quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Dívida bancária da FC Porto SAD II

"No último artigo começámos a dissecar uma situação que é digna de uma investigação. Se a denúncia entrar no Ministério Público, face à natureza da mesma, temos que a investigação será remetida para a Direcção Distrital de Finanças do Porto, e não para a Polícia Judiciária.
Mas se essa denúncia for feita bem feita, pode ser remetida pelo Ministério Pública para a Polícia Judiciária, que enviará a parte inerente à determinação de uma eventual avaliação fiscal, na mesma, para a Direcção Distrital de Finanças do Porto.
O factoring não é mais do que um adiantamento feito por uma entidade financeira por conta da emissão de facturas a receber.
Imaginemos que temos uma empresa pequenina, a qual uma factura ao seu único cliente. Esse cliente costuma pagar tarde e a más horas, e nós, se precisamos do dinheiro, vamos ali ao banco da esquina, propormos um factoring, e o banco paga-nos o dinheiro da factura, descontando o preço que o mesmo banco cobra para fazer isso.
(...) do factoring do FC Porto SAD em 30/6/2018.
A operação com uma sociedade denominada Sagasta corresponde ao valor de 100 milhões de euros que foram adiantados e que serão pagos pela FC Porto SAD a Sagasta nas datas em que deveria receber o dinheiro da Altice, de Dezembro de 2018 a Setembro de 2019 e de Maio de 2020 a Junho de 2023.
Ora, conforme já havíamos concluído no último artigo, como é que uma sociedade constituída em 2016, que tem um capital social de 250 000,00€ faz factoring de 100 milhões de euros?
A sociedade foi constituída em 2016 e tem esta história.
A Incus Capital Advisors, fundo ibérico com se de em Madrid que gere activos no valor de 500 milhões de euros, adquiriu em Junho de 2016 uma carteira de crédito hipotecário em Portugal, à GE Capital.
O negócio foi celebrado por pouco mais de 50 milhões de euros.
Para o efeito, a Incus Capital abriu em Portugal uma sociedade de titularização de créditos, a Sagasta STC, SA.
Não vamos identificar quem fez a ponte em 2018 entre o fundo sediado em Madrid e a FC Porto SAD, deixando à curiosidade de cada um descobrir.
(...) mostrarmos a demonstração de resultados por natureza dessa sociedade.
Para o que interessa, releva a seguinte:
- 4 milhões de custos financeiros;
- Prejuízo contabilístico no valor de 43 mil euros;
E o seu balanço em 2017 evidenciava o seguinte capital próprio, (...).
Ou seja, o valor do capital próprio no final de 2017 era de 222 964,14€, inferior ao seu capital social, que era de 250 mil euros.
Mas o indicador mais evidente era o endividamento bancário e similar, que se cifrava nos 34 milhões de euros, sendo que tinha custos diferidos para exercícios futuros na ordem dos 4 milhões de euros.
E foi com esta empresa, com estes indicadores, que a FC Porto SAD foi negociar um factoring de 100 milhões de euros.
É indiscutível que é uma empresa fortemente alavancada. O que é isto quer dizer? Que concede empréstimos através da contratação de empréstimos, algo que ouvimos falar muito quando foi a crise de 2007/2008.
Era antes disto que o senhor Miguel Sousa Tavares devia falar, e não lançar fogo, afirmando que uma empresa que tem 200 milhões de passivo nunca poderia contratar o treinador José Mourinho. Mas sabe porque podia? Porque tem de activo 400 milhões e porque nunca iria contrair um empréstimos bancário para pagar a José Mourinho, o que não é de todo aplicável ao caso que expusemos quanto ao seu clube."

Pragal Colaço, in O Benfica

Dívida bancária da FC Porto SAD

"Em primeiro lugar, já estamos em 2019, e a verdade é que os anos passam a correr a uma velocidade vertiginosa que desafia todas as leis do universo, se é que as leis do universo existem e se é que as mesmas, afinal, são mutáveis! Seja como for, mandam as boas regras que se deseje a todos, sem excepção, um excelente ano de 2019.
Algo que tem sempre suscitado dúvidas no espírito do signatário deste artigo é: afinal, onde se consubstancia o aumento brutal da dívida bancária que a FC Porto SAD teve, do exercício de 2016/17, ara 2017/18?
É tempo de pararmos um pouco e perdermos tempo a fazer essa análise.
(...) respeita ao detalhe de empréstimos bancários e empréstimos obrigacionistas, existentes em 30/6/2017.
Já no que respeita à dívida bancária e obrigacionista existente em 30/6/2018, (...).
Não é necessário estarmos a explicar a diferença entre o valor pelo qual a dívida se encontra registada ser o do custo amortizado, ou o do valor nominal, pois a diferença no caso concreto não é grande, e tal explicação transportar-nos-ia para questões muitos complexas. Vamos trabalhar com a coluna dos calores nominais, ou seja, o título diz que são 1000 euros, são 1000 euros.
Em primeiro lugar, a dívida obrigacionista diminuiu de 80 para 70 milhões, ou seja, diminuiu 10 milhões.
Em segundo lugar, a dívida bancária a título de empréstimos bancários aumentou de 34 para 35 milhões, ou seja, 1 milhão.
Em terceiro lugar, a dívida bancária a título de papel comercial aumentou de 17,5 milhões para 25 milhões, ou seja, 7,5 milhões.
Em quarto lugar, o factoring aumentou de 64 milhões para 152 milhões, ou seja, 88 milhões.
Em 2018 também temos que existiu um aumento de 0 para 490 mil euros de leasing. Ora, tudo isto em termos globais e agregados significou um aumento aproximado de 87 milhões de dívidas bancárias e obrigacionistas. O factoring não é mais do que um adiantamento feito por uma entidade financeira por conta da emissão de facturas a receber.
Imaginemos que temos uma empresa pequenina, a qual fez uma factura ao seu único cliente. Esse cliente costuma pagar tarde e a más horas, e nós, se precisamos do dinheiro, vamos ali ao banco da esquina, propomos um factoring, e o banco paga-nos o dinheiro da factura, descontando o preço que o mesmo banco cobra para fazer isso.
Mas afinal a que se deve este abrupto, para não dizer colossal, aumento de valor de factoring? (...)
Temos que 111 milhões de euros correspondem a facturação já emitida à Altice, de jogos de épocas futuras.
Ora, o contrato com a Altice começou a vigorar apenas a partir de 1 de Julho de 2018, e antes disso já estavam facturados 111 milhões, acrescidos das despesas que o Star Fund e a Sagasta cobraram por estes adiantamentos.
Mas afinal de contas que é esta Sagasta? É uma sociedade criada em 2016, com um capital social de 50 000,00€, (...)
Posteriormente, aumentou o capital social para 250 mil euros, (...)
Como é que uma sociedade constituída em 2016, que tem um capital social de 250 000,00€, faz factoring de 115 milhões de euros é o que saberemos no próximo artigo."

Pragal Colaço, in O Benfica

O destino tem destas coisas...

"Colocado um ponto final no capítulo «Benfica», eis que o destino ditou que Rui Vitória rumasse à Arábia Saudita, para orientar o Al-Nassr cujo grande rival é, nem mais nem menos, o Al Hilal treinado por… Jorge Jesus.
O ano de 2019 marca assim o reencontro entre os dois treinadores portugueses que durante três épocas travaram uma autêntica guerra de palavras. enquanto Jesus treinou o Sporting e Vitória o Benfica. Os dois vão voltar a lutar por um título nacional, mas desta vez fora de portas.
Jorge Jesus leva vantagem sobre o seu compatriota já que tem seis meses de avanço.
Está ambientado ao país, ao facto de treinar sempre com um tradutor a transmitir as suas ideias aos jogadores, e está igualmente por dentro do ambiente que se vive em torno do futebol na Arábia Saudita.
É certo que a linguagem do futebol é universal, mas o primeiro grande obstáculo de Rui Vitória será certamente o mesmo que Jesus teve quando chegou a Riade: a língua.
Para o ex-técnico do Benfica esse será mais um desafio a juntar ao que a direcção do Al-Nassr lhe propôs, ou seja, conquistar um título nacional, feito que escapa ao clube há três épocas.
Dizia-me um amigo há dias que iria «ser giro» ver Jesus e Vitória novamente frente a frente, e afinal sempre vamos ver.
É sabido que o treinador do Al Hilal vive os grandes momentos sempre com as emoções à flor da pele, enquanto o novo técnico do Al-Nassr revela-se sempre mais comedido e racional.
São, acima de tudo, duas formas bem diferentes de estar no futebol. Mas se na memória recente estão ainda bem frescas as imagens da troca de palavras acesa entre Jorge Jesus e Pedro Emanuel, treinador do Al Taawon, actual quarto classificado da Liga saudita, após o empate a dois golos com o Al Hilal, podemos então esperar uma relação ainda mais emotiva em tempos bem próximos…
Depois dos quase três anos em que em Portugal mantiveram uma relação muito particular, Jorge Jesus e Rui Vitória vão certamente reeditar alguns desses momentos quentes, agora nas arábias… 
Afinal, vão treinar os dois grandes candidatos ao título, num país onde o futebol até tem tradição e mostra cada vez mais meios e vontade para se desenvolver…
Depois da exportação de craques do relvado, Portugal especializa-se em «internacionalizar» craques do banco. Não seria, por isso, de admirar que pelo menos os jogos entre o Al Hilal e Al-Nassr passassem a ser transmitidos num qualquer canal português.
Eu, no que me toca, vou ficar à espera para assistir na TV aos duelos entre Jorge Jesus e Rui Vitória ou, quem sabe, propor uma reportagem das arábias, a fim de ver «ao vivo» o reencontro dos dois treinadores, que está marcado para o final de Março…"

O sucesso da BTV

"Um livro aberto, escrito e corrigido diariamente. Assim é a Televisão que emite 24 horas por dia. Não pára de evoluir, não suspende o acompanhamento da realidade, da evolução global e particular. Não existem televisões perfeitas, todavia há canais de televisão que marcam a actualidade e a história. Distinguem-se dos demais.
A Benfica TV – o primeiro canal de clube português, o primeiro à escala mundial a transmitir os jogos da sua equipa em exclusivo, o primeiro premium desportivo a constituir-se enquanto concorrente da Sport TV – vence pelo terceiro ano consecutivo o Prémio Cinco Estrelas, na categoria “TV – Canais Desportivos”.
É uma vitória consumada graças a um total de 8,20 (numa escala de 1 a 10), resultante da preferências dos consumidores portugueses. Independentemente da qualidade dos restantes nomeados, a BTV foi a escolhida. Destacou-se pela qualidade geral da informação e pela credibilidade, mas também pela forma diferenciadora como informa quem a vê.
Para que se conheçam melhor os critérios utilizados na avaliação, são cinco os pontos de que resulta a nota final:
• Notoriedade Espontânea
• Satisfação
• Confiança
• Inovação
• Actualidade (sendo esta a característica identificada pelos consumidores como a mais relevante na categoria TV – Canais Desportivos)
Obrigado. É oportuno agradecer aos sócios e adeptos do Sport Lisboa e Benfica, a todos os que se interessam pelo futebol e pelas modalidades. E não esquecemos os nossos adversários e detractores que nos perseguem e criticam provando ao mundo que são espectadores regulares da BTV.
Não somos os melhores nem podemos agradar a todos, mas existimos há 10 anos, superámos com 2 canais os 320 mil assinantes e somos – digam o que disserem – uma referência na cobertura de eventos desportivos, do futebol às modalidades de menor projecção, e contribuímos definitivamente para a promoção do desporto nacional. Todo ele, para todos."

Regresso vitorioso...

Leixões 1 - 3 Benfica
34-32, 13-25, 14-25, 17-25

Regresso após as férias de Natal, com uma vitória, num jogo que começou com um 1.º Set 'estranho', mas que depois 'normalizou'!!!