domingo, 2 de junho de 2019

Mais uma vergonha...!!!

Oliveirense 5 - 2 Benfica

Ontem tinha ficado 'desconfiado' com a arbitragem do nosso jogo, onde o habitual 'empurrão' aos Lagartos não existiu! Mas hoje percebi: a Oliveirense temia mais jogar a Final com a Lagartada, do que connosco!!!
A decisão sobre o vencedor desta Taça, não 'aconteceu' hoje, dentro do ringue... Muito provavelmente, quando atribuíram a Final Four à Oliveirense, tudo ficou 'clarificado', os jogos deste fim-de-semana, foram uma mera formalidade...
O Hóquei consegue ganhar o 'prémio' da modalidade mais Corrupta em Portugal... algo que é extremamente complicado de atingir, devido à concorrência forte!!!
Foi só mais um prego na morte 'lenta' anunciada desta modalidade...

Em relação à nossa equipa, se tivéssemos sempre a atitude que tivemos este fim-de-semana, até podiamos não ser Campeões, mas teríamos dado muito mais luta...

PS: Parabéns aos nosso Sub-17 hoquistas, que hoje se sagraram Campeões Nacionais...

A Liga das Nações

"O que ambicionamos é que Cristiano Ronaldo receba, tal como há três anos com o troféu do europeu, a primeira taça da Liga das Nações.

1. A Liga das Nações vai dominar as nossas atenções na próxima semana. Como para os milhões de adeptos do futebol a final de ontem, em Madrid, da bem inglesa Liga dos Campeões foi tão atractiva quanto motivante. Como neste final de semana o Rali de Portugal chamou a curvas emblemáticas e a lombas entusiasmantes muitos milhares de amantes de velocidade e dos automóveis. Com a Toyota, no momento em que escrevo, a dominar por completo um Rali que, na minha adolescência, me fez conhecer lugares ímpares de Portugal. Com noites que jamais esquecerei e companhias que, com grande tristeza, já nos deixaram! Mas que estão, sempre, a olhar por nós! E são alguns destes lugares que milhares de suíços, ingleses e holandeses vão conhecer nos próximos dias. As bonitas cidades do Porto e de Guimarães irão receber mais de 150 mil visitantes. E eles conhecerão cidades modernas, lugares da nossa História, uma gastronomia singular e um povo bem hospitaleiro. E sol que abre paixões e noites que arrebatam corações. Vai ser uma invasão ao Norte. E com o Doiro, mais o Douro, a exigir novas visitas e, como nos ensina na sua magistralidade Miguel Torga, no seu extraordinário livro Portugal - merece ser comprado e lido nestes tempos de feiras do Livro! - a perceber que, por ali, «o vinho é verde, o caldo é verde...»! Com toques de azul e branco!

2. Portugal tem todas as condições para conquistar a primeira edição da nova competição da UEFA, esta Liga das Nações. Desejamos que a selecção de Fernando Santos seja a primeira a erguer o troféu. E para além do orgulho de ser o troféu número um estará também a alegria para os cofres da nossa Federação já que arrecadará cerca de 10,5 milhões de euros. O que é motivante é que sendo campeões da Europa em título, temos todas as condições para sermos os primeiros vencedores da Liga das Nações. Estou convicto que no próximo domingo estaremos no Estádio do Dragão a puxar por Portugal. E a festa será bonita. Merece ser bonita. Nas vésperas do Santo António e nas antevésperas do São João. Com trânsito condicionado nas duas cidades e com muita cerveja bebida e consumida. Entre outras iguarias - aí as francesinhas... - que o Porto e Guimarães proporcionarão aos milhares de turistas que o futebol - sim, o futebol! - vai trazer a Portugal. E o turismo desportivo, como bem se percebeu ontem em Madrid e não se percebeu bem na quarta-feira na distante Baku na final, também inglesa, da Liga Europa - é, hoje em dia, uma realidade real e com relevantes números para a economia das cidades que acolhem estes grandes eventos. Para, no final e afinal, o que todos ambicionamos é que Cristiano Ronaldo receba, tal como há três anos em paris com o troféu do Europeu, a primeira Taça de vencedor da Liga das Nações. Será, acredito, um momento que ficará na história, bem rica, do futebol português. E lendo Miguel Torga sabemos que a «nossa unidade é feita de forças múltiplas e variadas. Os preguiçosos de Coimbra, os esbanjadores de Lisboa, os livros de Eça e o cepticismo rural na eficiência dos reformadores também são portugueses»! E todos estes estarão, dentro ou fora do Estádio do Dragão, a começar na noite da próxima quarta-feira, a puxar por Portugal!

3. (...)

4. A selecção de Portugal de sub-20 saiu, sem honra nem glória, do Mundial de sub-20. Nos oitavos de final estão apenas quatro selecções europeias: Polónia, Itália, França e Ucrânia. E seis americanas: EUA, Uruguai, Equador, Panamá, Colômbia e Argentina. E ainda três africanas: Senegal, Nigéria e Mali. Mais o Japão, a Coreia do Sul e a Nova Zelândia. Percebemos que onze jogadores não são uma equipa. E que uma equipa tão só é formada por onze jogadores. Como escreveu, com a sua imensa sagacidade, T. S. Eliot, «a única sabedoria que uma pessoa pode esperar adquirir é a sabedoria da humildade». E para alguns jogadores este Mundial da desilusão na Polónia é um grande instante - nem sequer um momento... - de imensa sabedoria. Os cemitérios, como nos ensinou o Professor Adriano Moreira, estão cheios - diria eu repletos! - de pessoas insubstituíveis. Que, em vida, consideravam, alguns, no seu inato orgulho, que não tinham substitutos que podem ser substituídos! Já que «o orgulho... é filho da ignorância»!

5. O futebol está quase todo de férias. Mas, como sempre, vamos viver o folhetim das compras e das vendas, dos milhões e das cláusulas de rescisão - umas, em rigor, meramente indicativas... -, de treinadores contratados e outros sugeridos (ou oferecidos), de aquisições de participações accionistas em SAD's de constituição de novas sociedades desportivas em clubes que não participam em competições profissionais. São tempos de certas mudanças, algumas profundas, e as semanas de ouro da intermediação global de jogadores e treinadores! Mas, de verdade, só ouviremos falar de milhões. Muitos milhões. Mas, permitam-me, o foco, agora, é a vez da Liga das Nações.

6. E como a respeito da idade escreveu esse grande Mestre e extraordinário pedagogo, Agostinho da Silva, direi que
«não corro como corria
nem salto como saltava
mas vejo mais do que via
e sonho mais que sonhava»!
Força Portugal!"

Fernando Seara, in A Bola

Autoridade, paródia e medo

"Expressão muito utilizada no mundo desportivo - «pôr tudo a limpo»

Erros e medo
1. Quando, há várias décadas um editorial do Pravda, jornal oficial do regime estalinista, aparecia com erros de gramática ou de ortografia todos sabiam que tinham sido escritos pelo próprio Estaline. De facto, ninguém tinha coragem para assinalar os erros do grande chefe. Assinalar uma falta de concordância numa frase escrita por Estaline seria decretar provavelmente a própria sentença de morte. Os editoriais que todos seguiriam sem hesitar seriam, portanto, os que teriam erros de linguagem.
A violência da autoridade entra assim no limite da paródia.
Uma ordem escrita de forma errada seria cumprida com esmero e dedicação máxima.
Levando isto ao extremo: e se uma ordem falada ou escrita por um qualquer chefe tivesse tantos erros gramaticais que se tornasse ilegível ou, bem mais terrível: se se entendesse o oposto daquilo que o comandante queria ordenar?
Pensar num exército completamente atabalhoado porque as ordens que recebeu, e que cumpre à risca, foram expressas numa língua cheia de erros ortográficos e de sintaxe.
Um exército que estivesse a invadir um país errado.

Assaltante desastrado
2. Há uma cena no filme Inimigo Público de Woody Allen, em que o protagonista, Virgil Starkwell, interpretado pelo próprio Allen, prepara tudo para assaltar um banco e, para ser mais discreto, leva um papel escrito que entrega ao caixa do banco, em que se pode ler algo do género: Isto é um assalto, tenho uma arma. Não reaja e entregue-me o dinheiro.
A questão é que o bilhete, escrito à mão pelo próprio ladrão desastrado, estava cheio de erros e o caixa do banco não entendeu o que ele queria.
O caixa e o assaltante discreto - mas com má gramática e caligrafia - discutiram depois um pouco sobre se ali, no papel, estava escrito uma letra ou outra. A seguir, o caixa chama outros funcionários do banco para discutirem a caligrafia, ortografia e gramática. Gera-se um grande burburinho em redor do bilhete escrito e dos erros gramaticais.
De facto, o assaltante era um desastrado na língua. Terminou preso.

Expressões populares
3. Expressão muito utilizada no muito desportivo - pôr tudo a limpo.
- Pôr tudo a limpo, tirar a limpo: «esclarecer, desfazer dúvidas, apurar a verdade».
- Pôr tudo a limpo. Ou seja, eliminar a sujidade.
- A sujidade é aquilo que tapa, que não deixa ver.
- Não deixa ver o quê?
- A verdade.
- Tirar a limpo, pôr a limpo: usar o pano do pó, um pano do pó simbólico, um pano do pó verbal.
- Em redor disto, a palavra esclarecer: tornar claro, passar o pano pelo obscuro e tornar claro.
- Esclarecer: é um acto de limpeza.
- É tirar o pó de cima daquilo que merece estar à vista.
- O pó é a ambiguidade, é aquilo que tapa.
- Tirar o pó de cima da verdade.

Maioria
4. Qualquer eleição de presidentes ou dirigentes desportivos, políticos ou associativos, é antecedida de grande discussões, ansiedade e expectativas.
Conta-se que, algumas décadas atrás, um candidato às eleições para Presidente de uma importante país foi abordado por uma senhora entusiasmada pela sua candidatura e que lhe disse:
- Todas as pessoas que pensam votarão em si!
- Minha senhora, assim não dá - respondeu o candidato. - Preciso de uma maioria."

Gonçalo M. Tavares, in A Bola

Três anos depois

"A 3 de Junho de 2016 dá à estampa uma entrevista, neste Jornal, anunciando o início desta coluna. O destaque dado à mesma foi a frase «há muita falta de informação nos juristas... de bancada». Com efeito, aceitámos o desafio de preencher o espaço do Jornal A Bola dedicado aos temas jurídicos do desporto, todos os domingos, com um claro objectivo de informar e não tanto de opinar.
Há três anos, como agora, todos os dias se discutem, nos mais variados fóruns, questões ligadas ao Direito do Desporto. Há três anos, como agora - infelizmente -, continua a haver muita falta de informação.
Não é fácil encontrar um tema novo, na área jurídica, para escrever todas as semanas. Olhando para os últimos 154 artigos - este é 155.ª - vemos que existe uma clara predominância para analisar o Direito do Desporto como ele é visto e tratado a nível internacional, mormente nas instâncias que regulam as várias modalidades, tanto a nível legislativo como jurisprudencial. Também porque muito do que aconteceu lá fora, influência ou pode influenciar o que se passa cá dentro.
A nível interno o foco é exactamente o mesmo: o que temos e para onde evoluirmos, neste âmbito, quer a nível normativo quer ao nível da jurisprudência do TAD e dos tribunais de instâncias superiores. São analisados casos concretos quando os mesmos apresentam particularidades curiosas do ponto de vista jurídico ou que poderão vir a constituir precedentes importantes, e nos últimos anos não têm faltado casos desses.
Se estas linhas servirem para esclarecer alguém, em algum momento, sobre algum tema, aí estará alcançado o propósito deste espaço.
Obrigada."

Marta Vieira da Cruz, in A Bola

Os homens do título: Jardel, o defesa com nome de avançado que ensina a virtude da paciência

"Já lá vão quase nove anos com a camisola dos campeões nacionais e o trajecto é impecável: da frieza do anonimato à braçadeira.

Volto muito no tempo lá atrás quando era criança e brincava com os meus irmãos... Quando me vejo a entrar naquele palco fantástico e com a braçadeira, é a realização de um sonho. É inexplicável”
É uma daquelas carreiras fáceis de tirar o chapéu pelo mérito. Jardel Nivaldo Vieira chegou a Portugal em 2009, para jogar na II Divisão. Depois de algumas boas exibições no Estoril Praia, o central forte nos duelos e com uma qualidade com bola que foi aprimorando saltou para o escalão máximo. Bastou meio ano no Olhanense para convencer quem mandava no Benfica e lá mudou, a meio da época de 2010/11, para o Estádio da Luz.
Nos encarnados leccionou a virtude da paciência. Jogou muito pouco nos primeiros tempos, com grandes “rivais” como Sidnei, Garay e, mais para a frente, Lindelof. Mas ele, como se diz no futebol, comeu o seu queijinho e esperou. Não há notícias de polémicas, de azias ou insatisfações. Caras feias, idem. Jardel foi melhorando e o peso no balneário engordou. E ganhou a chave para entrar no palácio dos capitães.
Esta época, em que conquistou o seu quinto campeonato, este defesa com nome de goleador jogou apenas 1599 minutos. De acordo com os dados da Goal Point, o brasileiro envolveu-se em 90 acções defensivas no terço do terreno defensivo, 28 no terço intermédio e apenas um no último terço. Garantiu 18 desarmes, 13 deles completos, 34 intercepções e 48 alívios. O defesa experiente, de 33 anos, ganhou 75,2% dos 101 duelos aéreos defensivos e recuperou a posse de bola em 73 ocasiões. 
Olhando para a frente, Jardel marcou apenas dois golos, em 20 remates, ambos dentro da área e de cabeça. O pé, generoso, ofereceu dois passes para finalização.
Em Abril, diante do Eintracht Frankfurt, Jardel cumpriu o jogo 250 pelo Benfica. “É realmente um sonho para qualquer jogador realizar esse registo numa grande equipa da Europa, o maior de Portugal”, disse então. “Estou muito feliz de poder escrever essa marca na história do Benfica e para a minha vida é um orgulho enorme. É muito gratificante.”"

Os homens do título: Odysseas Vlachodimos, um grego que não larga bolas

"Não falhou nenhum jogo para o campeonato, que ditou o 37.º título das contas do Benfica, e defendeu 90 remates (mais de metade deles iam aos ângulos superiores e inferiores).

A camisola diz Odysseas e não Vlachodimos porque, revelou ele em tempos, é “mais fácil de pronunciar”. Descomplicar é um bom princípio para um guarda-redes. O grego, que nasceu em Estugarda e daí a dupla nacionalidade alemã, chegou esta época à Luz, não sem antes bater umas bolas com um rapaz que acenava como ninguém: “Falei com o Kostas [Mitroglou] e ele disse-me que o Benfica é um clube fantástico e que vou gostar de estar aqui”.
O que Odysseas aprendeu a gostar foi também dos dérbis lisboetas. E encantou-se pelo nosso futebol: “Na Alemanha tem de se correr mais, enquanto em Portugal é dada mais atenção à técnica”. Vlachodimos, que se formou e apareceu no Estugarda, esteve nas últimas três épocas no Panathinaikos. Nos últimos tempos, o guarda-redes grego tem sido associado a alguns emblemas europeus, nomeadamente da Premier League e da Serie A.
De acordo com os números da Goal Point, fez os 34 jogos do Benfica no campeonato, algo que só Grimaldo e Pizzi imitaram, com um total de 137 ações defensivas no primeiro terço do terreno. Ao todo, foram 90 defesas. Ou seja, afastou o perigo em 75% dos remates enquadrados. Das tais 90 defesas que fez, 78,3% delas foram seguras (retenção da posse ou com a bola desviada para zona sem adversários). Mais: 55,6% dessas 90 bolas que defendeu iam apontadas aos ângulos inferiores e superiores.
O guarda-redes assinou 8 saídas pelo ar (todas eficazes), 15 saídas a soco (todas eficazes) e 8 saídas pelo solo, aos pés do avançado. A isso juntou ainda um desarme completo, 39 recuperações da posse bola e 29 alívios, 11 deles dentro da área, o que sugere que é um guarda-redes atento ao espaço deixado pela defesa subida. Quando a duelos aéreos, ganhou 92,3%. Odysseas defendeu um dos cinco penáltis que enfrentou. 
Segundo a Goal Point, Odysseas, de 25 anos, foi um dos 16 guarda-redes na Europa que não largou nenhuma bola e um dos 18 que não registou saídas aéreas falhadas."

O slackline do Sun Tzu de Alverca e alguns recados: ponham-se finos e um digital detox, amigo Salvio (top of the flops, (...))

"Rui Vitória
O Sun Tzu de Alverca do Ribatejo terminou a época passada com uma revisão em baixa do seu rating por parte da Standard & Poor's e da Casa do Benfica de Grândola, para referir apenas algumas das entidades. Seria sempre uma missão complicada, mas o treinador do Benfica avançou imune às circunstâncias, como um bêbedo que resolve fazer slackline. No caso, boa parte dos mirones desejavam a sua queda. O rating passou a lixo à medida que as exibições pobres se sucediam e os pontos iam ficando pelo caminho. Rui Vitória tentou contrariar a inevitabilidade da sua saída com palavras bonitas e algumas mexidas no onze, mas o melhor que conseguiu foi uma derrota em Portimão. Será recordado por dois títulos nacionais muitíssimo saborosos que nos permitiram chegar ao tetra ou pela pior prestação de sempre na Champions, consoante o momento em que nos lembrarmos dele.

Alfa Semedo
jogadores por quem ninguém torce. O brasileiro Ramires foi feliz na sua passagem pelo Benfica mas a primeira entrevista que deu foi a dizer que o maior clube do mundo era apenas um local de passagem a caminho do novo-riquismo londrino. Celebrei as vitórias do Benfica que contaram com a sua presença, mas nunca apreciei especialmente o fulano. Depois há o oposto. Alfa Semedo não é um prodígio e acabou por desapontar, mas eu suspeito que, algures no íntimo deste ser, existe um futebolista capaz de dar segurança defensiva e alegrias ao Benfica, como a que ele deu num golo que nem o próprio saberá exactamente como marcou, numa noite de Champions em Atenas. Não sei se algum dia a vamos descobrir, mas acho que há ali qualquer coisa.

Castillo
Chegou ao Benfica com fama de avançado fisicamente robusto, um jogador raçudo, um brigão com sentido de oportunidade, enfim, um extenso rol de mentiras que nos enfiaram na cabeça quando estávamos de férias no Algarve a ler desportivos. De cada vez que penso no valor da venda de Castillo - entretanto saiu por 7 milhões de euros - lembro-me da história do canadiano que colocou um clip de papel à venda no ebay e foi trocando por artigos melhores até conseguir adquirir uma casa. É preciso ser-se um génio para vender este amontoado de lenha em forma de jogador de futebol por 7 milhões de euros. Se Castillo vale 7 milhões, um Rafa há-de sair por 700.

Ferreyra
As credenciais deste eram indesmentíveis - quase 50 golos em duas épocas às ordens de Paulo Fonseca na Ucrânia - mas o futebol de Ferreyra nunca floresceu nem convenceu. Já perto do final da sua passagem pelo Benfica, foi Lage quem lhe deu uma oportunidade frente ao Rio Ave, mas o argentino voltou a parecer alheado do jogo, o cérebro incapaz de comandar as suas pernas, a alegria de viver completamente evaporada entre as linhas adversárias, uma réstia ínfima de paixão não se sabe por quê ou por quem, porque sempre de olhos postos no infinito em detrimento do colega que conduzia a bola. Deve ter votado PAN.

Taarbat
Pode um flop mais do que confirmado ser um dos maiores flops da temporada? Eu explico. Há muito que Taarabt é visto como um flop indiscutível, um flop tão grande que, se algum dia fosse criado um Comité Central de Flops, as suas reuniões aconteceriam às sextas no Urban e ele seria, evidentemente, um dos membros. Tudo isto até Taarabt conhecer Bruno Lage, milagreiro que o transformou em negação do flop, provocando um estranho misto de nó no cérebro e apreensão que se apodera do leitor sempre que o marroquino entra em campo. Agradeçam mais uma vez a Lage por expandir a vossa experiência sensorial. Taarabt é, também, uma confirmação renovada de que alguns flops mais não são do que histórias com um final feliz à espera de acontecer.

Menções Honrosas
Svilar
acreditei muito mais no seu potencial. Acho que a única forma de sabermos se vale alguma coisa é torturá-lo com um empréstimo de uma época ao Tondela, onde começará como suplente, e ver se sai dali um adulto.

Zivkovic
Decidi incluí-lo só para ver se ele abre a pestana. Zivko, eu sei que estás a ler isto. Põe-te fino.

Jota
Idem. Vê lá mas é se renovas.

Salvio
Devias fazer um digital detox, amigo.

Krovinovic
O que é que se passou contigo? Já falei com o Lage e só voltas a jogar quando mudares de penteado."

Liverpool, as grandes equipas voltam sempre

"Onde se fala da conquista da Liga dos Campeões e de muito mais

O triunfo do Liverpool na Champions deve deixar feliz quem gosta de futebol.
Independentemente desta noite não ter feito um grande jogo, independentemente de ter sofrido, independentemente de tudo isso...
Este Liverpool faz bem ao futebol.
É um clube grande, com uma história enorme. Tem uma equipa optimista e ambiciosa. Tem adeptos positivos, que amam o clube, que nunca o abandonaram e que criam grandes ambientes.
Como disse um dia o mítico Bill Shankly, o verdadeiro som de Liverpool não vem dos Beatles: vem do Kop.
Tem mística, tem passado, tem memória.
E, claro, tem Jurgen Klopp: um treinador daqueles que todos os adeptos gostavam de ver no seu clube um dia. Um homem corajoso e destemido, bem-disposto e criativo, grato e reconhecido, que valoriza o clube, os jogadores e o jogo.
Por tudo isso o triunfo do Liverpool é uma lufada de ar fresco. Dá saúde ao futebol."

A desconstrução, na ciência actual

"O que vou escrever toda a gente o conhece: uma profissão é respeitada, a partir do que produz, da qualidade do que produz, da utilidade do que produz e, sobretudo, da postura crítica diante do que produz. Actualmente, o questionamento é o primeiro momento da investigação científica, em particular de um conhecimento que se pretende inovador. E, como inovador, desconstrutivo. De facto, quem inova começa por desconstruir. Recordo Gilles Deleuze (1925-1995). O seu pensamento cresceu e frutificou à sombra de Nietzsche e assim participou na desconstrução da modernidade de Descartes a Hegel. Derrida (1930-2004) rejeita liminarmente o logofonocentrismo da cultura ocidental. Trata-se (diz ele) de um puro idealismo. E, porque idealismo, uma ditadura. O determinismo científico positivista acompanhava a ditadura do racionalismo filosófico. Há na ciência e na filosofia uma indiscutível concordância, pois que as “verdades” científicas não são independentes das crenças e dos valores. No caso do determinismo científico, ele sofre um telúrico abalo, com a admissão da estatística, para explicar o comportamento macroscópico da matéria e da energia – abalo que atingiu mesmo o “corte epistemológico”, com a incerteza e a ambiguidade onda/corpúsculo da Mecânica Quântica. Por isso, é tão analfabeto o que nada sabe, como o que julga que sabe tudo e que desconhece que a aplicação prática dos conhecimentos é uma arte e portanto, na passagem da teoria à prática, no próprio conhecimento científico, há mais do que ciência. Michel Serres, em diálogo com Bruno Latour (cfr. Michel Serres, Diálogo sobre a Ciência, a Cultura e o Tempo, Instituto Piaget, p. 74): “O século das Luzes contribuiu fortemente para remeter, para o domínio do irracional, toda a razão não formada pela ciência. Ora, eu defendo que existe tanta racionalidade, em Montaigne e em Verlaine, como na física e na bioquímica e, reciprocamente, há por vezes tanta irracionalidade dispersa nas ciências, como em certos sonhos”. Ou seja, a razão encontramo-la, estatisticamente igual, nas ciências e na literatura e não só nas ciências.
Bohme e Stehr, em livro célebre, The knowledge society – The growing impact of scientific knowledge on social relations, sublinham que a sociedade hodierna pode intitular-se a “Sociedade do Conhecimento” e um Conhecimento que radica na ciência e na tecnologia, as quais se apresentam como a força produtiva imediata e de grande poder desconstrutivo/reconstrutivo. De salientar ainda, na Sociedade do Conhecimento, a emergência dos intelectuais, como nova classe social. E portanto uma classe aberta à desconstrução/reconstrução permanentes do conhecimento. Embora a obra, que correu mundo, de Daniel Bell, sobre a sociedade pós-industrial, afirmando a centralidade da teoria, no conhecimento científico, para mim o intelectual, na Sociedade do Conhecimento, é um teórico de grande experiência prática. Ele deverá saber que uma invenção, ou uma descoberta, no mundo das ciências, desvenda, ao mesmo tempo, ciência e cultura. Na Sociedade do Conhecimento, a ciência, por si só, não poderá percecionar-se, como um “conhecimento completo”, porque a realidade, qualquer que ela seja, é bem mais do que ciência, é bem mais do que tecnologia. Conta-se que o célebre criador dos “Ballets Russes”, Serguei Diaghilev, suplicava ao dramaturgo, ao cineasta, ao escritor, Jean Cocteau: “Étonne-moi”. Alguns novos cientistas do Desporto também não se fazem rogados, para nos espantar, quando afirmam, publicamente e sem quaisquer problemas, que a tecnologia, de que dispõem, lhes permite a formação de campeões de invulgares qualidades. Sem dispensar o contributo inestimável da tecnologia (seria ridículo, já em pleno século XXI) o ser humano não desenvolve as suas qualidades, com tecnologia tão-só. Ainda há pouco, o treinador de futebol do Benfica, Nuno Lage, confessava à Imprensa: “Querem saber o segredo da nossa vitória, no campeonato nacional?”. E, quase escandindo as palavras, adiantou: “Fomos uma família!”. Fazendo minhas as palavras do grego Sócrates, “só sei que nada sei”, não devo esconder que já dialoguei com grandes treinadores desportivos, que fizeram o favor de responder às minhas dúvidas e demarcando-se de um entendimento generalizado, entre jovens académicos, me ensinaram que têm no cérebro verdadeiras abstracções da realidade os que fazem da tecnologia a primeira das causas de um modelar treino desportivo.
De facto, assim como alguns que se julgam astrónomos não fazem mais do que astrologia, também alguns que se julgam cientistas do desporto não passam de cartomantes. Há qualidades, no praticante, que são verdadeiros atributos humanos e não se trabalham, unicamente (nem principalmente) com tecnologia. Do que venho de escrever se infere da necessidade do contributo da tecnologia, no Desporto, mas de uma tecnologia humanizada. O sujeito, o tempo, a história, a cultura têm uma participação substantiva no processo de construção da ciência contemporânea. Thomas Kuhn, depois de ter estudado, com diligência e originalidade, a História da Ciência (dando especial relevo à Física) interpretou-a como uma actividade que resulta, não de um crescimento linear e contínuo, mas de revoluções científicas. Não esqueço que Lakatos defende a hegemonia de um paradigma, mais pelo sucesso do que pelo confronto, mais pelo diálogo do que pela competição. Seja como for, só com tecnologia não se formam homens (e mulheres), tanto na área do desporto, como no âmbito da educação. Na década de 30, a Alemanha era o país, tecnologicamente, mais avançado da Europa e, no entanto, criou o nazismo onde se descortinavam mais palavras do que ideias e com um líder (aplaudido por massas descabeladas, capazes dos maiores atropelos à dignidade humana) em que a loucura assumiu a forma de estupidez. Actualmente, a ciência e a tecnologia têm um poder tal que, sem filosofia, sem teologia, sem cultura, podem colaborar na destruição do próprio planeta. Como dizia o velho Esopo a respeito da língua, a ciência e a tecnologia podem tornar-se na melhor e na pior das coisas. Dizia-me, fraternalmente, há poucos dias, o António Simões, extraordinário jogador de uma extraordinária equipa, o Benfica da década de 60: “O meu amigo, para mim, tem um método: passa da prática à teoria e das ciências à filosofia e da vida à sabedoria. Por isso, o estar tão perto de nós e compreender-nos tão bem, a nós os que vivemos anos e anos, como jogadores de futebol”. E eu: “Por isso, a vossa competência, sempre renovada, de o meu amigo e outros dos seus colegas, antigos jogadores de futebol, poderem questionar o saber teórico de um modesto aprendiz da filosofia, como eu”. O ser humano é um ser inquestionavelmente biológico, mas também um ser inquestionavelmente cultural que, pela transcendência, vive num universo de consciência, de linguagem e de ideias. E, no ser humano, biologia e cultura são inseparáveis, quero eu dizer: a biologia desenvolve-se pela cultura e a cultura encontra uma raiz biológica em tudo o que faz.
E uma questão, neste momento, me nasce no cérebro: E as máquinas, ajoujadas de tecnologia, mas sem emoções, podem ser inteligentes? “Na concepção de Damásio, as emoções primárias podem, numa fase inicial, ser vistas apenas como meras reacções fisiológicas. Mas, num momento imediatamente seguinte, essas emoções associam-se aos sentimentos primordiais e transformam-se em sentimentos emocionais. Por conseguinte (…), os sentimentos primordiais surgem necessariamente associados a uma forma elementar de “eu”, o “proto-eu (ou proto-self), É este “eu” que, ao surgir associado aos sentimentos primordiais, está na origem das primeiras formas de consciência” (Artur Azul, Mente e Consciência – Filosofia e Neurociência, Guerra e Paz Editores, Lisboa, p. 145). Actualmente, parecem inexactas as opiniões dos que desconhecem que as emoções são parte (e activa) da inteligência. Aliás se, no ser humano, tudo está em tudo, por que não estariam as emoções, na razão? Por isso, para mim, os computadores não aprendem, porque não se emocionam. Acabo de escrever um erro de palmatória? De facto, o computador pode armazenar uma incontável quantidade de informações, mas não erra e, porque não erra, não descobre, nem inventa. E a sabedoria, quero eu dizer: a serena lucidez de quem sente todos os problemas, como se a todos já os tivesse vivido? A palavra “sabedoria” suscita inúmeros comentários, nas várias áreas do saber. Aí deixo o resumo de uma definição a este propósito: a sabedoria é uma filosofia de vida de alguém com larga tarimba de experiência e de informação. E, também aqui, há que saber desconstruir os vários textos de certos cientistas do desporto, doentiamente agarrados aos números, à tecnologia, ao homem-máquina. Alguns deles até são professores e ainda não entenderam a ligação essencial (eu diria mesmo: dialética) entre o estudo continuado do professor como fundamento da aprendizagem permanente dos alunos. Embora eu reconheça que é a esclerose em boa parte do sistema que sustenta uma docência reduzida ao mero ensino de coisas que já não servem para nada.
C. P. Snow, em conferência célebre, na Universidade de Cambridge (conferência intitulada Duas Culturas) deu um novo impulso à tese de que o saber universitário se encontra dividido em dois grupos, aparentemente inconciliáveis: de um lado, documentados e argutos nas investigações, os cientistas incapazes de uma crítica a um acanhado positivismo (ou neopositivismo)); do outro, os “intelectuais”, com um extenso saber literário, mas sem ponta de interesse por uma prática científica, ou pelo máximo de consciência possível de uma “revolução científica”. Não esqueço o que Ortega y Gasset escreveu: “A ciência experimental desenvolveu-se, em grande parte, graças ao trabalho de pessoas inquestionavelmente medíocres”. Se bem penso, eu direi que, tanto as ciências, como as humanidades, crescem, evoluem, universalizam-se, graças ao trabalho diligente de pessoas fabulosamente medíocres, universitárias ou não. A competência na cátedra e a genialidade na criação científica (e, se possível, a honradez na vida pessoal): são poucos e, quando existem, ainda têm que suportar a inveja, o ressentimento de uns certos pigmeus, intelectualmente muito limitados e praticamente impotentes e sem rumo. A desconstrução tem de chegar à frieza intelectual dos cientistas e ao analfabetismo científico de certos cultores das ciências sociais e humanas. Des-construir para re-construir. Desconstruir uma área científica, pensada e promovida por “tecnocientocratas” que olham com velada antipatia para a síntese ciência-cultura, ciência-arte, ciência-filosofia; e desconstruir ainda os literatos retóricos, há muito divorciados de um sério convívio com a tecnologia (incluindo a tecnologia digital) e a ciência, passando pelas energias renováveis ou pela computação quântica. E, depois de desconstruir, reconstruir todo o conhecimento científico, incluindo as ciências sociais e humanas, onde não deixe de escutar-se a recomendação de Rousseau a Emílio: “Quero ensinar-te a viver”. Porque é de viver (e não só durar) que se trata, quando se trata das ciências e das humanidades."

Um desabafo...

"Nos últimos anos temos assistido a um ataque cerrado, baixo e sem precedentes, fruto de um grupo organizado, que não olha a escrúpulos ou ao sentido de moralidade para atingir os seus fins.
Estamos a falar de cartilhas organizadas, de estratagemas pré-concebidos e de alianças com jornalistas, emissários e comentadores colocados em pontos estratégicos para darem eco a informações falsas, manipuladas e deturpadas, provenientes do núcleo duro da Torre das Antas. Ainda recentemente, a conta do Twitter Corruptus, cartilheiro das Antas e “parceiro da cartilha das redes sociais” de Ana Gomes, Miguel Guedes, Diogo Faria, Baluarte, Dragão Sul, Francisco J. Marques e restante companhia, esteve em 2 reuniões para definirem estratégias para tentarem (continuar a) destruir a imagem do Sport Lisboa e Benfica.
Não menos grave, foi ver a crónica escrita por Sam Knight, cronista do New Yorker, em conjunto com quem? Francisco J. Marques, claro está. É um ataque reles, promíscuo e altamente ofensivo. Nele são proliferados autênticos atentados de ignorância, com referências a uma hipotética guerra do “Norte contra o Sul”, “Capital contra o resto”, “Glamour cosmopolita contra o trabalho honesto” (como se as pessoas que vivem na capital fossem desonestas...). As referências pejorativas do ignóbil (e verme) Francisco. J. Marques no artigo são mais que muitas e todas elas fomentam o ódio e a violência, a mentira e a deturpação da verdade. São tantas, aliás, que nos recusamos a colocar aqui o link do tal artigo, para não ferir susceptibilidades.
É por isso que concluímos dizendo que fogo não se combate com apatia e indiferença. Mentiras não se desmentem com floreados. Balas não se defendem com panos de seda. Isto é uma verdadeira guerra - que não haja dúvidas - e a guerra tem sido travada apenas e exclusivamente contra um só alvo: o Sport Lisboa e Benfica.
A bem ou a mal, de uma forma mais correta ou menos correta, todos aqueles que se insurgiram nos últimos tempos e defendem o Sport Lisboa e Benfica dos ataques de que tem sido alvo merecem o apoio de todos os adeptos, sócios e simpatizantes do nosso clube. A nossa guerra não é com eles, com os nossos. A nossa guerra é com aqueles que não conhecem outra forma de ganhar que não seja à base da coação, da ameaça, da agressão, da mentira, da desordem, da deturpação, da manipulação, do ódio, da raiva. E estes adjetivos são referências claras a um só clube: Futebol Clube do Porto.
Por tudo isto, a equipa do Polvo das Antas agradece a todos, sem excepção, pela defesa que fazem todos os dias ao Sport Lisboa e Benfica. Obrigado.
Rumo ao 38."

Vamos levantar o 'caneco'?!!!

Benfica 7 - 3 Sporting

Com concentração e vontade tudo é possível...

Extraordinárias reacções aziadas da Lagartada no final da partida, estão mal habituados! Hoje de facto, os apitadeiros erraram para os dois lados, e isso é suficiente para haver choradeira!!!
Da TVI, nem fale a pena perder tempo a falar da gentalha...

Agora é não perder a oportunidade de amanhã 'quase' salvar a época com a Taça!

PS1: Na nova etapa da Taça do Mundo de Canoagem, tivemos um sábado mais discreto, com um Bronze para o Pimenta no K1 500m. No K1 1000, ficou em 4.º.
O João Ribeiro no K2 500m, com o Emanuel Silva, ficou pelo 5.º lugar.
A Joana Vasconcelos e a Teresa Portela, no K2 500m acabaram em 7.º lugar.

PS2: Parabéns ao João Pereira que voltou aos bons resultados no Europeu de Triatlo, ganhando a Prata, depois de uma extraordinária prova de Corrida... grande recuperação, que mais um pouco daria o Ouro!