segunda-feira, 27 de maio de 2019

Não é já tempo de se entenderem?

"Estamos na antecâmara de mudanças profundas nas competições da UEFA e corremos sérios riscos de ficar fora da primeira classe

A festa da Taça de Portugal marcou o fim de semana cheia de picardias que não engrandecem o futebol português. Haverá alguma razão que nos leve a pensar que a temporada que agora vem será diferente, para melhor? Os sinais não são muitos animadores e os clubes não parecem preparados para desmobilizar os franco-atiradores que, entre jogos, incendeiam o ambiente. Sendo verdade que no discurso de Bruno Lage e na forma elevada como Frederico Varandas esteve na Tribuna do Jamor, podem ser vistos alguns sinais de esperança, fará falta que mais protagonistas se juntem à causa, aceitando que em cada fim da época só pode haver um campeão.
É certo que nunca, como agora, no futebol português, houve tanta necessidade de conquistar o título, não só pela honra, mas também pelo acesso a uma plataforma milionária que dá pelo nome de Champions. Para quem fica de fora desses milhões, torna-se difícil encontrar argumentos para competir ao mesmo nível de quem participa, e daí à radicalização do discurso e demais desproporções, vai apenas um pequeno passo.
Também por tudo isto, é urgente acelerar, entre nós, o processo de centralização dos direitos televisivos, forma usada em toda a Europa e garante de um rendimento mínimo capaz de promover algum equilíbrio na competição.
Na actual fórmula, os clubes que menos recebem em Portugal, arrecadam menos dez vezes do que os emblemas em iguais circunstâncias em Espanha e menos vinte e cinco vezes que os mais mal pagos na Premier League.
Em vez de se andarem a ofender, directamente ou por interpostas pessoas, os clubes nacionais deviam era encontrar plataformas de entendimento que criassem um colectivo forte, que pudesse alavancar uma indústria que é tratada, se calhar por ser do futebol, ao pontapé. Não é a primeira vez que, neste espaço, lanço um apelo ao bom senso e à racionalidade. Até agora, foi como se estivesse a pregar aos peixes. Mas chegará o dia em que a situação irá estar de tal forma degradada que não haverá alternativa no entendimento. Mas, quando isso acontecer, corremos o seríssimo risco de ser tarde demais. Até parece que não estamos na antecâmara de mudanças muito profundas nos quadro competitivos da UEFA, onde corremos o risco de não ter lugar em nenhuma das carruagens da primeira classe. Acreditem, que é verdade!

O descontrolo emocional de Sérgio Conceição
«A questão aqui são formas de estar, valores e educação diferentes...»
Frederico Varandas, Presidente do Sporting
A época do treinador do FC Porto foi dura e emocionalmente desgastante, com frentes de batalha internas e externas que acabaram por fazer mossa. Uma semana depois de ter-se envolvido numa confusão com o guarda-redes do Sporting, no último sábado deixou o presidente dos leões de mão estendida. As férias chegam na altura certa, para Sérgio arrefecer a cabeça.

Valência em grande
Depois de uma época marcada por uma enorme inconsistência exibicional, o Valência recuperou sobre a meta, garantiu o quarto lugar de La Liga, que lhe abriu as portas da fase de grupos da Champions, e fechou em festa, em Sevilha, ao derrotar o Barcelona na final da Taça do Rei, utilizando quatro jogadores com ligação ao futebol português, Gonçalo Guedes, Garay, Rodrigo e Piccini. Já o Barcelona, que foi ao tapete em Anfield, nunca mais foi o mesmo, arrastando-se em modo zombie, a sugerir que o tempo de Valverde está esgotado.

Os Raptors depois dos Maple Leafs e Blue Jays
Pela primeira vez, uma equipa canadiana de basquetebol atinge a final da NBA, proeza que coloca os Raptors na senda das outras equipas de Toronto, os Maple Leafs, do hóquei no gelo e os Blue Jays do basebol, já campeões da América do Norte. Seguem-se os Warriors, último obstáculo ao sonho maior..."

José Manuel Delgado, in A Bola

Não aposto nem um cêntimo

"O dragão João Pinto é que a sabia toda quando disse que «prognósticos só no final dos jogos». Como será 2019/2020? Digo-o em Maio de 2020

Prognósticos só no final do jogo, disse um dia o dragão João Pinto. E tinha razão. Fazer previsões no futebol, sobretudo a longo prazo, é como tentar adivinhar os números do Euromilhões: costuma dar mau resultado. Em 2001 e 2002, na ressaca da passagem de Vale e Azevedo pelo Benfica, quando a equipa de futebol ficou em 6.º e 4.º lugares, respectivamente, muitas vozes negras se ergueram: «Não será campeão nos próximos fez anos!». Três épocas depois, como se sabe, se bem que na mais miserável época de um campeão nacional (65 pontos em 34 jogos), o Benfica venceu o Campeonato.

Oito anos depois, em 2013, o Sporting caiu mais baixo do que alguma vez se pensara ser possível: 6.º lugar na Liga. O clube estava sem dinheiro e a equipa de futebol tinha nomes como Pranjic, Boulahrouz, Fokobo, Viola, Rubio ou Jeddrén. As mesmas vozes que tinham pronunciado a queda do Benfica em 2001 e 2001 reapareceram: «O Sporting caiu tão baixo que nunca mais voltará a ser o que foi». Três anos depois, perderia o Campeonato por apenas dois pontos. E desde a queda de 2013 ganhou duas Taças de Portugal, duas Taças da Liga e uma Supertaça. Pouco para um clube da dimensão histórica do Sporting, imenso para quem batera no fundo dos fundos dos fundos.

Porém, como se sabe que acontece no Sporting,  fundo dos fundos nunca é o fundo. Há sempre um fundo para lá do (alegado) último fundo. E este chegou a 15 de Maio de 2018: o fundo dos fundos dos fundos dos fundos. «Nunca mais voltarão a lutar por algo grande», lançaram as mesmas vozes proféticas. Os leões tiveram, de facto, meses difíceis pela frente. Basta lançar alguns nomes para o recordarmos: Bruno de Carvalho, Sinisa Mihajlovic, Jaime Marta Soares, Elsa Judas, múltiplas rescisões de contrato e múltiplos regressos, pré-época e conta-gotas e três treinadores ao longo da época. E no final duas taças no bolso. Parece um milagre, mas, é no fundo (no caso do Sporting, o fundo do fundo do fundo do fundo), a confirmação das palavras de João Pinto: «Prognósticos só no fim do jogo». O Sporting não voltará a ser campeão? Não se sabe. O Benfica vai ganhar oito dos próximos dez campeonatos? Não se sabe. O FC Porto, perdendo Casillas, Maxi, Felipe, Militão, Alex Telles, Herrera, Brahimi e Marega, não lutará pelo título em 2019/2020? Não se sabe. Esperemos pelo fim do jogo.

O Benfica não será o mesmo se perder João Félix. Verdade absoluta. Tal como não foi o mesmo quando Eusébio (ou Simões ou Nené ou Chalana ou Rui Costa ou Simão) deixou de jogar. Não será o mesmo, mas continuará a ganhar. Tal como o FC Porto continuou a ganhar em Pedroto, Oliveira, Gomes, Jardel, Mourinho, DEco, Maniche, Baía, Villas-Boas, Falcao, Hulk ou James. E continuará a ganhar. O caso do Sporting parece ser diferente. Continuou a ganhar quando perdeu Jesus Correira, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano, continuou a fazê-lo quando se viu sem Hilário, Osvaldo Silva ou Mascarenhas, ainda o foi quando já quase só tinha Manuel Fernandes e Jordão e, finalmente, perdeu brilho quando deixou de ter Jardel, João Pinto, André Cruz, Beto, Paulo Bento. Pedro Barbosa ou Sá Pinto. Parece precisar de muito tempo para se recolocar ao nível de Benfica e FC Porto. É aqui, porém, que me lembro da frase de João Pinto: «Prognósticos só no fim do jogo». Ou, neste caso, prognósticos só no final de cada época. Se alguém quiser apostar números bem altos um como o Sporting não será campeão na próxima época, esteja à vontade. Eu, desculpem lá, não aposto um cêntimo.

Quem já viu o Manchester United ser campeão da Europa em 1999 não pode ser ousado no prognóstico. Quem já viu o Benfica ser campeão nacional com um plantel que tinha, entre outros, Alcides, André Luiz, Everson, Paulo Almeida ou Delibasic também não poderá ser ousado. Quem já viu o Liverpool virar um 0-3 com o Barcelona tem de ser comedido nas previsões. O Sporting bateu, há um ano, no fundo do fundo do fundo? Sim. Agora, apesar das duas taças, continua a lutar por sair do fundo dos fundos. Não será campeão nos próximos três anos? Assim parece. Mas eu, como diria João Pinto, não aposto nem um cêntimo."

Rogério Azevedo, in A Bola

Cadomblé do Vata (os verdadeiros culpados!!!)

"Não consigo esconder mais o embaraço que me assola, de cada vez que vejo políticos à procura de culpados para a alta taxa de abstenção, quando os mesmos estão em frente dos seus narizes. É claro como água, que se a abstenção bateu recordes, foi apenas devido aos adeptos do futebol, essa escória social que consoante as suas cores clubísticas, deitaram mão a razões fúteis para não exercer o respectivo direito de voto.
Os Benfiquistas, que há 1 semana inundaram as ruas do país, não votaram por cansaço. Há apenas 7 dias estavam embriagados de euforia, meteram o sábado de baixa para recuperação física. Foi esparramados no sofá que descobriram que a época tinha terminado e que faltavam 3 meses para o próximo jogo do Glórias. Aí, meteram baixa no domingo para recuperação psicológica. Mesmo eu, Benfiquista e Democrata, apenas votei porque quis manter intactas as possibilidades de ser Presidente da República.
Os Sportinguistas, que no sábado inundaram a rua do Estádio de Alvalade, não votaram por desconhecimento. O Sporting CP ganhou uma Taça e eles pensaram que o Mundo tinha acabado e quem sou eu para os criticar, também pensei no mesmo. E aqui de nada valeu serem um grupo de adeptos com raízes elitistas. O ópio redondo tomou conta daqueles bilhetes de identidade com apelidos de dupla consoante e origem além fronteiras e apagou das suas cabeças a cidadania.
Os Portistas, que há um ano inundaram a rua do Centro de Treino dos Árbitros, não votaram por acabrunhamento. Em Janeiro já tinham encomendado faixas para todas as competições, mandado gravar camisolas com FC Porto Campeão e feito o rendering do palco das celebrações, passaram o dia de eleições fechados num quarto escuro, perdendo a oportunidade de homenagear o seu clube e respectivos craques, substituindo no quadradinho da escolha, a cruz por uma bola, bem redondinha, igual ao número de títulos por eles conquistados em 2019."

Reconquista - Uma oportunidade para crescer

"Faz uma semana que a equipa de futebol do Benfica conseguiu a tão desejada reconquista. Este 37º campeonato acaba por ter particular importância em dois sentidos: primeiro, porque premiou a aposta em Bruno Lage, um homem da casa identificado com o projecto do clube e que implementou um futebol que promove a evolução dos jogadores; segundo, porque um eventual bicampeonato do FC Porto seria uma séria ameaça à hegemonia que temos vindo a construir nos últimos anos.
No entanto, tendo em conta as últimas duas épocas, tenho vindo a questionar seriamente qual é o investimento que deve ser necessário daqui para a frente, de modo a termos um plantel capaz de lutar em todas as frentes, um plantel a altura da dimensão do Sport Lisboa e Benfica.
É evidente que na temporada 2017/2018, a equipa começou a falhar o Penta no planeamento da temporada. O clube tinha vendido três jogadores nucleares e não arranjou jogadores capazes de os substituir no imediato. Apesar do visível desinvestimento que tanto foi falado ao longo dessa temporada, essa questão nunca me convenceu realmente porque apesar de termos gasto menos de 10 milhões de euros na compra de jogadores, perdemos o campeonato para um clube que gastou apenas um milhão de euros num guarda-redes que só fez um jogo oficial em toda a época. E ainda assim, apesar do desinvestimento, do mau arranque, e da campanha vergonhosa na Champions, o Benfica chegou a liderar o campeonato já perto do seu fim. Teve o pássaro na mão e deixou-o fugir.
A conclusão a que chego ao ter visto isso tudo, é que o condicionamento dos rivais é que levou a estrutura do Benfica a ter uma abordagem ao mercado mais leviana. A estrutura liderada por Luís Filipe Vieira terá entendido que, perante um rival intervencionado pela UEFA e outro presidido por um megalómano incapaz de ser emocionalmente estável, não seria difícil chegar ao primeiro penta da nossa história. Nada mais falso!
Dado o fracasso da época anterior, a estrutura arregaçou as mangas e abriu os cordões à bolsa. E a verdade, é que chegado o fim do mercado do Verão passado, eu dizia que ninguém podia falar em desinvestimento nem apontar o dedo à estrutura do Benfica pela abordagem ao mercado. Afinal de contas, para além do clube não ter vendido nenhum jogador influente, ainda foi buscar jogadores com provas dadas. Contratou o melhor guarda-redes do campeonato grego, o melhor marcador do campeonato ucraniano, o segundo melhor marcador do campeonato mexicano, os dois melhores defesas centrais do campeonato argentino, etc. Teoricamente, este era um plantel que cumpria os requisitos e a minha principal dúvida, era se Rui Vitória tinha unhas para tocar aquela guitarra. Porém, uma coisa é construir um plantel; outra coisa é fazer um bom planeamento da temporada e foi aí que a estrutura voltou a falhar.
Antes de mais, o plantel começou a pagar o preço de sucessivas épocas com uma preparação física completamente amadora, e a equipa continuou a arrastar-se sob uma liderança que estava visivelmente gasta e que já não era suficiente para unir e erguer aquela equipa. Nessa altura, já achava há algum tempo que os jogadores tinham deixado de acreditar nas ideias de Rui Vitória e entendiam que era preciso mais do que ele para levar o Benfica ao sucesso. Os meus receios acabaram por se confirmar e ainda foram arrastados por uma maldita luz, mas se há males que vêm por bem, cada vez acredito mais que este foi um deles.
Da mesma forma que acho que sem aquele traumatizante final da época 2012/2013 não teríamos sido Tetracampeões, acredito que esta reviravolta na temporada seja o início (ou melhor, a continuação) de uma nova história bonita em Portugal, mas também na Europa. Tal e qual como o Ajax mostrou nesta Champions que é possível competir com os tubarões por um lugar ao sol na Europa. Mas para isso, é necessário que a estrutura tenha a noção de que não se pode focar apenas na formação e que também é preciso investir quando necessário. Da mesma forma que quando se perde não significa que esteja tudo mal, quando se ganha também não significa que está tudo bem. E há muita coisa a ser melhorada.
Muita tinta vai correr nos jornais com rumores de contratações e de vendas e muitas opiniões hão-de se espalhar nas redes sociais. Mas o que eu espero acima de tudo é que os adeptos sejam lúcidos e coerentes naquilo que querem para o Benfica. Por exemplo, se os benfiquistas querem que se dê prioridade aos miúdos do Seixal, não podem andar a pedir que o clube gaste milhões em reforços de classe mundial. A mim pessoalmente, uma lição que esta época me deu foi que nos dias de hoje o rótulo de “reforço de gabarito” ou de “Reforço que entre directamente no onze titular” está cada vez mais subjectivo. Da mesma forma que Castillo e Ferreyra eram excelentes reforços no papel e não acrescentaram nada à equipa, também já houve jogadores que chegaram ao Benfica como desconhecidos e que se tornaram em jogadores de alta roda do futebol europeu.
O que é necessário acima de tudo, são jogadores que tenham o perfil e as características necessárias para encaixar no modelo de jogo da equipa, independentemente do nome e do currículo. E há também que analisar se numa determinada posição, existe alguém da formação preparado para dar o salto ou se é necessário ir ao mercado procurar alguém com o mesmo perfil. Outra coisa de que todos têm que ter noção, é que apesar de haver constantes promessas de que o jogador a, b ou c só sai pelo valor da cláusula de rescisão, é inevitável que aconteçam vendas. Mesmo que não seja neste Verão, mais ano menos ano há de haver. E é aí que está uma das provas de fogo que Bruno Lage irá enfrentar nas épocas futuras: a capacidade de se reinventar e encontrar soluções a altura das perdas. Como tal, creio que este 37, para além de ser a reconquista, é uma oportunidade para crescer. É uma oportunidade para se redimirem dos erros das últimas épocas, de modo a colocarem o Sport Lisboa e Benfica onde ele merece."

O Brasileiro Predestinado da Luz

"Romário, Ronaldo, Denilson, Rivaldo, Ronaldinho, Kaká, Robinho, Marcelo, Neymar e tantos, tantos outros. São incontáveis os talentos oriundos do Brasil, talentos puros, predestinados para o jogo da bola no pé. Craques que pouco ou nada necessitavam de treinar. A bola era sempre redonda e os relvados eram sempre o seu parque de diversões. Mal a bola colava já eles sabiam como, e onde, a iam colocar.
No Sport Lisboa e Benfica, pelo menos nas últimas duas décadas, não fomos brindados pelo deleite do predestinado brasileiro. Geovanni, Roger, David Luiz e Léo foram os grandes talentos brasileiros de vermelho e branco nos relvados da Luz no corrente século. Nenhum deles um verdadeiro predestinado.
Isto, claro, até Setembro de 2014. Ou melhor, até dia 05 de Outubro de 2014, dia em que Jonas se estreou de águia ao peito, pisou os relvados da Luz, matou a bola no peito, controlou o esférico com os pés, analisou os detalhes do terreno e ainda balanceou as redes adversárias.
Tem o talento, a visão, o conhecimento e tem a classe. Um avançado goleador que passa boa parte do jogo a construir e a ensinar. E como se não lhe bastasse o talento ainda tem a alma. Jogador de equipa, jogador que sente o clube, jogador que tudo faz para garantir o sucesso do Sport Lisboa e Benfica, seja em esforço a colmatar buracos defensivos ou seja no banco a puxar pelos companheiros e treinador. Numa época em que se viu limitado fisicamente, não podendo dar maior contributo dentro das quatro linhas, Jonas consegue, ainda assim, ser a grande figura deste Sport Lisboa e Benfica. Fez a diferença quando jogou e fez a diferença quando apoiou.
Jonas é pura inteligência e criatividade. Coloca a bola onde quer e quando quer. Temporiza o jogo como nenhum outro, percebe os movimentos como nenhum outro, finaliza como nenhum outro e antecipa como nenhum outro. Sozinho consegue resolver um jogo, sozinho consegue abrir espaços que mais ninguém vê. Sozinho consegue partir uma defesa cerrada num só passo ou com um só passe.
Jonas é o predestinado que todos temos o prazer de ver brilhar com as nossas cores. É o melhor jogador do século no Sport Lisboa e Benfica e, ainda hoje, é o melhor jogador do plantel.
Pelo seu talento, pelo seu empenho e pelo seu sentimento, não há dores que o devam tirar do plantel encarnado para época 2019-20. Quando puder jogar será o melhor. Quando puder entrar irá fazer a diferença onde nenhum outro viu uma oportunidade. Quando não puder entrar irá ensinar, orientar e inspirar.
São 137 golos. E são, principalmente, milhares de deliciosos momentos de classe no voo da águia. 
Juntamente com Samaris, Jonas deverá juntar-se a Jardel e Almeida na honra de envergar a braçadeira.
Ídolo. Predestinado. MVP.
Rei Jonas."

Quando a política é igual ao desporto

"Uma noite de rescaldo de eleições não é muito diferente da análise à conquista de um campeonato

Antigamente, todos os partidos ganhavam, mas agora é muito diferente, ou não... pois passaram a definir-se objectivos por patamares de desempenho e assim sempre conseguem ganhar alguma coisa. No desporto chamam-lhes de vitórias morais, que é uma espécie de fracasso, mas com atenuantes, porque há uma desculpa qualquer, normalmente de causalidade externa, que originou o insucesso. Associada aos objectivos está a gestão das expectativas, outra forma de vencer alguma coisa; se diziam que íamos ser sextos e acabamos quintos, é porque não foi assim tão mau.
Na noite eleitoral de ontem, em particular, a abstenção bateu recordes e foi o facto mais comentado. Também no desporto estamos habituados a isso. As pessoas que não vão votar são as mesmas que passam o ano a criticar o desempenho da sua equipa, que querem que o treinador seja despedido todas as semanas, mas que não pagam as quotas de sócio há três anos, já não vão ver um jogo há mais de dois e nunca foram a uma assembleia geral sequer. Criticam tudo e todos, mas alheiam-se de participar ou contribuir. Ainda sobre a abstenção, ou sobre um penálti por assinalar em Setúbal, claro que a maior fatia de responsabilidade tem de ser dos desgraçados dos jornalistas...
Depois também há os comentadores, que aprendi a respeitar, pois os que dizem coisas com interesse são pessoas que investem tempo em estudar e a preparar-se. Como em tudo na vida, também há os outros, cujo principal objectivo é o de fazer sangue à primeira sondagem, ou ao primeiro "frango". 
Outro momento típico das celebrações, clubísticas ou partidárias, é quando alguém se lembra de estragar o momento da comemoração e pedir ao líder: "Nas legislativas vai ter de ser maioria absoluta". Que é como quem diz: "Ó mister, para o ano vai ter de ser o campeonato e a taça".
Quem venceu as eleições saiu para a rua a festejar, com o mesmo sentimento de quem ganhou um campeonato. Quem realmente sentiu que perdeu, sofre. Sofre pelas expectativas goradas, pelo tempo que empenhou e pelas pessoas que conseguiu comprometer para o projecto. Temos ainda o hábito de sofrer pela visibilidade pública do fracasso e das suas implicações no futuro. Mas nesse caso é um exagero, pois da mesma forma que não magnificamos o sucesso, também não perdemos tempo a memorizar quem ficou em terceiro lugar numas eleições ou num campeonato de qualquer modalidade.
Há um aspecto em que a competição político-partidária pode ser exemplo para o desporto, que é o da lealdade até ao fim. O líder que aparece para dar a cara e assumir uma derrota, de semblante carregado, é normalmente acompanhado por fiéis seguidores e apoiantes que naquele momento não o abandonam. Num gesto mais ou menos sincero, a verdade é que o líder não sofre a solidão da derrota que habitualmente um treinador sofre. Nós, treinadores, vamos dizendo que quando a equipa ganha, ganhamos todos, e quando uma equipa perde, perco eu, mas a verdade é que quem nos abandona nesse momento não merecia fazer parte da equipa."

Os homens do título: André Almeida, o lateral com a mira afinada

"Apenas três homens fizeram mais assistências do que o lateral direito do Benfica no campeonato. Aos 28 anos, o homem que celebrou os dois golos na liga inspirado no Pai Natal e Rocky Balboa é uma das referências na Luz.

Poucos sabiam quem era quando chegou à Luz, em Abril de 2011, com cara de menino. André Almeida, para muitos o “almeidinhos”, era internacional sub-21, jogava no Belenenses e até era comparado com outro homem do Restelo (Rúben Amorim), por ser médio de origem e dar um cheirinho a lateral direito. Estes anos todos depois, é um dos futebolistas mais utilizados e um dos que leva a pesada braçadeira do Benfica no braço. Do lado dos encarnados, apenas Vlachodimos e Grimaldo tiveram mais minutos do que o defesa na liga.
Aprendeu as coisas básicas do jogo pelos campos do Loures, Alverca e Belenenses (pelo meio passou um ano nos infantis do Sporting). Aos 28 anos, é uma das referências do Benfica, com cinco campeonatos, quatro Taças da Liga, duas Taças de Portugal e uma Supertaça no bolso. Diz-se que a Premier League quer um pedaço desta forma de viver o futebol. Quem sabe aquele dito popular “alma até Almeida” seja mais feliz e menos acaso do que pensávamos...
Mas, formalidades pelo retrovisor, estamos aqui para despir o que dizem os números da Goal Point sobre o lateral direito do Benfica que, nos últimos tempos, só teve mais problemas quando concorreu com Nélson Semedo, actualmente no Barcelona. No total, foram 2911 minutos em campo (33 jogos). Marcou dois golos (em 22 remates), com direito a celebração com nota artística: se no primeiro, com o Sp. Braga, fez de Pai Natal e enterrou o saco das prendas aos pés do menino feliz Jonas, no segundo, em Santa Maria da Feira, armou-se em Rocky Balboa na bandeirola de canto.



Quanto a assistências, o '34', que também passou pelo União de Leiria, assinou 11, sendo que 10 delas foram em bola corrida (apenas Pizzi [18], Bruno Fernandes [13] e Grimaldo [12] fizeram mais no campeonato). Quanto aos famosos key passes, os passes para finalização, foram 38. É um lateral amigo dos avançados, digamos assim.
Bom, mas André Almeida ainda é defesa, por isso olhemos para os dados relativos ao desempenho defensivo. O internacional português, que jogou o Campeonato do Mundo no Brasil (2014), executou 167, 55 e 16 acções defensivas no primeiro terço, no terço intermédio e no último terço, ou seja lá mais à frente, perto da baliza adversária.



Almeida assinou ainda 61 desarmes (42 completos), interceptou 41 bolas e bloqueou cinco remates, 20 cruzamentos e 30 passes e ainda recuperou a posse de bola em 138 ocasiões. Para os menos românticos, aqui está um dado que mostra que o futebol nem sempre está para frescuras: 81 alívios. Para compensar, um dado que revela que a cabeça está sempre a funcionar neste jogo: André Almeida provocou seis foras-de-jogo ao adversário. Para finalizar, o lateral ganhou 68% dos 103 duelos aéreos defensivos. Todas estas pequenas batalhas traduziram-se em seis cartões amarelos e zero vermelhos. 
Almeida, que em boa hora deixou o atletismo para apostar no futebol quando era miúdo, é um daqueles futebolistas que celebram um corte, que vociferam por outras coisas para além de golos. É dos que os adeptos gostam. E ele, um rapaz de fé que nunca deixa de mencionar a família, soube calçar as botas para essa caminhada."

Os homens do título: Rafa, o extremo dos golos essenciais

"Durante duas longas temporadas, os adeptos do Benfica pensaram que Rafa tinha perdido o jeito para o golo. Este ano, o campeão da Europa de 2016 veio provar que não e marcou mesmo alguns dos golos mais importantes da equipa na reta final do campeonato. E ainda deu uma mãozinha na defesa. 

decorria a época 2016/17 quando o Benfica acertou a contratação de Rafa ao Sp. Braga, depois de uma bela época do atacante, em que marcou um total de 12 golos, o que lhe valeu uma convocatória para o Euro’2016.
Mas no Benfica, a boa relação do extremo com o golo viveu momentos de crise. Na primeira época na Luz marcou 2 golos, na segunda só mais um. Rematava muito, marcava pouco e parecia atemorizar-se sempre que via um guarda-redes pela frente - os mais de 16 milhões de euros pagos pelo Benfica foram desde cedo questionados.
O início desta temporada não augurava nada de novo para Rafa, ainda que, mesmo utilizado intermitentemente por Rui Vitória, rapidamente ultrapassou o registo de golos na época: ainda na vigência de Vitória, já o extremo levava oito remates certeiros em todas as competições.
Com Bruno Lage tornou-se uma certeza no onze: marcou mais 13 golos, todos eles no campeonato e alguns deles de vital importância. Como aquele que deu a vitória ao Benfica no Dragão na 24.ª jornada ou os dois golos iniciais com que desbloqueou um encontro com o Portimonense que estava a tornar-se complicado para os encarnados.
Foi uma recta final de luxo para Rafa, que marcou nas últimas quatro jornadas - provavelmente neste momento já ninguém discute o seu preço.
Até porque as estatísticas nos dizem isso mesmo. Muito se tem falado que Seferovic é o terceiro jogador que menos minutos precisa para marcar nos campeonatos europeus, mas Rafa aparece em 5.º nessa lista, em igualdade com o 4.º, Iago Aspas do Celta. Ambos precisam apenas de 111 minutos para marcar um golo.
Em 1895 minutos jogados na Liga, Rafa marcou então um total de 17 golos, 14 com o pé direito e 3 com o esquerdo. Todos eles na grande área. Distribuiu ainda duas assistências, além de ter criado 12 ocasiões flagrantes. Com 58 remates, tem uma conversão de 29,3%, o que faz dele o mais eficaz entre os elementos do ataque do Benfica.
Mas não foi só virado para a baliza que Rafa foi uma peça importante para o Benfica campeão. É o 4.º jogador da Europa com mais ações defensivas no último terço, o que atesta bem o seu papel no primeiro momento defensivo dos encarnados."

É mesmo assim

"As nossas recordações mais antigas têm o efeito perverso de criar uma ilusão de eternidade em relação a fenómenos circunstanciais e passageiros. Para quem, como eu, nasceu no final da década de 70, a figura do Papa confunde-se com João Paulo II de tal forma que, ainda hoje, até eu que não sou católico, vejo aqueles que o sucederam como meros funcionários da Igreja, para não dizer usurpadores, apesar de todo o mistério eclesiástico dos enclaves e o ritual sagrado do fumo branco. 
Chegamos ao mundo e o mundo tal como o vemos parece ter existido assim desde sempre. Quem seria capaz de me convencer, aos nove anos, que aquele curioso partido da balança estaria condenado a um rápido desaparecimento ou que era possível substituir os gelados da Olá por razões comerciais? À pequena escala do meu mundo, como é que eu poderia adivinhar que o Bazar Namibe, explorado pelo Sr. Ivo com as suas longas barbas brancas de Pai Natal e onde se vendiam carrinhos de brincar, estalinhos e cigarros avulsos, viria a fechar um dia? Como não conhecíamos o princípio das coisas julgávamos que não teriam um fim, que toda a realidade era inquestionável e imutável como os dias da semana, os meses e as estações do ano.
Alguém disse um dia que é entre os sete e os dez anos que somos mais fanáticos por futebol, que nessas idades se define o nosso amor por um clube e se estabelece uma lealdade que, em circunstâncias normais, perdura para o resto da vida. Ora, a primeira final da Taça de Portugal de que me lembro é a de 1985, em que o Benfica venceu o Futebol Clube do Porto por 3-1. Recordo-me não de ter visto o jogo, mas de ter ouvido o relato na rádio. Curiosamente, não me lembrava dos autores dos golos do Benfica, mas sabia que o golo do Porto tinha sido marcado por Paulo Futre.
Nos dois anos seguintes, o Benfica voltou a conquistar a Taça. A de 1987 está tão viva na minha memória como se tivesse sido ontem. Lembro-me de, nesse domingo, ter feito um bolo de amêndoa com a minha mãe, lembro-me dos golos de Diamantino, sobretudo do golo de livre, e lembro-me de, pela primeira vez, ter ouvido essa palavra mágica, a “dobradinha”. Eu não poderia saber, mas essa foi a última vez em que o Benfica conquistou a taça em anos consecutivos. Também me recordo bem da final de 89 contra o Belenenses e da desilusão amarga pelo fantástico golo de Juanico. E como esquecer a final de 93 contra o Boavista com um Benfica de sonho a caminhar para o abismo e uma exibição imperial de Futre, o mesmo que tinha marcado aquele longínquo golo na primeira final de que me recordo?
Nessa altura, marcado pelas primeiras recordações, eu ainda acreditava que uma final da Taça só era a sério quando o Benfica chegava ao Jamor e que as outras, como a de 90 entre os “pequenos” Estrela da Amadora e Farense ou a de 91, em que festejei o golo insuficiente do egípcio Abdel-Ghany contra o Porto, eram acidentes cósmicos, falhas momentâneas na organização do universo e que seriam corrigidas assim que o Benfica voltasse a garantir o lugar que eu lhe julgava devido na grande festa da bola. Como eu estava enganado! Como eu era ingénuo! A partir daí, chegar ao Jamor passou a ser uma epopeia e uma improbabilidade. Para piorar tudo, a anteceder uma seca de finais de oito anos, houve aquela vitória triste contra o Sporting, marcada pela morte de um adepto, naquele que foi o momento mais baixo e mais vergonhoso do futebol português.
Mas – e é esta a força das primeiras recordações – nem as desilusões dos anos seguintes, nem a maturidade que as mesmas significaram, apagaram a convicção de que uma final no Jamor só é a sério quando o Benfica chega lá. No sábado, sentado num bar em Aveiro a assistir ao jogo, vi logo que faltava ali alguma coisa. Estavam duas equipas, árbitro, adeptos, Presidente da República e outros dignitários. Pelo que pude ver, até havia uma bola em campo (bastante maltratada, diga-se). Os sportinguistas, com uma esperança cautelosa, desejavam concluir uma época com dois troféus pela primeira vez em mais de dez anos. Os portistas viam na Taça o magro consolo de uma época que, como dizem os judeus sobre a tentação, foi doce no início e amarga no fim.
Para mim, claro, faltava lá o Benfica. Ganhar o campeonato e não estar no último jogo do ano é como acabar um curso e não receber o diploma. É aquela sensação de nos termos esquecido de alguma coisa quando saímos de casa. Por isso, um dos momentos mais tristes em qualquer época, independentemente do que se faz no campeonato ou nas competições europeias, é quando se fica com a certeza de que não estaremos no Jamor. A partir daí, sabemos que caberá a outros a honra de encerrar a época e resta-nos, à laia de consolo, a alegria perversa de rejubilarmos com a derrota de um rival, quando se enfrentam os outros grandes, ou com o triunfo de um David, como aconteceu no ano passado.
Ao ver outras equipas a entrar no relvado naquele estádio o meu coração afunda-se em tristeza. E dói mais por ser no Jamor. Se, como alguns defendem, a final se realizasse num desses estádios anódinos em Aveiro ou no Algarve, não me custaria tanto. Era como se a Taça não fosse bem a mesma Taça, a Taça das minhas primeiras recordações. Haverá bons e maus motivos para mudar a final de estádio, mas a mim custa-me conceber outro cenário para a festa. É o cenário, amigos, aquele cenário, que dota a final de uma dimensão épica, que empresta a um Estrela da Amadora-Farense, a um Sporting-Leixões, a um Porto-Beira-Mar ou a um Benfica-Vitória de Setúbal, um sopro de grandeza intemporal. É como jogar nas ruínas do Coliseu de Roma ou representar o Rei Édipo no teatro romano de Mérida.
Quanto ao jogo, dizem que o Porto foi superior e que o Sporting ganhou nos penáltis, o que não deve ter surpreendido ninguém. No final, Sérgio Conceição recusou-se a cumprimentar o presidente do Sporting, em mais uma demonstração azeda de mau perder, que alguns defendem com o fraco argumento de que o treinador do Porto não é hipócrita, que ele é mesmo assim. Já escrevi aqui que um pouco de mau perder é saudável e não fica mal a ninguém. Porém, a ostensiva recusa em cumprimentar o adversário é sempre censurável, por muito injusta que seja uma derrota. Desculpar o comportamento de Sérgio Conceição com o “ele é mesmo assim” faz-me lembrar uma velhinha crónica de Miguel Esteves Cardoso intitulada “Assim”. Escrevia o cronista sobre o hábito, ainda hoje em vigor, de os futebolistas justificarem tudo o que acontecia em campo com a inviolável afirmação de que “o futebol é mesmo assim.” Esse hábito futebolístico ter-se-ia estendido a outros domínios da vida portuguesa: “Este romance é incompreensível, mas a literatura é mesmo assim” ou “o bacalhau espiritual sabia a peúgos de nylon embebidos em gasolina mas, em última análise, quem ganha é a gastronomia, porque a alta culinária é mesmo assim.” Já todos sabemos que Sérgio Conceição é “mesmo assim”, o que não invalida que a sua reiterada azia e falta de desportivismo tenham o distinto sabor a peúgos de nylon embebidos em gasolina. É mesmo assim e quem perde é Conceição. Outra vez."

Pelo Benfica!

"Uma semana depois, a Reconquista entra em tempo de balanço final. E, mais do que a caminhada que nos levou a essa Reconquista, é fundamental aqui lembrar a forma como o Benfica, os seus dirigentes, os seus técnicos, os seus jogadores e os seus adeptos festejaram a chegada do 37.º título de Campeão Nacional.
Respeito em todos os momentos e em todas as circunstâncias. Do primeiro ao último discurso. Da primeira à última intervenção pública dos Heróis da Reconquista. O emblema do Benfica, como o Presidente Luís Filipe Vieira tem sublinhado, “está acima de tudo”. E foi esse sentimento superior que orientou todos os festejos da última semana. Foi assim no balneário do Benfica. Foi assim no palco do Marquês. Foi assim na Câmara Municipal de Lisboa.
Foi assim nas diversas entrevistas que dirigentes, técnicos e dirigentes concederam nos últimos dias. 
O próprio vídeo promocional da Reconquista apela a valores que são, para nós, intocáveis: ‘Ganhar Pelo Benfica’ e não contra quem quer que seja. Campeões dentro e fora do campo.
As Reconquistas projectadas para 2018/19, no entanto, ainda não terminaram. No futebol de formação, os juvenis conseguiram um excelente resultado na última jornada (vitória por 3-0 no terreno do FC Porto) e estão em excelente posição para chegar ao título de campeão nacional.
Nas Modalidades também há boas notícias. No Basquetebol, frente ao FC Porto, estamos em vantagem por 2-0 na meia-final do playoff e, portanto, a apenas uma vitória da qualificação para a final. No Futsal, após o último triunfo frente ao Fundão, já garantimos a presença na final do Playoff – que será frente ao Sporting, a partir da próxima 6.ª feira.
Em Espanha, o Atletismo do Benfica conseguiu a medalha de bronze na Taça dos Clubes Campeões Europeus, no mesmo fim de semana em que o nosso canoísta Fernando Pimenta conquistou, para Portugal, duas medalhas de ouro na Taça do Mundo de Velocidade.
Uma palavra final para o voleibol feminino do Benfica que, em ano de regresso à competição, conquistou o título de campeão nacional da III Divisão. O caminho faz-se caminhando. Parabéns!"

As Finais não são para jogar... são para ganhar!

Benfica 7 - 3 Fundão

Não foi fácil, mas já está!!!
É verdade que o adversário, apareceu completamente 'transformado' neste fim-de-semana, mas cometemos alguns erros 'parvos' nestes dois jogos! Não podemos sofrer golos na Final, da mesma forma como sofremos nestes confrontos com o Fundão...

Agora, é ter cabeça e força, sem complexos e com toda a ambição do Mundo. Nos últimos confrontos directos temos ganho a grande maioria, só os penalty's têm sido madrastos... É para ganhar!



PS1: Na Polónia na Taça do Mundo de Canoagem, no K4 500m, os benfiquistas João Ribeiro e Messias Baptista, ficaram com o Bronze...
O nosso Fernando Pimenta foi vitima de 'sabotagem' no K1 5000m e não alcançou o 'triplete' habitual... Muito estranho numa prova da Taça do Mundo ser permitido acções deste tipo, claramente premeditadas!

PS2: Parabéns às nossas meninas do Voleibol, que se sagraram hoje Campeãs Nacionais da III Divisão, completando assim uma época perfeita. No primeiro ano de competição após longa paragem a secção fez a sua obrigação. Agora para o ano a competitividade será maior, mas o objectivo é mesmo... Ganhar tudo!

PS3: Em Espanha, a nossa secção de Atletismo acabou por ficar em 3.º lugar na Taça dos Clubes Campeões Europeus de Pista. Após as manobras de bastidores promovidas pelos Espanhóis, banindo o Pichardo nem havia muita vontade em participar, mas...
Além do PPP, a ausência de mais alguns dos nossos atletas de Top, impediu lutarmos pelo o lugar mais alto do pódio... mas sem a queda do Kader nos 100m barr. e com o Pichardo tínhamos sido Campeões!
Adiámos assim mais um ano o grande objectivo, com o David Lima, com o Raidel (a 100%) e com o Pichardo é possível...

6.º 100 metros, José Lopes, 10,50 segundos
1.º 100 metros extra, Ricardo de Souza, 10.31 seg.
7.º 200 metros, Frederico Curvelo, 21.32 seg.
4.º 400 metros, Ricardo Dos Santos, 47.91 seg.
5.º 400 metros barreiras, Diogo Mestre, 52,54 seg.
2.º 800 metros, Marcin Lewandowski, 1:48.56 min.
2.º 1500 metros, Marcin Lewandowski, 3:45.76 min.
1.º 3000 metros, Edward Zakayo, 7:53.88 min.
2.º 3000 metros obst., André Pereira, 8:49.67 min.
1.º 5000 metros, Edward Zakayo, 13.53,01 min.
2.º 4x100 metros, José Lopes, Frederico Curvelo, Delvis Santos e Mauro Pereira. 40.36 seg.
2.º 4x400 metros, Ricardo Dos Santos, Mauro Pereira, João Coelho e Raidel Morales, 3:07.27 min.
1.º Salto em comprimento, Marcos Chuva, 7.75 met.
7.º Triplo Salto, Júlio Almeida, 15.04 met.
3.º Salto em altura, Paulo Conceição, 2.13 met.
1.º Lançamento do peso, Francisco Belo, 19.73 met.
5.º Lançamento do disco, Francisco Belo, 57.94 met.
4.º Martelo, António Vital e Silva,  66,20 met.
2.º Lançamento do dardo, Leandro Ramos, 77.52 met. (Recorde Nacional)