, procedimentos, como as gramas de cada um deles ou a ordem como se misturam, (o 1º passo, o 2º passo, …), e essas receitas estão para os bolos deliciosos, como as estratégias estão para as organizações eficazes”. O olhar do Detective Colombo e do Coordenador Smith cruzaram-se, depois dirigiram-se para o Presidente Angie e em uníssono, ambos disseram – “nem mais, excelente imagem Presidente” – com todos a sorrirem.
O Coordenador Smith respirou fundo e disse - “quando estamos na esfera da competência, vamos para lá do conhecimento, trata-se da estratégia que permite colocar o conhecimento em prática e transformá-lo em desempenhos superiores, em bolos deliciosos, memoráveis e de chorar por mais”
“Sem dúvida" – começou por dizer o Detective Colombo, quando o Presidente Angie o interrompeu – “recordo ter lido, num livro, que as pessoas, para serem bem-sucedidas, necessitam de conhecimentos e estratégias, e agora, apercebo-me que essas estratégias é o que permite transformar o conhecimento em competência. Então, podemos melhor a formação de treinadores, e não só, também de professores, gestores, médicos, (…), se os cursos e formações forem para lá dos conhecimentos e se, com eles, se edificarem estratégias concretas, que permitam transformar o conhecimento em competência. Mas como chegamos a essas estratégias?”
“Passando-as de geração em geração, como as receitas dos bolos, nas diversas famílias” – começou por responder o Detective Colombo e continuou – “mas isso exige que os treinadores mais novos conheçam as “receitas” ou estratégias dos treinadores “de cabelos brancos”, que muitas vezes não são aproveitados por Clubes, pelas diferentes organizações ou pela sociedade em geral” – e depois de uma pequena pausa, prosseguiu – “conhecem a expressão, ver para crer!”. O Presidente Angie e o Coordenador Smith ficaram confusos e pensavam – “onde quer chegar o Detective?”.
“Reparem na ironia, a porta da competência é a estratégia, mas a estratégia, o como fazer as coisas acontecer, só é revelado a quem acredita, antes de ver. Ao não acreditarmos que o conhecimento se pode transformar em acção construtiva, antes de o vermos, não conseguimos aceder ao como, às estratégias e consequentemente ao não obtermos desempenhos superiores, não os vemos, e isso reforça a crença que não é possível. Caímos numa ratoeira” – por esta altura, ambos estavam concentrados no que o Detective Colombo iria dizer a seguir, que continuou - “por outro lado, a quem tem conhecimento e acredita, mesmo antes de ver, que é possível transformar o conhecimento em acções concretas, que resultem em desempenhos superiores, é revelado o como, a estratégia, as rotinas nucleares, os rituais essenciais”.
“Detective Colombo” – começou por dizer o Coordenador Smith – “a minha experiência como treinador e coordenador confirma plenamente o que acabou de partilhar e atrevo-me a acrescentar mais uma coisa, quem conhece e acredita descobre o como conseguir, a estratégia, e ao fazê-lo não só se sente competente, como também confiante e ao sentir-se competente e confiante aumenta a probabilidade de ser eficaz”.
Depois de um breve silêncio, que parecia celebrar a concordância de todos, o Presidente Angie concluiu dizendo – “parece que descobrimos mais um dos culpados de estar a “matar” a mudança no Clube, a resistência à competência, por falta de crença e de estratégias, apoiadas em conhecimentos” – e enquanto pensava nas múltiplas aplicações, nas equipas, nos clubes, nas associações e nas federações, no caso do desporto, mas também nas empresas publicas e privadas, na sociedade em geral, e nas vantagens de todos puderem aproveitar o salto quântico do paradigma da competência, perguntou ao Detective – “Detective, qual é a terceira resistência à eficácia?”
A conversa acabou por ser interrompida, por um conjunto de adeptos, que se aproximaram da mesa e começaram a pedir autógrafos ao Presidente Angie e ao Coordenador Smith. Estava na hora do Detective sair de cena. Dirigiu-se à caixa, para pagar, o que não o deixaram fazer, e ao olhar para trás, viu um “mar de gente”, em volta de duas das grandes figuras do Clube."

Vitória no Faial...

Sp. Horta 25 - 29 Benfica
(12-15)

Vitória, num jogo que terminou depois da meia-noite (hora do continente), num jogo que não foi brilhante, mas onde acabámos por somar os três pontos...

É diferente! Benfica salta para a liderança isolada com Chiquinho e um losango


"Na página de patronos do Lateral Esquerdo havia referido que o crescimento do Benfica teria de passar por Chiquinho, enquanto mencionava o facto de em Tondela Seferovic ter perdido mais vezes a bola do que os passes que acertou.
É diferente! Com Chiquinho, é diferente! Salve a pouca réplica defensiva que o Portimonense ofereceu – Jogar com linha de cinco atrás, e mesmo assim nenhum dos elementos saltar para não deixar enquadrar quem recebe de frente para a defesa, é e foi um suicídio, e com isso permitiu mais tempo e espaço para que os quatro mais adiantados do Benfica pudessem definir.
Na dinâmica colectiva, saliente-se uma alteração – Na fase de Construção, ao contrário do 2+2 (Centrais + Médios Centro), que habitualmente em caso de necessidade se transforma em 3+1 com o baixar de Gabriel para a esquerda do Central Esquerdo, o Benfica apareceu com um losango na sua saída para o ataque. Gedson posicionou-se sempre como interior direito e Gabriel como interior esquerdo, enquanto Chiquinho nas costas de Vinícius deambulou pela frente de ataque em zonas de criação.
Não tendo sido uma exibição deslumbrante, a alteração proporcionou mais caminhos para a chegada ao último terço.
E no último terço é muito diferente ter Chiquinho do que não ter. É o jogador do Benfica com maior qualidade para jogar em qualquer um dos espaços da zona de criação, isto é, entre defesas e médios adversários. A qualidade da sua recepção, a ausência de erros técnicos, a interpretação que faz do jogo, sempre a decidir e executar a um nível elevado, tornam-o o jogar com mais potencial para render de todo o plantel – Nos espaços adiantados, diga-se.
Chiquinho, ao contrário de Pizzi, prova que é possível jogar-se na frente e ter indicies elevados de acerto – E não é porque arrisca menos! É porque tecnicamente, na velocidade com que executa e decide é de um nível superior aos colegas.
Também a saída de Seferovic da equipa foi uma boa surpresa que poderá ter contribuído para a maior fluidez do ataque encarnado. O suíço para lá de inapto a finalizar, ainda é menos capaz de oferecer qualidade na hora de procurar os colegas."

Rafa Silva: o TGV da Luz fica no estaleiro até 2020

"Adquirido pelo SL Benfica ao Sporting Clube de Braga, em 2016, por 16,4 milhões de euros – uma transferência recorde entre clubes portugueses -, Rafael Alexandre Fernandes Ferreira Silva – conhecido no mundo do futebol como Rafa – não teve um início de carreira fácil no clube da Luz. No entanto, três anos passaram e a sua preponderância nas “águias” aumentou abruptamente. 
Actualmente, Rafa é um jogador fulcral na manobra ofensiva dos encarnados, pelo que a sua paragem devido a lesão – sofreu uma desinserção do tendão médio adutor à esquerda, frente ao Olympique Lyonnais, em jogo a contar para a terceira jornada da fase de grupos da Champions League – irá ser uma grande dor de cabeça para Bruno Lage, que só deverá poder voltar a contar com o médio em Fevereiro de 2020.
A evolução de Rafa é algo digno de registo: passou de um extremo puro, que procurava sempre o jogo exterior e que fazia da sua capacidade de drible o principal cartão de visita, para um médio ala que, para além de ser extremamente veloz, sabe jogar em espaços interiores, onde o metro quadrado é mais caro,cujos movimentos de ruptura “diagonais” entre o central e o lateral adversários o tornam numa ameaça constante às redes dos seus oponentes.
Para além de toda a qualidade que apresenta no plano ofensivo, o médio português também é um jogador comprometido com as tarefas defensivas, ajudando o seu parceiro de flanco, Alejandro Grimaldo, a “trancar” o lado esquerdo encarnado.
Cabe então a Bruno Lage encontrar a melhor solução para colmatar a ausência do craque ribatejano. As alternativas directas – e mais lógicas – são Caio Lucas, Franco Cervi ou Jota, que são alas de raiz. No entanto, nenhum deles tem a capacidade de desequilíbrio e de jogo interior que Rafa apresenta. 
Outra alternativa poderá ser a adaptação de um médio criativo à ala, como Taarabt ou Chiquinho. Nesse caso, os encarnados perderiam velocidade e poder de explosão, mas ganhariam mais presença no meio-campo.
No meio de tantas dúvidas, há uma certeza: o Benfica não tem, neste momento, uma alternativa que ofereça a qualidade que o português proporciona, pelo que Bruno Lage terá de adaptar as dinâmicas da equipa de modo a atenuar a ausência de Rafa."

Altas rotações na Luz e no Funchal

"O Benfica é, agora, o líder isolado do campeonato. O futebol não tem, nunca teve nem terá, uma lógica linear. Tanto que se tem criticado a qualidade exibicional da equipa orientada por Bruno Lage e, à nona jornada, é a primeira, com mais golos marcados e menos golos sofridos e depois duma vitória contundente sobre uma equipa do Portimonense que só foi fácil depois de ter desistido do jogo.
É verdade que o resultado e a exibição de ontem trazem, ao Benfica um sentimento de que tem havido exagero nas críticas. Trata-se, porém, de um sentimento enganador. Em primeiro lugar, porque nem mesmo uma exibição excepcional, que não aconteceu ontem, apagaria o passado recente de uma equipa em dificuldade e com vulnerabilidades várias; depois, porque só após aquele segundo golo, a abrir a segunda parte, a equipa foi-se libertando da pressão do jogo, ganhou confiança e soltou-se para um futebol de nível superior. O que parece indicar que havia mais um problema mental do que técnico ou táctico.
Importa, entretanto, registar a teimosia de Lage na sua clara e, pelos vistos, inamovível decisão de jogar em plena rotação de jogadores. Mudou na defesa, com a entrada de Jardel para o lugar de Ferro; mudou no meio-campo, com a surpreendente chamada do desaparecido Samaris ao onze; mudou no ataque, com a criação de uma nova dupla de avançados formada por Chiquinho e Vinícius.
Por fim, o FC Porto. Perdeu dois pontos na Madeira e o seu treinador perdeu a cabeça, o que o levou a um discurso pouco digno, no final do jogo. Não teve razão. A qualidade e intensidade do jogo não mereciam."

Vítor Serpa, in A Bola

Aguentar para depois brilhar

"Uma vitória justíssima por parte do Benfica, sobretudo pelo futebol exibido na segunda parte

Pressa gera passes errados
1. Foi um jogo muito equilibrado na primeira parte. Ambas as equipas entraram muito rápidas, a querer resolver depressa, o que gerou muitos passes errados e falta de ligação, em especial pelo Benfica nos primeiros minutos. Os algarvios, afoitos e destemidos de entrada, criaram a primeira grande ocasião de golo, por Anzai, a que Vlachodimos respondeu com grande defesa. O jogo continuou aberto, e o Benfica não conseguia encontrar ligação ofensiva, mas num canto fez o golo: Chiquinho a marcar, Gabriel a desviar ao primeiro poste e André Almeida a cabecear muito bem. Golo bem construído num lance de bola parada, de laboratório.

Prevaleceu a eficácia
2. O Portimonense tentou reagir e respondeu, sempre, pelo menos até ao intervalo, ao golo sofrido. É verdade que, apesar de várias saídas em ataque rápido, depois desse lance de Anzai nunca foi muito esclarecido, mas equilibrou muito o jogo, tornou-o muito repartido. Na primeira parte, o Benfica fez o golo, num tipo de lances, os cantos, em que todos reconhecem ser os encarnados muito fortes e, diga-se em abono da verdade, também poucas mais oportunidades de golo conseguiu construir. Por isso a primeira parte valeu pela eficácia do Benfica, que aí fez a diferença.

20 minutos demolidores
3. A segunda parte foi diferente. O Benfica entrou forte e, aos 47', deu brilho à exibição: na sequência de novo canto, aumentou. Esta a chave da goleada: com 2-0, serenou; ao contrário, o Portimonense intranqualizou-se e foi à procura de um golo. Subiu no terreno, adiantou linhas... e o Benfica foi letal em duas transições rápidas, a primeira num passe fantástico de Grimaldo para Vinícius. O Portimonense não abdicou de procurar o golo e esse foi o seu pecado capital: querer jogar olhos nos olhos. Chiquinho, Cervi e Vinícius envolveram os algarvios num carrossel e aos 66', o 4-0. São 20 primeiros minutos da segunda parte demolidores do Benfica!

Muito seguros e convincentes
4. A partir daí, o Benfica ficou confortável e geriu. Partiu para exibição muito segura e convincente. Uma segunda parte à Benfica: venceu e convenceu, com bom futebol. Uma palavra para Bruno Lage: em 28 jogos de campeonato, somou a 26.ª vitória. Absolutamente fantástico o seu trabalho. Têm criticado as exibições, que o Benfica ganhava mas não convencia, mas desta vez merece o elogio da nação benfiquista."

Vítor Pontes, in A Bola

Benfica e FC Porto

"Ontem, em qualidade de rendimento, inversão da tendência de 2 meses. Não só, mas muito, graças a Chiquinho-Chicão-quiça a solução...

São, claramente, superiores a toda a concordância nacional. Entre si partilham todas as conquistas de campeonato desde há 17 anos (!); e nem um cêntimo alguém apostará contra a generalizada convicção de que apenas entre eles se irá decidir a maratona até ao próximo título... Entraram nesta jornada como líderes, já bem longe de Sporting (7 pontos) e de SC Braga (10), tradicionalmente os seus competidores menos distantes. E, no entanto, Benfica e FC Porto não têm, nesta época, convencido quem quer que seja de estarem em boa forma... - resultados na Europa são fiel espelho de como andam periclitantes.

Ontem, o FC Porto tropeçou na visita ao Marítimo e o Benfica, em casa, goleou o Portimonense, penso que fazendo a sua melhor exibição em 9 jornada. Inverteu-se a tendência dos últimos dois meses, em qualidade de rendimentos. O FC Porto, que não mal começou (derrota em Barcelos, incrível KO na Champions às mãos do Krasnodar!), parecia a caminho de afinar agulhas, enquanto o Benfica se desafinava em derrapagens, e ameaças delas, desde que, na Luz, pelo FC Porto foi triturado.
Perante Marítimo na 2.ª metade da classificação, mas a ressurgir (muito boa 1.ª parte), o FC Porto, massacrante na ponta final, voltou a ficar longe, na concretização, das oportunidades de golo que constrói. O Benfica de ontem transfigurou o seu onze: banco de suplentes para Ferro, Florentino, Pizzi, Taarabt, Seferovic (Tomás convocado, mas indo para a bancada). Chicotada? Não creio. Gestão de desgastes. Quanto a mim, a notória melhoria deveu-se à entrada de Chiquinho, um Chicão neste adeus a longa baixa clínica. E também a Vinícius, que vai agarrando oportunidades para se afirmar como goleador. Mas, convenhamos, o antepenúltimo classificado não foi grande teste...

Benfica: que se tem vindo a passar para tamanha distância do brilho na 2.ª volta do anterior campeonato? Até o sólido discurso do campeão Bruno Lage levou sumiço, passando a ver boas exibições onde todos vimos o oposto!
Penso que várias coisas, algumas quiça internas, não claramente visíveis no exterior, explicarão Benfica baralhado. Fico-me pelas de ordem técnica/táctica (catadupa de lesões, já uma dúzia!, desajudam; e não opino sobre se são puro azar).
À cabeça, obviamente, ter ficado sem a classe de Jonas (tão decisivo nos anteriores títulos!) e sem o talento do menino João Félix, a chave mestra que Bruno Lage tirou do bolso para suprir lesões de Jonas - também no plano táctico... - e abrir portão à fantástica reviravolta. Tão graves perdas teriam reparação muito difícil. Mas o Benfica, mesmo dispondo de enorme/inédita margem financeira (mais de €200 milhões encaixados, incluindo garantia de Champions!), muito falhou na busca de soluções - pelo menos, no imediato; veremos se os €37 milhões aplicados em Raul de Tomas e Vinícius acabarão por se justificar. Acresce: tendo o 4-4-2 deixado de funcionar bem - sistema de Jesus e de Vitória nos 4 títulos consecutivos, parcialmente recuperado por Bruno Lage -, pois Jonas e Félix foram preciosos na estratégia de 2.º ponta de lança jogando entre linhas e nem Tomas, nem Taarabt (tornou-se mais n.º 8 do que n.º 10 ou 9 e meio), nem Vinícius (vejo-o como alternativa a Seferovic) são dali... que tal não insistir nesse modelo? Inclusive porque desaparece o efeito surpresa, todos os adversários já sabem como o Benfica joga (bloqueio a Pizzi-Rafa é crucial), Bruno Lage foi insistindo, até tentar variante com Rafa pela zona central; e logo se lesionou. Chiquinho é a solução, no mesmo esquema táctico? Quase de certeza, a melhor - e não só pelo que mostrou ontem..

FC Porto (para lá desta escorregadela...): ao contrário do Benfica, foi ao mercado com eficácia... impressionante! Parecia pouco menos do que impossível substituir, a preceito, mais de meia equipa: Casillas, Felipe, Militão, Herrera, Óliver, Brahimi! Chegaram, e pegando de estaca, Marchesín, Marcano (regresso), Uribe, Díaz, José Luís, Nakajima. Foi obra! E, muito importante, mantém-se versatilidade táctica...; também pelas características dos jogadores, Sérgio Conceição muda 4-3-3 em 4-4-2, e vice-versa, com perna às costas, até no mesmo jogo e, amiúde, sem precisar de substituição. Ou como o FC Porto ganha, e de largo, na prospecção de reforços (tema aprofundável noutro dia). Prosseguindo como equipa madura e atleticamente possante, face a Benfica, repito-me exageradamente de meninos e macio. Mas nem um terço do campeonato e da época está percorrido..."

Santos Neves, in A Bola

O trunfo encarnado

"Ao contrário do que tem acontecido nos últimos jogos, o Benfica teve uma vitória folgada.
Venceu o Portimonense por 4-0 com uma das melhores exibições da época até ao momento.
Com algumas mudanças, o Benfica alinhou com Odysseas, André Almeida, Rúben, Jardel, Grimaldo na defesa. O regresso de Samaris e Chiquinho ao onze foi a maior surpresa da escalação. Gabriel, Cervi, Gedson e Vinicius constituiam o resto da equipa encarnada.
O Benfica começou o jogo a tentar controlar com posse de bola e encontrou um Portimonense sempre à procura da verticalidade e a tentar explorar a profundidade da equipa encarnada.
Aos 17 minutos, André Almeida inaugurou o marcador com um golo de cabeça tendo sido assistido por Gabriel.
O Benfica, após o golo marcado, tentou ditar os tempos do jogo com a posse de bola até ao intervalo. 
Chega a segunda parte e o Benfica vem do intervalo a saber do deslize do Porto em terras marítimas. 
E logo aos 47 minutos chega ao segundo golo. Grimaldo aproveita uma bola à barra que ficou perdida e fez um excelente cruzamento para Rúben Dias dilatar a vantagem.
O regresso de Chiquinho revelou-se acertado. Este é crucial na conexão meio-campo e ataque e, cumulativamente, define muito bem. A dupla Chiquinho e Vinicius tem bastante futuro e é a que garante mais e melhores resultados, actualmente.
Vinicius tem sido o ponta de lança em melhor forma no plantel encarnado. Define mais e melhor que Seferovic e R. De Tomás e em dois minutos, bisou na partida,
No primeiro golo, Grimaldo demonstrou estar a ser o jogador em melhor forma no plantel e com a sua visão de jogo descobriu o avançado brasileiro que ultrapassou dois defesas, depois o guarda redes e conseguiu finalizar tendo ficado desequilibrado e com queixas, mas nada de grave.
No segundo tento, foi após uma trivela de Chiquinho e este, de primeira, finalizou de forma irreprensível para a baliza algarvia.
Com uma vantagem de quatro golos, Bruno Lage procurou gerir o grupo de jogadores tendo colocado Seferovic, Pizzi e Jota em vez de Vinicius, Chiquinho e Gabriel.
Após a vitória, o Benfica saltou para a frente da classificação, aproveitando o empate do Porto contra o Marítimo. Um dia excelente tendo em conta também a exibição da equipa, já que as mais recentes se têm encontrado nas ruas da amargura.
Notas bastante positivas para, principalmente, Grimaldo e Vinicius, os homens do jogo ontem. Têm estado a um nível irrepreensível."

Infelizmente, o 'Chega' é só mais uma jornada...!!!

"Chega! E chega! E Chega! Vamos sempre que as forças nos permitirem denunciar os braços armados do Calor da Noite. E sim, eles existem à dezenas em actividade na arbitragem.
Hoje vamos falar de Sérgio Jesus. O Assistente que viu a largos metros de distância e tapado por uma série de jogadores que a bola ressaltada em Pepe entrou na baliza do Marítimo. Conseguiu foi não visualizar a falta de Pepe sobre o Guarda Redes e o smash de Soares com a mão.
Mas isto não é virgem. Já esta época, o Sr.Sérgio Jesus, o Andrade mais fanático de Vila Real, passeou pela Luz no Benfica-Calor da Noite. Não podendo exercer a sua influência de forma mais vincada, limitou-se a uma série de lançamentos trocados, cantos transformados em pontapés de baliza na área do Calor da Noite e pontapés de baliza transformados em cantos na área do Benfica.
Mas, ainda melhor, ora recordem-se de lá de como começou a reviravolta no célebre joga da bancada da Estorilada em 2017/2018? Voilá, Sérgio Jesus, com 3 porcos em fora de jogo, conseguiu dar aval a um golo mais do que irregular e que se revelou de importância vital para o campeonato sujo ganho pelo Calor da Noite.
Depois de Inácio Pereira, outro fanático de bandeira na mão anda a passear nos relvados da Liga Proença.
Connosco não brincam! Está tudo às claras! Pena que a Comunicação do Benfica ande a dormir, resta saber se acidentalmente ou."

O campeão voltou

"Mesmo enfrentando uma maré de críticos que se foram esquecendo de olhar para a classificação da Liga, eis que Lage volta a rodar a equipa, desta vez ganha com chapa 4 e isola-se na frente. A exibição nem começou auspiciosa na Luz, mas a segunda parte trouxe festança. E a importância de ganhar jogando mal, como o Benfica antes fez, ficou ontem vincada. É assim que nascem líderes. O FC Porto na Madeira, por exemplo, jogou mal e empatou. E ficou para trás. As águias têm o melhor ataque e a melhor defesa. Antes da discussão de quem merece o quê... pensem nisso.
Exibição pálida do FC Porto na Madeira. Querer ganhar nos últimos minutos raramente dá bom resultado. Conceição voltou a explodir. Provavelmente, percebeu que ia perder a liderança. Da linguagem ao comportamento com Nuno Manta, o técnico portista também não teve uma grande noite.
Muito, muito bonito o texto que nos foi enviado por José Mourinho sobre José Feijão, o novo treinador de futsal do Belenenses. O que é amizade? É isto.
O V. Setúbal aderiu à moda de despedir treinadores sem ter um plano A. Um clube que enfrenta tantos problemas não precisava de mais irresponsabilidade nos dirigentes."