domingo, 7 de abril de 2019

Mais uma derrota...

Benfica 79 - 84 Corruptos
30-26, 13-10, 21-22, 15-26

Nova derrota, com algumas, poucas, melhorias!!! Acabámos por estar à frente quase sempre, e acabámos por perder o jogo no último período... novamente com más decisões nos momentos decisivos!

O K.O. ao Barroso nos últimos segundos, e a respectiva decisão arbitral, com recurso à televisão, foi absurda... e podia ter permitido ao Benfica, vencer a partida!

14.ª Corrida António Leitão

Decorreu este fim-de-semana, mais uma edição da Corrida do nosso Clube, na Luz. Mais uma vez com a benção da chuva, que parece querer ser uma presença fixa no evento!!!

Pessoalmente, gosto muito das corridas de Sábado, com a 'pequenada' em redor do relvado da Luz...

O foco

"Depois da derrota em Alvalade o Benfica joga hoje em Santa Maria da Feira uma diferente 'nova final'. Diria uma principal 'nova final'!

1. No momento em que o futebol europeu discute o futuro próximo das suas competições é interessante perceber que nos teremos que nos preparar para uma acesa disputa entre a Associação das Ligas Europeias e a Associação de Clubes Europeus. E essa disputa terá na UEFA o decisor supremo e com a directa intervenção de algumas principais Federações e de entre elas, a nossa reconhecida Federação de Futebol. E no início de Maio haverá reuniões importantes e que nos ajudarão a perceber, a par da controversa ideia da FIFA de uma alargado Mundial de clubes, o futuro do futebol europeu nos tempos imediatos. O que importa é que o futebol nos relvados das ligas nacionais não deixe de acontecer, por regra, aos fim de semana. Mesmo que as circunstâncias dos tempos de descanso nos levem a jogos à sexta-feira (como o Futebol Clube do Porto - Boavista) ou à segunda-feira (como ocorrerá com o Benfica - Marítimo a 22 de Abril, depois do jogo na Alemanha para a segunda mão da Liga Europa). Ou, também, a jogos das selecções nacionais ao longo dos diferentes dias da(s) semana(s) das pausas para os respectivos jogos. O que sabemos é que as televisões - cada vez mais e pagas! - sabem que o futebol é um dos produtos mais atractivos deste tempo de múltiplos entretenimentos e de diferentes prazeres. E que este tempo comunicacional já não se centra, em exclusivo, no direito televisivo. Tem se estar nas múltiplas plataformas existentes e que nos levem, onde quer que estejamos, a ver o jogo do nosso clube de paixão e da nossa selecção do coração. Mas, permitam esta ousadia, apreciava - como diz o meu jovem amigo Alberto! - que os jogos das ligas nacionais se disputassem preferencialmente ao fim de semana.

2. O que sei, por ora, é que as existentes competições europeias se disputam entre terça e quintas-feiras. Com horário certo no grande espaço europeu agora que o seu Parlamento, em efectivas disputa eleitoral, aprovou a uniformização da hora! E o horário leva a que os grandes jogos europeus se disputem no pós jantar, ou seja, entre as 21 e as 23 horas. Nesta semana que arranca regressam, nos seus quartos de final, a Liga dos Campeões e a Liga Europa. E a Liga portuguesa é um das poucas ligas europeias que mantém representantes nestas duas competições. O que evidencia que Benfica e Futebol Clube do Porto estão no topo da Europa e que podem ajudar Portugal no ainda importante ranking da UEFA. Classificação que determina o número de clubes que cada Liga nacional leva para as competições europeias. Por ora apenas duas. Mas, no arranque da próxima década, já serão três e sem que saibamos ou termos da desejada - para uns chumbada... - superliga europeia! Mas importa que acompanhemos, tal como a novela do Brexit, o que vai acontecer, por exemplo em 8 de Maio em Nyon, com o futuro próximo das competições europeias de clubes. E como aprendemos com Pitigrili «tudo deve ser discutido. Sobre isso não há discussão»! Na certeza, como lemos em textos xintoístas, que «não te ressintas se alguém discorda de ti»! Algo que alguns dos que escutaram o Presidente do Barcelona, Josep Bartomeu na passada segunda-feira na Cidade do Futebol - numa sugestiva, interessante e motivante conferência promovida pelo Presidente Fernando Gomes - deveriam mesmo interiorizar. Já que no demais fomos esmagados pelo sentido estratégico e pelos números apresentados pelo líder, assumidamente colegial, do Barcelona!

3. O Conselho de Arbitragem deu pública nota que designará os árbitros mais experientes para os principais jogos das competições profissionais. Quer para árbitros de campo quer para os cada vez mais importantes VAR's. É que o vídeoárbitro está a ter um papel determinante em muitos encontros. Decidindo lances, anulando golos e suscitando polémica que, de verdade, não consegue ser minimamente esclarecida. E sem que a liderança do Conselho de Arbitragem consiga escapar a críticas de que, em bom rigor, não é responsável. E escrevi conscientemente no plural em razão da acrescida luta no topo da segunda liga a da intensa discussão pela não descida na principal tendo em conta, acentue-se, a disputa pelo acesso aos milhões das televisões. É que a diferença entre estar na primeira ou na segunda é de quase de quatrocentos mil euros. De um para dez. O que é um dos maiores diferenciais das principais ligas europeias. Fez bem o Conselho de Arbitragem em dar nota dos seus propósitos. E fez muito bem em designar, por exemplo, Jorge Sousa para o jogo de ontem entre o Nacional e o Aves. Era um jogo de milhões e daí um nome grande para uma importante decisão!

4. Depois da derrota em Alvalade o Benfica joga hoje em Santa Maria da Feira uma diferente nova final. Diria uma principal nova final! Sou daqueles que entendo que o foco do Benfica deve ser a Liga NOS. E face ao plantel disponível e às circunstâncias da presente época assumo que o foco não deve ter distracções. Hoje frente ao um desesperado Feirense o Benfica, mesmo sem Gabriel e ao colinho de milhares de adeptos, tem de conquistar, com toda a segurança, os três pontos e preparar-se, com a necessária rotação, para os dois jogos da Liga Europa e essencialmente para os dois relevantes e consecutivos jogos para a nossa Liga no Estádio da Luz. Duas vezes face ao Eintracht de Frankfurt e também face ao Vitória de Setúbal e ao Marítimo. E, depois, no final de Abril, a complexa deslocação, a Braga! Daí o foco! Tem de ser este espírito, o foco, que domina a equipa liderada por Bruno Lage. Apenas preocupada consigo. Com o seu mérito e a sua unidade. Com a sua excelência e a sua esperança. E é a cultura deste espírito que, como diz Herbert Spencer «aumenta os sentimentos de dignidade e de independência». Face a tudo e a todos. E a todas as circunstâncias. Que existem mas não podem condicionar. Já que a fé é intensa e o apoio dos adeptos é imenso. E é esta solidariedade que hoje, decerto, se sentirá em Santa Maria da Feira. E quinta no Estádio da Luz. E no próximo domingo de novo na Luz. E na quinta-feita Santa em Frankfurt. E na segunda-feira de Páscoa, dia da festa Valfor - uma linda aldeia do atractivo conselho da Meda - de novo num acolhedor Estádio da Luz. E, assim, final a final, se saboreia a reconquista!"

Fernando Seara, in A Bola

Satélite !!!

"O Polvo das Antas não pode deixar de constatar que - por incrível que pareça - há 6 jogadores do Portimonense Futebol SAD com risco de não defrontarem o FC Porto.
Há muito Portimonense descontente com os negócios entre os 2 clubes e revoltado com a "comissão" que Theodoro Fonseca - acionista maioritário da SAD e quem mete os jogadores no clube - pode vir a receber em caso do FC Porto se sagrar campeão nacional. Este possível "bónus" (ou "mala" como outros lhes chamam) está ligado ao negócio do Manafá. Será eticamente correcto? É legal ? Haverá outros ? Que pensará a Liga Portugal ou a Federação Portuguesa de Futebol ?
O Polvo das Antas deixa uma questão a todos os seus seguidores. Quem pensam que o Portimonense Futebol SAD quererá ver sagrar-se campeão nacional sabendo que há dinheiro em jogo ? 
Relembramos a todos a promiscuidade de negociatas entre os dois clubes. Poderão constatar que mais de 20 jogadores vão e vêm de um lado para o outro em menos de 2 anos !
- Galeno (Portimonense SC – FC Porto);
- Paulinho (Portimonense SC – FC Porto- Portimonense SC);
- Ewerton (Portimonense SC – FC Porto);
- Manafá (Portimonense SC – FC Porto);
- Rafa Soares (Portimonense SC – FC Porto);
- Inácio (Porto B – Portimonense SC);
- Fede Varela (Porto B – Portimonense SC);
- Chidera Ezeh (FC Porto – Portimonense SC – FC Porto – Portimonense SC);
- Danilo (Marítimo – Portimonense SC – FC Porto);
- Yahaya (FC Porto – Portimonense SC);
- Ryuki (Porto B – Portimonense SC);
- Irhene (Portimonense SC - Porto B);
- Mata (Porto B – Portimonense SC);
- Maurício (Portimonense SC - Porto B);
- Gleison (Portimonense SC – Porto B)
- Eweton e Paulinho foram do Portimonense para o FC Porto e do FC Porto para o Portimonense.
- Fede, Varela e Galeno foram cedidos por empréstimo, recebendo a devolução de Inácio e Chidera Ezeh (que tinham sido cedidos no início da temporada).
- Rafa Soares foi vendido pelo FC Porto ao Portimonense e recomprado por 1.5M. Passados apenas 4 dias da recompra, foi vendido ao V. Guimarães, sem que se conheçam os valores envolvidos na transferência.

Brinde - Negócio Paulinho:
21/01/2018 Portimonense SC - FC Porto: Empréstimo
30/06/2018 FC Porto – Portimonense SC: Fim do empréstimo
01/07/2018 Portimonense SC - FC Porto: Venda
22/08/2018 FC Porto - Portimonense SC: Revenda 

Se não forem os adeptos a falarem, os dirigentes fazem o que lhes bem apetecer e as entidades cujos responsáveis são ex-Administradores do FC Porto e ex-árbitros que deram campeonatos ao FC Porto ficam a assobiar para o lado !"

Neologismo...!!!

"Se concordas com esta nova acepção da palavra, passa a usá-la.
🔁 Partilha para que mais gente te perceba quando usares o vocábulo javardo em determinados contextos."

O actual mundo novo, e a depressão

"De qualquer maneira, não será melhor fabricar alegria do que fabricar puros objectos de consumo?

Ruta
1. Ruta Meiluyte, campeã olímpica de natação: «I Fight Against Depression Everday».

Huxley e o pesadelo
2. Aldous Huxley, escritor inglês, nasceu em 1894, morreu em 1963. Escreveu Brave New World, 'Admirável Mundo Novo', uma das mais conhecidas distopias. Um pesadelo, esse mundo em que as crianças são condicionadas, logo à nascença, com uma espécie de lavagem cerebral durante o sono. Aprendem a pensar o que a sociedade quer que pensem. Hierarquias bem definidas e que não permitem trocas e muitas outras particularidades, terríveis e malignas.
Escrito em 1931, poderá parecer para alguns ainda ficção cientifica, um pesadelo qualquer de que se está longe.

Prozac
3. No centro desse terrível mundo novo está o soma, comprimido que normalizava as pessoas dessa sociedade e as colocava com um ânimo feliz, sempre estável. Alguns gramas desse soma bastavam. Era uma sociedade, a do admirável mundo novo, que retirava a liberdade, o poder de decisão individual mas, por outro lado - há sempre o outro lado - impedia também a infelicidade e a dor (e quem não quer afastar a dor e a tristeza?) só que por meios químicos.
O livro levanta uma questão (muitas, mas fiquemos numa): será que a felicidade artificial, felicidade por via de medicamentos, deve ser desvalorizada em relação à felicidade natural (utilizemos esta palavra embora não se saiba bem o que significa).
Ser feliz porque se subiu a uma montanha, se ultrapassou um obstáculo, se marcou um golo decisivo ou porque se passou a tarde próximo de pessoas de quem se ama é uma felicidade mais humana do que a felicidade via Prozac ou comprimidos semelhantes?
De facto, elementos químicos como o Prozac, designado, no início do século, de uma forma despudorada, como elixir da felicidade e as outras muitas medicações que nivelam depressões e tristezas mostram que no século XXI a felicidade, ou pelo menos o equilíbrio mental e emocional, é claramente algo a que se pode chegar por meios naturais, sim, mas também por meios artificiais, cada vez mais requintados. O soma do admirável mundo novo será, como muitos lembraram, o nosso Prozac?

Depressão, felicidade
4. Artificial, o que é isso? Uma definição possível de artificial: aquilo que é feito pelo humano. Nesse sentido, uma felicidade alcançada via comprimidos seria uma felicidade feita literalmente por humanos. Uma felicidade fabricada.
Seria uma discussão longa, com muitos pontos de vista, alguns, claro, bem tenebrosos, mas se pensarmos simplesmente nos antidepressivos, tão usados socialmente e no desporto, ficaremos com dúvidas, com questões. Quando nos lembramos da confissão de depressões de vários atletas - tantos, uma lista já gigante - os basquetebolistas DeMar DeRozan e Kevin Love; na natação, a lituana Ruta Meylutite, o supernadador americano Michael Phelps, etc. etc. etc. e pensamos na importância do apoio dos anti-depressivos, hesitamos em conclusões aceleradas.
Estes medicamentos que, quando utilizados de forma lúcida, resgatam um humano de uma tristeza circular, sem saída, por vezes suicida - como poderemos desprezá-los apenas por serem artificiais? Como insultar este resgate psíquico essencial?
Se só aceitássemos o que é natural, estaríamos ainda a morrer de doenças básicas. Fabricamos felicidade como fabricamos televisões ou telemóveis, sim, mas haverá assim tanto mal nisso? Fabricar objectos versus fabricar estados de ânimo?
De qualquer maneira, não será melhor fabricar alegria do que fabricar puros objectos de consumo?
São só questões, eu não tenho respostas, excelência."

Gonçalo M. Tavares, in A Bola

Chegou a hora do pragmatismo

"Com o FC Porto despachado e a pensar já no Liverpool, esta tarde é a vez de o Benfica mostrar que continua, apesar do meu momento reconhecido, até, por Bruno Lage, forte o suficiente para manter-se na frente do sprint que acabará por decidir o campeão. Não é o que o Feirense - último classificado e só à espera que a matemática confirme a descida - possa ser visto como obstáculo de superlativa dificuldade, mas é inegável que os últimos jogos da águia levantaram dúvidas sobre as reais condições da equipa para aguentar a liderança até ao fim.
Perguntar-se-ão adeptos do Benfica e que mudou para que uma águia que chegou a deslumbrar conheça, hoje, inesperadas dificuldades frente a adversários que, há uns meses, seriam facilmente ultrapassados. Lage identificou ontem parte do problema: nenhum bom momento dura para sempre e lesões ou abaixamento de forma de jogadores nucleares cobram o seu preço. E mesmo que o treinador encarnado diga que nenhuma ausência afecta «as dinâmicas» da equipa, a verdade é que acabam, sempre, não é o mesmo jogar com Jonas ou Seferovic. Ou com Gabriel ou Gedson. Ou sem João Félix no pico da sua forma.
O segredo para o Benfica conseguir chegar ao título está, pois, na forma como conseguirão, treinador e jogadores, adaptar-se àquilo que o momento pede. Diz Bruno Lage que a única coisa que o preocupa é a equipa «entrar para jogar bem». Percebe-se a ideia. Mas está errada. A sua única preocupação deve ser, nesta fase, vencer. Jogando bem ou mal. Chegou, se quisermos, o momento de a águia deixar de ser romântica e ser, só, pragmática. Porque por muito que custe dizê-lo, o futebol só e mesmo divertido quando se ganha."

Ricardo Quaresma, in A Boa

Leis (do futebol)

"Em Março, a International Football Association Board (IFAB) realizou a sua 133.ª Assembleia Geral Anual (AGM) onde se discutiram e aprovaram relevantes alterações relativamente ao uso do VAR, com dados recolhidos de todas as competições onde o sistema está presente.
O IFAB determinou uma definição mais precisa e detalhada para mão na bola, em particular no que diz respeito às ocasiões em que uma mão na bola não deliberada ou acidental poderá ser sancionada de acordo com as leis do jogo. Por exemplo, um golo marcado directamente da mão ou braço (ainda que acidental) e um jogador marcando ou criando uma oportunidade de marcar um golo depois de ganhar a posse ou controlo da bola através do uso da sua mão ou braço (mesmo que acidentalmente) não é validado ou admitido.
O IFAB também determinou quando um jogador é substituído tem de deixar o campo de jogo na linha de limite mais próxima e foram tomadas decisões quanto aos cartões amarelos e vermelhos por má conduta dos dirigentes e técnicos das equipas.
Outras alterações incluem medidas para lidar com os jogadores avançados que causam problemas na muralha defensiva da outra equipa, alterando o procedimento de bola parada.
Foram ainda exaltados o impacto e o sucesso significativos que o VAR tem tido, tendo sido afirmado que o sistema trouxe mais imparcialidade ao jogo sem qualquer interrupção significativa do mesmo.

Estas novas regras irão suscitar, no futuro, questões relevantes do ponto de vista de justiça desportiva, pelo que têm inegável projecção não só no jogo jogado mas, também, no sistema jurídico-normativo do Direito do Desporto."


Marta Vieira da Cruz, in A Bola