sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Preparar futuro em cada presente

"A equipa técnica do Benfica criou um jogo eficaz, simples de analisar, difícil de obstaculizar

Sistema
1. Todas as equipas de futebol desenvolvem-se subordinadas ao conceito de sistema (conjunto de elementos em interacção). A equipa de futebol não é a soma das capacidades e particularidades dos seus vários jogadores, mas sim a sua interacção comportamental no âmbito de uma dinâmica emergente.

Jogadores
2. Há individualidades que sobressaem, mas estas, apesar das suas enormes capacidades, sem o contributo dos colegas não poderão exprimir todo o seu potencial de rendimento. É compreensível a tendência de glorificação das capacidades de cada jogador, todavia, o jogo de futebol não tem esse objectivo, pois prejudica a equipa como dimensão colectiva.

Organização
3. O futebol é um jogo de enorme complexidade, daí que torna-se essencial torná-lo simples e eficaz. Criando e produzindo constantemente algo de novo induzido e proporcionado por uma intencionalidade, para se atingir em determinado resultado, quando em competição.

Transformação
4. A nova equipa técnica do Benfica soube conjugar os três elementos referidos (Sistema + Jogadores + Organização), criando um jogo ofensivo e defensivo eficaz, simples de analisar mas difícil de obstaculizar.

Ataque
5. Avançados (Seferovic e Félix) que se deslocam do corredor central para o espaço dos laterais adversários. Médios ala (Pizzi e Cervi) que jogam por dentro e por fora conjugando essa acção com os avançados e defesas laterais (André e Grimaldo) sempre preparados para o jogo exterior. Para que tudo isto funcione é essencial equilibrar a equipa preparando-se para circular a bola (Rúben + Ferro) e (Florentino + Gedson) atacar segundas bolas, reacção à perda e reorganização do processo defensivo.

Defesa
6. O Benfica defende quando ainda tem a bola, quando a perde o processo começa bem longe da sua baliza, envolvendo todos os jogadores, agressividade, equipa compacta, formando e saindo rapidamente das zonas de pressão. Neste jogo, estrategicamente baixou o bloco, em especial, quando o adversário utilizou o jogo longo na direcção dos elementos de maior dimensão física.

Maturidade
7. A maturidade futebolística não é função da idade, mas sim da qualidade de treino, da competição, das condições, de experiências significativas proporcionadas a cada jogador que as transformam à sua personalidade. É a fórmula reconhecida na formação dos jogadores, que o diga Rúben, Félix, Ferro, Florentino, Gedson, etc. A fórmula é preparar o futuro em cada presente."

Jorge Castelo, in A Bola

Níveis de competência

"Numa competição desportiva os concorrentes devem participar em função do seu desempenho desportivo, o direito adquirido para estarem presentes, mas também tendo em conta os níveis de competência e requisitos necessários para o nível dessa competição. O equilíbrio competitivo é a base para o sucesso de uma competição de elite. Promover esse equilíbrio é o segredo da gestão dessa mesma competição. Quando os quadros competitivos são fechados, uma solução que não é praticada entre nós, torna-se bem mais fácil controlar os níveis de desempenho e os respectivos requisitos de participação. Com quadros competitivos abertos, com subidas e descidas de divisão, esta questão ganha uma outra dimensão. Ela própria pode influenciar a melhoria, ou retrocesso, do nível competitivo. Quando temos uma percentagem muito alta de equipas que descem de divisão, ou estamos num processo de redução do número de participantes na prova ou essa excessiva redução não garante que todos as equipas que descem sejam inferiores às que sobem. O que todos pretendemos é melhorar o nível da prova, independentemente do escalão etário. Criar níveis de competência nos diversos campeonatos significa passo importante para o equilíbrio da competição e a criação de novos desafios para os concorrentes. O primeiro objectivo é sempre o desenvolvimento do praticante, e consequentemente da própria equipa. Não há jogador que atinja o seu rendimento máximo com desafios menores. As equipas podem ganhar competições, porque são superiores, mas só crescem se os seus opositores tiverem capacidade de lhes criar dificuldades. Isto é válido para todos os níveis e todas as competições. Este é um grande desafio para o futebol, nacional e internacional. Porque ao mesmo tempo temos que assegurar a representatividade, local ou nacional, nas competições. Nunca esquecendo os níveis de competência necessários para participar nelas."

José Couceiro, in A Bola

Croácia: a glória no meio do caos (uma história para perceber o histórico Dínamo de Zagreb)

"Em pleno Mundial, o Expresso procurou perceber as razões por detrás do sucesso da selecção croata composta maioritariamente por jogadores formados no Dínamo de Zagreb, o clube todo-o-poderoso daquela zona dos Balcãs e próximo adversário do Benfica na Liga Europa.

Tentem imaginar a importância que tem o futebol para um povo que viu o ponto de ruptura da sua luta pela independência acontecer precisamente num jogo de futebol. Vamos recuar a 13 de maio de 1990. Nesse dia, Dínamo Zagreb e Estrela Vermelha de Belgrado jogavam na capital da então República Socialista da Croácia, para a liga jugoslava, poucas semanas após os independentistas croatas terem vencido as primeiras eleições multipartidárias no território em quase 50 anos.
A tensão entre adeptos sérvios e croatas rapidamente se transformou num multitudinário motim. Entre gritos de “Zagreb é Sérvia”, pedras atiradas pelos adeptos do Dínamo, a resposta à facada dos sérvios e o gás pimenta atirado pela polícia, o relvado tornou-se um campo de batalha. Não houve mortos, mas houve feridos. E a partir daquele jogo, a ferida aberta do ódio nunca mais fechou. A Croácia declararia a independência em Junho de 1991, mas a guerra com a Sérvia arrastou-se até 1995.
Boa parte dos 23 jogadores croatas que amanhã, a partir das 16 horas, vão tentar tornar-se campeões mundiais frente à França nasceram antes ou durante a guerra. Luka Modric, talvez o melhor jogador deste Mundial, o médio que, como tão bem apontou Jorge Valdano, “enche o campo de senso comum”, viu as milícias sérvias matarem-lhe o avô e outros seis familiares. O médio do Real Madrid tornou-se refugiado e passou a infância a viver em hotéis na cidade de Zadar. A família de Dejan Lovren fugiu para a Alemanha, onde o central viveu até aos 10 anos. Foi também na Alemanha que se refugiou a família de Mario Mandzukic, o homem que marcou o golo que derrotou a Inglaterra nas meias-finais e deu a este país com menos de 30 anos e pouco mais de 4 milhões de habitantes uma inédita e, diz-se por Zagreb, miraculosa ida a uma final de um Mundial.
A Croácia poderá tornar-se o 2º país com menos população a vencer um Mundial, depois do Uruguai em 1930 e 1950. É um pequeno país no Leste europeu, ainda a lamber as feridas da guerra. No ranking FIFA, o país balcânico começou o Mundial na 20ª posição. Por si só, isto tornaria o sucesso da Croácia admirável, mas esta caminhada é ainda mais improvável. Não é por estarmos a falar de uma pequena e jovem nação que o feito é visto como um milagre: é porque o futebol no país vive mergulhado num verdadeiro caos, onde impera a corrupção, a instabilidade, a falta de infraestruturas modernas e em que várias estrelas da selecção não são vistas com bons olhos pelos próprios compatriotas, que se dividem entre os que exultam com as conquistas da selecção e os que não esquecem, nem querem esquecer, aquilo que acreditam ser um sistema que está longe de ser limpo.

O Escândalo que Divide o País
O sucesso da Croácia não é de agora — esteve em 10 das 12 últimas grandes competições, algo que só tem paralelo neste campeonato de pequenos países com Portugal — e parece explicar-se com um misto de talento e improvisação. Para chegar ao Mundial, o caminho foi mais do que tumultuoso. Zlatko Dalic, o actual seleccionador, chegou como interino antes do último jogo de qualificação, frente à Ucrânia, depois da federação despedir Ante Cacic devido aos maus resultados. Dalic encontrou-se com os jogadores pela primeira vez no aeroporto, antes da equipa embarcar para Kiev. A Croácia venceu por 2-0 e conseguiu um lugar no playoff, onde bateria a Grécia.
Sem um plano ou um sistema coesos a nível federativo, o futebol croata apoia-se no trabalho do Dínamo Zagreb, clube da capital, fortemente financiado pela autarquia, para onde convergem os melhores treinadores e jogadores — dos 23 convocados da Croácia, 14 foram lá formados.
É o dominador do futebol croata, mas estabilidade é palavra não conhecida no estádio Maksimir. Nos últimos 13 anos, o clube despediu 17 treinadores.
E se hoje a Croácia se divide entre aqueles que apoiam a selecção e aqueles que só a querem ver perder, a culpa também é do Dínamo Zagreb. Ou melhor, do homem que liderou o Dínamo de 2003 até 2016, Zdravko Mamic. Alguns dias antes do Mundial, Mamic, que chegou a ser também vice-presidente da federação, foi condenado a seis anos e meio de prisão por fraude relacionada com transferências de jogadores. No total, Mamic, que entretanto fugiu para a Bósnia, apoderou-se de mais de €15 milhões do clube, numa teia de interesses e influências que arrastou, por exemplo, Dejan Lovren e Luka Modric. Ambos estão a ser investigados e Modric irá a tribunal acusado de perjúrio, depois de ter mudado o seu testemunho no julgamento de Mamic.
A defesa de Modric a Mamic caiu muito mal numa parte dos adeptos croatas, que começaram a ver o seu melhor jogador como alguém conivente com o statu quo, com a corrupção que grassa no país — o julgamento de Mamic, por exemplo, teve de ser mudado de Zagreb para Osijek devido às estreitas ligações entre o antigo dirigente e a justiça local. Muitos não perdoam o jogador e são esses os mesmos que amanhã, se Modric levantar a taça, não o vão aplaudir. “Aqueles que sempre se opuseram ao poder de Mamic nunca irão perdoar aquilo que ele fez ao futebol croata”, começa por nos dizer Juraj Vrdoljak, jornalista croata do canal Telesport, antes de nos dar um exemplo daquilo que é uma sociedade polarizada face à sua equipa nacional: “Minutos depois de nos qualificarmos para a final, recebi uma chamada de um amigo que costumava ser um ávido adepto da seleção. Mas desta vez a mensagem era: ‘Não consigo sequer ter raiva. Estou só terrivelmente triste.’ Enquanto boa parte de Zagreb festejava, ele foi dormir.”

Um Atraso de Décadas
Para lá dos escândalos, há outro fator que torna esta final altamente improvável: o atraso do país face às potências europeias em termos de infraestruturas. “São, em geral, bastante fracas. Só quatro equipas da liga têm relvados que cumprem os regulamentos da UEFA e o futebol de base é praticamente inexistente”, explica-nos Juraj Vrdoljak. Rúben Lima, lateral do Moreirense, que jogou entre 2011 e 2015 na liga croata, onde passou pelos três principais clubes (Hajduk Split, D. Zagreb e Rijeka), diz que “em termos de condições o Hajduk e o Dínamo são um bocadinho aquilo que o Sporting e o Benfica eram antes de serem construídos os centros de estágio e os estádios novos. Nessa altura treinava-se nos dois ou três campos que existiam à volta dos estádios antigos e nada mais. Na Croácia ainda é assim”.
E então como se explica que, no meio do caos, esta seleção tenha chegado a uma final de um Mundial? É sorte, é genética, é talento? Lima acredita que o facto de os clubes croatas apostarem cedo nos talentos, que rapidamente saltam com sucesso para os grande campeonatos europeus, pode explicar alguma coisa. “São jogadores muito evoluídos tecnicamente”, conta-nos. Já Vrdoljak diz que “as questões genéticas terão um papel importante no sucesso”, mas aponta algo mais, que pode estar relacionado com aquilo a que boa parte destes jogadores assistiram durante os anos de guerra, violência e privação. “O que leva os jogadores mais longe? A necessidade de vencer apesar de todos os obstáculos que tiveram pelo caminho”. E isso não se ensina nas academias."

Benfica

"O Benfica, com a inteligência e sagacidade de Bruno Lage, pratica um futebol fácil que desnorteia qualquer equipa.
Arrisca com jogadores jovens sem experiência aparente, mas com confiança que o respeitam e colocam tudo o que têm em campo. O Benfica joga para a frente com velocidade e com pulmão.
Há jogadores como João Félix, Rúben Dias, Ferro, Gedson, Florentino Luís feitos no Benfica que desejam chegar a um lugar que faça história.
Bruno Lage crê nos jogadores, não estamos habituados, mas tem grande importância um treinador que se relacione muito bem com o balneário. Bruno Lage sabe muito bem manejar o balneário, daí, advém o seu êxito.
Há respeito pelo jogador e pelo seu talento independentemente da sua idade, um reconhecimento que um jogador necessita de certa liberdade para assumir as suas responsabilidades e o seu modo de jogar.
O Benfica actual, não distingue os jogadores pela sua idade e pelos títulos conquistados, todos são iguais com as suas diferenças e na sua utilidade para o jogo. O maior elogio que se pode fazer ao Benfica é a forma de estar e de se relacionar com os jogadores de Bruno Lage.
Essa inteligência, mais do que todos os métodos, é a sua mais-valia, sem espaventos de triunfalismo e com humildade que é algo que muitas vezes falta ao clube da capital. Não vende tantos jornais e não está sempre na imprensa, mas os resultados e as exibições são o seu cartão de visita.
Um meio campo consistente e a favor da liberdade, o Benfica está em franca recuperação e o treinador está comprometido com a equipa.
Todavia, o Porto vai à frente, a falta de Marega obrigou Sérgio Conceição a ajustes no ataque, assim como, pôr no banco Pepe, num momento menos bom. Contudo, Pepe está a jogar do lado esquerdo sendo ele do lado direito da defesa.
Vamos ter um campeonato com um final de muito interesse e renhido, com o Porto na frente e o Benfica na sua perseguição. O jogo Porto-Benfica, a disputar no primeiro fim-de-semana de Março, será considerado o jogo do ano.
Esperemos que haja futebol e as vedetas sejam os jogadores sem casos.
Entretanto, esta 5.ªfeira o Benfica recebe o Galatasaray para a Liga Europa e tem a vantagem de ter vencido na Turquia 2-1. O Porto na Liga dos Campeões, perdeu em Roma 2-1 e pode rectificar esse resultado.

Nota: a Juventus comprometeu o seu apuramento ao perder 2-0 com o Atlético de Madrid. Ronaldo não foi feliz."

Da papada do Papa

"Lamentou-se o papa, do alto da sua papada, que foi a Roma e não conseguiu (desta vez) ver o Papa. Agnóstico que sou, ir a Roma e não ver o Papa só será grave em termos de sintaxe, já que agudo não é. Não engraço com Papas nem papinhas, quando muito com o meu amigo Luís Papuço, uma figura de truz, como diria o Otto Lara de Resende

Percebo que numa fase em que resolveu colar nas costas umas asinhas angélicas de paladino da verdade no futebol em Portugal, ignorando tafularias de dezenas de anos a fio, o Papa da Madalena (haveria padroeira mais a propósito para noites quentes?) gostasse de ser abençoado pelo Papa da Santa Sé. Ao menos isso: todos coraríamos cardealmente de vergonha! Faz questão de ver o Papa sempre que vai a Roma e fazia questão de que eu entrasse num tribunal sempre que ia ao Porto.
Certa vez, perante um juizeco bajoujo e servil, fui acusado de dizer que o senhor Costa usava uma linguagem chocarreira. Crime! Certa testemunha, arrolada por lambe-botismo primário, não teve dúvidas: “Chocarreiro é linguagem de chocalhos e de cabras! Uma indecência!” O Papa, da sua crescente papada (a idade não perdoa), sorria beatífico. Dizem que sabe um poema de cor.
Pobre José Régio, que deve dar pinotes na cova sempre que ele regurgita aquela lengalenga canhestra. Jesuítico desde jovem, o Papa da Madalena não é, obviamente, obrigado a ser culto. E não é. Balbucia uma papagueada que o enegrece. Ao cântico, claro!
O seu discurso, por muito que o queiram classificar de ironicamente fino, limita-se a ser rústico, dentro do mínimo exigível a qualquer mamífero que caminhe sobre as patas traseiras, e foi isso que fez do homem um ser distinto. Todos sabemos que os Papas gostam de vestir labitas impecavelmente branquinhas. Este anda a lavar-se com sabão azul e branco. Mas, convenhamos, por mais que se esfregue não consegue tirar o sarro."

Estratégia Nacional para o Desporto

"Aproxima-se um período eleitoral em que quase todas ou mesmo todas as políticas públicas são reanalisadas, requalificadas e, eventualmente, redesenhadas. É nesses períodos que a palavra esperança se apodera de cada um dos portugueses. É nessas alturas que questionamos o que queremos para o futuro. E é sobre esse futuro que escrevo. Sobre o meu futuro enquanto português, mas sobretudo sobre o meu futuro enquanto membro activo do dirigismo desportivo nacional.
Enquanto dirigente de uma federação desportiva, desde 2009 que vejo, salvo raras excepções, um cuidado paliativo do desporto. Apenas vamos tomando aspirinas quando, na verdade, já deveríamos estar na lista de transplante de órgãos. Não está tudo mal, mas também não está tudo bem.
O que mobiliza as pessoas em Portugal? A política? Não! O que mobiliza as pessoas é o desporto. Desde sempre que o desporto foi o factor de atracção, o ponto de união. Quando vimos o país mobilizado para algo? Nas últimas eleições legislativas ou na medalha de ouro da Rosa Mota em Seul? Nas últimas eleições presidenciais ou na vitória no campeonato da Europa da selecção de Futebol? Urge devolver ao desporto a sua real importância, dar-lhe o espaço na sociedade que tem de ter e que, por maioria de razões, merece.
Quantas são as entidades que "tratam" do desporto?
IPDJ, FdD, CDP, COP, CPP, Desporto Escolar, Autarquias e algumas outras entidades que se multiplicam em tentar apoiar a prática desportiva. Será que o estão a fazer devidamente? Definamos o que queremos.
Queremos educar desportivamente os nossos filhos, dar-lhes uma prática desportiva regular para que sejam melhores alunos e que permite que, no futuro, o Estado, gaste menos em saúde com esses jovens? É um objectivo meritório mas será que chega?
Queremos fomentar a prática desportiva dos nossos jovens e ir conseguindo intrometer alguns esforçados jovens portugueses nos top 10 ou 20 da Europa ou do Mundo? É um objectivo meritório e confortante mas será que chega?
Queremos fomentar a prática desportiva, ter portugueses perto do topo e criar condições para termos campeões do Mundo?
Para além do orgulho de ter um português como campeão da Europa ou do Mundo, que outros benefícios retiraria o país de uma desfaçatez deste calibre? A liderança pelo exemplo seria seguramente um deles. Quantos miúdos e miúdas começaram a correr por causa da Rosa Mota? Quantos miúdos vão olhar como possível uma carreira no motociclismo olhando para o Miguel Oliveira?
A solução é mais dinheiro para o desporto? Acho que não, mas acho que a solução é melhor dinheiro para o desporto.
Voltando ao início do texto sobre o ambiente eleitoral a oportunidade que se apresenta é, para alem da óbvia criação de um Ministério do Desporto, uma folha em branco.
Explico.
Repensar e readequar todos os recursos disponibilizados através de todas as entidades e direcioná-los, todos, com base numa Estratégia Nacional do Desporto, partindo de uma folha em branco, de um orçamento zero, de modo a respondermos à pergunta, o que precisamos para gerar mais heróis?"

O Espírito do Desporto e o Espírito do Jogo


"Sem espírito desportivo, não há desporto. O respeito pelo árbitro, pelos adversários ou parceiros são as regras elementares da socialização. Num “espírito positivo”, coloca-se a questão do espírito desportivo como uma questão da civilização, uma oportunidade, por forma a que a ética individual e a vontade de continuar humanos e cidadãos para não sermos manchados.
As regras do jogo todos conhecem, mas o espírito do jogo, em particular, o respeito dos outros e si mesmo, é preciso ser impregnado e não ser necessário abrir a carta desportiva para saber se determinada coisa é boa ou má. O senso comum considera frequentemente como postulado que o espírito de equipa se adquire por uma longa prática dos desportos colectivos, uma forma excelente de introdução à vida em sociedade e “as regras do jogo desportivo intervêm para colocar o controle da necessidade da violência nas mãos dos gestores, treinadores ou outros representantes da ortodoxia”, escreve Georges Magnane, em Sociologie du sport (1964, p. 33). São eles os “directores da consciência popular”, a que Howard Becker, em Outsiders: études de sociologie de la déviance (1985), chama de “empreendedores da moral”.
Assim, as regras do desporto são a principal atracção para as actividades aprovadas, “lícitas”, conscientemente sociais, e, num sentido mais amplo, dóceis. O desporto não é um espectáculo de desigualdade, mas um espectáculo de igualdade, razão pela qual o maior perigo que ameaça o desporto espectáculo é a grande dominação de um jogador, de um atleta ou de uma equipa. É preciso substituir o adversário incompetente das finalidades competitivas, que são os recordes. Não chega apenas ganhar. É preciso ser o mais rápido de todos os tempos, entrar na história. O espírito do desporto não é apenas opor os desiguais, das equipas ou dos atletas de nível heterogéneo. O critério que permite julgar o respeito do espírito do jogo é a reversibilidade dos resultados. O espírito do jogo é opor os valores sensivelmente iguais."


Dínamo Zagreb

Finalmente um sorteio 'amigo'!!!
Viagem curta, equipa acessível, jogo da 2.ª mão na Luz... no meio de uma sequência de jogos complicada! E ainda temos a 'história' com os grandes rivais do Dínamo... garantido muito 'apoio' ao Benfica em Zagreb! Mas para ganhar, é preciso humildade, competência, talento e ambição... São as qualidades necessárias para triunfar, que ausentes, mesmo com adversários mais 'fáceis', podem ditar noites 'desinspiradas'!!! Sem nunca esquecer que o Campeonato é claramente a prioridade...

Agora, o Dínamo tem dominado as competições internas nos últimos anos. É um Clube 'formador', tem normalmente muitos jovens de qualidade. E a Croácia é 'só' o vice-campeão do Mundo!

Se o Benfica vai ter o jogo com os Corruptos na véspera da 1.ª mão, o Dínamo também vai defrontar o 2.º e o 3.º classificado do campeonato Croata, nesta sequência de jogos, o que os obrigará a 'rodar' pouco! Sendo que o Dinamo, tal como nós, também jogou as pré-eliminatórias da Champions (começou uma pré-eliminatória antes de nós...), e foi relegado para a Liga Europa no Play-off pelo Young Boys... Na fase de grupos, dominou o grupo, onde estava o Anderlecht e o Fernerbahçe!!! E como tal, é com o Benfica, uma das equipas na Europa com mais jogos nas pernas esta época...

Em teoria, o Galatasaray é superior a este Dinamo, portanto prevejo uma 'rotação' idêntica do Lage... sendo que agora o efeito surpresa de Istambul já não vai existir!!!

Sorteio:
Chelsea -Dínamo Kiev
Eintracht Frankfurt -Inter
Dínamo Zagreb - Benfica
Nápoles -Salzburgo
Valência -Krasnodar
Sevilha -Slavia Praga
Arsenal -Rennes
Zenit-Villarreal

Cadomblé do Vata

"1. Jogo típico de equipa que anda a jogar de 3 em 3 dias... Lage poupou jogadores ao esforço competitivo e os jogadores pouparam os adeptos ao esforço dos festejos de golo constantes.
2. Uma substituição entre Jonas e Félix demonstra o quanto o Clube cresceu nas últimas épocas... é bom que se recorde que há apenas 10 anos, Rui Costa despedia-se da carreira de jogador apertando a mão a um Bynia.
3. Quando o árbitro apitou para o final do jogo, senti um alívio enorme... ainda bem que Ferro está suspenso para o Chaves, senão fazia mais uma exibição como hoje e o LFV vendia o Dias ainda antes da visita ao Dragão
4. Depois de terem ficado de fora na Turquia, hoje o SLB contou com Almeida, Pizzi e Jonas... espero que ao menos desta vez, o Lage tenha tido o cuidado de avisar o Fernando que íamos jogar com os mais velhos.
5. Amanhã há sorteio ao meio dia... vem mesmo a calhar porque Portugal também só vai contar com metade dos representantes que entraram nesta eliminatória."

(...) acredita que a Cervi só resta mesmo continuar a lutar para não ser substituído por Taarabt na convocatória

"Vlachodimos
Apesar da exibição mais contida, a prestação de Vlachodimos foi prova de que não sofremos muito com este Galatasaray. O grego lá apareceu no final, num lance entretanto invalidado, mas foram 90 minutos em que teve tanto trabalho como um amolador em dia de chuva.

André Almeida
Quase sempre bem a integrar a manobra ofensiva, sempre que Pizzi chama por ele o lateral aparece balanceado no ataque

Rúben Dias
O mau karma de Rúben Dias voltou a atacar. Sofreu penalty aos 67' e o árbitro nem pestanejou: mais um ressabiado que não gostou de ver o nosso centralão ser poupado a um segundo amarelo na Vila das Aves. Essa gente mesquinha não suporta ver-te vencer, Rúben, mas lá terão que se habituar. 

Ferro
Cada vez mais sereno no desempenho de funções, dentro e fora de campo. Assim que chegou à flash interview, Ferro fez o que tinha feito durante todo o jogo: chegou primeiro à bola, resolveu pragmaticamente e afastou o perigo com a elegância dos grandes centrais que, como se isso não bastasse, falam como se tivessem a escolaridade completa. Um luxo de miúdo.

Grimaldo
Teve ali uns laivos de Yuri Ribeiro.

Florentino
Não sei se já repararam, mas há ali um olhar terno que dá a Florentino condições privilegiadas para assassinar as esperanças de qualquer adversário com a bola, e ainda assim conquistar o seu respeito. Florentino tem o poderio físico dos grandes ocupantes desta zona do campo, chega quase sempre primeiro e raramente não consegue o que quer. Acima de tudo, é o herói de que todas os bandos de miúdos precisam. O mais forte do grupo, um calmeirão amigável e corajoso que nunca fugirá à responsabilidade de ir buscar a bola onde quer que esta se encontre: no meio campo do Galatasaray ou entre os miúdos do 8.º B que se armaram em estúpidos. Será ele mesmo, instantes depois, a devolver a bola aos amigos mais pequenos, como se esta não fosse sua. Um amigo, um cavalheiro, em suma, um jogador do caraças.

Gedson
O estranho caso de Gedson Fernandes. O miúdo talentoso que vimos aparecer na primeira metade da época tomou quase tantas decisões questionáveis como eu após oito whiskies. Ao invés do colega Florentino, que parece talhado para este modelo de jogo, Gedson continua a envelhecer mal no miolo, que é como quem diz, a cada jogo parece mais novo, inexperiente e fora dela. É verdade que foi apoiando na missão defensiva, mas não deu a qualidade de passe que dele se espera no desempenho da função.

Pizzi
Ainda ontem era uma jovem esperança do futebol português e agora é o mais velho de sete portugueses em campo. O tempo pode não passar por ele, mas o jogo da equipa sim. Foi dos que mais vezes criou soluções ofensivas e superioridades numéricas no ataque, mas também soube ser garante de equilíbrio no centro do terreno, segurando a cabeça de Gedson duas ou três vezes enquanto este expelia os shots da noite anterior.

Cervi
Muita parra, pouca uva. Muita luta, pouco pensamento à vista dos adeptos. Talvez por isso saiu pelo próprio pé, mas foi aplaudido como se tivesse saído lesionado. Só lhe resta continuar a lutar para que não ser substituído por Taarabt na convocatória.

João Félix
Mesmo num dia mau tem 3 ou 4 intervenções que nos fazem sentir gratos por estarmos vivos. Agora é esperar que seja simultaneamente apertado e motivado pelo mister Lage para se redimir já nas próximas jornadas. Atentai.

Seferovic
A frieza do resultado final parece indicar que tivemos uma rara aparição da versão depressiva de Haris Seferovic, mas as poças de suor espalhadas ao longo do relvado não enganam. Ao invés de comer a relva, Seferovic optou por regá-la com o sacrifício contido nos seus fluídos corporais, e o melhor disto é que agora vocês podem pegar nesta frase e fazer o que bem entenderem. Até logo. 

Rafa
Responsável por múltiplas incursões da ala para dentro e por aí adiante que ajudaram a desgastar alguns turcos e brasileiros, pelo menos até Rafa ter oportunidade de testar a potência do seu remate, provocando a gargalhada dos adversários directos. Foi um vislumbre daquele velho Rafa com alergia à baliza que nunca mais queremos voltar a ver.

Jonas
Hoje em dia parece o proverbial tipo mais velho da joga dos domingos de manhã que já não tem pernas mas continua a perceber mais disto do que os miúdos todos juntos. É a minha maneira de dizer que Jonas não sabe jogar mal.

Gabriel
Como um pai que decide ir buscar os filhos adolescentes após uma saída à noite, Gabriel chegou discretamente e esperou pelos miúdos. Sentiu o bafo a álcool em Gedson mas optou por não o repreender, pelo menos à frente dos amigos."

A confiança que é preciso ter para se poder jogar quanto baste

"O mais difícil já o Benfica tinha feito há uma semana: ganhar em Istambul, em casa do Galatasaray. Na Luz, de novo com um onze muito jovem, a equipa de Bruno Lage soube calmamente controlar os acontecimentos com bola e sem ela, numa gestão perfeita que deu um nulo que não foi bonito, mas foi inteligente

Rolaram as bolinhas e das bolinhas saiu o Galatasaray. Estávamos em Dezembro, o Benfica de Rui Vitória em crise. O sorteio pareceu tudo menos simpático.
Mas em dois meses muita coisa mudou no Estádio da Luz. Vitória saiu, entrou Bruno Lage e desde aí que o Benfica só não ganhou nas meias-finais da Taça da Liga, frente ao FC Porto. De resto, só vitórias e a liderança da liga a 1 pontos.
O Benfica de Lage, já percebemos todos, é outra equipa. Rápida no raciocínio, venenosa nas transições, lesta no aproveitamento do grande talento que pulula pelo plantel dos encarnados. E, de repente, o sorteio em que da bolinha saiu o Galatasaray pareceu um pouco mais simpático.
Que o Benfica tenha eliminado o Galatasaray e assim garantido a continuidade na Liga Europa, não parece surpresa por aí além. Quando os turcos jogaram frente ao FC Porto na Liga dos Campeões ficou a ideia de uma equipa com as suas limitações, de talento modesto, com ideias poucas. Mas ainda assim, talvez ninguém esperasse que fosse desta maneira.
Que fosse assim limpinho. E com dois jogos com muitos não titulares em campo.
Depois da proeza que foi ganhar a Istambul por 2-1, Bruno Lage sabia que bastava evitar uma entrada forte do Galatasaray para segurar a eliminatória. A revolução no onze foi mais comedida, mas o treinador encarnado voltou a apostar em Florentino e Gedson a meio-campo e o Benfica nunca deixou de controlar, fosse com bola ou sem ela. Calmamente optou pela coesão e menos pelo fulgor, por aquilo que nos treinos se chama de “descanso activo”, porque era preciso jogar estes 90 minutos, era preciso passar à ronda seguinte, mas também era necessário pensar no que vem por aí e o que vem por aí é duro para um Benfica a lutar pelo título.
E só uma equipa com muita confiança pode enfrentar uma 2.ª mão ainda não absolutamente definida assim, desta forma, sabendo precisamente o grau de quanto baste para ser feliz.
O jogo acabou com um nulo e ninguém gosta de nulos, mas o futebol também é feito de inteligência e Bruno Lage, ainda que adore ganhar, e ganhar por muitos, como já vimos, sabe que nem todos os jogos são para catrapilar - o que importava era dominar.
E por isso o jogo desta quinta-feira teve poucas oportunidades, porque o Benfica nem sempre esteve para isso, embora no arranque da 2.ª parte tenha tido caudal e oportunidades para avolumar ainda mais a vantagem que já trazia de Istambul. Aos 61’, João Félix terá tido nos pés o remate mais perigoso do Benfica, mas o pontapé saiu-lhe com muita força, após um desvio de Ferro num canto. A outra aconteceu logo aos 7 minutos, num lance rápido do Benfica, com Cervi a rematar ligeiramente ao lado depois de um passe de Pizzi.
Aliás, ao longo de boa parte do jogo ficou a sensação que sempre que imprimia um pouco mais de velocidade, o Benfica deixava o Galatasaray em apuros. E que só não houve golos ou mais lances de perigo por simples gestão de esforço.
Quanto ao Galatasaray, teve bola, mas nunca foi uma equipa objectiva ou com grande criatividade, em mais uma noite com a dupla Rúben Dias/Ferro a nível superior.
Sexta-feira há sorteio e há muito tubarão a nadar nas águas da Liga Europa. Mas este Benfica parece pronto para tempestades mais fortes."

Vermelhão: Controlado...

Benfica 0 - 0 Galatasaray


Foi um jogo de baixa intensidade, a sucessão de jogos faz mossa, a obrigação de procurar mudar alguma coisa estava no lado dos Turcos, mas o Gala só arriscou alguma coisa aos 70 minutos!!! Mesmo assim, 'dando' a bola ao adversário e pressionando pouco (excepto quando a bola entrava no meio), foi o Benfica nas transições rápidas a criar perigo... e só a falta de inspiração dentro da área, justifica o nosso 0 !!!
Estava com algum receio deste jogo, recordei-me de duas eliminatórias que também vencemos 2-1 fora, e depois na 2.ª mão na Luz, as 'coisas' estiveram complicadas: PAOK, decidido nos penalty's, com o Enke 'salvador'; e mais recentemente, com o Tottenham e com o jovem Kane a 'assustar'!!!
O 'segredo' estava na posse de bola: se o Benfica assumisse a 'bola' como costuma fazer na Luz, com equipas do nível do Gala, estaríamos a fazer  o 'jogo' dos Turcos, porque íamos 'dar' o contra-ataque a eles; se o Samaris e o Gabriel tivessem sido titulares, isso muito provavelmente teria acontecido...; com o Florentino e o Gedson, o Lage optou por dar a 'bola' ao Gala, tal como já tínhamos feito na 1.ª mão...
E a partida acabou por ficar assim 'emparelhada', o Gala sem espaço nas costas da nossa defesa para lançar a velocidade do extremo esquerdo...; e o Benfica, hesitante entre ir à procura do golo que 'mataria' a eliminatória, ou defender a vantagem de 2 golos!!!
O Galatasaray perto do final, teve um golo mal anulado por fora-de-jogo (ficou por marcar pelo menos um penalty a nossa favor...), mas essa foi praticamente a única jogada onde o Odysseas foi chamado a intervir... Notou-se que o Gala apostava quase exclusivamente nas 'bolas paradas' e até nesse aspecto, tivemos melhor do que em Istambul...!!!
Para mim o melhor em campo do Benfica, foi o Ferro. Grande exibição, a dominar o ar, e mesmo junto à relva esteve sempre bem colocado... fazendo vários cortes, sem recorrer à falta. E com a bola nos pés, muitíssimo bem no passe: curto e longo... Nos últimos dois jogos, foi claramente o melhor Central do Benfica!
Florentino, novamente com um excelente jogo... intratável nas recuperações, falta-lhe um pouco mais de confiança nas 'saídas' de bola... O Grimaldo também 'regressou' à Europa em forma, aproveitando a 'não marcação' do adversário directo!
O Gedson foi o jogador mais 'mal tratado' pelas bancadas (apesar da 'estatística' dizer o oposto)! Cometeu vários erros é verdade (creio que foi o ano passado, em Manchester, na Youth League sofremos um golo numa situação parecida - nesse caso em falta!), mas hoje também foi 'vítima' da estratégia: o Gedson gosta das 'cavalgadas' ofensivas, gosta de aparecer em zonas avançadas...; mas hoje o Lage pediu-lhe para jogar praticamente ao lado do Florentino... e dar uma linha de passe aos Centrais, numa primeira fase... algo que ele realmente tem dificuldades, porque falta-lhe 'visão periférica' quando recebe a bola, e quando é pressionado acaba por perder a bola muitas vezes...
Uma nota ainda para os avançados: estão os dois esgotados, principalmente o Seferovic... Com o Chaves, o Jonas tem que ser titular... senão vamos chegar ao jogo com os Corruptos, sem 'gás' lá na frente!!!
Amanhã no sorteio as 'escolhas' são poucas! Tendo em conta o calendário, a minha única preferência, é jogar a 2.ª mão em casa, pois no Domingo seguinte vamos a Moreira de Cónegos, e se fizermos uma viagem longa na Quinta, fica 'apertado' a deslocação ao Minho (o jogo será sempre no Domingo, porque logo a seguir vai existir uma paragem para as Selecções, portanto não poderá ser adiado para Segunda).
Mas não sou hipócrita, o Dínamo Zagreb, o Slavia de Praga ou o Rennes! Das equipas dos 'grandes' campeonatos, o Villarreal é claramente o mais 'acessível'!!!
Agora, o mais importante é a Liga: Chaves e Corruptos. Com o Almeida e o Ferro castigados, vão entrar o Corchia e provavelmente o Conti (se estiver mesmo recuperado...), ou então teremos o Kalaica (tenho algum receio... porque nem o Croata, nem o Rúben se adaptam bem a jogar no lado esquerdo...!!!) ou como solução de recurso o Samaris recuará para Central (não gosto desta opção, porque iríamos mexer em dois sectores...!).
Além destas duas situações, o 'problema' está mesmo na dupla de avançados! O Félix  e o Seferovic estão mesmo, muito desgastados... reafirmo, é 'obrigatório' o Jonas ser titular, para dar descanso a um deles... Creio que o Haris é o que está mais desgastado!!!