A posição em falta

"Tanto Luís Filipe Vieira como Rui Costa têm insistido com a ideia de que vamos olhar primeiro para a formação antes de contratar alguém para a equipa principal. Nessa óptica, todas as posições têm alguém com potencial a sair num espaço de 1-2 anos. Todas excepto uma.
Na baliza temos Mile Svilar e Celton Biai. Nas laterais temos Nuno Tavares, Sandro Cruz, João Ferreira e Tomás Tavares. No centro da defesa temos Kalaica. No centro do terreno há Tiago Dantas, David Tavares, Ilija Vukotic, Nuno Santos e Diogo Pinto. Para extremo há Chris Willock, Kevin Csoboth, Rodrigo Conceição e Úmaro Embaló. Para jogar atrás do ponta de lança temos Gonçalo Ramos. A posição que não há ninguém que se vislumbre que possa assumir num futuro próximo é a de ponta de lança.
Na equipa B a posição foi ocupada por Ivan Saponjic (30j, 6g), Zé Gomes (26j, 3g), Daniel dos Anjos (10j, 4g) e Pedro Henrique (9j, 1g). Nos S23 jogou Pedro Soares (18j, 2g), Luís Lopes (13j, 1g), David Barrero (4j, 1g) e Anthony Carter (7j, 2g). Ninguém foi particularmente brilhante.
Nos juniores os nossos goleadores são médios centros e extremos. O ponta de lança titular é Vasco Paciência, que pode ter algum futuro, mas ainda é cedo para dizer.
O Benfica há três anos e meio atrás resolveu este problema investindo 10M em dois pontas de lança sérvios. O mais barato é o menos mau da nossa formação. O mais caro anda agora a receber propostas de 60M depois de ter levado o Frankfurt a duas épocas históricas. O Benfica investiu 10M aí e vai receber cerca de 21M. Mesmo sem ter um treinador capaz de aproveitar os jogadores o investimento rendeu.
Agora temos esse treinador. Precisamos é de ter os jogadores. Um investimento que acho que o clube deveria fazer, era contratar 1-2 pontas de lança de 17-19 anos de grande qualidade e potencial, mesmo que custassem alguns milhões. Há que confiar no treinador que temos. E a verdade é que é de longe a posição com menos alternativas na formação.
A nossa melhor opção para esta posição é o Henrique Araújo dos Juvenis que está a 3-5 anos de chegar à equipa principal. Um jogador que se encaixava neste perfil seria o Erling Haland, avançado norueguês de 18 anos que conhecemos do Mundial S20 e do Europeu S19. Mas o RedBull Salzburg antecipou-se e contratou-o por 5M ao Molde no último inverno.
Haverá certamente outros nomes por aí. O importante é resolver este buraco."

Cadomblé do Vata (inicio da pré-temporada...)

""Isto é uma guerra. É sul contra norte. Glamour Cosmopolita contra trabalho honesto". Não há pé de cabra no Mundo, suficientemente grande para conseguir arrancar o portismo da tacanhês oitentista. Parolos como Francisco J. Marques são a cara chapada do clube, que por mais títulos nacionais que ganhe ou troféus internacionais que traga para o seu espólio, não consegue sair da Ribeira. Quando Pinto da Costa assumiu a presidência de um FC Porto sem reconhecimento além Douro, o Benfica tinha 23 títulos de campeão, expressão nacional e internacional. Entretanto os do Dragão varreram 21 campeonatos e em Portugal continuam mentalmente agarrados à Torre dos Clérigos.
"Nos jogos fora, se não fossem os Super Dragões, pouco apoio teríamos". Pinto da Costa sumariza perfeitamente o que pensa da massa adepta do segundo clube mais titulado do país. Meia dúzia de gatos pingados nascidos e criados no norte, isto enquanto vilipendia todos os que têm raízes além durienses, onde de resto se encontram adeptos portistas ferrenhos, que quais negros de chapéu branco em bico, idolatram uma ideologia que odeia tudo o que eles são e as suas origens. Será obrigatório ao portista do sul, impregnado de glamour cosmopolita curvar-se perante os consócios do norte honesto e trabalhador?
A reportagem da revista New Yorker marca o início da pré temporada. O FC Porto terminou a época que se esperava hegemónica de conquistas a nível nacional para todos os portistas e triunfante no plano internacional, na cabeça do Pepe, com uma Supertaça ganha ao Desp. das Aves, com alguns dos principais activos da SAD de malas aviadas a custo zero, outros no mercado para nova tentativa de cumprir o Fair Play Financeiro da UEFA, que não lhes larga os calos e com uma indisfarçável crispação na relação adeptos/equipa. A caminho do gabinete do "jornalista" está uma longa fila de semi reboques carregados de areia. Tapem os olhos que ela vai ser toda projectada."

Teia...

"Durante o dia de hoje, Francisco J. Marques, porta-voz do crime organizado, deu ênfase a um alegado artigo na revista New Yorker.
Artigo esse da autoria de Sam Knight, ´jornalista´ freelancer que colabora com The Guardian, New Yorker…e mais recentemente com o Jornal Expresso, do famoso Pedro Candeias. Como sabemos, um fanático sportinguista, saído da reunião do Hotel Altis, como um dos pilares avençados para a partilha e divulgação dos emails no ataque ao SL Benfica.
E qual foi o primeiro artigo que este freelancer levou de Portugal em colaboração com o Expresso? Precisamente a visão de FJM sobre o SL Benfica.
Findo o final de época, falamos apenas de mais uma encomenda da Torre das Antas, com o objectivo de sempre: perpetuar narrativas e atacar/manchar o bom nome do Sport Lisboa e Benfica.
Os elos de ligação são mais que evidentes e é o sinal que o clube do Apito Dourado continua a sentir-se impune e a utilizar todos os esquemas e manobras possíveis para condicionar e pressionar a opinião publica e todos os decisores.
Ficamos apenas na duvida sobre o que é mais ridículo e curioso, se a utilização de canetas de aluguer para desesperadamente ´salvar´ Rui Pinto e atacar o SL Benfica ou a declaração que não devolveria os emails por isto ser uma guerra. Ora portanto, é o assumir que informação sobre contratos de jogadores, dados clínicos, entre outros, faz parte da estratégia de guerrilha?
E já agora, o SL Benfica não é do Sul nem de Lisboa. É de uma dimensão nacional e internacional que poucos clubes no mundo conhecem. Uma grandeza sem explicação!
Mas nada disto surpreende. A estratégia de manipulação e vale-tudo para atacar e denegrir o SLB vai continuar.
Mas temos de deixar esta pergunta. Quando é que o Sport Lisboa e Benfica vai assumir e tomar uma posição de força perante o Jornal Expresso? Outrora um jornal de referência, não é actualmente mais do que um veiculo da Torre das Antas, pelo eixo de Pedro Candeias, de ataque directo e deliberado ao clube. E ultrapassa em muito a fasquia do mau jornalismo. É outra coisa. É participação e papel central, tal como Carlos Lima da revista Sábado, no crime. Isto não pode continuar!"

Desinformação...

"O Expresso, do famoso lagarto Pedro Candeias e outrora jornal de referência em Portugal, começou recentemente uma colaboração com um jornalista freelancer chamado Sam Knight. 

https://expresso.pt/internacional/2019-03-29-E-se-a-rainha-morrer-#gs.eod6i8

Jornalista esse que trabalha para vários jornais (The Guardian, New Yorker, Expresso(?)...).
A colaboração é bilateral e o primeiro artigo que Sam Knight levou de Portugal/Expresso foi...uma entrevista ao Francisco Marques sobre o Benfica. Coincidência do caraças!
Francisco Marques, esse, veio de imediato para o twitter publicitar esta suposta "entrevista" como a coisa mais imparcial do Mundo e como jornalismo estrangeiro e independente.
Meus amigos, cabe-nos a nós expor uma vez mais esta mentira e mais este acto criminoso levado a cabo pela Aliança do Altis cujo objectivo é sempre o mesmo: manchar, conspurcar, caluniar o Sport Lisboa e Benfica.
Uma coisa o Francisco Marques parece já ter percebido e ainda bem, diremos nós. É que ele está numa Guerra, como diz na entrevista. Mas cuidado...quem vai à Guerra dá e leva, ouvimos nós dizer destes os tempos da Primária."

Jogador residente, o aplauso de uma raridade

"Era apenas mais um jogo da Lazio, em final de época e já sem objectivos palpáveis em causa. Nas bancadas, os tiffosi de sempre com uma mensagem invulgar: “A (Curva) Norte saúda De Rossi, feroz e irredutível inimigo em campo”. De Rossi, um adversário de longa data, jogador-bandeira do grande rival da cidade, merecia uma vénia vinda do outro lado das trincheiras. Uma raridade. Um gesto de se lhe tirar o chapéu.
Este episódio ocorreu há poucos dias, na partida com o Bolonha, e limitou-se a antecipar o anunciado adeus de um médio que fez da Roma a sua casa durante 18 anos. Se há país que não pode queixar-se de falta de “lealdade” de muitas das suas estrelas, é justamente a Itália, mas isso não inibe os fervorosos adeptos de agitarem a bandeira do reconhecimento. Mesmo quando se trata de um herói alheio.
A caminhada de Daniele de Rossi no relvado do Estádio Olímpico chegou ao fim, mas a lenda do médio incansável, destemido e solidário vai perdurar. Tal como continua presente na mesma arena a aura do indómito Francesco Totti. Ou, em paragens próximas, o lendário percurso de Paolo Maldini no AC Milan, de Gianluigi Buffon na Juventus, de Javier Zanetti no Inter.
Todas as carreiras que fogem à regra, que contrariam o actual padrão dos cifrões e do desporto da mobilidade fácil, têm o condão de despertar atenções. Pelo seu teor romântico, quase démodé. Pela capacidade de remeterem para o imaginário de um futebol com menos tentações, em que era suposto que um único equipamento ou par de botas durassem uma temporada completa.
Nestas alturas, é fácil puxar da expressão “amor à camisola”, como se fosse possível misturar no mesmo caldeirão os ingredientes tão diversos de cada história particular. E como se o mapa de presenças fosse o único barómetro aplicável quando se trata de medir a lealdade. Da mesma forma que é tentador pender para comparações superficiais entre o futebol de meados do século XX, fortemente condicionado pelas restrições na mobilidade (e não só), e o actual jogo sem fronteiras. 
Cada nome tem uma história e cada decisão um contexto. Há os que ficam porque nunca tiveram uma oportunidade verdadeiramente compensadora para saírem e os que saem para procurarem lá fora as oportunidades que não encontraram cá dentro. Há os que colocam a família acima de tudo o resto, valorizando mais a estabilidade do que um salto na carreira, e os que decidem sem amarras com medo de perderem o amanhã. Há os que renovam a motivação sem saírem do lugar e os que se alimentam de novos desafios a cada época.
Lionel Messi, por exemplo, continua a engrossar a sua lenda em Camp Nou num casamento que parece inquebrável. Um sinal de inabalável compromisso com o Barcelona, para uns, um sintoma de falta de coragem e de espírito de risco, para outros. Qualquer decisão, na minha óptica, é legítima, mesmo que de fora, muitas vezes, não se veja mais do que um gigante isco a atrair os jogadores em forma de livro de cheques.
Isto não invalida que nos deixemos entusiasmar por exemplos como os de Steve Gerrard (Liverpool), Ryan Giggs (Manchester United), John Terry (Chelsea) ou mesmo Nicolas Seube (Caen) e, numa lógica de maior proximidade física e temporal, até Luisão (Benfica). Até porque a importância de referências no balneário, para actuarem como facilitadores da aculturação de reforços, não deve ser menosprezada.
De uma coisa podemos estar certos, porém. No fim das contas, o que importa verdadeiramente é a qualidade. Porque ninguém se mantém no topo, durante épocas a fio, se não mostrar rendimento e provar, semana após semana, a sua utilidade na competição. São, de facto, poucos os que conseguem eternizar-se e ainda menos os que se confundem com o símbolo de um clube. E, só por isso, sem atender ao espírito de missão, valerá sempre a pena recordar o nome de jogadores residentes como De Rossi."

A Liga e os seus próximos desafios

"Planeamento, competitividade e digitalização para perspectivar os próximos quatro anos de Liga. Eleições são a 12 de Junho.

Com o término da Liga é tempo do natural balanço mas, mais do que isso, é tempo de reflectir e pensar no que pode ou deve ser melhorado.
Mais do que isso, e perspectivando o novo ciclo de quatro anos, também tendo em vista as próximas eleições marcadas para o dia 12 de Junho, a Liga tem pela frente um vasto número de desafios. O próximo presidente dificilmente poderá pôr de parte três pilares que considero essenciais para o desenvolvimento do futebol português:
- Planeamento
- Competitividade
- Fan Experience/Digitalização

Planeamento
Uma instituição que se quer na vanguarda da organização e do profissionalismo deve planear a época antecipadamente, obviamente em articulação com o calendário internacional da FIFA e respectiva Federação nacional. De acordo com o último UEFA Benchmark Report, campeonatos como a Premier League ou a Bundesliga decorrem em menos semanas do que a Liga Portuguesa, dando a atletas mais tempo para descansar e a clubes mais tempo para planear. Mais, não pode continuar a ser possível a calendarização de jogos com menos de uma semana de antecedência, como acontece amiúde em Portugal. Se queremos um futebol com mais adeptos nos estádios e com as equipas a apresentarem-se no topo da sua competência, devemos definir a calendarização com a maior antecedência possível. E, mais uma vez, bons exemplos não faltam. Veja-se os casos da La Liga ou da Premier League que a publicam com meses de antecedência. Se a Federação Portuguesa de Futebol tem por norma publicar o calendário desportivo nacional cerca de três meses antes da época começar, qual o motivo para não ser dada a treinadores, jogadores e adeptos a indicação de quando vão jogar e a que horas? Chamem os operadores televisivos, Sport TV e Benfica TV, chamem os clubes, sentem-se a mesa e decidam. Todos vamos sair a ganhar.

Competitividade
Mais uma época e mais um campeonato bipolarizado. A competitividade na Liga Portuguesa tende a diminuir ano após ano. Este é um tópico em que não existe um total controlo da situação por parte da Liga e onde os prize money das competições europeias têm contribuído decisivamente para o desnivelamento dos campeonatos nacionais por essa Europa fora. No entanto mais pode e deve ser feito na promoção da competitividade interna. Por um lado, e no contexto do futebol europeu, dos 55 países que habitam na esfera da UEFA, apenas Portugal e Chipre não apresentam os direitos de TV centralizados. Este dado só por si devia dar que pensar. Outro dado que impressiona diz respeito à distribuição das receitas televisivas e ao rácio entre clubes, em cada uma das ligas europeias. Ainda segundo o último estudo da UEFA, o clube que mais recebe em Portugal obtém um valor 15,4 vezes superior do que o clube que recebe menos. A título comparativo saliente-se que o diferencial médio europeu situa-se nas 2,4 vezes, sendo que ligas como a Premier League ou a La Liga têm um diferencial de 1,3 ou 3,1, respectivamente, entre primeiro e último. A adicionar a este negro panorama, nos últimos 10 anos a tendência europeia foi de diminuição (a média europeia reduziu de 3,1 para 2,4 vezes) enquanto, em Portugal, o fosso entre clubes mais do que duplicou de 7,1 para 15,4. Os dados são como o algodão, não enganam.
Por outro lado, um maior controlo do número de atletas com contrato profissional por cada Sociedade Desportiva (SAD) deve ser, no mínimo, estudado. Esta medida levaria a uma mais justa distribuição de recursos financeiros e desportivos pois um clube que tenha 80/90 jogadores sob contrato profissional não consegue oferecer a todos eles condições óptimas de desenvolvimento. A implementação desta medida poderia levar não só a um mais rápido desenvolvimento dos jovens jogadores mas, também, a um aumento do fluxo monetário entre clubes nacionais que hoje em dia é praticamente inexistente. Um jogador com potencial pode não ser interessante para um grande aos 20 anos mas pode sê-lo aos 24 depois, de ter tido espaço competitivo para crescer, juntando a isto a natural compensação financeira ao clube que o desenvolveu entretanto.

Fan Experience/Digitalização
O adepto no centro do futebol. Neste novo mundo global e, nomeadamente nas gerações Z e millennials, o futebol já não e a coisa mais importante do mundo. Eles (nós) têm a Netflix, o Youtube ou o Facebook. E devemos, antes de mais, perceber que o futebol está, mais do que nunca, a competir com estas e outras plataformas. É pois imperioso oferecer um bom serviço aos adeptos para que eles estejam dispostos a disponibilizar-nos uma parte do seu tempo. Por acaso, lembram-se do último jogo em que seguiram os 90 minutos sem comentar as incidências com os amigos no Whatsapp ou a rever jogadas no iPhone? Pois.
Assim, como em relação aos direitos televisivos, a Liga deve ser capaz de marcar a agenda, agregar as necessidades dos clubes profissionais e de criar ferramentas globais para servir os adeptos.
Deixo três ideias:
“Passe Personalizado”, porque não cria a Liga pacotes personalizados com preços atractivos para quem comprar antecipadamente? Exemplos seriam o “Norte Pass”, dando acesso ao adepto a todos os jogos realizados acima de Coimbra; o “Sunday Pass”, dando acesso a todos os jogos realizados ao domingo. A adicionar a isto, acordos com a CP e/ou Metro de modo a facilitar o transporte dos adeptos seriam naturalmente uma forma de melhorar e elevar o valor do produto oferecido.
“Loja Central”, porque não desenvolve e disponibiliza a Liga uma plataforma centralizada que seja o ponto de encontro para todos os adeptos que queiram comprar bilhetes ou merchandising de qualquer clube das ligas profissionais? Isto seria especialmente benéfico para os clubes pequenos que teriam mais tráfego numa plataforma centralizada, ao invés da sua própria no seu site. Numa lógica onde a receita adicional seria partilhada, todos sairiam a ganhar.
“Estádio Cheio”, porque não disponibiliza a Liga aos clubes uma ferramenta que analisa e prevê a afluência aos estádios, aproveitando para antecipar e contrariar a tendência de modo a aumentar as assistências? Por exemplo, se é expectável que o adepto X não vá ao estádio no jogo Y, porque não oferecer-lhe a possibilidade de ter 20% desconto na loja do clube nesse fim de semana? Estamos em 2019. As ferramentas existem, só é preciso que haja vontade.
Claro que estas medidas implicam que o futebol em Portugal seja pensado de forma colectiva. Vamos a isso?"

Prestígio

"O valor da ‘marca Benfica’, já reconhecido nalguns dos mais importantes rankings de referência no espaço do futebol europeu, voltou a ser evidenciado pelo mais recente estudo publicado.
O reconhecimento do nosso trabalho e a confirmação do nosso crescimento chega, desta vez, através do “Football Clubes Valuation: The European Elite 2019”, da prestigiada consultora KPMG.
O Benfica surge, nesta tabela, na 26.ª posição geral entre os clubes mais valiosos da Europa – tendo apenas à sua frente clubes do ‘Big Five’, com uma única excepção (o Besiktas, da Turquia).
A valorização do Benfica atinge os 348 milhões de euros num ‘Top 30’ onde não surge mais nenhum clube português. Este é o resultado de um estudo que cruza e combina 5 pontos de referência: rentabilidade, popularidade nas redes sociais, potencialidade de facturação em dia de jogo, direitos televisivos e ainda o facto de o clube ser proprietário do próprio estádio.
A competitividade da equipa de futebol é sempre decisiva para a ‘boa saúde’ de qualquer clube. Indiscutível. Mas, para além disso, é também imperioso que existam gestores financeiros de excelência.
É essa qualidade de que o Benfica dispõe, há muito tempo, e foi isso que as principais organizações internacionais que analisam o sector – como a KPMG – passaram a reconhecer de forma absolutamente inequívoca."

Os homens do título: Jonas, o revolucionário elegante

"O avançado brasileiro, que chorou junto à linha enquanto esperava para entrar no último jogo, transformou-se numa das lendas do Benfica moderno, pela qualidade, elegância e golo.

Aquelas lágrimas.
É a imagem que vai perdurar para quem viu e sentiu a angústia do brasileiro. Seria pela despedida ao Benfica? Pelas dores nas costas? Ou porque a pressão era enorme e chegou o alívio da vitória? Será o fim da carreira? Ou porque um dia lhe chamaram “o pior avançado do mundo”? Essa história infeliz remonta a Março de 2009, quando o Grémio jogou contra o Boyacá Chicó, na Taça Libertadores. Jonas, que parecia um homem banal, falhou três golos na mesma jogada, dois deles com a baliza praticamente deserta. Para quem acompanhou os cinco anos deste futebolista em Portugal, torna-se difícil compreender aqueles segundos de desacerto e flagelo…



As lágrimas.
Quem sabe, naquele momento que tardou exactamente o mesmo tempo que João Félix demorou a sair do relvado, recordou os muitos golos que marcou com a camisola vermelha, os quatro campeonatos conquistados, mais a Taça de Portugal, as duas Taças da Liga e as duas Supertaças de Portugal. Virou herói do povo. Jonas foi, durante cinco temporadas, sinónimo de elegância e golo. Parava o tempo, parecia escolher sempre o melhor caminho.
Aos 35 anos, Jonas mora no segundo lugar na lista dos melhores marcadores estrangeiros da história do clube da Luz, só atrás de Óscar Cardozo. No campeonato, nos últimos cinco anos, foi assim: 20 golos (110 minutos/golo), 32 (89’), 13 (102’), 34 (73’) e, finalmente, 11 (94’).
Esta época foi muito menos utilizado mas não perdeu a afinação nos pés. De acordo com os dados da Goal Point, Jonas marcou cinco com o pé direito, quatro com a canhota e dois de cabeça. Dos 11 golos (em 53 remates), nove foram de bola corrida: ou seja, meteu um de livre directo e outro de penálti. Contas feitas, nove deles aconteceram dentro da área. O ‘10’ do Benfica deu apenas uma assistência para golo, embora tenha criado três oportunidades flagrantes e assinado 16 passes para finalização.
Os números, no entanto, não podem explicar tudo, muito menos jogadores como Jonas, por tudo o que representa para a equipa, pelo temor que espalha no meio-campo alheio, pelas ideias arrojadas, os enigmas que desbloqueia e os espaços que abre para os colegas.
Quanto ao papel defensivo, os números são mais magros: quatro acções defensivas no primeiro terço, oito no terço intermédio e seis no último terço, mais perto da baliza rival. Assinou oito desarmes, seis deles completos, duas intercepções, aliviou quatro vezes a bola (e a equipa, provavelmente) e recuperou 32 vezes a posse de bola, trabalho este que terá beneficiado bastante da qualidade técnica e da capacidade impecável para parar qualquer bola. Quanto a duelos aéreos defensivos, que se contam pelos dedos das mãos, Jonas ganhou 60%.
Bruno Lage, em entrevista mais descontraída com vários jornalistas no final da época, elogiou o profissionalismo do avançado brasileiro. “Independentemente do estatuto e da importância do Jonas, ele tinha de estar disponível, e esteve sempre, para fazer os 90 minutos, para entrar como fez com Feirense e Belenenses, para entrar e revolucionar o jogo como foi com o Portimonense. E, depois, aquela demonstração de classe, aí [fiquei] completamente rendido ao profissional que ele é no jogo com o Rio Ave, por entrar dois ou três minutos e estar disponível para ajudar a equipa.”"

Em redor do 37. E da Taça

"Como é pavlovianamente explicável, cada vez que o Benfica ganha um campeonato, lá surge uma catadupa de 'justificações'...

1. No rescaldo do título nacional, três intervenções mediáticas com três titulares do 37: o administrador Domingos Soares de Oliveira, o treinador Bruno Lage e o jogador João Félix. Todas significativas, objectivas e explicativas. O primeiro, na TVI, com competência, rigor e sentido estratégico. O segundo, numa inovadora conferência de imprensa, com a grandeza da simplicidade, a virtude da serenidade eloquente, a exemplaridade contagiante. O terceiro, na BTV, com a genuinidade juvenil, a alegria transbordante e a demonstração plena de que é possível juntar talento e divertimento no seu trabalho. Pela palavra e pelos paradigmas, não poderiam ter sido melhores os dias pós-título. Obrigado!

2. Entre 2003 e 2009 houve uma espécie de troféu honorífico chamado 'Taça BES' atribuída ao primeiro classificado dos jogos entre os chamados grandes. entretanto, foi-se o BES das taças e foi-se a Taça BES. Nas suas seis edições, nunca o Benfica a ganhou, sendo o FC Porto o quase totalista vencedor. Este ano a Taça (agora virtual) foi categoricamente conquistada pelo Benfica (a três e a quatro se juntarmos o SC Braga). Foi nestes jogos que o SLB edificou a vitória final. De facto, entre eles, o meu clube perdeu apenas 2 pontos (empate na Luz, contra o SCP), tendo desperdiçado 13 contra equipas abaixo da metade da tabela ou despromovidos: 3 com o Beleneneses SAD, 3 com o Moreirense, 3 com o Portimonense e 2 com Chaves na 1.ª volta e só 2 com o Belenenses SAD na 2.ª volta. Já agora, não tendo havido a taça BES, registe-se que, quanto aos Bês, também ficámos à frente de todos os outros B, sendo parte da competição ainda com Bruno Lage à frente do plantel.

3. Como é pavlovianamente explicável, cada vez que o Benfica ganha um campeonato, lá surgem uma catadupa de justificações para se concluir que as suas vitórias não tiveram merecimento. Nesta década de maioria encarnada quanto a campeonatos ganhos, é fartar vilanagem quanto a abstrusas vias para os tentar (em vão) denegrir.
Neste contexto, a palavra narrativa - ora repristinada e metamorfoseada - tomou novas dimensões diante do campeonato 37 do Benfica, depois de andar por aí, primeiro, na visão socrática (não me refiro ao filósofo grego), depois, mimeticamente perante tudo e nada, certo e errado, verdadeiro e falso.
Diz o dicionário da Academia das Ciências de Lisboa que narrativa significa literariamente «testo em que se conta um facto reais ou imaginários, que decorrem num espaço e tempo determinados e em que intervêm personagens», ou seja, sinónimo de «conto», «história» ou «romance».
Pois o que é que temos ouvido e lido à saciedade por causa do 37 encarnado e proclamado como sentença transitada em julgado por despeitados derrotados? Uma interessante narrativa baseada numa posologia de 50% de fantasia e 50% de amnésia a que se acrescenta o excipiente onírico conforme o jeito e o fingimento.
Já sem argumentos extra-futebol e sem catões reais ou figurados, esta narrativa baseia-se, no essencial, em invocados «erros inacreditáveis» (sic) dos árbitros nos três jogos ganhos pelo Benfica fora de casa, a saber, Feirense, SC Braga e Rio Ave. Num passe de mágica, parte-se dos tais reclamados erros arbitrais para uma conclusão tão precipitada, como indemonstrável: a de que o Benfica teve mais pontos dos que o que teria sem eles. Bem sei que o desejo atrofia, por vezes, a racionalidade. Mas vejamos: contra o Feirense reclamou-se que foi mal anulado um segundo golo festa equipa que a colocaria a vencer por 2-0. Sobre o lance já tudo foi dito: é admissível supor que não houve fora-de-jogo, como o seu contrário, sabendo-se, porém, que foi o árbitro assistente que o assinalou e, em boa verdade, dificilmente o VAR o poderia contrariar com absoluta certeza. Curioso é comparar a reacção perante este lance e a do golo invalidado por pretenso offside ao Benfica na meia-final da Taça da Liga, precisamente contra o Porto. Ou ainda o silêncio comprometedor perante a validação do golo de Herrera no fim do jogo na última jornada contra o Sporting. Felizmente, neste caso, o Benfica já estava campeão. Imagine-se o que teria sido esta validação caso, por mero absurdo, o Benfica tivesse perdido contra o Santa Clara. Mas voltando ao hipotético 2-0 do Feirense (aos 20 minutos), nada garantiria que o Benfica não ganhasse o jogo (bastava-lhe marcar menos 1 golo dos 4 que marcou...).
Contra  o SC Braga, as baterias apontaram ao penálti assinalado sobre Félix, numa altura em que o Benfica perdia por 1-0 através de um penálti tão discutível como aquele. Também aqui recordo que nada garantiria que o Benfica não vencesse, tal foi a demolidora exibição na segunda parte, onde, para não variar, se marcaram não 1, não 2, não 3, mas sim 4 golos. Não quero, porém, omitir a questão da eventual expulsão perdoada de João Félix, que, na verdade seja dita, poderia vir a alterar o rumo do desafio. Mas já agora e em jeito comparativo, que dizer de faltas de Filipe e Militão no jogo FCP-SCP (sobretudo a do primeiro, bem mais evidente à vista desarmada do que o caso de J. Félix) que, porém, não foram expulsos pelo incontornável Fábio Veríssimo (por coincidência, um dos árbitros que estava na macro-lona exibida no Dragão!). Aqui não há registo na memória, apesar de tão recente no tempo?
Finalmente, o jogo em Vila do Conde. Ainda que tenha dúvidas sobre o lance do segundo golo do Benfica (Seferovic não atirou à baliza, fez antes um passe para Pizzi, o guarda-redes do Rio Ave interceptou-o - coisa diferente de fazer uma defesa - e deixou a bola à mercê de João Félix), aceito, sem problemas, que o fora-de-jogo deveria ter sido assinalado. Acontece que tanto quando se pôde constatar, ninguém no campo, na narração e comentários, e nos adversários, contestou o golo pelo offside. Os protestos advieram de uma reclamada falta de Florentino não assinalada (em Inglaterra não se marcaria...). Aceitando-se a marcação da infracção, é indiscutível que teria de ser fora da área, ou seja, um livre e não uma grande penalidade. Logo, mesmo com o golo anulado, o Benfica iria muito provavelmente para o intervalo a ganhar por 1-0. Como se pode daí retirar que o Benfica perderia o jogo?
Há um ponto coincidente em todos estes casos: o de erros, factuais, virtuais, imaginários ou desejados, terem acontecido muito antes do fim dos jogos, donde não se pode concluir inapelavelmente sobre um qualquer resultado final. O mesmo não se pode dizer de alguns jogos do Porto, em que houve erros praticamente no fim das partidas. Exemplos: O FCP ganhou ao Belenenses por 3-2 na última jogada através de um penálti oferecido; não é assinalado um penálti favorável ao SC Braga que poderia ter dado o 0-3 já nos minutos finais; um penálti perdoado a Brahimi sobre Rochinha, também no Bessa, com o resultado em 0-0 a 19 minutos do fim. Isto para não falar de algumas expulsões poupadas, como as que atrás referi ou a que deveria ter acontecido em Setúbal com o resultado ainda em 0-0. Aliás, neste domínio, o FCP foi a única equipa que ao longo de todo o campeonato não teve nenhum jogador expulso, nem que fosse duplo cartão amarelo (se exceptuarmos a expulsão de Corona no fim do jogo da última jornada). Ao invés, o Benfica foi, depois do Tondela e Rio Ave, quem sofreu mais expulsões (2 por acumulação de amarelos e 5 directas!).

Taça de Portugal
Na prova-rainha (nome certamente e erradicar pelos polícias de ideologia de género, dada a discriminação face ao campeonato-rei), a tradição ainda é o que era. Não porque os jogadores tenham cantado o hino nacional (só três eram portugueses na apresentação das equipas: Danilo, Bruno Fernandes e Bruno Gaspar). Mas porque o Sporting venceu pela enésima vez o Porto nos penáltis decisivos. A cidade de Lisboa fez o pleno. Fernando Medina tem de aumentar o Orçamento da CML para tantos Santos António em versão vermelha e verde. O clube leonino fez uma época bem acima das expectativas depois do dia negro em Alcochete. Deve por isso ser felicitado, bem como o seu educado técnico Marcel Keizer. Ao contrário de Sérgio Conceição na tribuna, ainda que, para alguns comunicadores de serviço, seja uma questão de feitio e não um defeito. E, desta vez, não se notaram as sempre tão prestimosas e elegantes notas de F.J. Marques. É que não jogava o Benfica, claro está...

Contraluz
- Bola de Prata da II Divisão: Aos 38 anos de idade, Jorge Pires (Penafiel), com 16 golos! Um jogador que passou por mais de 10 clubes ao longo da sua longa caminhada e que já havia sido o melhor marcador daquela divisão também no Portimonense.
- Pronúncia: O sportinguista Mathieu, que fez uma enorme exibição na Taça, renovou por mais um ano. Não se tratando de um nome cazaque, chinês ou esquimó, mas sim francês, custa ouvir profissionais dos media chamar-lhe «Matiô» ou «Matiú», em vez do correcto «matiê» (um e bem fechado). Se na próxima época insistirem no erro, sugiro que Mathieu mude o nome para Mathiau..."

Bagão Félix, in A Bola

Conceição não esteve à altura

"Bruno Lage colocou em cima da mesa uma sugestão desafiante e que tem a ver com o convite a uma mais saudável relação entre as pessoas do futebol

Bruno Lage é o treinador do momento e esse papel de actor principal em filme que é um sucesso de bilheteira justificou-o não só pela qualidade do seu trabalho, mas também pelas cores alegres com que pintou o futebol, conseguindo em tão pouco tempo mostrar à saciedade que a força da razão não se avalia nem pela intensidade no tom, nem pela boçalidade no discurso.
É genuíno na palavra, como julgo ter ficado amplamente demonstrado no recente encontro com os jornalistas, onde se falou sobre os temas propostos, em jeito desarrumado, próprio de quem expele as ideias em função dos desafios que lhe lançam, com entusiasmo, sempre, mas igualmente com elevação. Às vezes ainda sai um gajo, mas com a ajuda de Ricardo Lemos, o seu amparo na comunicação, promete ser aluno diligente.
Fala com o prazer e a graça de quem se sente feliz pelo que faz e como faz, sem se preocupar por revelar uma ingenuidade que lhe assenta bem, na medida em que se apresentou como é, respondeu pela sua cabeça e, em tão pouco tempo de vida como treinador principal, teve a virtude de colocar em cima da mesa uma sugestão desafiante e que tem a ver com o convite a uma mais saudável relação entre as pessoas do futebol. Foi muito interessante da parte dele e creio que a maioria dos treinadores deste país se revê nessa necessidade de mudança, de acabar com preconceitos que não deviam já ter cabimento numa sociedade civilizada.

Lage obedeceu à sua sinceridade e foi ousado ao trazer à colação o exemplo inglês para sublinhar os méritos do FC Porto, com especial realce para Herrera, sobre o qual afirmou: «O Herrera faz tudo, constrói, cria, pressiona, marca, corre 90 minutos. Foi o jogador que mais me impressionou, dá uma dimensão muito grande ao FC Porto».
Uma posição tão singela quanto esta, de se referir a um adversário com elegância, foi o bastante para alertar o treinador do Benfica para os pregos que lhe vão colocar no caminho.
Num espaço de comentário ouvi quem se tivesse sentido ofendido por Lage ter elogiado Herrera e ignorado Bruno Fernandes, sinal de quem não leu a entrevista e não percebeu o contexto e ainda de quem não tem memória porque três dias antes o mesmo Lage, traído por inocente impulso, convidara Fernando Medina a pronunciar o nome do Sporting quando, no seu discurso e com mil cuidados, o presidente da Câmara de Lisboa desejou «nova conquista de clube da cidade já no próximo fim de semana na final da Taça de Portugal». A bonita recepção aconteceu ontem.

Quem ficou mal na fotografia foi Sérgio Conceição o qual, confrontado com as palavras de Bruno Lage, em concreto sobre Herrera, poderia ter reagido de diversas formas, mas optou por uma dispensável e reprovável. Não pelo que afirmou, mas como afirmou («Quero lá saber do treinador do Benfica! Vim disputar uma final»), com enfado, sobranceria e desconsideração, em obediência a um temperamento de que orgulhosamente se gaba.
Na pré final foi assim, sem sobressaltos, mas no pós o ambiente ficou frenético. Sérgio Conceição perdeu e todos sabemos que não gosta de perder, se é que há no mundo treinador que goste de ser derrotado. Entrou em descontrolo emocional e feriu a imagem do emblema que representa na Tribuna de Honra, ao exceder-se na presença das mais altas figuras do Estado e do seu próprio presidente, o qual, aprecie-se ou não a pessoa e o estilo, em matéria de representação do FC Porto, seja a que nível for, tem uma noção de dever irrepreensível.
O treinador portista devia ter cumprimentado o presidente do Sporting, por cortesia protocolar, mesmo que se esteja lixando para o protocolo. Depois, mais calmo, em conferência de Imprensa, daria as explicações que julgasse convenientes, desabafando e assumindo não ter feito o que gostaria exactamente por não querer envolver o nome do clube numa atitude cuja responsabilidade lhe pertencia por inteiro. Dizer-se que reage com esta truculência por causa da azia, que a todos ataca nas derrotas, parece-me de menos. A realidade é outra: esta época o treinador do FC Porto não esteve à altura dos treinadores de Benfica e Sporting. O futebol é assim: imprevisível, fascinante, arrebatador!

Nota final - Os adeptos leoninos devem tratar Marcel Keizer com carinho porque os títulos não se compram na pastelaria, com mais ou menos creme. O treinador holandês ganhou mais em seis meses do que Jorge Jesus em três anos (Taça da Liga e Taça de Portugal contra Supertaça e Taça da Liga) e por muito menos dinheiro..."

Fernando Guerra, in A Bola