sábado, 20 de outubro de 2018

Nem a roubar...!!!

Sporting 2 - 3 Benfica
25-22, 22-25, 27-25, 23-25, 10-15

Gaspar(22), Honoré(13), Lopes(11), Zelão(10), Winters(9), Pinheiro(6), Wholfi(4), Rapha(2), Théo(2), Violas(1), Filip, Martins; Casas, Simões

E vão três vitórias neste início de época, sobre o Cashball Volei!!! Esta mistura de Cashball com os corruptos de Espinho, só pode acabar na pouca vergonha que se viu hoje, novamente... O Nuno Pinheiro chegou este ano a Portugal, tem que costumar a habituar a estes critérios, porque não vale a pena, 'ajudar' os ladrões a roubarem ainda mais!!!

O único Set que merecemos perder foi o 1.º, e mesmo assim foi um Set equilibrado... a partir daí o jogo foi todo nosso! Tanto no 3.º Set como no 4.º Set as recuperações dos Lagartos foram sempre à custa de decisões inqualificáveis do apitadeiro, com os jogadores do Benfica a perderem a cabeça em algumas circunstâncias!!!

A conclusão é fácil: 'perdemos' 2 pontos, devíamos ter ganho por 1-3 !!!

Estreia Europeia...

Benfica 3 - 1 Monza
Ordañez(2), Rocha

A exibição não foi muito excitante, sendo que o adversário complicou muito... Defenderam muito próximo da baliza, e arriscaram quase nada... Acabou por ser o talento do Ordañez a desbloquear uma partida que estava 'fechada'!!!
Em Itália, vamos ter muitos problemas...

O critério apertado dos árbitros também quebrou o ritmo da partida...

E na parte final, acabou por ser o Pedrão a segurar o Monza à distância!

Mais uma vitória...

Benfica 89 - 69 Lusitânia
20-19, 26-21, 23-15, 20-14

Jogo controlado, com o Micah a fazer poucos minutos e com a dupla Fábio Lima / José Silva em grande... e o Delgado a ganhar minutos!

Nota ainda para a derrota dos Corruptos, em casa, frente ao Terceira Basket...!!!

Para quando a vez de Salvio?

"Luís Filipe Vieira resolveu premiar Pizzi e o Benfica anunciou ontem a renovação do contrato com o médio: a duração fica igual, aumenta o vencimento e os prémios pagos a um dos jogadores mais influentes do clube da Luz. Faz sentido. Depois da novela Jonas início da época, é mais do que justo que o presidente encarnado mostre e mesmo nível de respeito por outros futebolistas que fazem parte do lote de imprescindíveis. Já o fizera com Rúben Dias, Jardel, Gedson e Cervi, mostrando o presidente do Benfica ter noção da importância de manter um balneário imune a atritos - e todos sabemos que as questões financeiras são, nesse capítulo, determinantes.
Vieira não tinha necessidade de renovar com Pizzi, já seguro até 2022. Fez, ainda assim, questão de fazê-lo, preparando, talvez, o terreno para o caso mais urgente que tem para resolver: Salvio. O extremo argentino está, ele sim, em final de contrato e se o Benfica permitir que a situação se arraste inalterada até Janeiro corre  o risco de perder, a custo zero, uma das grandes referências do clube nas últimas épocas. Salvio já mostrou gostar muito do Benfica, mas procurará, aos 28 anos, garantir futuro mais tranquilo. O presidente terá, portanto, de abrir (e bem, pelo que se tem escrito) os cordões à bolsa. Mas não estamos a falar de um jogador qualquer. E Vieira sabe - mesmo que não o assuma - que os sonhos grandiosos que tem para o Benfica não se concretizarão só com os miúdos saídos do Seixal. É preciso ter ao seu lado jogadores com experiência e, acima de tudo, qualidade. Que Salvio tem para dar e vender. Será o próximo? Para bem do Benfica é bom que sim."

Ricardo Quaresma, in A Bola

Bolsonaro, Jardim, Cardoso

"Esta semana, o sulfuroso favorito nas eleições presidenciais do Brasil, Jair Bolsonaro, apareceu num vídeo a discutir política vestido com uma camisola do FC Porto. Que mensagem quereria enviar o homem que, daqui a oito dias, pode tornar-se o dirigente mais poderoso de toda a América do Sul? Nem ele próprio o saberá com toda a clareza, no final de uma campanha eleitoral que implicou gente do futebol muito para lá do aceitável. Vários jogadores brasileiros deixaram mais ou menos claro o seu apoio a Jair Bolsonaro, esse nostálgico da ditadura militar. Homofóbico, racista, reaccionário, este populista pode conseguir a proeza de unir elites e a massa de pobres deixada á beira da estrada por sucessivos governos.
Até Neymar se deixou seduzir. A estrela do PSG exibia na testa uma faixa a dizer “100 por cento Jesus” quando recebeu a medalha de ouro olímpica, em 2016. Há dias deixou nas redes sociais uma mensagem de apoio a Bolsonaro. Um post que foi rapidamente apagado, é verdade, mas que importa. Frequentemente de fé evangélica, a maioria dos internacionais brasileiros – e o maior de todos eles – rodam de forma mais ou menos aberta pelo Trump sul-americano, que se aliou aos partidos religiosos.
É possível que Ganso, o antigo companheiro de Neymar no Santos FC, deposite também o seu boletim de voto a favor de Bolsonaro. No entanto, o jogador do Amiens, evangélico, contou algumas verdades na primeira entrevista que deu após chegar a França, neste verão. Na edição de ontem do “L’Équipe” afirmou: “Não devo ser eu, Ganso, a dizer que o melhor candidato é A ou B”. Lamentou que “por vezes, no Brasil, as pessoas não sabem verdadeiramente por que razão votam no candidato A, B ou C. Não têm verdadeira consciência política”. E, sobretudo, juntou: “Se melhorássemos a educação em geral, o Brasil estaria muito melhor. Eu tive a sorte de estudar em bons estabelecimentos e vivo no estrangeiro. E isso dá-me, sem qualquer dúvida, um maior distanciamento”.
Ao ouvi-lo, comentámos que esta antiga grande esperança do futebol brasileiro nunca será presidente de um clube. Pelo menos em França. Em poucas semanas, a Ligue 1 separou-se dos seus dois treinadores portugueses. Se as partidas de Miguel Cardoso e de Leonardo Jardim não são da mesma natureza, ambas ilustram a falta de nível dos dirigentes franceses. É certo que FC Nantes e AS Mónaco fizeram um mau início de época, mas os resultados decepcionantes tinham explicações objectivas: a completa mudança de filosofia do FC Nantes e o mercado muito discutível protagonizado pelo AS Mónaco.
Meses depois de ter declarado que queria fazer dele “o Alex Ferguson do Principado”, Vadym Vasyliev, o vice-presidente monegasco, demitiu Leonardo Jardim por causa de um banal conjunto de maus resultados. Por ter pressentido que o treinador madeirense estava a iniciar uma época a mais, sacrificou um técnico que encaixava perfeitamente na política do clube para fazer chegar uma lenda da casa. Formado no Rocher, Thierry Henry conseguirá, sem qualquer dúvida, colocar a equipa de Radamel Falcao na metade superior da classificação. E depois? Depois deparar-se-á com o “trading” desenfreado dos seus superiores, que será prejudicial às suas ambições pessoais. E o AS Mónaco terá de procurar novo técnico, um treinador com perfil “à Jardim”.
Para já, a ironia de tudo isto situa-se nas referências citadas na sua apresentação pelo ex-capitão da selecção francesa. Além de Pep Guardiola, Aimé Jacquet, Didier Deschamps ou outras figuras já esperadas, Thierry Henry falou de José Arribas, Jean-Claude Suaudeau e Raynald Denoueix, os artesãos do famoso “jogo à FC Nantes”. “Os percursores do futebol de transição”, recordou. Ao evocar estes grandes treinadores,m de notoriedade muito francesa, o antigo ídolo de Highbury não pensaria certamente em Miguel Cardoso. E no entanto era um pouco dele que falava.
Com o seu gosto pela posse, pelo movimento, pela técnica, o ex-treinador do Rio Ave seguia um pouco os passos destes grandes nomes do FC Nantes. Só que estes tinham beneficiado de um privilégio quase inimaginável em 2018: no tempo deles, em Nantes, o patrão era o treinador. A ponto de, quando decidiu terminar a carreira e entronizar o seu número dois, a poucas semanas do início da época de 1997/98, Jean Claude Suaudeau limitou-se a convocar Raynald Denoueix para o seu gabinete, onde teve com um ele um diálogo surreal:
- Tudo bem?
- Sim, está tudo bem.
- Estás pronto?
- Pronto para quê?
- Vais ser tu, vais continuar. Os jogadores chegam daqui a uns minutos, eu vou falar com eles. És tu que continuas.
Durante algumas semanas, alguns meses, Denoueix ouvia pelas costas: é um Suaudeau menos bom. Mas tinha o tempo à sua frente. Em quatro épocas, ganhou duas Taças de França e um campeonato. O destino de Cardoso foi traçado pelo seu impaciente presidente em meia-dúzia de jogos, entre outras razões porque os jogadores punham em questão o seu método em termos semelhantes aos que se ouviram da boca de alguns monegascos no início da era-Jardim.
O sucessor de Miguel Cardoso, Vahid Halilhodzix, é, como Henry no AS Mónaco, uma lenda do FC Nantes. Começou por desvalorizar o trabalho do seu antecessor, deixando crer que à chegada tinha descoberto um campo de ruínas. É evidentemente falso. Mas o jogo maldoso dos bancos de futebol ou da política de hoje leva a que o fundo dom problema fique sempre atrás de uma cortina de fumo."

Uma mudança civilizacional

"Toda a economia se baseia na manipulação das pessoas, mas a enorme capacidade da Internet para modelar condutas multiplica os seus riscos.

O consumo é uma actividade basilar do modelo de vida ocidental. As sociedades modernas caracterizam-se por um crescimento aparentemente inesgotável da quantidade de produtos disponíveis e o nosso conceito de liberdade, no mínimo em termos económicos, está intimamente associado à capacidade individual de escolha. A tecnologia permite cada vez mais conjugar a personalização dos produtos com as eficiências da escala industrial, garantindo simultaneamente o crescimento da produção e a manutenção da propensão de cada pessoa para o consumo de produtos do seu interesse.
No olimpo digital ocidental, a Amazon é o paradigma do consumo, da mesma forma que associamos a Google a uma espécie de semideus que tem resposta para todas as nossas dúvidas ou o Facebook ao lugar para a socialização digital.
A Amazon tem-se transformado num mercado de uma dimensão colossal. Em comparação com as 5.000 referências de produtos disponíveis num supermercado urbano ou as 100.000 referências do maior mercado do mundo, a Amazon oferece-nos 500 milhões de produtos. A gestão de uma carteira dessa dimensão impõe enormes desafios operacionais, mas também exige uma abordagem diferente aos consumidores perante uma oferta que deixou de ter escala humana. Por esse motivo, e com base em sofisticados mecanismos de “perfilagem” com base nas sucessivas escolhas de compra, a Amazon consegue propor produtos cada vez mais adaptados aos gostos e às necessidades de cada pessoa.
O resultado desse processo é perturbador. Na actualidade, 37% de todos os produtos vendidos pela Amazon são sugeridos pela própria empresa; e uma em cada 20 propostas de venda que recebemos diariamente transforma-se numa venda efectiva. Perante a dimensão e o crescimento destas percentagens já não é possível falar de “vendas assistidas” e devemos começar a falar de “compras impostas”, embora o eufemismo técnico seja “curated product discovery”.
A Amazon diz-nos hoje o que queremos. Deixamos de ter vontade própria com base na quantidade e qualidade de informação que a empresa acumula sobre nós. Para termos uma ideia do poder dessa informação, o nosso perfil como consumidor é hoje muito melhor apurado com base nas nossas últimas três compras do que a partir da nossa informação demográfica sobre a idade, sexo, etc.
Como resultado desta capacidade, a Amazon multiplicou por 30 o seu valor em bolsa durante a última década, o que lhe permite dispor dos meios necessários não só para aprofundar estas técnicas, mas também para invadir outros âmbitos e conquistar posições de domínio em sectores como os serviços cloud ou, mais recentemente, o entretenimento.
As implicações desta mudança são brutais e potencialmente devastadoras para o nosso modelo de vida. Toda a economia se baseia na manipulação das pessoas, mas a enorme capacidade da Internet para modelar condutas multiplica os seus riscos. Será preciso fomentar uma aliança efectiva entre a ciência e as leis para nos proteger destes desenvolvimentos técnicos se quisermos proteger os pilares da nossa civilização."

Futuro de excelência

"Jota jogou pela primeira vez na equipa principal no dia de aniversário do avô e 12 anos depois do seu primeiro treino no Benfica

Depois da pausa para os compromissos das selecções nacionais, voltamos com Benfica em sortido de provas. Taça de Portugal, Liga dos Campeões e Campeonato Nacional são tudo objectivos e não há outro cenário senão vencer.
No jogo de Coimbra (na Sertã tinha mais autenticidade) foram muitas as alterações na equipa inicial, mas os 3-0 cumpriram o objectivo essencial de passagem à próxima eliminatória.
A entrada de João Félix e de Jota cumpriram o objectivo de assegurar o futuro de excelência. Jota, 12 anos depois do seu primeiro treino com a camisola do Benfica, no dia de aniversário do seu avô, joga pela primeira vez na equipa principal. João Félix, no fim do jogo, foi avultado por apanha bolas e stewards. O jovem craque já dá mais selfies que Marcelo Rebelo de Sousa.
Terça-feira há um Ajax-Benfica, dois dos maiores emblemas do futebol europeu, dois enormes de países mais pequenos, dois clubes cuja a história desafia fronteiras, lógicas, orçamentos e estatísticas.
No Arena de Amesterdão vai acontecer história em homenagem a Eusébio e Cruyff, a Van Basten ou Coluna, a Kluivert ou Chalana. Terça-feira há uma reunião de aristocracia do futebol para delícia de quem admira o jogo e a sua história.
Mas no Benfica a sua história apenas alimenta a ambição de querer mais e, por esse razão, pontuar em Amesterdão era um passo de gigante rumo aos oitavos de final da agora Liga das Novos Ricos.
As últimas semanas trouxeram a lume de forma mais nítida a situação económicas e financeira dos nossos rivais. Por motivos diferentes, com diferentes históricos e explicações, a verdade é que os próximos tempos serão necessariamente de aperto nas finanças dos adversários.
Esta realidade fará que o combate estratégico seja feito mais fora do campo e dos pavilhões do que dentro deles. O Benfica tem de manter a sua coesão e seu rumo, vencendo de forma sistemática.
Entregar os rivais à sua própria realidade é, neste momento, para o Benfica, a sua melhor estratégia.
O Benfica tem que se concentrar em si mesmo, nas suas competências e nos seus objectivos."

Sílvio Cervan, in A Bola

Pizzi 2022

Admito, esta foi uma renovação surpreendente, até porque com o regresso do Krovi, uma venda do Pizzi é Janeiro não será surpreendente!!! Além disso, existem outros jogadores com situações contratuais mais 'perigosas': Salvio... e até o Zivkovic!
Basicamente, aquilo que foi feito, foi uma renovação salarial, espero que o novo rebento que se avizinha, não seja sinónimo de baixa de forma, como aconteceu com o primogénito...!!!

Dito isto, o Pizzi já um dos jogadores da 'casa', numa altura em que os jogadores vão 'rodando' é importante manter um núcleo duro de jogadores no Clube, até para dar a estabilidade necessária aos novos jogadores para se integrarem no colectivo.

Sendo um dos jogadores que provocam reacções mais dispares no '3.º anel' - tenho dois vizinhos de Red Pass que não podem com o Pizzi -, sou obrigado muitas vezes a 'defendê-lo'!!! É verdade que o Pizzi tem jogos, onde aparentemente o cérebro deixa de funcionar, mas no geral é um dos jogadores que mais oferece à equipa, com golos, assistências... e organização ofensiva, agora precisa de 'cobertura' nas costas, porque com a idade a avançar, é óbvio que defensivamente não vai melhorar, bem pelo contrário!!!

Enorme Benfica

"De passagem por Edimburgo, aproveitei para visitar o estádio do Hearts of Midlothian, um dos nossos adversários na campanha que resultou na conquista da nossa primeira Taça dos Campeões Europeus, em 1961. O Hearts, apesar de fazer parte do meu imaginário, precisamente por constar no caminho que levou José Águas a erguer o mítico troféu, é um clube relativamente modesto. Assim, não me surpreendeu que o “museu” do clube, na arquibancada de um dos topos, embora digno, cuidado e cativante, se limite a uma pequena sala.
Mas o mais interessante, de um ponto de vista benfiquista, foi a forma como fui recebido. Por ser o único visitante naquele momento, beneficiei da atenção especial do voluntário de serviço. Conversa puxa conversa e logo referi o confronto entre Benfica e Hearts e os golos, naquele local, de Águas e José Augusto. O senhor, aparentemente octogenário, partilhou comigo as suas memórias desse encontro e da grande equipa do Benfica nos anos 60 que, e passo a citar, “ninguém os conhecia e de repente eram a melhor equipa da Europa. E quando aqui jogaram, ainda não tinham o Eusébio”.
Mas o melhor, para mim, surgiu quando lhe revelei que escrevi uns livros sobre o Benfica, colaboro com o jornal e comento na televisão do clube. Passo o exagero, quase me dedicaram honras de estado. O senhor telefonou ao curador adjunto do museu e fui levado a uma visita ao estádio por ambos. O dia daqueles dois simpáticos e dedicados adeptos do Hearts, a julgar pela forma como fui tratado, não foi um qualquer. O Benfica, o enorme Benfica, esteve ali representado informalmente por um dos seus milhões de adeptos. Uma honra, a crer nos senhores, para o Hearts of Midlothian FC."

João Tomaz, in O Benfica