segunda-feira, 22 de abril de 2019

450 minutos

"A 30.ª jornada da Liga encerra esta noite na Luz e ao Benfica só a vitória serve para poder continuar na liderança do campeonato e a depender apenas de si próprio para consumar a Reconquista. 
Depender de si próprio é depender do seu trabalho, da sua qualidade, do seu empenho, da sua inspiração, do seu rigor e do apoio dos seus adeptos. É disto que o Benfica depende e de rigorosamente mais nada.
A pressão de ganhar, essa, nunca desaparece. Claro que estamos todos conscientes da importância do momento. Entrámos na “recta final” e, com apenas 5 jornadas para disputar, os pontos são cada vez mais preciosos.
Por isso é que é um privilégio estar em 1.º lugar. A margem de erro é curta, mas é ainda mais curta para quem não está na liderança. O Benfica recuperou 7 pontos em relação ao seu principal rival desde Janeiro até esta 30.ª jornada. Uma caminhada fantástica, de grande seriedade e de grande compromisso – a que queremos dar continuidade.
É fundamental, para isso, que todos continuemos alerta: jogadores, treinadores, dirigentes e adeptos. Foco total no jogo, prioridade ao que acontece no relvado, máximo respeito pelo adversário.
Há algumas semanas que o Benfica entrou em modo de ‘final a final’. Com a meta cada vez mais perto, a lógica é que, dentro de cada uma das ‘finais’, todos as possamos viver intensamente. Minuto a minuto! Faltam 450. Vamos a isto.

PS: Excelentes espectáculos e excelentes resultados no Futebol Feminino e também no Voleibol. Em Braga, no velhinho 1.º Maio, as jogadoras do Benfica conseguiram inverter a derrota da 1.ª mão, na meia-final da Taça de Portugal, e conquistaram com inteiro brilhantismo o direito a estar no jogo decisivo do Jamor. A equipa do Sp. Braga foi uma digna vencida nesta eliminatória de alta qualidade. No Voleibol, o Benfica venceu o terceiro jogo frente ao Sporting e está agora a liderar a final por 2-1. Boas notícias que o fim de semana de Páscoa nos trouxe. Ainda nada está ganho, mas ficámos mais perto."

É sempre uma questão de intensidade

"O Benfica saiu da Liga Europa como saiu da Taça de Portugal, deixando no ar a ideia nefasta de que não fez tudo o que podia e devia para evitar a exclusão. Faltou-lhe um golo em Alvalade e faltou-lhe um golo em Frankfurt para afastar o Sporting e o Eintracht e em ambas as ocasiões, faltou-lhe, sobretudo, praticar um futebol que expressasse de modo incontestável a vontade de seguir em frente numa e na outra competição. E foi isso que não aconteceu. ou que, pelo menos, não se viu. E não se tendo visto os indícios de uma atitude suficientemente competitiva da equipa de Bruno Lage, contra adversários que, com todo o respeito, não eram sequer do outro mundo, compreende-se a insatisfação dos adeptos perante estes desaires por margens tangenciais e perante a flagrante minimização da intensidade posta em campo no jogo com os rivais da Segunda Circular e, depois, no jogo com os alemães na última quinta-feira.
No que diz respeito ao campeonato português, o que não faltou ao Benfica para recuperar sete pontos ao FC Porto e para ganhar em Alvalade e no Dragão foi, justamente, uma enorme dose de intensidade aplicada ao longo de uma série de jogos que o conduziram ao topo da tabela para surpresa de muita gente. Surpresa também para os seus adeptos que, racionalmente, deram a questão do título como perdida em Janeiro quando a equipa, ainda a cargo de Rui Vitória, saiu de Portimão derrotada com contornos de originalidade tendo em conta que os golos da equipa algarvia foram marcados por jogadores do Benfica na sua própria baliza. Mais original do que isto, de facto, é difícil.
A transposição do Benfica intenso, vibrante e competitivo do campeonato para o Benfica da Taça de Portugal e da Liga Europa não se verificou. A fúria de Seferovic, no fim do jogo de Frankfurt é o retrato da insatisfação dos adeptos. E, agora, a equipa de Lage só terá perdão se conseguir segurar a liderança nas cinco jornadas que faltam para o fecho da discussão do título nacional. A multidão é cruel, como se sabe, e se o Benfica não for o próximo campeão de nada valerá aos mais conciliadores recordar a sensacional recuperação do Benfica na Liga e a bela exibição contra o Sporting na 1ª mão da meia-final perdida nem o facto de, ao contrário do Real Madrid e da Juventus, o Benfica ter cometido a proeza de não ter perdido em casa com o Ajax. "Agora não é hora de apontar o dedo a ninguém", disse Bruno Lage em Frankfurt. Falou bem o treinador do Benfica e não terá sido apenas em legítima defesa que disse o que disse. Lage sabe, como qualquer um de nós, que ganhando o Benfica o campeonato haverá milhões que lhe elogiarão a sagacidade de se ter visto livre dos incómodos da Taça de Portugal e da Liga Europa em momentos cruciais da definição da temporada. 
Poderá até não ser verdade mas, francamente, foi o que me pareceu."

Leonor Pinhão, in Record

Primeiro lugar garantido...

Braga 0 - 4 Benfica

Última jornada, da fase regular, com um 'presente envenenado', obrigando o Benfica a ganhar em Braga para manter a vantagem para a mais que provável Final dos Play-off's com a Lagartada!!!

Jogámos muito bem, voltámos a falhar na concretização... o 1.º golo tardou!!!

Agora, começa o 'campeonato' a sério, com o Eléctrico de Ponte de Sor... equipa que deu sempre muito trabalho nos jogos 'grandes'!!!



PS: Enquanto os masculinos jogavam em Braga, na Luz, as nossas meninas tinham um jogo decisivo, com um contexto, digno da Epopeia!!!
O Benfica foi convidado a participar num Torneio em Espanha, uma autêntica Champions Feminina... As raparigas 'mereciam' estar presentes! Não ganhámos, mas dignificámos o emblema, 'perdendo' nas meias-finais nos penalty's...
Resumindo, jogámos 4 jogos em Espanha numa semana... Ontem fizemos a viagem de regresso, tendo chegado a Lisboa já de madrugada... e hoje, jogámos contra a 2.ª melhor equipa nacional!!!
Isto porque os dirigentes do Novasemente, não aceitaram o adiamento do jogo!!!!!
Concluindo: vencemos 3-2, contra uma boa equipa, e uma equipa de arbitragem desastrosa... Na garra, no suor, no sacrifício...
Parabéns... mas ainda não acabou!

Páscoa: humildade e responsabilidade

"A reconquista afirma-se nos relvados e contagia-se com uma comunicação que não precisa ser diária nem constante

1. Hoje é Domingo de Páscoa. Onde conjugam e combinam as palavras humildade e, também, responsabilidade. E, ainda, disponibilidade. Mas sabemos que as religiões estão repletas de feitos épicos, muito sangue e sofrimento. Cheguemos ao futebol. Para muitos uma quase religião! Com a derrota do Benfica na Alemanha - merecida! - e do Futebol Clube do Porto no Dragão - também merecida! - o futebol português ficou afastado das meias-finais das duas competições europeias de clubes. Fica a clara satisfação para as tesourarias de ambas as sociedades desportivas, já que realizaram as maiores receitas de sempre. Acredito que no total ambas as sociedades arrecadaram mais de cento e sessenta milhões de euros, com a equipa de Sérgio Conceição a ganhar naturalmente mais euros. Mas os números são implacáveis nos oito melhores! A Inglaterra tem quatro equipas (50%) nas meias-finais. A Espanha duas (25%) e, depois, a grande surpresa da época, o Ajax, e igualmente o Eintracht de Frankfurt. Olhando para o ranking da UEFA, os dois primeiros países - Espanha e Inglaterra - claramente dominam. Depois surge o clube alemão que afastou a equipa de Bruno Lage - e a Alemanha está no quarto lugar do ranking - e o Ajax que, aliás, em termos de valor, custa meio Ronaldo, ou seja 50 milhões de euros. A derrota na Alemanha, merecida, apesar do grave erro de arbitragem, implica que não ignoremos que o Benfica está a a sofrer nos últimos dois golos por jogo. O que é algo que importa analisar e estudar agora que toda a concentração - e acrescento toda a responsabilidade - se virou para a reconquista da nossa Liga. Agora cada jogo na Liga é mais do que uma final. Tem de continuar a haver total entrega e sem que haja desculpas para o objectivo desta época. A prioridade assumida exige que se analisem erros individuais, se suscitem momentos de forma de certos jogadores e, sem contemplações, a estrutura de comunicação do Benfica promova e efectiva humildade e afaste permanentes deslumbramentos. A reconquista afirma-se nos relvados e contagia-se com uma comunicação que não precisa de ser diária nem constante. É que nestas finais que restam, a começar na de amanhã frente a um acossado Marítimo, o Benfica, este Benfica, tem de combinar humildade com entrega, fé com vontade, disponibilidade total com inequívoca responsabilidade. Nos tempos que correm importa lembrar que nada se ganhou. E já se perdeu a Taça da Liga e a Taça de Portugal. E, agora, também a Liga Europa, onde encontraríamos um Chelsea que quer chegar à Liga dos Campeões conquistando a Liga Europa. Tal como digo-o, o Arsenal. Sem esquecermos o Valência, já que, de verdade, não acredito que o Frankfurt consiga ultrapassar a equipa de Maurizio Sarri. Daqui a um mês quero terminar esta época em verdadeira unidade mas sem unidade, em beleza. Sabendo que toda a equipa, técnicos e jogadores, quer dar uma imensa alegria a todos os benfiquistas e a todos aqueles que sentem, na emocional razão, o Benfica. Como o Tiago, que solicitou uma folga extraordinária ao patrão - que torceu o nariz - e que fez de autocarro, envergando a camisola do seu ídolo de sempre Rui Costa, seiscentos quilómetros - de Sierre na Suíça à cidade capital financeira da Europa - e que, de noite, regressou ao seu pequeno apartamento e marcando já um voo para estar presente no jogo final do seu Benfica e marcar presença no Marquês de Pombal. E o Tiago - e todos os outros Tiagos e Luíses, Vandas e Carlas - tem sempre presente uma frase que o meu querido e saudoso Senhor Artur Semedo me pediu para nunca esquecer: «O Benfica nunca perde. De vez em quando é que não ganha!» E como nos legou T. S. Eliot, «a única sabedoria que uma pessoa pode esperar adquirir é a sabedoria da humildade». E como escreveu Jean-Paul Sartre, «não fazemos o que queremos, e, no entanto, somos responsáveis pelo que somos: eis a verdade»! E, assim, na verdade dos números se constrói a reconquista. De uma Liga que Bruno Lage merece, que os benfiquistas ambicionam e que o Benfica, num imenso voo da águia, agarrará. Perdoando a alguns que lhe fizeram mal e a outros que, na sua imensa solidão, não entendem a dimensão de uma identidade que está para além deste concreto presente.

2. Só falta o jogo de amanhã na Liga NOS para terminar mais uma jornada. Em razão deste domingo de Páscoa - e nunca esqueço que nasci num lindo Domingo de Páscoa - já se disputaram oito jogos da jornada trinta. Há, assim, ainda doze - ou quinze - pontos em disputa e, acredito, a disputa vai ser difícil, complexa e jogada em muitos tabuleiros. Mesmo muitos. E, aqui, na minha modesta opinião - e só os homens calados é que não erram! -, o silêncio é ouro. E de ouro. E ouro é reconquista!

3. Sei bem que nos faltou - rotundamente falhou! - o VAR na Alemanha. Com ele não haveria o um a zero. E a história do jogo poderia ser bem outra. Como houve muito VAR - mesmo muito! - nos jogos da Liga dos Campeões. No Dragão validou um golo. Em Manchester não vimos uma repetição, bem evidente, do golo de Fernando Llorente que levou o City, e os seus 60 milhões de euros em aquisições, a ficar, uma vez mais - e pelo terceiro ano consecutivo - fora das meias-finais da Liga dos Campeões. E, em sentido contrário, o nosso Cristiano Ronaldo, no meio de uma incapaz Juventus, viu-se afastado, pela primeira vez em largos anos, se uma presença numa meia-final da competição ais emblemática do futebol mundial. E agora ao City, ao Liverpool, ao Tottenham, ao United, ao Chelsea e ao Arsenal faltam, na liga interna, seis finais. O Arsenal é o único que não tem de defrontar nenhum dos direitos antagonistas. E ambiciona com a Liga Europa chegar à Liga dos milhões. E com a consciência que, em tempo de Brexit, o futebol inglês pode conquistar a Europa. Sinais de tempos controversos e... sem que se possa ignorar, como é habitual e bem consciente, o Barcelona de Messi e companhia. Incluindo o nosso Nélson Semedo. Mas, aqui, sente-se, e pela Catalunha do futebol - e em vésperas de eleições legislativas em Espanha -, ao contrário do que ocorre em Paris e no PSG, humildade e responsabilidade. Mas sempre com o futebol a apertar os nossos corações e com uns com fartas comemorações e outros com dolorosas desilusões. Como o nosso Tiago. É a vida com o seu prazer e a sua dor. Mas sempre a vida. A vida vivida. Que não se repete. A na Madeira o que ocorreu, num instante, foram 29 vidas que se perderam. E como Louis Aragon nos disse, «a vida é um viajante». É mesmo!

4. (...)"

Fernando Seara, in A Bola

Quem é Tiago Brito ?!!!

"Em dia de Páscoa, decidimos trazer um folar para todos. E o folar tem um nome: Tiago Brito.
Tiago Brito é um Super Dragão e é amigo de Fernando Madureira, mais conhecido por Macaco. Mas não é só isto, pois não? Não, não é.
Tiago Brito trabalha para a Guerin e tem acesso a um sistema de aluguer de carros chamado Rent Way. Através deste sistema, consegue aceder à informação que consta registada na base de dados. Se existirem dúvidas relativas à nossa investigação, podem perguntar ao próprio Fernando Madureira, que não se inibiu de deixar o seu Panamera estacionado em frente à Guerin, dando as chaves a Tiago Brito e arrancando posteriormente com um carro da Guerin.
Mas não nos ficamos por aqui. Tiago Brito faz ainda parte do Staff Técnico do Clube Futebol Canelas, sendo ele o treinador de guarda-redes.
Conseguem ver algum fio condutor, ou será que estaremos perante o caso do E-Coincidência?
Uma boa páscoa a todos, a equipa do Polvo das Antas."

Manipulações...!!!

"É desta forma, apenas mais um exemplo, de como tudo tem funcionado nestes últimos 2 anos. Peões amestrados, com lugares de destaque e influência, usados para manipular e criar as narrativas de interesse da Torre das Antas.
Bernardo Ribeiro, Director de Record, assumido e fanático sportinguista, é apenas mais uma dessas figuras, que a julgar pela recente promoção, tem conseguido corresponder com excelência à voz do dono. E quando não se tem vergonha, a desonestidade não conhece limites.
Por muito que tentem manipular as massas e criar cortinas de fumo, a verdade é só uma: A Fuga De Informação das nomeações dos árbitros está bem identificada. Veste de azul e tem crime organizado no nome.
O Jornal Record deveria ter mais respeito pelos seus leitores, não omitindo as fontes (documentadas) que originam as `tais previsões´, criando e fomentando uma narrativa falsa e que não corresponde minimamente aos fatos que estão à vista de todos.
Qual o objectivo? Apenas incompetência ou algo mais?"

Mantorras e aquele inesquecível 4-3 ao Marítimo



"Já é um clássico e todos os Benfiquistas já se habituaram: em todos os anos que o Benfica é campeão, é-o sempre com imenso sofrimento e nervos nas jornadas finais. Talvez um dia vivamos o Benfica a ser campeão com imensos pontos de avanço, mas ainda não vai ser este ano. Em 2004/05 ainda era pior, porque estávamos a tentar quebrar a mais longa seca de títulos do clube, havia que terminar com aqueles agoniantes 11 anos entre 1994 e 2005. Numa das jornadas finais (a 27ª, para ser mais preciso) recebemos o Marítimo e o jogo foi de loucos! 1-0, 1-1, 2-1, 3-1, 3-2, 3-3! A Luz vibrava e sofria com cada movimento daquele jogo que o nosso querido Trapattoni deve ter odiado, ele que queria era "goleadas de 1-0". Felizmente a poucos minutos do fim apareceu o grande talismã desse título tão sofrido, Pedro Mantorras de seu nome. Tal como faria noutros jogos, foi ele a marcar o golo da explosão, o golo da euforia, o golo da loucura."