domingo, 24 de fevereiro de 2019

Derrota no 2.º tempo...!!!

Benfica B 1 - 2 Cova da Piedade


Mau resultado, num momento complicado da nossa equipa B: sem os jogadores que subiram ao plantel principal (Zlobin, Ferro, Florentino e Jota); e sem os jogadores que 'baixaram' aos Juniores (Nuno Tavares, Álvaro, Dantas e Ramos)... é quase uma equipa inteira!!! Também com um novo treinador... e hoje, com uma tentativa de alterar o 'esquema', apostando num 442 !!!
Tudo bem que o Cova está numa situação 'complicada' mas contra o Benfica existe sempre motivação... ainda por cima, com vários ex-Lagartos e ex-Benfica!!!

A mudança táctica, na minha opinião, é inoportuna, porque neste momento não temos opções suficientes, principalmente as posições de médio-centro, essencial no 442... Esta questão da equipa B, utilizar o mesmo Modelo de jogo da equipa principal não é um 'problema' novo. No tempo do Judas também houve uma tentativa, mas durou pouco tempo!!! Creio que fazer esta alteração a meio da época, é demasiado 'arriscado'... O cenário ideal é esse, as duas equipas jogarem de forma igual, mas a imaturidade dos putos, o diferencial de experiência, a habitual inferioridade física... é um cocktail complicado de gerir, jogando de forma tão ofensiva...!!!

No final da partida, o Renato teve algumas palavras 'fortes', eu até compreendo que alguns jogadores possam pensar que mereciam ter 'subido' com os outros, mas neste momento no Benfica, com as 'portas abertas' no plantel principal, não existe espaço para 'desmotivações' na formação!!

Duas novidades no onze: o Svilar 'provou' ser neste momento o 3.º guarda-redes do plantel, neste preciso momento o Zlobin é melhor e está mais rodado... o Svilar deveria fazer o resto da época na B, e no final da época, deveria 'exigir' um empréstimo...; em relação ao Taarabt, foi só o melhor em campo!!! Apesar de tanto tempo sem jogar, mostrou-se bem fisicamente, com bons piques, e com a bola nos pés nota-se perfeitamente que é craque... Agora, falta saber se a 'cabeça' acompanha!!! Ainda vai a tempo de ser útil na equipa principal esta época: como opção ao Félix, ou até como extremo-esquerdo, como opção ao Rafa (já que o Cervi ofensivamente parece que 'desaprendeu' e o Zivko não aproveitou as oportunidades com o Lage...).

A reconquista

"É por pressentirem como verdadeiramente real esta ambição que há terceiros que evidenciam crescente nervosismo

1. Na próxima quinta-feira o Benfica comemora 115 anos. Nasceu com a Monarquia, cresceu na Primeira República, internacionalizou-se no Estado Novo e adaptou-se, com algumas sérias dores, na sequência do 25 de Abril de 1974. Saltou, com convicção e arrojo, o milénio na Velha Luz e cresceu, com muita força, no Nova Luz, que vibrou, e muito, com o primeiro tetra desta sua história de mais de um século. A Velha Luz era um pouco mais velha do que eu. Nasceu em finais de 1954 e eu nasci no Domingo de Páscoa de 1956 (1 de Abril). Mas ainda me recordo do ainda mais velho Campo Grande, que sobreviveu - para o atletismo e para o basquetebol, e também para o tiro! - até 1971. Mas sei bem pela extraordinária transmissão oral que o saudoso Senhor meu Pai me legou - ele que teria feito há dias 100 anos! - os outros estádios como o da Feiteira, o de Sete Rios, o de Benfica e o das Amoreiras, que marcam uma vida de um clube eclético e em que há uma comunhão entre o seu corpo e o seu espírito. O ser benfiquista é  um espaço de alma e um singular sentimento. É uma partilha e uma comunhão. Tudo hoje em dia representado em cada palmo do Museu Cosme Damião. Das suas paredes e das suas vitrinas. Das suas escadas e do seu estúdio. Do que escuta e do que transmite. Do que pressente e do que exprime. Do que provoca e do que motiva. Do que recorda e do que, no fundo, estimula. Ali estão camisolas e troféus, medalhas e textos, lágrimas e abraços, momentos e alegrias, instantes e dores. Ali estão nomes que nunca esquecemos e conquistas que nos envaidecem. Ali estão as Taças que conquistámos na Europa e aquelas outras, muitas, que erguemos entre nós. Ali estão as recordações do ciclismo e do andebol, da ginástica e do judo, da natação e o rÂguebi, do voleibol e do hóquei em patins - e também em campo! -, do basquetebol, do futsal e da canoagem entre tantas e tantas conquistas de outras modalidades desportivas. E a curto prazo há estarão os troféus do futebol feminino como já lá se encontram, registados, os grandes feitos solidários da Fundação Benfica. E assim da Farmácia Franco - espaço fundador - a esta multifacetada Nova Luz - que se entende num braço e abraço imensos ao Seixal e à sua Academia - são 115 anos de uma história rica, com momentos sublimes, como as conquistas europeias ou o primeiro tetra no futebol. E nesta semana  de aniversário que tem como marcos o jogo de amanhã face ao Desportivo de Chaves - carente de pontos - e o do próximo sábado frente ao Futebol Clube do Porto. E, logo a seguir, a reconquista europeia que passa, após Istambul, pelo regresso a Zagreb e pela disputa do legítimo acesso aos quartos de final de uma competição que tem a sua final, logo a seguir às eleições europeias, em Baku, a capital do Azerbeijão, Estado que tem uma nova Primeira Vice-Presidente que é... a mulher do actual Presidente. Singularidades da história política! Mas este duplo sonho de reconquista alimenta a alma, fortalece a união, robustece a instituição e multiplica a ambição. E como escreveu o grande Miguel de Unamuno «quem não sente a ânsia de ser mais não chegará a ser nada»! E esta ânsia de ser mais tem sido o lema do Benfica, deste Benfica, nestes primeiros anos do novo milénio. O que importa saudar e enaltecer. Com a consciência, também vinda de Espanha, - e com o extraordinário Miguel de Cervantes - que «pouca ou nenhuma vez se realiza com a ambição coisa que não prejudique terceiros»! E é por pressentirem como verdadeiramente real esta ambição de reconquista que há terceiros - com alguns porta vozes, diria porta nozes - que evidenciam crescente nervosismo. Mas o que fica é a reconquista, a sua vivência e a sua crença. Em semana de aniversário. De 115 anos de muita vida. E intensas e vibrantes alegrias. E; claro, certas dores. Que o tempo apaga mas não esquece. Que a história regista e anota. Mas o que importa, aqui e agora, é dizer: Parabéns Benfica!

2. A história é feita de estórias e de marcos. Sabemos desde o Padre António Vieira que «muitos cuidam da reputação mas não da consciência». E esta perfeita combinação está presente na avaliação do cumprimento das regras do denominado fair-play financeiro da UEFA e que tem como alvos principais o PSG e o Manchester City. Ou a violação de normas respeitantes e contratos com menores e que seriamente atingiu - numa decisão preliminar - o Chelsea. O que se vai avaliar nas próximas semanas é a eficácia do poder disciplinar da UEFA. E, porventura, a sua autonomia frente à FIFA. E escrevi de propósito frente à FIFA. Como entre nós se suscitará, a curto prazo, a questão das SAD's, o seu domínio por terceiros e, até, a sua ousada recompra por parte de certos clubes. Como, até, a recomposição jurídica de determinados contratos de exclusivos televisivos já firmados e em vigor. Recomposição jurídica e, logo, financeira. Acredito que vamos viver tempos de sérias mudanças. Na economia doméstica e, também, na europeia. Nos grupos de comunicação e, também, dos seus produtos âncoras. Nos meios financeiros a canalizar para o desporto, incluindo nos meios públicos, sejam nacionais, regionais ou locais. Como escreveu James R. Lowell, «não adianta discutir com o inevitável. O único argumento disponível contra o vento de leste é vestir sobretudo». E neste domingo de um raio de sol radioso convém, lá para o final da tarde, não nos esquecermos do sobretudo. E nós benfiquistas levá-lo, bem vestido, amanhã para o Estádio da Luz para o jogo face ao Desportivo de Chaves. Com a consciência, sempre presente nas directas, lúcidas e motivadoras formulações de Bruno Lage, que cada jogo é uma verdadeira final. Rumo à reconquista. Interna e Externa. Assim se faz, faz e fará a história  grandiosa de uma instituição que perfaz, num abraço fraterno, 115 anos nesta próxima quinta-feira. E a conquista de mais um ano é, também, um passo na reconquista. Força Benfica!"

Fernando Seara, in O Benfica

A importância dos prazos (II)

"O CAS (Tribunal Arbitral do Desporto) proferiu decisão no processo que opunha o clube turco Galatasaray e a UEFA, relativo a matérias ligadas ao cumprimento das regras do fair-play financeiro.
Mas o caso não foi analisado do ponto de vista substantivo, tendo terminado por uma razão formal.
Em 5 de Junho de 2018, o investigador-chefe da Câmara de Investigação de Controlo Financeiro da UEFA (CFCB Investigatory Chamber) emitiu uma decisão de acordo com a qual o Galatasaray não estaria a cumprir o requisito de break-even previsto no Regulamento de Licenciamento e Fair Play Financeiro e, em sequência, foi celebrado um acordo (o chamado Settlement Agreement), procedimento que os regulamentos prevêem. No mesmo mês, o presidente do CFCB determinou que a decisão e o acordo celebrados deveriam ser revistos pela Câmara Adjudicatória (CFCB Adjudicatory Chamber). Em 5 de Outubro, o Adjudicatory Chamber anulou a decisão tomada pelo investigador-chefe da Investigatory Chamber e remeteu o processo novamente a esta Câmara para novas diligências de investigação. É desta decisão que o clube recorre.
A sentença proferida pelo CAS, conhecida a 15 de Fevereiro, determinou que o recurso do clube era procedente, portanto a decisão impugnada foi emitida para além do prazo de dez dias previsto no n.º 1 do artigo 16.º das Regras Processuais que regem o Organismo de Controlo Financeiro de Clubes da UEFA, o qual começa a contar a partir da data de comunicação da decisão do investigador-chefe do CFCB da UEFA, em 5 de Junho de 2018, e o acordo celebrado entre o clube e a UEFA são confirmados e mantêm a sua validade."

Marta Vieira da Cruz, in A Bola

As práticas desportivas das mulheres

"Historicamente, o desporto é uma prática masculina. No século XIX, as mulheres são pouco numerosas a praticar uma actividade física ou desportiva. A sua “condição feminina”, que contribui para a organização da vida social da época, não lhe permitia. De fato, a sua presença era proibida nos clubes desportivos, nomeadamente na Grã-Bretanha, e elas, muitas vezes, consideravam que não tinha que se exibir neste género de prática, conformando-se às representações sociais da mulher então em vigor. O espaço desportivo é um espaço da dominação masculina, permitindo aos homens “provarem que o são” e demarcando-se do feminino, associado ao sexo fraco.
Nos dias de hoje, segundo os inquéritos realizados, a proporção das mulheres aumentou claramente, mas ela continua a ser inferior às dos homens. Comparado aos homens, as mulheres investem de forma diferente o universo desportivo. As actividades físicas preferidas recaem sobre a marcha, a natação, a bicicleta, a ginástica ou a dança. Elas parecem pouco atraídas pela competição. O ensino de educação física também é pouco feminizado.
O investimento do desporto pelas mulheres, que se efectua por pequenos passos, contrasta muito com a evolução das normas, a aspiração à igualdade entre os sexos e a diversificação dos modos de vida. 
Interrogadas sobre o que pode ser um obstáculo para elas para a prática de um desporto, as mulheres, mais do que os homens, respondem com um mesmo argumento: “a falta de tempo”. Se elas estão afastadas dos estádios, das piscinas, etc., é porque pesa o tempo para se consagrarem ao domicílio, às crianças, ao trabalho doméstico, que se junta a um tempo profissional. As mulheres, mais do que os homens, provam um sentimento de “compressão” na vida quotidiana. Profissionalmente activas ou não, elas consagram mais tempo ao trabalho doméstico do que os homens.
As práticas físicas e desportivas inscrevem-se no tempo livre dos indivíduos, ou seja, o tempo que sobra uma vez realizadas as tarefas familiares, domésticas e profissionais. Mas a profissão e o tipo de trabalho, os volumes e os modos de organização horária, a que se junta os tempos de transporte para o trabalho, são elementos que, um a um, combinados e acumulados, desenham o “tempo” absorvido pela actividade profissional.
Cremos que a “falta de tempo”, ressentido a nível pessoal, resiste mal, a termo, como o verdadeiro motivo explicativo da ausência de práticas físicas de certas categorias de mulheres e de homens. Neste sentido, como explicar que certas mulheres encontram tempo, não apenas para o desporto, mas para a leitura, ida aos museus, cinema, etc., quando têm uma ocupação profissional absorvente? O tipo de “socialização feminina” pode pesar muito sobre a “falta de tempo” e na ascensão à prática desportiva, através da relação ao corpo que ela infere. Por outro lado, muitos homens preferem praticar desporto ao fim de semana, sobrepondo-se ao tempo familiar, enquanto as mulheres preferem fazê-lo durante a semana e à hora do almoço. As mulheres programam as suas actividades, enquanto os homens dão espaço à “improvisação”."

Vitória apertada, desnecessariamente...

Benfica 3 - 1 Belenenses

Jogo apertado, que começou com o Benfica a sofrer um golo... e só a 2 minutos do fim, chegámos ao terceiro, que 'matou' o jogo! Pelo meio, muitas oportunidades falhadas...

Vitória na Luz !!!

Fafe 21 - 26 Benfica
(10-15)

Jornada 'trocada', e por isso jogámos na Luz.

Jogo morno: nas duas partes, arrancámos muito bem, construímos boas vantagens, e depois 'adormecemos'!!!
Deu para dar minutos aos jogadores que estão a recuperar de lesões... e dar algumas rotinas, a jogadores que praticamente nunca jogaram justos, devido às lesões prolongadas...
Bem haja, o regressado Terzic, vamos ver se é desta!!!

Próxima jornada, jogo na Luz com os Corruptos (que estão a jogar melhor...), uma vitória poderá ser decisiva para lançar a 2.ª fase... É uma pena o Seabra estar de fora, com o resto do plantel disponível, a confiança seria outra...!!!