domingo, 4 de novembro de 2018

Liderança...

Benfica 14 - 0 Pinheirense

Não esperava tantos golos... Hoje juntámos a quantidade de remates, aos golos, ao contrário do que é habitual!!!




PS: Muito mais apertado, foi o derby feminino, mas onde voltámos a vencer: 3-2... Escusadamente apertado, digo eu...!!!!

Passados quinze anos...

"Recordo-me de ter aderido imediata e entusiasticamente à proposta da construção de um novo estádio da Luz, apesar de partilhar, então, os mesmos anseios da generalidade dos benfiquistas, como a eventual perda de identidade ou as dificuldades financeiras prementes após anos de má gestão (e danosa em parte deles) que, eventualmente, se agudizariam face ao elevado investimento necessário. Conhecia bem o estado de degradação do velhinho estádio, colocando de lado a mais simpática, do ponto de vista afectivo, hipótese de remodelação. A propalada partilha de um estádio com o Sporting, motivada por um economicismo, para mim, incompreensível, nunca foi solução, e sempre que a questão se colocou, bati-me ferozmente com quem defendia esse ponto de vista.
O que não vislumbrei na altura é que um estádio é mais que uma mera infra-estrutura (a edificação do Caixa Futebol Campus é também um belo exemplo). Luís Filipe Vieira e Mário Dias, os homens a quem, nessa fase de indefinição, se deve a ousadia da empreitada, bem clamavam por supostos benefícios que julguei não passarem de promessas vãs. Acreditava que evitar que o Sport Lisboa e Benfica se visse, um dia, a contas com intervenções forçadas e muito onerosas que não passariam de remendos era argumento suficiente.
Mas, passados quinze anos, torna-se evidente a diferença entre sonhadores e visionários. Sonhar é fácil. Ter a capacidade para sonhar, implementar o sonho e cumpri-lo é outra conversa. O novo estádio da Luz foi, de facto, o catalisador prometido para o Benfica moderno, pujante associativa e desportivamente e viável económica e financeiramente preconizado. Sempre fomos o maior clube português, voltámos a ser o melhor."

João Tomaz, in O Benfica

Saudosismos

"O fim de semana passado não correu bem. Começou logo na noite antes do jogo no Estádio Nacional, com a RTP Memória a transmitir um Belenenses - Benfica do fim da década de 1990. Deu para ver o romeno Panduru a chutar bolas para a bancada, Tahar a ser titular e os agora comentadores José Calado e José Sousa a darem uma ajuda na defesa e no meio-campo. Essa equipa era treinada por Graeme Souness e tinha ainda estrelas como Martin Pringle, Michael Thomas ou Erwin Sánchez, o Platini dos Andes. O passeio pelo passado durou pouco, tive de mudar de canal rapidamente. Não era a pobreza do futebol que me assustava, era o estado em que o SL Benfica se encontrava no fim dessa década - estado financeiro, anímico, organizativo e desportivo.
No dia seguinte, derrota com o Belenenses. E logo se agitaram lenços brancos e os oportunistas ameaçaram com uma assembleia destitutiva. Não é bem ameaçar, é comunicar que vão recolher assinaturas, como já o fizeram noutras ocasiões. Tenho pena de estas pessoas não terem visto aquele jogo da RTP Memória... se calhar caíam em si e deixavam trabalhar quem o faz.
Claro que um fim de semana mau tinha de fechar em baixo estilo. Além de mais uma VARiedade de favores nas Antas, lá veio o resultado das eleições no Brasil: um ignorante fascista no poder. Foram uns bons dias para os saudosistas.
Curtos, espero."

Ricardo Santos, in O Benfica

Atentos a uns, esquecidos de outros

"Sem estar com rodeios, vou directo ao assunto: não gostei de perder no Jamor. Como é óbvio. Se eu ficava arreliado quando estava na escola e perdia num duelo de jogo do Galo com o colega do lado enquanto o professor estava virado para o quadro, naturalmente fico ainda mais aborrecido com um desaire do Benfica. Há umas jornadas fui bombardeado com piadolas a respeito dos pastéis de Chaves, esta semana foram os pastéis de Belém, portanto espero que não haja mais deslocações ao terreno de clubes cuja terra seja conhecida por fabricar qualquer tipo de pastel.
Na época passada, por esta altura, o Benfica contabiliza 17 pontos, o FCP tinha 22, o Sporting somava 20, e o Braga amealhava 15. Ora, estabelecendo uma comparação, verificamos que FCP e Sporting têm agora quatro pontos a menos, o Benfica está igual e o Braga trocou três derrotas por três empates. É curioso, porque a panóplia de programas 'futebolísticos' (carregar bem nas aspas) que nos rodeia já analisou o abandono de Luisão até à exaustão, examinou o rendimento dos avançados do Benfica a Raio-X, vasculhou conversas privadas de Luís Filipe Vieira a pente fino, no entanto ainda não se debruçou nem por um segundo sobre o arranque mais humilde de dois dos candidatos ao título. O interesse na quantidade de vezes que Rui Vitória coça o nariz é tanto, que depois não sobra tempo de antena - para falar de outros assuntos  - menos relevantes, claro.
Durante a semana, creio que o único elemento do Benfica livre de apreciações ruins foi, deixe-me ver se me lembro, isso mesmo: o cozinheiro.
Adivinhe, caro leitor, quem é que vai tirando partido deste foco bem iluminado e contínuo em cima do Benfica? Eu sei que não tira."

Pedro Soares, in O Benfica

Ponderação

"O futebol vende emoções e vive de emoções. O futebol é emoção.
Não admira pois que os adeptos reajam de forma epidérmica aos desaires, sobretudo aos mais inesperados, como foi o caso da derrota do Jamor. Alguns, principalmente os mais velhos (nos quais vou começando a incluir-me), tendo passado por muitas derrotas e vitórias, sabem relativizar os estados de espírito e manter a ponderação. Outros, sobretudo os mais jovens, com mais impaciência e porventura menos maturidade, querem este mundo e o outro no imediato, e acham que fazer rolar uma ou mais cabeças é suficiente para resolver todos os problemas. Temos o exemplo, no outro lado da rua, de até onde podem chegar esses instintos mais básicos e imediatistas. Acontece que o Benfica não é gerido de fora para dentro. Temos um presidente experiente e conhecedor do fenómeno futebolístico, que já demonstrou no passado não se deixar impressionar por estados de alma. Não é, felizmente, um presidente-adepto, mas sim um presidente-presidente. E é a ele que cabe conduzir a missão para a qual foi sufragado repetidamente por uma ampla maioria de associados.
Também eu gostaria que o Benfica tivesse ganho ao Belenenses, também eu por vezes penso que um plantel tão forte (claramente o melhor do país) deveria apresentar um futebol mais consistente e eficaz. Mas não sou eu, nem qualquer vanguarda 'esclarecida', que toma decisões no clube. Cabe-nos, enquanto sócios, apoiar incondicionalmente aqueles nos servem, sabendo que há alguém em melhores condições para avaliar o seu trabalho. Só assim estaremos a defender o clube."

Luís Fialho, in O Benfica

15 anos

"31 de Outubro de 2003. Luís Filipe Vieira vence as eleições com 90,47 por cento dos votos e inicia o processo de renascimento do Sport Lisboa e Benfica. Passados 15 anos, impressiona a forma como em tão pouco tempo teve o engenho e arte para reerguer o maior clube português. A herança era pesadíssima. Não por culpa do seu antecessor, Manuel Vilarinho, que salvou o SL Benfica do período mais negro da sua história, mas sim pelos problemas que teve de resolver - 14 milhões euros de dívidas ao fisco, 9 milhões em acordos judiciais. Simplesmente assustador! Mas Luís Filipe Vieira não se assustou. Foi decisivo na construção do maior e melhor estádio do país, construiu dois pavilhões para as modalidades, mandou erguer um centro de treinos e formação de excelência, construiu um museu de sonho e, verdadeiramente inovador no panorama do desporto nacional, criou um canal de televisão. Como se não bastasse, criou uma fundação.
Em todos estes projectos e presidente deixou a sua marca e a sua exigência - sempre o melhor. Rodeando-se de equipas e de pessoas competentes, Luís Filipe Vieira devolveu o clube aos benfiquistas. Passados 15 anos, o balanço é fácil de fazer - 20 títulos no futebol, que fazem dele o presidente mais titulado da história do clube, presença em duas finais europeias, melhor academia do mundo, conquista de centenas de títulos nas modalidades, projecto olímpico de excelência, contas sãs, internacionalização da marca e património todo do SL Benfica.
Tudo isto sempre com um leitmotiv - os sócios e adeptos."

Pedro Guerra, in O Benfica

Em toda a parte

"Para a Fundação Benfica, estar em toda a parte não é uma ambição vazia mas uma obrigação levada a sério. Vale a pena revisitar a visão definida para a Fundação Benfica quando construímos o plano estratégico que nos norteia:
A Fundação Benfica é hoje e ambiciona consolidar-se como uma instituição de referência na área da inovação e responsabilidade social europeia, líder no segmento sociodesportivo, com presença transversal à sociedade portuguesa e sua diáspora, interventiva e com acção de proximidade junto dos públicos em situação de exclusão ou fragilidade social.
É reconhecidamente um parceiro social do Estado e da sociedade civil, destacando-se enquanto mobilizadora de pessoas e instituições e catalisadores de dinâmicas locais de desenvolvimento social e capacitação individual e comunitária.
Tem e quer reforçar ainda mais uma implantação verdadeiramente nacional, com uma acção de proximidade junto das pessoas e organizações do nosso território, em meio urbano e rural, nas zonas de alta e de baixa densidade, no norte como no sul, no litoral e no interior.
Tem de reforçar a sua implantação internacional, recobrindo a mancha geossociológica, cultural e étnica que caracteriza o universo Benfica e liderando processos de cooperação e desenvolvimento humano, com particular relevância para as áreas mais deprimidas do globo (países africanos de expressão portuguesa, Timor, regiões de pobreza endémica), para as suas migrações e integração nos países europeus de acolhimento.
Prosseguimos diariamente, ano após ano, neste caminho, com projectos pertinentes e úteis à sociedade portuguesa e à humanidade. Queremos continuar a crescer e chegar a toda a parte. É a nossa obrigação. Para isso nos fez o Benfica!"

Jorge Miranda, in O Benfica

Inequívoca classe

"A entrevista concedida no serão de terça-feira passada por Luís Filipe Vieira a Joaquim Sousa Martins constituiu um excelente acto de comunicação do presidente. Porventura, até, terá sido a sua melhor prestação pública de sempre, nos quinze anos de presidência que agora se completam.
E tal como a entrevista foi o mais oportuno ensejo para aclarar questões e esclarecer dúvidas e inquietações que permanecessem no espírito de alguns benfiquistas, também, seguramente, não terá deixado de constituir, em simetria, uma contundente ocasião para deixar agora bem mais preocupados e inseguros ainda os agentes e os coralistas dos jurados inimigos do Benfica.
Se considerarmos o contexto alargado e geral, assim como as circunstâncias especificas em que Vieira acede ao convite da TVI, caso tivesse sido outro o convidado - oriundo de qualquer um dos outros dois clubes portugueses com desígnios mais (ou menos...) aproximados dos que o Benfica definiu em 1904 e abundantemente cumpre no primeiro quartel do séc. XXI - obviamente que o entrevistador teria ficado ali a falar sozinho, com a outra cadeira vazia e disponível... (A menos que os fosse apanhar a Vigo, ou, dependendo do artista em funções, no consultório de um quartel, ou na discoteca...)
Ora, o presidente do Benfica, que na última década tem gerido com muita sabedoria os seus actos de comunicação, não só não fugiu a se apresentar à mediação pública num momento bastante delicado como ainda patenteou grande forma pessoal e institucional. Ao longo da extensa entrevista, Luís Filipe Viera nunca se eximiu a dar resposta, firme e cabal, a todas as perguntas e temas lançados por um jornalista hábil. E sempre reagiu com muita serenidade e segurança absoluta e, mesmo, com inequívoca classe.
A destreza e fluidez de discurso reveladas pelo presidente decorrem da tranquilidade com que, passado o frémito da indignação inicial causada pela violência e dimensão da miserável campanha de conluios que se abateu e mantém sobre o nosso clube, afinal, Luís Filipe Vieira veio revelar-se cada vez mais determinado e seguro na afirmação do glorioso futuro Sport Lisboa e Benfica."

José Nuno Martins, in O Benfica

PS: Com o jogo Sexta-feira à noite na Luz, não consegui publicar as crónicas desta semana d'O Benfica. Assim 'atrasadas' no tempo, aqui ficam para memória futura...
Recordo que foram escritas após o jogo do Jamor com o Belenenses e antes da derrota com o Moreirense!