sexta-feira, 31 de maio de 2019

A Lage o que é de Lage

"Tantos adjectivos elogiosos já foram utilizados para caracterizar o desempenho de Bruno Lage na semi-época da estreia ao serviço da equipa principal do Benfica, que qualquer encómio de sobra soará sempre a redundância. Na verdade, nem mesmo os mais optimistas esperariam tanto, levando em conta encarnada se encontrava no 4.ª lugar a 7 pontos da liderança, tendo ainda se de deslocar ao Dragão, a Alvalade, a Braga e a Guimarães.
Daí em diante, não só venceu categoricamente em todos esses estádios, como recuperou os pontos de atraso, igualou o recorde de golos, e chegou ao ambicionado título. Fê-lo com nota artística elevadíssima, empolgando os adeptos - mesmo aqueles que, não sendo do Benfica, simplesmente apreciem o bom futebol.
O jovem técnico benfiquista não brilhou apenas pelos resultados e pelas exibições. Também deixou marca pelo discurso de humildade e fair-play, bastante distinto daquilo que é habitual no futebol português. Mostrou que para ganhar não é necessário gritar, nem desrespeitar os rivais. Deu um exemplo de desportivismo que não pode deixar de ser sublinhado. Se Lage recolhe hoje o apoio da unanimidade da nação benfiquista, também é preciso dizer que a próxima época lhe trará novos desafios.
Mais do que nunca, o Benfica será o alvo a abater, e todos os restantes treinadores irão esforçar-se por tentar anular o seu modelo de jogo.
Depois de tão sumptuosa estreia, Bruno Lage tem agora a oportunidade de mostrar que o seu êxito nada teve de circunstancial, e que estamos perante um técnico ao nível dos melhores da história do clube e do país."

Luís Fialho, in O Benfica

Carrega, Bruno!

"Bruno Fernandes está na moda e tem feito manchetes diárias dos jornais desportivos, com direito a horas e horas de televisão com o mesmo tema. O mundo é muito injusto, pois há um Bruno, também de apelido Fernandes, bem mais titulado e de que ninguém fala.
A equipa feminina de Futsal do Sport Lisboa e Benfica conseguiu um feito difícil de igualar - sagrou-se tricampeã nacional. Pela terceira época consecutiva, as nossas Papoilas Saltitantes conquistaram não só o Campeonato Nacional, como venceram todas as provas internas. Conseguiram, pela terceira temporada seguinte, juntar ao título de Campeão, as vitórias na Supertaça e na Taça de Portugal. Todo o mérito deve ser atribuído ao excelente grupo de trabalho que o SL Benfica montou, em 2016/17, de forma estruturada, com muito planeamento e, sobretudo, com uma clara visão de futuro. Ao leme desta equipa está Bruno Fernandes, com apenas 36 anos. Discretamente, fazendo do trabalho a sua forma de estar, o nosso treinador conduziu as nossas 15 atletas a feitos notáveis. Os números falam por si - em três épocas conquistou 9 títulos de âmbito nacional e dois distritais. Além do Campeonato, da Supertaça e da Taça, Bruno Fernandes bateu o Sporting, por duas vezes consecutivas, na final da Taça da Honra da Associação de Futebol de Lisboa. Creio que se poderá pensar que só não venceu a terceira porque esta época a prova não se disputou. Capitaneadas por Inês Fernandes, as tricampeãs nacionais realizaram, nos últimos três anos, 105 jogos oficiais, vencendo 97. Empataram quatro e perderam apenas quatro jogos. Marcaram 541 golos. Impressionante!"

Pedro Guerra, in O Benfica

Açúcar ou Saúde? Futebol!

"Açúcar é bom mas não no sangue. E para isso temos, não só que o consumir em menor quantidade como, sobretudo, que controlar os seus níveis regulares para que os médicos nos possam aconselhar e ajudar a evitar os seus efeitos nefastos. Habituámo-nos a ouvir dizer que a diabetes é uma doença civilizacional e dito assim, parece uma fatalidade que a mesma vá tolhendo vidas atrás de vidas à espécie humana. Ora, usando de alguma modernidade e senso comum dos nossos dias, fui espreitar à Wikipédia e descobri que 'Civilização é um complexo conceito da antropologia e história. Numa perspectiva evolucionista é o estágio mais avançado de determinada sociedade humana'. A sério? Não faz sentido nenhum quando lemos esta definição a pensar em diabetes... Portanto algo está mal nesta civilização e se calhar somos mesmo nós, que entramos desabridamente pelo consumo inconsequente de tudo e mais alguma coisa, sem olhar aos limites do corpo e sem queimar uma caloria que seja, alternamos infindavelmente entre 'parado' e 'quieto' e não fazemos o menor esforço para mudar até que seja tarde, por vezes irremediavelmente tarde...
Ora é aqui, precisamente, que entra esta coisa de 'jogar à bola', aliando a actividade física à socialização que é, para nós Humanos, como o oxigénio da vida. Todos sabemos que somos uma espécie gregária, cujo sucesso reinante sobre todas as demais assenta na capacidade de organização social que temos e na actuação conjunta em torno de lideranças. Na verdade, se há coisa que nos faz sentir bem é competir, apontar a objectivos e conquistá-los. Mas no final, sabe a pouco a vitória se não houver a celebração e o reconhecimento do outro. Quando somos pequenos todos passamos por uma idade de afirmação e necessidade de reforço positivo que termina invariavelmente num 'mãe.. pai... Já viram o que eu fiz?... Olha aqui eu...'. Mais tarde, muitas vezes, quando alcançarmos alguma coisa na vida é comum ouvir dizer coisas como 'que pena o meu pai/mãe não estar aqui para ver o que eu consegui'. Enfim, estar com gente e competir são duas coisas tão importantes para nós que podem mesmo sobrepor-se à preguiça se o que estiver em causa for 'jogar à bola', porque fazer isso é uma das poucas ocasiões em que a vida nos oferece em síntese tudo o que mais gostamos de fazer.
Portanto, é fazer pela saúde, combater a diabetes e muito mais, com uma bola nos pés e um sorriso entre amigos."

Jorge Miranda, in O Benfica

Tanto melhor

"Depois de um ano muito difícil, os benfiquistas vivem em todo o país e por todo o mundo, em estado de verdadeira felicidade. Em nós, é normal este formidável uníssimo de cada vez que ganhamos. Lembro-me bem dos indeléveis sons e imagens das grandes vitórias que já marcavam a história do Glorioso desde o século passado, a partir do final dos 50 e ao longo de toda a década de sessenta, ainda quando, no Portugal a preto e branco, o nosso vermelho irrompia de vez em todo o lado, nas grandes e constantes celebrações do Benfica vencedor, de cada vez que os nossos sonhos se cumpriam.
Os tempos de hoje são muito diferentes. Nem há comparação possível com o que é celebrarmos, agora em plena liberdade, uma reconquista tão difícil. A diversidade, a intensidade e as dimensões que estão a caracterizar as comemorações do nosso 37.º campeonato, marcam muito mais do que a imensa alegria colectiva que experimentamos por um título nacional.
A incrível explosão do nosso sentimento colectivo coroa, aliás, a própria natureza do feito alcançado em dois diferentes campos de vitória. Também por isso, mais apropriadamente ainda, desta vez conformamos num autêntico grito de alma a dupla conquista: a Reconquista.
Primeiro, soubermos superar-nos a nós próprias e depois, passámos a vencer todos os outros. Nesta hora dos nossos irreprimíveis festejos, contudo, eles persistem em usar por todos os meios, todos os subterfúgios e todas as mentiras para tentarem denegrir os incontestáveis méritos que constituem o nosso justo orgulho. Na ânsia de publicamente se eximirem à constatação dos seus erros e da sua insuficiência desportiva perante a hegemonia do Benfica, chegam a esquecer-se dos assomos dos méritos e capacidades que, de vez em quando, ainda patenteavam, preferindo disparar em todas as direcções que a imaginação doentia e podre lhes concede, para iludirem perante quem lá manda agora, as severas realidades em que estão mergulhados.
Mas verdadeiramente, ali, já não há rei, nem roque: os sucessivos cheque-mates que continuam a sofrer são o resultado dos autênticos haraquiris a que cegamente se dedicarem, em todos os campos de actividade, nestes últimos seis anos. Mas, pelos vistos, continuarão sob a égide das macacadas. E se for assim que se sentem bem, tanto melhor..."

José Nuno Martins, in O Benfica

Recusa de Cillessen é caso de estudo

"A recusa de Cillesen em mudar-se para a Luz deve ser caso de estudo. O Benfica é um grande clube, 37 vezes campeão nacional, 26 vezes vencedor da Taça de Portugal, sete vezes triunfador da Supertaça e duas vezes campeão europeu. Mas, para um determinado nível de futebolistas, apesar da história, do prestígio, das condições de trabalho, de uma massa imensa de sócios e adeptos que pintam de vermelho os caminhos da lusofonia e de uma situação financeira que sugere estabilidade, jogar no Benfica são é apelativo. E a razão de tal desinteressante não tem a ver com o clube - um dos maiores do mundo - mas da circunstância onde este desenvolve parte substancial da sua actividade, a Liga portuguesa.
Há muita gente que não gosta de encarar a realidade mas esta, patente diariamente na imprensa de Badajoz para lá, diz-nos, cruelmente, que a interesse do resto do mundo pelo nosso futebol domésticos é meramente residual. Sejamos claros: tendo em carteira outras possibilidades, que jogador que vir jogar para uma Liga onde as acusações de corrupção andam permanentemente no ar, o insulto é corrente e a cultura de ódio significa, para muitos, uma forma de estar? Visto de fora, será este um ambiente convidativo?
A Liga de Clubes, que vai a votos em breve, deve reflectir sobre a forma de inverter uma situação que empurra o nosso campeonato para o afastamento dos melhores. É preciso que acolha, por exemplo, sem tibiezas, a causa da centralização dos direitos televisivos, única forma de aumento da competitividade, e que apoie, com coragem, os movimentos que procuram erradicar os holligans dos estádios."

José Manuel Delgado, in A Bola

O homem do leme

"Cai o pano sobre a época futebolística em Portugal, edição 2018/2019. O Benfica assegurou a reconquista do Campeonato, sendo unânime o reconhecimento da figura maior dessa proeza: Bruno Lage. O “Homem do leme”, música eternizada pelos Xutos e Pontapés, dá o mote para recordar a obra do treinador campeão com apenas meia época de trabalho à frente da equipa.
Sozinho na noite
um barco ruma para onde vai.
Uma luz no escuro brilha a direito
ofusca as demais.
Sozinho na noite. Era precisamente assim que se encontrava Luís Filipe Vieira no final de Novembro de 2018. Na ressaca da derrota por 5-1 frente ao Bayern de Munique, o presidente do Benfica pernoitou no Caixa Futebol Campus e, durante a noite, viu a tal “luz”, que brilhou e lhe indicou o rumo a seguir. Esse rumo passava pela manutenção de Rui Vitória como treinador das águias, apesar dos resultados menos positivos e do fraco futebol apresentado pela equipa, que tanta contestação estavam a gerar.
As críticas ao treinador português multiplicavam-se nos meios de comunicação e subia a pressão, não só externa como interna, para a sua substituição no comando técnico do clube da Luz. Ao anunciar a decisão de manter Rui Vitória, Luís Filipe Vieira fez questão de vincar que essa decisão era, de facto, sua, revelando que a posição dos restantes responsáveis pelo futebol do Benfica era contrária à sua. Uma decisão histórica, porque humilhante para todo o universo benfiquista. Jamais um presidente de um clube com esta dimensão pode justificar uma decisão tão importante com uma luz que veio a meio da noite. Ponto final, parágrafo. 
E mais que uma onda, mais que uma maré…
Tentaram prendê-lo impor-lhe uma fé…
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme…
Luís Filipe Vieira apoiou-se na situação vivida em 2013 com Jorge Jesus, com contornos semelhantes ainda que em momentos distintos da época, para reforçar que já anteriormente tinha remado contra a maré e levado o Benfica a bom porto. Mas a onda de bons resultados que se seguiram após este voto de confiança em Rui Vitória (sete vitórias consecutivas), esbarrou no empate com o Desportivo das Aves (Taça da Liga) e na derrota com o Portimonense, a contar para o Campeonato, que atirou o Benfica para o quarto lugar da classificação, a sete pontos do líder FC Porto.
Esta derrota do Benfica em Portimão rompeu de vez a ligação com Rui Vitória, tendo sido apontados nomes como José Mourinho, Jorge Jesus, Paulo Fonseca, Leonardo Jardim ou Rui Faria para suceder ao técnico ribatejano. Nenhum destes se confirmou, acabando por ser Bruno Lage, aquele que nada teme, a assumir o leme da navegação benfiquista, que tentava salvar uma época dada já como perdida. Não há mérito de Luís Filipe Vieira neste momento crucial da época, porque ficou claro que Bruno Lage não foi aposta primeira mas sim solução de recurso.
E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder…
Com Bruno Lage, a vida do Benfica não foi sempre a perder. Antes pelo contrário, o treinador fez uma segunda metade de época fantástica. Mudou o sistema táctico, recuperou jogadores que estavam “desaparecidos”, deu a titularidade e oportunidades aos jovens e recuperou os sete pontos de desvantagem para o primeiro lugar, com destaque para as vitórias em Alvalade, no Dragão, em Braga e em Guimarães, oferecendo a reconquista do Campeonato a um Benfica que, quando Lage chegou ao leme, estava afastado por todos dessa luta. Se o Benfica festejou o 37º título de campeão esta época, deve-o ao homem do leme: Bruno Lage.
E não foi só pela reconquista do campeonato que o técnico se destacou. A sua postura é a de alguém que sabe estar no mundo do futebol, uma qualidade que tem tanto de rara como de menosprezada. O seu discurso é de uma elevação e de uma categoria tremendas, representando um raio de luz legítimo para todos os que aspiram a um futebol português mais digno, com mais fair play e com um ambiente mais saudável.
Mais do que teorias, frases feitas e lugares comuns, Bruno Lage insistiu sempre no treino como a variável chave para o sucesso, a consistência, o trabalho árduo, que seriam recompensados com vitórias. E já após a conquista do Campeonato, na última conversa com jornalistas, o reconhecimento do mérito do rival FC Porto e até a admiração por Herrera. Um discurso genuíno, verdadeiro e que abre espaço para a pacificação de um ambiente tão conspurcado como o do futebol português.
Mas o percurso de Bruno Lage não foi imaculado e também teve alguns solavancos. Se da eliminação na Taça da Liga, frente ao FC Porto, não se pode apontar o dedo ao treinador, até pela excelente exibição que a equipa fez, o mesmo já não se pode dizer em relação às eliminações na Taça de Portugal e na Liga Europa. Em ambas as competições o Benfica saiu da primeira mão em vantagem na eliminatória mas acabou por ser eliminado na segunda mão, por falhas claras na abordagem a esse segundo jogo. Bruno Lage mostrou dificuldades em preparar a equipa para gerir a vantagem trazida do primeiro jogo mas também se pode alvitrar se não foi mais um caso de gestão de plantel, para atacar aquela que era a prioridade, o Campeonato.
A vontade de rir, disse-o o próprio Bruno Lage, chegou no último jogo da época, apenas quando o quarto árbitro levantou a placa com os minutos de compensação. Aí chegou a sensação de dever cumprido e de que o título já não escapava à sua equipa. Para o futuro, fica a vontade de Bruno Lage ir em busca do bicampeonato, correr o mundo e partir à conquista da Europa. Os adeptos do Benfica assim o esperam."

Variabilidade na Criação – Um jogo de relações

"Para quem ataca durante mais tempo, uma das armas para chegar à baliza adversária é a colocação de muita gente à frente da linha da bola, significando um aumento do número de soluções verticais. Acredito que, as equipas mais capazes de jogar pelo corredor central possam ser aquelas que colocam mais gente por dentro, mas nem sempre é assim. Quanto mais gente se colocar no espaço interior, mais adversários se poderá concentrar nesse espaço, o que pode limitar os caminhos para chegar à baliza adversária pelo caminho pretendido em primeira instância, mas o que também poderá originar espaço para furar por fora. Assim, atacar com amplitude máxima torna-se fundamental para provocar desequilíbrios por fora, mas também por dentro!
Com a evolução do jogo, têm-se tornado fundamental a variabilidade na criação, isto é, a capacidade de alterar os posicionamentos em zonas de criação. Se a construção é uma fase importantíssima para se iniciarem os desequilíbrios ofensivos, a fase de criação é ainda mais notória por estar mais próxima da baliza. A quantidade de jogadores colocados na construção está relacionada, portanto, com a fase de criação e pode, inclusive, limitar as ligações ofensivas. Existe, então, a necessidade de criar igualdade/superioridade em zonas mais adiantadas do campo porque, no jogo, tudo são relações numéricas, espaciais e qualitativas!
A necessidade de aumentar o número de elementos entre as linhas adversárias tem encontrado novas soluções para furar equipas muito compactas e com muita gente atrás da linha da bola. Hoje, as equipas que preparam cada momento ofensivo ao detalhe, colocam 3, 4 e até 5 elementos entre os sectores adversários. Como referi, aumentar a presença entre-linhas não é sinónimo de qualidade. No entanto, o adversário fica mais desconfortável pela quantidade de jogadores que atacam a sua última linha. A presença de 4 ou 5 elementos servirá para igualar ou criar superioridade numérica sobre a linha defensiva do adversário criando-lhe mais constrangimentos.
“É diferente atacares uma linha de 5 do que atacares uma linha de 4. Para atacares uma linha de 5, tens que criar mais dificuldades e isso está relacionado, com a quantidade de jogadores que atacam essa última linha.”
Abel Ferreira

Conhecer e perceber o adversário é cada vez mais importante. Quem ataca com amplitude máxima depara-se, frequentemente, com a presença de 5, 6 e até 7 elementos nas linhas defensivas adversárias pela dificuldade de controlar toda a largura defensiva. É, portanto, fundamental ter um modelo com a capacidade de mudar em função desses constrangimentos que o adversário vai colocando. Colocar mais gente entre-linhas poderá ser uma solução para furar equipas com muitos elementos na última linha. Outra das soluções poderá estar relacionada com os contra-movimentos na última linha adversária, de modo, a criar desconforto e a enganar a oposição.
Por exemplo, habitualmente, o Manchester City coloca três elementos em zonas de criação no corredor central. Na final da taça de Inglaterra, a equipa de Guardiola defrontou um Watford a defender num bloco baixo e, por diversas vezes, com uma linha defensiva de 5. Perante isto, Pep colocou Sterling no espaço interior e o City passou atacar com quatro elementos em zonas interiores e consequentemente, com mais gente atacar a última linha adversária. Um modelo completo é, também, aquele que têm diferentes soluções para responder aos vários constrangimentos que o jogo e o adversário nos cria.
Existem vários condicionalismos que poderão afectar o nosso modelo de jogo. A nossa ideia de jogo deverá, portanto, estar aberta a novas soluções para responder aos diferentes problemas que o jogo vai colocando. Os números são importantes, mas as dinâmicas que se criam serão decisivas!"

Novo Regulamento da FIFA

"A FIFA publicou, no passado dia 8 de Maio de 2019 o Novo Regulamento do Estatuto e Transferência de Jogadores (RETJ), o qual tem por principal objectivo a determinação das regras aplicáveis à condição de Jogador de Futebol, as regras inerentes à transferência dos mesmos entre clubes, assim como as regras que os próprios clubes terão de cumprir por forma a poderem participar nas competições internacionais, por exemplo.
O referido Regulamento irá entrar em vigor no próximo dia 1 de Junho de 2019 e as principais mudanças que decorrem do mesmo vão de encontro à titularidade dos Direitos Económicos do Jogador de Futebol, atenta a sua crescente importância num "mundo futebolistico" cada vez mais competitivo e forte em termos financeiros.
Ora, em termos práticos os Direitos Económicos apenas tomam a sua (real) relevância no momento da transferência do jogador para um outro clube, em razão da possibilidade da mesma ter um carácter oneroso, ou seja, tais Direitos possuírem uma relevância monetária.
Assim e se em relação à participação de terceiros da titularidade dos Direitos Económicos do Jogador (que não fossem os respectivos Clubes ou Sociedades Anónimas Desportivas) o assunto ficou resolvido pela Circular nº 1.464 da FIFA, este novo Regulamento veio resolver a questão de um ponto de vista mais pessoal, ou seja, o Jogador passa a poder ser proprietário dos seus Direitos Económicos, o que terá como consequência uma maior (e melhor) participação do mesmo na determinação da sua remuneração, aquando da sua transferência para um outro Clube.
Panorama semelhante ocorre no no (da Federação Portuguesa de Futebol) Regulamento do Estatuto, da Categoria, da Inscrição e Transferência de Jogadores onde já se encontra prevista a impossibilidade da titularidade dos Direitos Desportivos de um Jogador por Terceiro ("Third Party Ownership"), atribuindo ao Jogador/Clube a possibilidade de serem os próprios a deterem os mesmos."

Solidariedade, reconhecimento e liderar pelo exemplo

"Sempre fui a pessoa que queria mudar as coisas, que não se contentava com o mínimo, que exigia sempre o máximo de mim e dos que estavam comigo. Desde muito cedo questionava o porquê de determinados processos ou formas de estar, gostava de participar em discussões e debates, mas nunca quis apenas fazer parte do grupo que tinha opiniões.
Liderar o gabinete olímpico de um dos mais eclécticos Clubes do Mundo enquanto ainda atleta integrada nas selecções nacionais, acumulando funções na gestão comercial para as modalidades, tem sido um dos maiores desafios, mas também algo que me faz chegar a casa com um sentimento de realização que dificilmente teria se estivesse ligada a outra área.
Tenho tido a sorte de conhecer pessoas incríveis, profissionais, dirigentes, staff, mas acima de tudo tenho tido a sorte de conhecer a realidade de Atletas das mais diversas modalidades que me inspiram e deveriam inspirar a todos nós. A solidariedade e o reconhecimento deveriam juntar-se mais vezes quando pensamos no desporto em Portugal – não deveria haver só solidariedade quando vemos histórias de atletas com limitações, nem reconhecimento só quando se ganham medalhas. E devemos reconhecer estes nossos Atletas, sabendo que há muito por conquistar, mas humildemente também reconhecermos que do lado da gestão do desporto há muito trabalho por fazer, financiamento privado por captar, e projectos por concretizar.
Tive a sorte de viajar por alguns dos melhores Centros Olímpicos e de treinos do mundo, treinar com atletas de várias nacionalidades, e quanto mais vivencio essas experiências mais reconheço que o carácter, a união, e o orgulho com que os nossos Atletas dão tudo para representar o seu País, faz-nos ser diferentes. Mas também nos distinguem as condições. Continuamos sem ter um Centro Olímpico, centralizado e disponível para dar resposta às necessidades reais das equipas nacionais das diversas modalidades ao longo da época, apetrechado com tecnologia e equipamentos de ponta e espaços para as equipas poderem treinar, descansar, comer, dormir, trabalhar – antes de se exigirem resultados no top3 mundial, temos também que reflectir em que top é que estamos em termos de condições disponibilizadas para o Alto Rendimento.
E porque os Jogos não funcionam por convite e já foram iniciados processos de Apuramento Olímpico, chega a oportunidade dos Atletas poderem concretizar o sonho de uma vida passada entre treinos diários, bidiários, fisioterapia, recuperação, e muitos pavilhões – se conseguirem alcançar as vossas metas, o mérito deverá ser merecidamente vosso, se não, deverão estar cá as Instituições e Clubes para vos apoiar incondicionalmente e garantir que a frustração ou culpa não fique somente em vós.
Reconhecer, apoiar, e continuar a trabalhar diariamente, para garantir as melhores condições. Liderar pelo Exemplo. Porque no final do dia, são as pessoas que fazem o desporto nacional. E são as pessoas, somos todos nós, que podemos fazer mais e melhor pelo desporto nacional."

Artes Marciais: um produto de mercado

"De uma forma geral, chama-se genericamente “artes marciais” a um conjunto de práticas físicas com origem asiática, orientadas para situações de combate desarmado ou com armas tradicionais, às quais se associam habitualmente um conjunto de valores espirituais e morais, “uma filosofia”, ou uma “via de realização”. Etimologicamente, a palavra “marcial” não é uma designação Oriental, mas sim Ocidental. Vem do latim “martialis” (de Marte, deus da guerra na mitologia romana), e significa “relativo a militares ou guerreiros”, “corajoso”, “bélico”, traduzindo mais ou menos as noções de “Bujutsu” (Japão) ou “Wushu” (China).
Várias disciplinas japonesas (judo, jiu-jitsu, karaté, aikido, kendo, aido), coreanas (taekwondo), chinesas (tai-chi-chuan) ou vietnamitas (viet-vo-dao) desenvolveram-se em diversos estilos, formas e práticas. Categorias de escolas e praticantes concorrentes coexistem no seu seio. Na realidade, apenas algumas destas disciplinas foram desenvolvidas e usadas pelas castas guerreiras das distintas civilizações orientais, que as criaram, merecendo o epíteto de artes de guerra ou de combate.
A difusão mundial iniciou-se a partir do momento em que chegaram ao Ocidente. Este processo arrancou com as tropas americanas estacionadas no Japão. Ao dar-se a ocupação do Aliados, entre 1945 e 1952, um dos primeiros cuidados dos invasores foi proibir e encerrar as escolas de artes marciais, que tinham sido responsáveis pelo treino e doutrinação da juventude nipónica. Após a derrota deste país na Segunda Guerra Mundial, voltavam para casa a ensinar karaté, judo, aikido, etc., que prometiam a possibilidade de o fraco vencer o forte.
As artes marciais constituem um imenso e heterogéneo domínio de investigação. Infelizmente, elas são muitas vezes uma fonte de mistificação e menos objecto de estudo científico (Rosa, 2007, 2008; Rosa, García & Gutièrrez, 2010). É preciso dizê-lo também que as artes marciais se prestam a uma ou a outra situação, na medida em que a sua identidade é muitas vezes associada a lendas, a pensamento mágico, a rituais misteriosos, a discursos épicos, etc. A sociedade moderna, asiática ou europeia, não as trata melhor. Recorrendo à terminologia de culinária, as artes marciais são uma mistura de todos os molhos. Sem esgotar, podem ser vistas de diferentes formas:
· Elas podem ser desporto de competição, excitando a rivalidade entre os seres, utilizando a violência com o objectivo de vencer o outro nas suas encenações, evocando, por vezes, uma actuação de circo. 
· Elas são utilizadas para veicular uma filosofia popular pós-moderna, resumindo-se a uma só expressão passada na linguagem corrente “ser Zen”, avatar sincrética das viagens ao oriente e a influência do budismo no ocidente.
· Elas podem ser consideradas como simples lazer.
· Elas podem ser consideradas como espectáculo de palco, fonte dos belos dias do cinema e dos jogos de vídeo.
· Elas se comprometem, por vezes, com as correntes de pensamento fanático, podendo mostrar um culturocentrismo derrotante para o neófito.
Recorrendo a uma expressão de Boltanski (1971), as artes marciais prestam-se a diferentes “usos sociais”. E falar de uma pluralidade de “usos sociais” ou “cultura somática de classe” para as actividades físicas e desportivas sugere que os objectivos e as justificações variam segundo os contextos, os actores em presença e os motivos/compromissos do momento.
As artes marciais são, para utilizamos uma expressão de Pociello (1981), um “produto de mercado” (económico, cultural e social). Como tal, sujeito à oferta e à procura, que haverá que publicitar e “vender”. O mestre passa a ser um prestador de serviços e o discípulo um consumidor (“cliente”)."

Os homens do título: Florentino Luís, o polvo simplificador

"Tem quase dez anos de casa e revela serenidade no jogo. Quando apareceu pela primeira vez, naquele Benfica-Nacional, surpreendeu pela capacidade para recuperar bolas. A história da emancipação de Florentino Luís misturou-se com uma história que cheirou a antigamente. A primeira vez com a camisola mais pesada dos escalões do Benfica aconteceu naquele jogo, na Luz, contra o Nacional, que ficou marcado por uma goleada desconfortável para o desporto contemporâneo. E ele, com aquele ar muito cool, deixou logo algumas indicações: à vontade com a bola, sim senhor, mas o que saltou à vista foi aquela queda para as recuperações de bola. Parecia um polvo a esticar os tentáculos.
Começou no futsal e também daí traz o bom toque de bola. Leva quase dez anos de Benfica. Antes do tal debute, substituindo Samaris, o médio já ganhara dois Campeonatos da Europa, em sub-17 e sub-19, prometendo carapaça para grandes torneios. Florentino está actualmente, aliás, no Campeonato do Mundo de sub-20, na Polónia, onde tem um sido dos melhores. É o mais esclarecido do miolo, dá sempre opção, simplifica o jogo e aposta nos passes verticais para abanar o esqueleto defensivo do outro lado. E até mexeu com o jogo quando subiu uns metros no terreno.
“Nunca foi um jogador vistoso do ponto de vista técnico, não era isso que o diferenciava dos outros”, disse ao DN João Tralhão, um ex-treinador do rapaz de 19 anos na formação dos encarnados. “O que o diferenciava era a sua capacidade de leitura de jogo, a tomada de decisão, o nível posicional, a capacidade de desarme, a utilização racional do espaço que ele tinha era incrível para um menino tão novo.”
Polvo simplificador.
Tracemos uma imagem meramente estatística, recorrendo aos números da Goal Point. Florentino executou 44 acções defensivas no primeiro terço defensivo do Benfica, 46 no terço intermédio e nove no último terço, uma zona já muito distante do seu raio de ação. Foram 42 desarmes, 26 deles completos, 32 interceções, 64 recuperações da posse de bola e 12 alívios. A lacuna, para já, parece estar nos duelos aéreos defensivos: ganhou apenas 37,5% dos 16 que disputou.

Quanto ao que fez com bola, a sua posição não promete desde logo grandes aventuras para registos estatísticos (e não deixaram de ser apenas 839 minutos na liga...). O jovem médio marcou um golo, no 4-0 em Moreira de Cónegos. Lá está, não teve grande gesto técnico, nem uma jogada para satisfazer deuses, foi o tal tentáculo a surpreender Ibrahima. Florentino ofereceu somente um passe para finalização e rematou apenas duas vezes. Se pegarmos nos dados do whoscored.com, o futebolista registou 90,2% de acerto no passe, e é para isto que veste a farda encarnada. É um “seis” mais tradicional, sem grandes pretensões de vestir a capa de super-herói. Gosta, sim, de arrumar a casa."

Novas Reconquistas

"O fantástico percurso do Benfica no Campeonato Nacional, de Janeiro a maio, conduziu-nos à tão desejada Reconquista e justifica um lugar especial no Museu Cosme Damião. Por duas razões: pela forma heróica como a equipa soube recuperar uma desvantagem que parecia inalcancável e, depois, pela capacidade que mostrou para resistir a tudo o que se seguiu. Uma 2.ª volta com 16 vitórias e 1 empate é obra!
O espírito de Reconquista, porém, ainda não terminou. Esta 6.ª feira é de enorme importância para as Modalidades do Benfica, com um clássico e um dérbi que podem vir a ter influência decisiva na temporada das nossas equipas.
No basquetebol, em vantagem por 2-0 diante do FC Porto, o Benfica pode já hoje carimbar a qualificação para essa final do play-off frente à Oliveirense, actual campeã nacional. Basta para isso que voltemos a vencer já hoje, agora no Dragão Caixa.
No futsal, o Pavilhão Fidelidade será palco, também esta noite, do primeiro jogo da final do play-off. Um duelo entre as duas melhores equipas portuguesas dos últimos anos, Benfica e Sporting, num dérbi para o qual foram vendidos todos os bilhetes disponíveis.
Felicidades, pois, para as nossas equipas e venham de lá as Reconquistas que ainda faltam!

PS: A News Benfica irá, a partir de hoje, fazer uma pausa na sua regular divulgação, voltando a ser publicada a partir de 1 de Julho, dia em que a equipa de futebol se apresenta para iniciar a temporada 2019/20. Toda a actualidade do Benfica pode continuar a ser acompanhada, naturalmente, através dos diversos meios oficiais do Clube: BTV, site, redes sociais e jornal ‘O Benfica’."

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Os homens do título: Grimaldo, o pé esquerdo com os olhos mais bonitos do campeonato

"O defesa que ataca pela esquerda é o terceiro futebolista com mais assistências no campeonato, só atrás de dois médios criativos que jogam perto da baliza rival. As botas de Álex Grimaldo olham sempre para a frente.

Às vezes, não faz falta recordar que Alejandro Grimaldo García passou pela formação do Barcelona. Ou até do Valencia, que tem revelado algum charme na fabricação de belos laterais esquerdos (Jordi Alba e José Gayà). O canhoto do Benfica tem aquele futebol muito espanhol, do passe curto, da diagonal com bola, do um-dois, do chegar à linha e cruzar para trás, tudo com doses industriais de arrojo. Um metro e setenta que não enganam ninguém: tem muito futebol naquele pé esquerdo (e na cabeça).
Aos 23 anos, parece ter afastado definitivamente aquela sombra tristonha que o acompanhava: falava-se sempre no estilo, na qualidade, mas que era um jogador propenso a lesões. Esta época, já depois de ter cumprido 28 jogos na liga passada, jogou os 34 encontros do campeonato, faltando apenas oito minutos para se colar ao estatuto de totalista (foi substituído com o Desportivo das Aves aos 82’, na 5.ª jornada). De acordo com os números da Goal Point, o rapaz natural de Valência foi o futebolista do Benfica com mais minutos na competição mais importante do país.
Se hoje já juntou na mochila três ligas portuguesas, uma Taça de Portugal, outra Taça da Liga e mais duas Supertaças Cândido de Oliveira, esta coisa de ganhar coisas importantes debutou em 2012, quando, orientados por Julen Lopetegui, os sub-19 da Espanha conquistaram o Campeonato da Europa, em Talin. Grimaldo foi titular durante o torneio, com a camisola ‘3’, o mesmo que usa nos encarnados.
Mas vamos ao osso, aos números. E comecemos, para contrariar a lógica de um homem que reside na defesa, pelo que se faz com bola: Grimaldo marcou quatro golos de bola corrida (três dentro da área) e, pasme-se, um deles com o pé direito. Mas a dimensão do futebol deste espanhol vê-se aqui: é o terceiro jogador com mais assistências na liga (12), só atrás de Pizzi (18) e Bruno Fernandes (13), sendo que 11 delas foram em bola corrida, ou seja sem o conforto da bola parada, que às vezes é só meter lá na molhada. Chegou à frente, combinou, definiu e executou. Ainda criou 8 ocasiões flagrantes e assinou 54 passes para golo. Remates, foram 39.
Na hora de defender, Grimaldo desempenhou 130 acções defensivas no primeiro terço, 50 no terço intermédio e 26 no último terço. Ao todo, foram 61 desarmes (40 completos), 56 interceções, 209 recuperações da posse de bola e 60 alívios. Porque este jogo também se joga com a cabeça e com o engano, Grimaldo provocou 11 foras-de-jogo ao ataque adversário. Uma das suas lacunas, que estará eventualmente associada à altura, é a percentagem de duelos aéreos defensivos ganhos: 42% num total de 52 disputas pelo ar.
É, evidentemente, um jogador talhado para atacar, apesar de começar muito longe da baliza alheia. A qualidade na recepção e passe (tac, tac) ajuda a equipa a crescer na hora de começar desde trás, pois não tem medo de receber, não se esconde. E decide rápido. Não é por acaso que grandes clubes europeus estejam de olho neste menino..."

Uma aposta ganha

"Heptacampeãs. Triplete. Dobradinha. Inspiradoras. Estas são algumas das palavras de ordem dos últimos dias no universo feminino do Sport Lisboa e Benfica e que ilustram bem o resultado das apostas feitas pela Direcção ao longo do tempo.
A estratégia foi delineada, sempre tendo noção de que é preciso criar uma base sustentável seja para que modalidade for, para recolher depois os respectivos frutos, sejam eles mais ou menos imediatos. É essa capacidade de visão que tem mantido bem vivo o ecletismo do Clube.
No Hóquei em Patins feminino tem havido uma hegemonia ímpar desde a sua criação em 2012. Além dos Torneios de Abertura, são 6 Supertaças, 7 Campeonatos Nacionais consecutivos – já são a equipa com mais troféus em Portugal – e 5 Taças de Portugal. E há a possibilidade de poderem chegar à 6.ª conquista na prova-rainha já no fim de semana de 8 e 9 de Junho, quando terá lugar a final four da prova. Sem derrotas a nível interno desde 2013, as Heptacampeãs são um modelo de sede de vitória. Lá fora, o prestígio internacional já teve uma Taça Europeia como ponto alto.
O pleno alcançado nas últimas três temporadas é a imagem de marca da actual equipa sénior de Futsal Feminino. Foi feito um trabalho de raiz, construiu-se uma equipa, apostou-se na Formação, solidificou-se o processo e os resultados estão à vista, com a conquista do Tricampeonato e do consequente Triplete. A qualidade do grupo e o respeito pelos adversários conduziram a um registo impressionante. A fase final ainda não terminou, mas já levam 11 vitórias e 1 empate em 12 jogos! 
Um dos exemplos de que a aposta no ecletismo não é um mero acaso é o Polo Aquático. Respeitando o seu passado – o início da modalidade pela primeira vez data de 1916 –, o Sport Lisboa e Benfica avançou para a reactivação deste desporto em 2014. Na época de estreia, a equipa feminina conquistou a Taça de Portugal. É verdade que não ganhou nas duas épocas seguintes, mas o trabalho desenvolvido nos últimos anos deu os resultados ambicionados. Uma dobradinha inédita, quebrando o domínio do Clube Fluvial Portuense. Recuamos à Supertaça de início de temporada e temos um triplete. Memorável!
Mas 2018/19 fica marcado por um facto inédito. Com o regresso do Voleibol e Andebol femininos, ambos com um passado de conquistas, o Sport Lisboa e Benfica passou a ter todas as modalidades de pavilhão ativas ao mesmo tempo. E, no caso do Voleibol, já há motivos para festejar. Além da subida de divisão, a equipa conquistou o título da 3.ª Divisão neste último fim de semana. Num escalão acima, o Andebol feminino continua a lutar para estar entre a elite. Faltam 3 finais!
Para completar a aposta feita no desporto feminino, temos o projecto do Futebol. É um exemplo singular de respeito pelos competidores que já estavam em acção. Objectivos bem definidos e um deles já alcançado, com a conquista da Taça de Portugal, isto após eliminar o SC Braga – que viria a ser Campeão Nacional da 1.ª Divisão – nas meias-finais. Ontem houve um jogo muito especial para o Futebol Feminino. Foi a primeira vez que se realizou um encontro oficial no Caixa Futebol Campus. Ao vencerem o Estoril Praia B por 8-0, garantiram a subida à 1.ª Divisão a duas jornadas do fim. Depois virá a luta pelo título. #TodosContam no apoio às nossas Inspiradoras nesta ponta final. 
Aproveitando o mote #TodosContam, é preciso não esquecer também a Formação. Todas estas modalidades têm variadíssimos exemplos de integração de atletas mais jovens nos seus plantéis. O futuro no feminino está, por isso, garantido!"

No onze do ano de (...) cabem Casillas, Bruno Fernandes, Militão e Eliseu. Não nos perguntem porquê, perguntem-lhe como

"Casillas
É provavelmente o mais importante guarda-redes da sua geração e não há nada melhor do que utilizar este tempo verbal para situar Iker Casillas aqui e agora. Só merece saúde e dias felizes daqui em diante, mas para isso deveria abandonar desde já o Futebol Clube do Porto. Como dizia o outro: winter is coming, amigos portistas.

André Almeida
Extrapolações sobre a sociedade são sempre um perigo, especialmente se vindas de benfiquistas, mas vou arriscar na mesma. Podem brincar quanto quiserem com a fama de jogador limitado. Eu também o fiz, mas conservemos uma pequena noção do ridículo para enfim elogiar, merecidamente, o capitão André Almeida. Imaginem um país em que a maioria de nós consegue chegar ao nível de André Almeida nas nossas vidas profissionais. Um país em que se ensina André Almeida nos infantários, nas C+S e nas universidades. Um país arduamente trabalhador que marque mais golos, uns de propósito, outros sem querer, porque essa felicidade se conquista. Que sonho lindo esse país imaginário. Chuta André. Cruza. Corre. E celebra, que tu mereces. Temos muito que aprender. 

Ferro
A minha memória diz-me que desde Gamarra que o Benfica não tinha um defesa assim, que fosse simultaneamente uma figura de autoridade e um praticante das boas maneiras. Ferro foi empurrado para o onze por força das circunstâncias, com uma aparente moleza trazida da equipa B, mas depressa se tornou um educador das massas, que hoje lhe pedem desculpa por qualquer desconfiança que lhe tenham transmitido, tudo isto enquanto suplicam de joelhos para que ele não abandone o clube. Percebeste, Ferro? Estou a suplicar.

Militão
As duas coisas que mais me agradaram na época de Éder Militão, para além do seu enorme talento, foram as seguintes: em primeiro lugar, o facto de sabermos há meses que o jogador está de saída. É como se os portistas se tivessem apaixonado por uma modelo Victoria’s Secret com uma doença terminal. Apaixonam-se loucamente pelo efémero condenado ao triste final, Não conseguem resistir a aplaudir as ações de Militão e não fazem a mais pequena ideia de como vão viver depois da sua saída. Ainda bem, digo eu. A segunda coisa que me agradou em Militão foi ter sido sujeito a uma daquelas experiências estilo estagiário da McDonalds licenciado na Nova que trabalha uma semana na grelha para saber o quanto a vida custa e conhecer as bases da organização. A diferença é que este estagiário passou várias semanas na grelha, vulgo na posição de lateral direito, para gáudio de milhões.

Eliseu
Reza a história que Eliseu regressou de uma viagem de mota pelos Estados Unidos (fechem os olhos e tentem imaginar esta série da HBO) a tempo de abrilhantar a festa da reconquista, à qual chegou conduzindo uma Vespa, de chapéu na cabeça e óculos escuros, com a felicidade de quem pareceu ter começado a beber muito antes do apito inicial. Os adeptos exultaram e Eliseu não fez por menos, tirando as mãos do volante e erguendo os braços no ar com um troféu que não lhe pertenceu pelo desempenho no relvado, mas que se tornou imediatamente um bocadinho dele. Não sei se estamos perante matéria de facto que justifique morada eterna no Panteão, mas nunca mais será esquecido pelo nosso coração. Resta agora superar as expectativas na próxima época, chegando ao relvado em plenos festejos do #38.

Fejsa
Tenho uma dívida de gratidão para com este sérvio caído em desuso e quero aqui penitenciar-me por ter elaborado, com esforço demasiado, críticas pouco construtivas ao seu desempenho na segunda volta do campeonato, quando dele precisávamos e o seu futebol parecia não aparecer. Dizem-me que é do físico, que já não aguenta, que são vitórias a mais. Percebo. O músculo do adepto não se cansa de ganhar. Cumpre por isso homenagear Ljubomir, como um dos melhores pelo capital acumulado ao longo de todos estes anos. Falam em 3 milhões para a Turquia, mas eu tenho outra sugestão. Esqueçam a venda do passe por inteiro. Ljubomir tornou-se inteiramente nosso. Fejsa é dos benfiquistas. Desmanchemos o jogador e vendamo-lo às peças, que nem o relvado do antigo estádio. Eu fico com o tutano que há muito o definiu como um de nós.

Pizzi
" a mudança que queres ver nos outros." A frase, da autoria de Bruno Lage, foi corporizada nesta segunda volta pelo controverso Luís Miguel, que nem todos os benfiquistas gostariam de ver com uma batuta, mas cuja cantoria todos fez dançar por esse mundo fora na noite de 18 de Maio. Pizzi mudou com Lage e toda a equipa mudou com ambos. Mais do que o maestro, termo utilizado na língua portuguesa, Pizzi foi, como diz a tradução inglesa, o condutor, ou, por outra, o condutor que revelou mãozinhas em quase todas as circunstâncias ao ponto de as estatísticas fazerem dele inquestionavelmente um dos jogadores que mais golos e vitórias produziu neste campeonato. Controverso? Até ao final, responderá ele. Cantem lá agora.

Bruno Fernandes
A única critica negativa que podemos fazer ao desempenho de Bruno Fernandes esta temporada é ele ter jogado de verde e branco. Pode parecer pouco e um adepto imparcial, mas são duas cores que tornam o seu futebol especialmente incómodo. Foi exemplar em tudo, excepto na camisola vestida. Deverá corrigir esta falha já a partir da próxima época.

João Félix
Não passa um dia em que não acorde a pensar “é hoje que ele vai embora”. O meu filho mais velho já percebeu que o assunto é sério. Há uns dias perguntou-me se o João Félix é melhor do que o Jonas, tal é a quantidade de vezes que se ouve falar dele. Se dúvidas restassem sobre o impacto de João Félix neste campeonato, na equipa do Benfica e nos adeptos, basta acompanhar a discussão sobre se 120 milhões são afinal muito ou pouco a pagar pelo passe do mais talentoso finalizador surgido esta época no futebol mundial. Ainda tenho uma ténue esperança de que ele acabe de endireitar os dentes ao serviço do Benfica, mas já me senti mais optimista.

Seferovic
Porque Jonas merecerá um texto dedicado exclusivamente a si no dia em que decidir pendurar as botas e seria quase banal colocá-lo num onze da época. Porque em tempos teríamos aqui um mexicano com máscara de luchador e este suíço não parece ter marketing que lhe valha. Porque foi decisivo neste campeonato, apesar de ter cara de terceiro classificado ou, pior, cara de emprestado por época e meia. Juntos, celebrámos pela primeira vez. Seferovic aprendeu a vencer. Nós aprendemos a gostar dele.

Nuno Pinto
É uma das histórias mais bonitas deste campeonato. Desde Dezembro que não o víamos no relvado porque estava ocupado a enviar um linfoma para o raio que o parta, mas desenvencilhou-se dessa marcação cerrada a tempo de entrar em campo na última jornada. Foram poucos minutos, mas souberam pela vida. Serviu para lembrar que o jogo jogado, o apito, o VAR e o assistente do VAR, todas as tricas e mais alguma, jamais serão uma questão de vida ou de morte. Longa vida ao futebol e a ti, Nuno."

Notícia falsa do 'Record'

"O Sport Lisboa e Benfica informa que é falsa e sem qualquer fundamento a notícia que faz hoje manchete no jornal "Record", dando conta de um suposto interesse do SLB no jogador do Dínamo de Zagreb, Dani Olmo.
Desconhecemos as motivações e origem desta notícia falsa e, pior, sustentada com pormenores de destaque referindo eventuais apreciações totalmente fantasiosas."

Subida garantida...

Benfica 8 - 0 Estoril B

Neuhaus; Daiane, Alice, Rebelo, Yasmim; Pauleta, Vitória, Llanos; Evy, Maiara; Darlene

Mais uma goleada... e objectivo cumprido: estamos matematicamente na 1.ª divisão!

Espero que a Ana Alice recupere rápido...

Vitória no antro...

Corruptos 31 - 34 Benfica
(16-20)

Vitória que acabou por 'garantir'  2.º lugar, à frente do Sporting, num jogo com niveis de intensidade abaixo do normal...

Agora, com a despedida de 6 jogadores (Cavalcanti, Figueira, Ales, Silva, Terzic, Patrianova), e a entrada de outros tantos, todos esperemos que na próxima época, tenhamos armas iguais não para lugar pelo 2.º lugar, mas pelo 1.º...!!!

Juniores - 14.ª jornada - Fase Final

Benfica 2 - 0 Sporting
Umaro, Ronaldo


Como era esperado, título perdido sem derrotas, e em vantagem nos confrontos directos com o principal rival... mas o empate em casa com o Leixões deitou tudo a perder... Perder é sempre mau, mas perder quando temos consciência que somos melhores é muito frustrante...

Dito isto, temos de longe uma da melhores gerações dos últimos anos... com vários jogadores que bastante futuro no Clube. Muitos destes jovens para o ano estarão na equipa B... o Europeu de sub-19, vai impedir que alguns destes jogadores façam a pré-época com o plantel principal (Dantas, por exemplo...), apesar da muitos ainda serem Juniores para o ano!!!

Como construir uma boa equipa...

"Haris Seferovic foi o décimo segundo benfiquista a vencer a Bola de Prata, troféu instituído por A Bola na época de 1952/20153, juntando-se a nomes importantes como José Águas, José Torres, Eusébio, Artur Jorge, Jordão, Nené, Vata, Magnusson, Rui Águas, Cardozo e Jonas.
No êxito do ponta de lança suíço, elemento descartável do plantel do Benfica no início da época, é possível perceber como o futebol e as verdades absolutas se dão tão mal, e reflectir sobre a velocidade alucinante a que as circunstâncias se alteram.
A inesperada (e justa) ascensão de Seferovic ao trono dos melhores marcadores da Liga portuguesa remete-nos também para uma reflexão sobre o valor de mercado de um jogador, uma ficção apenas aplicável a um determinado momento. Quanto valia Seferovic há um ano e quanto vale agora?
Perante o quadro acima descrito, como devem movimentar-se os clubes no mercado? Deve prevalecer a lógica bolsista de vender em alta e comprar em baixa? Ou, não estando presentes critérios de necessidade desculpante, haverá outro tipo de avaliação, que pense mais no valor do todo do que em cada parcela?
A melhor gestão, no futebol e não só, é aquela que consegue que o valor do conjunto supere o valor da soma das unidades. Por isso, não há medidas com alcance e visão que apenas tomem em conta cada árvore, e esqueçam a floresta. Construir uma boa equipa de futebol não tem a ver com sorte, tem a ver com saber, método e convicções fortes, num determinado rumo a seguir. O dinheiro é importante? Claro que sim. Mas a estabilidade e competência são ainda mais..."

José Manuel Delgado, in A Bola

'Pulp Fiction'

"1. A propósito dos 25 anos de Pulp Fiction parece-me claro que o futebol português (que às vezes tem semelhanças com o mítico filme, até nos diálogos) precisa de um realizador (presidente da Liga) ao estilo Tarantino. Pedro Proença é Música no Coração.
2. A final da Taça de Portugal nunca é o último jogo de uma época, mas sim o primeiro da temporada seguinte. Para quem ganha e para quem perde.
3. A criança que ficou famosa por, recentemente, ter soltado um espontâneo wow no final do concerto de uma orquestra no Symphony Hall em Boston teria feito exactamente o mesmo se estivesse no Jamor a ver aquela exibição do jovem Mathieu.
4. Por mais que se goste da paixão e da personalidade de Sérgio Conceição (e eu gosto, já o escrevi e volto a escrever), a tampa não pode saltar-lhe com a mesma cadência com que António Rola vê penáltis a favor do Benfica na BTV.
5. Já agora, em matéria de penáltis, as aspirações do FC Porto esgotam-se mais depressa do que os concertos de Madonna no Coliseu e as do Sporting agigantam-se tanto como os resultados eleitorais do PAN.
6. Luís Filipe Vieira tem de ser, de facto, «um gajo com uns tomates muito grandes» para pretender um jogador dos quadro do Real Madrid (no caso o avançado Raúl de Tomás) depois da chico-espertice com a transferência de Garay para o Zenit em 2014. A não ser que Florentino Pérez tenha tomates cherry...
7. Li que Krovinovic pagou a conta a um grupo de adeptos do Benfica num bar. Claramente a sua melhor jogada da época...
8. slime (produto viscoso) à venda que é perigoso, alertou a DECO. Tarde de mais para o Arouca.
9. O presidente da AG do Sporting, Rogério Alves, é um homem com o dom da palavra, já se sabe. Vê-lo numa corrida de 100 metros (flash-interview, no Jamor) faz tanto sentido como Usain Bolt correr uma maratona. Teve piada."

Gonçalo Guimarães, in A Bola

PS: E pronto, o Gonçalo lá fez a sua 'prova de vida' com duas referências completamente absurdas em relação ao Benfica... e assim lá vai mantendo o tacho, mesmo quando não ouviu o Presidente do Benfica, a desmentir por completo o interesse no Raúl de Tomás!!!

A posição em falta

"Tanto Luís Filipe Vieira como Rui Costa têm insistido com a ideia de que vamos olhar primeiro para a formação antes de contratar alguém para a equipa principal. Nessa óptica, todas as posições têm alguém com potencial a sair num espaço de 1-2 anos. Todas excepto uma.
Na baliza temos Mile Svilar e Celton Biai. Nas laterais temos Nuno Tavares, Sandro Cruz, João Ferreira e Tomás Tavares. No centro da defesa temos Kalaica. No centro do terreno há Tiago Dantas, David Tavares, Ilija Vukotic, Nuno Santos e Diogo Pinto. Para extremo há Chris Willock, Kevin Csoboth, Rodrigo Conceição e Úmaro Embaló. Para jogar atrás do ponta de lança temos Gonçalo Ramos. A posição que não há ninguém que se vislumbre que possa assumir num futuro próximo é a de ponta de lança.
Na equipa B a posição foi ocupada por Ivan Saponjic (30j, 6g), Zé Gomes (26j, 3g), Daniel dos Anjos (10j, 4g) e Pedro Henrique (9j, 1g). Nos S23 jogou Pedro Soares (18j, 2g), Luís Lopes (13j, 1g), David Barrero (4j, 1g) e Anthony Carter (7j, 2g). Ninguém foi particularmente brilhante.
Nos juniores os nossos goleadores são médios centros e extremos. O ponta de lança titular é Vasco Paciência, que pode ter algum futuro, mas ainda é cedo para dizer.
O Benfica há três anos e meio atrás resolveu este problema investindo 10M em dois pontas de lança sérvios. O mais barato é o menos mau da nossa formação. O mais caro anda agora a receber propostas de 60M depois de ter levado o Frankfurt a duas épocas históricas. O Benfica investiu 10M aí e vai receber cerca de 21M. Mesmo sem ter um treinador capaz de aproveitar os jogadores o investimento rendeu.
Agora temos esse treinador. Precisamos é de ter os jogadores. Um investimento que acho que o clube deveria fazer, era contratar 1-2 pontas de lança de 17-19 anos de grande qualidade e potencial, mesmo que custassem alguns milhões. Há que confiar no treinador que temos. E a verdade é que é de longe a posição com menos alternativas na formação.
A nossa melhor opção para esta posição é o Henrique Araújo dos Juvenis que está a 3-5 anos de chegar à equipa principal. Um jogador que se encaixava neste perfil seria o Erling Haland, avançado norueguês de 18 anos que conhecemos do Mundial S20 e do Europeu S19. Mas o RedBull Salzburg antecipou-se e contratou-o por 5M ao Molde no último inverno.
Haverá certamente outros nomes por aí. O importante é resolver este buraco."

Cadomblé do Vata (inicio da pré-temporada...)

""Isto é uma guerra. É sul contra norte. Glamour Cosmopolita contra trabalho honesto". Não há pé de cabra no Mundo, suficientemente grande para conseguir arrancar o portismo da tacanhês oitentista. Parolos como Francisco J. Marques são a cara chapada do clube, que por mais títulos nacionais que ganhe ou troféus internacionais que traga para o seu espólio, não consegue sair da Ribeira. Quando Pinto da Costa assumiu a presidência de um FC Porto sem reconhecimento além Douro, o Benfica tinha 23 títulos de campeão, expressão nacional e internacional. Entretanto os do Dragão varreram 21 campeonatos e em Portugal continuam mentalmente agarrados à Torre dos Clérigos.
"Nos jogos fora, se não fossem os Super Dragões, pouco apoio teríamos". Pinto da Costa sumariza perfeitamente o que pensa da massa adepta do segundo clube mais titulado do país. Meia dúzia de gatos pingados nascidos e criados no norte, isto enquanto vilipendia todos os que têm raízes além durienses, onde de resto se encontram adeptos portistas ferrenhos, que quais negros de chapéu branco em bico, idolatram uma ideologia que odeia tudo o que eles são e as suas origens. Será obrigatório ao portista do sul, impregnado de glamour cosmopolita curvar-se perante os consócios do norte honesto e trabalhador?
A reportagem da revista New Yorker marca o início da pré temporada. O FC Porto terminou a época que se esperava hegemónica de conquistas a nível nacional para todos os portistas e triunfante no plano internacional, na cabeça do Pepe, com uma Supertaça ganha ao Desp. das Aves, com alguns dos principais activos da SAD de malas aviadas a custo zero, outros no mercado para nova tentativa de cumprir o Fair Play Financeiro da UEFA, que não lhes larga os calos e com uma indisfarçável crispação na relação adeptos/equipa. A caminho do gabinete do "jornalista" está uma longa fila de semi reboques carregados de areia. Tapem os olhos que ela vai ser toda projectada."

Teia...

"Durante o dia de hoje, Francisco J. Marques, porta-voz do crime organizado, deu ênfase a um alegado artigo na revista New Yorker.
Artigo esse da autoria de Sam Knight, ´jornalista´ freelancer que colabora com The Guardian, New Yorker…e mais recentemente com o Jornal Expresso, do famoso Pedro Candeias. Como sabemos, um fanático sportinguista, saído da reunião do Hotel Altis, como um dos pilares avençados para a partilha e divulgação dos emails no ataque ao SL Benfica.
E qual foi o primeiro artigo que este freelancer levou de Portugal em colaboração com o Expresso? Precisamente a visão de FJM sobre o SL Benfica.
Findo o final de época, falamos apenas de mais uma encomenda da Torre das Antas, com o objectivo de sempre: perpetuar narrativas e atacar/manchar o bom nome do Sport Lisboa e Benfica.
Os elos de ligação são mais que evidentes e é o sinal que o clube do Apito Dourado continua a sentir-se impune e a utilizar todos os esquemas e manobras possíveis para condicionar e pressionar a opinião publica e todos os decisores.
Ficamos apenas na duvida sobre o que é mais ridículo e curioso, se a utilização de canetas de aluguer para desesperadamente ´salvar´ Rui Pinto e atacar o SL Benfica ou a declaração que não devolveria os emails por isto ser uma guerra. Ora portanto, é o assumir que informação sobre contratos de jogadores, dados clínicos, entre outros, faz parte da estratégia de guerrilha?
E já agora, o SL Benfica não é do Sul nem de Lisboa. É de uma dimensão nacional e internacional que poucos clubes no mundo conhecem. Uma grandeza sem explicação!
Mas nada disto surpreende. A estratégia de manipulação e vale-tudo para atacar e denegrir o SLB vai continuar.
Mas temos de deixar esta pergunta. Quando é que o Sport Lisboa e Benfica vai assumir e tomar uma posição de força perante o Jornal Expresso? Outrora um jornal de referência, não é actualmente mais do que um veiculo da Torre das Antas, pelo eixo de Pedro Candeias, de ataque directo e deliberado ao clube. E ultrapassa em muito a fasquia do mau jornalismo. É outra coisa. É participação e papel central, tal como Carlos Lima da revista Sábado, no crime. Isto não pode continuar!"

Desinformação...

"O Expresso, do famoso lagarto Pedro Candeias e outrora jornal de referência em Portugal, começou recentemente uma colaboração com um jornalista freelancer chamado Sam Knight. 

https://expresso.pt/internacional/2019-03-29-E-se-a-rainha-morrer-#gs.eod6i8

Jornalista esse que trabalha para vários jornais (The Guardian, New Yorker, Expresso(?)...).
A colaboração é bilateral e o primeiro artigo que Sam Knight levou de Portugal/Expresso foi...uma entrevista ao Francisco Marques sobre o Benfica. Coincidência do caraças!
Francisco Marques, esse, veio de imediato para o twitter publicitar esta suposta "entrevista" como a coisa mais imparcial do Mundo e como jornalismo estrangeiro e independente.
Meus amigos, cabe-nos a nós expor uma vez mais esta mentira e mais este acto criminoso levado a cabo pela Aliança do Altis cujo objectivo é sempre o mesmo: manchar, conspurcar, caluniar o Sport Lisboa e Benfica.
Uma coisa o Francisco Marques parece já ter percebido e ainda bem, diremos nós. É que ele está numa Guerra, como diz na entrevista. Mas cuidado...quem vai à Guerra dá e leva, ouvimos nós dizer destes os tempos da Primária."