terça-feira, 18 de setembro de 2018

Sport TV, já foste

"A esta hora deviam estar a passar na minha tv os jogos da Liga dos Campeões. Esta noite gostava de ver o Liverpool v Paris SG e dar uns saltos a mais dois ou três. Mas pela primeira vez, na história da Champions League, isso não é possível legalmente em Portugal, exceptuando uns processos onerosos e pouco práticos que os novos detentores dos direitos tentam vender em alternativa. Até os Inácios de recurso estão ainda com dificuldades em suprir a lacuna.
Não sou eu quem vai por em causa a estratégia comercial dos “players”, mas é tempo de os consumidores darem resposta. Por mim, é acabar com as assinaturas actuais, com ofertas claramente abaixo do que subscrevi em devido tempo, mas sem redução da mensalidade, chegando a ocupar horários nobres como as tardes de domingo com repetições, ou seja, um portfólio claramente insuficiente para cinco canais.
Momentos antes de começarem as partidas, vejo um anúncio sobre a oferta da Sport TV, contabilizando 11 Ligas, 7 Taças, 2000 jogos, 55.000 horas de desporto. E, no entanto, um canal está a dar o Sporting-Marítimo de domingo, outro o Watford-Manchester United também em repetição, um jogo da Liga Mundial de Voleibol, Sérvia-Rússia, em directo, o Masters de Padel em directo e uma coisa qualquer de Luta Livre.
Não foi por isto que subscrevi este serviço, até podiam oferecer 100.000 horas, mas tinham de reduzir a metade o preço que continuam a cobrar por uma oferta claramente inferior.
Praticamente tudo o que a Sport TV hoje transmite está disponível em vários sites de streaming. Não faz sentido pagar o que se pode ter gratuitamente, inclusive em casas de apostas legais.
Não sei quais são as razões para as plataformas de distribuição nacional não chegarem a acordo com a Eleven Sports, mas a imagem que passam é de cartelização do sector, em defesa do negócio da Olivedesportos. Todavia, os únicos que se queixam são os consumidores…"

Os contornos da teia

"Sem rede, só ele, diante dos jornalistas, Vieira prometeu falar em breve e apelou à Justiça: «Tem de funcionar e há de funcionar», sublinhou.

Em Maio de 2017, os supostos chefes dos departamentos de comunicação de FC Porto e Sporting, em reunião que se julgava secreta, realizada em Lisboa, por acaso no mesmo hotel que regularmente acolhe a comitiva do futebol profissional do dragão nas visitas à capital, cozinharam um comunicado com vários pontos de concordância entre os dois clubes que mais tarde viria a ser ratificado por ambos os presidentes, embora com a reserva que as circunstâncias aconselhavam.
Esta história foi mal contada desde o primeiro capítulo, dado fazer pouco sentido que dois grandes clubes, interessados em ultrapassarem questões mal resolvidas entre eles e voltarem a andar de mãos dadas, entregassem a responsabilidade diplomática pelo processo de reconciliação a pessoal do meio da escala hierárquica: um (Marques), que se pensava ocupar o lugar de topo, pelo protagonismo que lhe foi atribuído, obedecia, pelo menos, a um superior directo, e outro (Saraiva) desapareceu em combate por extinção de lugar, prova de que Frederico Varandas suplanta em inteligência o antecessor destituído.
Manifestei a minha surpresa pela cimeira de comunicadores, supostamente feita às escondidas quando o normal seria que fosse realizada às claras, dado tratar-se de um encontro entre colegas de profissão e que, tanto quanto julgo saber, até trabalharam para o mesmo patrão. A não ser, e isso eu não escrevi, por não me ter ocorrido que por detrás de aparente iniciativa desajeitada se escondesse intenção bem mais ardilosa. Pensando melhor, se o FC Porto quisesse ficar de fora da fotografia com certeza que teria sugerido outro local, discreto e menos frequentado por espiões em diversas áreas.
Ao ver Manuel Tavares nessa espécie de tratado de paz, identificado na interessante reportagem da revista Sábado como director do FC Porto Media, fiquei com a pulga atrás da orelha e dessa desconfiança dei conta em várias intervenções, sem retorno, confesso. Ou seja, sem que alguém acompanhasse a minha linha de raciocínio e sem que o departamento de comunicação institucional do Benfica alguma vez tivesse dispensado ao assunto um segundo do seu precioso tempo.
Ano e meio passou e, em resultado de acontecimentos e revelações recentes, as minhas dúvidas veem reforçada a pertinência. Creio que essa reunião em Maio de 2017, mais do que desajeitado acordo de franca convivência - como se fosse possível Pinto da Costa esquecer as deselegâncias que o presidente leonino destituído lhe dirigiu -, serviu para congeminar cobiçoso esquema de comunicação, como o tempo demonstrou, em que, em traços gerais, o Sporting acatou a submissão ao FC Porto numa estratégia concertada para incomodar o Benfica, acreditando que essa reverência alguma riqueza lhe traria. Enganou-se, porém. O Benfica foi campeão em 2017, o FC Porto foi campeão este ano, o Sporting foi duas vezes terceiro, Bruno de Carvalho saiu de cena e Saraiva viu o posto de trabalho extinto.

Nos dia seguinte à publicação da reportagem da revista Sábado noticiou o CM que Rui Pinto, o pirata informático procurado pela PJ, por suspeita de intromissão ilegal no correio electrónico do emblema da águia, é um autodidacta na matéria, adepto do FC Porto e «morador na zona onde Fernando Madureira (líder da claque Super Dragões) vive há mais de uma década». Há cada coincidência!...
Ontem, acerca do mesmo tema, informou A Bola na última página que um comentador do Porto Canal e co-autor do livro O Polvo Encarnado, com Francisco J. Marques, foi colega de curso de Rui Pinto, o alegado pirata.
Entraram os dois para o curso de História da Faculdade de Letras da Universidade do Porto em 2008. Diogo Faria, o comentador em causa, confirma, mas adianta que não se considera amigo dele e não o contacta «há mais de cinco anos». Outra coincidência, ou tão-somente mais uma contribuição para completar este puzzle de intrigas e tramoias que ainda terá muitas surpresas por revelar.

Os investigadores devem ter já uma noção precisa dos contornos da teia e, numa altura em que mensageiros da verdade se agitam à medida que mais luz se faz sobre os processos dos mails e das toupeiras, convém que o Benfica não se desvie do essencial: se no Apito Dourado ouvimos o que ouvimos e nada aconteceu, nos mails lemos, e os conteúdos de alguns deles, valendo ou não como prova jurídica, merecem ser decifrados na defesa do bom nome da instituição Benfica, sem receio de apontar o dedo a culpados, se os houver.
Entretanto, Luís Filipe Vieira falou aos jornalistas. Uma conversa de rua, apesar de avisada e breve, é sempre um conversa de rua, difícil de controlar. E Vieira até abordou aspectos interessantes. Sem rede, só ele, diante dos jornalistas, testemunho de que não está em conflito com a sua consciência, Vieira prometeu falar em breve, porque o tema é «muito profundo» e apelou à Justiça. «Tem de funcionar e há de funcionar», sublinhou."

Fernando Guerra, in A Bola

Benfica: estabilizar ou rodar?

"As equipas de Rui Vitória ganham com a estabilização de um onze base. Tem sido assim ao longo dos três anos de Benfica: com o decorrer da época, vai sendo encontrado um conjunto de titulares, que ganham rotinas e que tornam o jogar ao mesmo tempo mais eficaz e fluído. Sintomaticamente, até aqui, o Benfica ia melhorando com o passar dos meses, atingindo um pico exibicional na viragem do campeonato.
Escrevo até aqui pois esta temporada destoa das anteriores. A equipa chega a Setembro com um nível exibicional elevado e com resultados muito positivos. Em importante medida porque, desde muito cedo (logo na pré-temporada), estabilizou o onze que, desde então, tem sofrido poucas mexidas.
Há evidentes vantagens nesta opção, se bem que, numa temporada longa e com um plantel extenso e rico, se coloquem também problemas.
Comecemos pelas vantagens, em particular as que são específicas das equipas de Rui Vitória. Se o Benfica é um colectivo que, do ponto de vista defensivo, assenta na organização e em princípios muito treinados (recordemos, a este propósito, os comentários elogiosos de Guardiola aquando do confronto com o Bayern na Champions), no processo ofensivo, a aposta parece ser mais na potenciação do talento individual dos jogadores (o que explica, por exemplo, a centralidade de Sálvio, um jogador pouco associativo). Ora, esta aposta nas individualidades requer conhecimento mútuo dos jogadores e rotina de jogo para funcionar (talvez esteja aqui a chave para as manifestas dificuldades de adaptação de Ferreyra, um jogador com muita qualidade).
Colocam-se, contudo, a este propósito, dois problemas. Por um lado, numa temporada longa, em que no mínimo teremos de disputar 48 partidas oficiais, não é possível, nem desejável, manter o mesmo onze; por outro, no que é fundamental, há muito talento no plantel à espera de oportunidades.
Como é reconhecido, uma das qualidades de Rui Vitória é a forma como aposta nos jogadores independentemente do estatuto, confiando-lhes responsabilidades que poucos antecipavam (tem sido assim com Gedson esta temporada, com Rúben Dias na passada, Ederson há duas e Renato há três – para ficarmos pelos casos mais relevantes). Mas é, também, sabido que o treinador do Benfica poucas vezes promove entradas directas no onze. Só que, com a qualidade do plantel, não faz sentido ficar à espera de lesões ou quebras exibicionais para dar oportunidades a Krovinovic, Gabriel, Jonas ou João Félix. É por isso que, da mesma forma que o Benfica ganha se acrescentar versatilidade táctica ao sistema dominante, também beneficiará se Rui Vitória conseguir preservar a criatividade e a espontaneidade no ataque articulando-as com maior rotatividade no onze titular."

A dura vida entre os ricos

"FC Porto e Benfica ocupam a sétima e oitava posições no ranking do encaixe financeiro dos 32 clubes que participam na Champions 2018/19 de acordo com os novos critérios que estabelecem a fatia do ‘bolo’ que cada clube recebe e cujos resultados da última década têm peso considerável.
Uns milhões acima estão Real Madrid, Barcelona, Bayern, At. Madrid, Man. United e Juventus. Ou seja, equipas que nos últimos 10 anos disputaram a final da Liga dos Campeões (algumas mais do que uma vez), o que, infelizmente, não foi o caso de FC Porto e Benfica. Outros que nesse mesmo período lá chegaram (Inter, Chelsea, Dortmund e Liverpool) estão abaixo. Isto representa a capacidade que estes dois clubes portugueses têm tido para ombrear com os melhores da Europa e que Rummenigge não subestima, como se lê na entrevista que deu ao Record.
Hoje começa um novo ciclo. FC Porto e Benfica voltam a esgrimir argumentos com adversários com orçamentos muito superiores e que objectivamente têm mais possibilidades de reforçar o seu poder. Assim, de novo confiamos na capacidade de superação dos jogadores que representam os emblemas nacionais e no engenho dos treinadores para manter o nível das performances da última década. Até quando será possível fazê-lo, eis a grande e perturbante questão."

Ver futebol na TV já não é para todos

"Vai ser estranho. Esta irá ser a fase de grupos da Champions menos vista pelos portugueses. Hoje, o FC Porto ainda passa na TVI por imperativos legais que a Eleven Sports - a distribuidora que garantiu os direitos da prova junto da UEFA - não podia evitar, mas amanhã, o Benfica - Bayern (em streaming) e na NOWO, a operadora que servirá de plataforma aos direitos da Eleven.
É assim será até no final da mais importante prova europeia de clubes. Em canal aberto, os portugueses poderão ver, na TVI, um jogo por jornada europeia e, apenas, a segunda escolha. Todos os 138 jogos da Champions estarão fora das operadoras principais, a não ser que ainda surja um acordo que, para já, não parece provável.
Curiosamente, a Sport TV diminui a oferta de futebol (perdeu também para a Eleven a Liga espanhola) mas mantém os preços aos seus clientes. Por isso, o adepto mais entusiástico e que não se poupa a custos, só para poder ver todo o futebol que os vários canais e operadoras oferecem terá de gastar uma quantia muito próxima dos oitenta euros por mês (se optar pelo pacote mais económico) ou seja, qualquer coisa como 14% do salário mínimo nacional.
É muito para a pequena bolsa dos portugueses. A partir de agora, ver futebol na TV deixou de ser para todos e passou a ser só para alguns, sobretudo depois da RTP ter abandonado o conceito de interesse público em relação à prova maior da UEFA que, esta época, tem dois clubes nacionais, talvez preocupada com as contas que teria de prestar ao poder político."

Vítor Serpa, in A Bola

Um vento de alegria soprou em Amesterdão...

"Na semana passada recordei aqui o primeiro confronto entre Benfica e Bayern de Munique, agora que se aproxima o início da fase de grupos da Liga dos Campeões. Hoje vamos até Maio de 1965, e ao primeiro Ajax-Benfica da história do futebol, que o Benfica perdeu 1-2.

No dia 9 de Maio de 1965, o Benfica votou a Amesterdão, local mágico no qual conquistou a sua segunda Taça dos Campeões Europeus. Desta vez tratava-se apenas de um encontro amigável frente ao Ajax, o mais sonante dos clubes holandeses. Mas isso não retirava um milímetro à forma como os espectadores se interessaram pela partida. Não se pode dizer que houvesse um ambiente fanatizado, não havia motivo para tal, mas cerca de 25 mil pessoas acorreram ao Olímpico movidas pela curiosidade de ver aquela que era considerada a melhor equipa da Europa: o Benfica, claro está!
Rapidamente, Eusébio, José Augusto, Torres e Simões desataram a importunar a defesa holandesa com aqueles movimentos velocíssimos que executavam praticamente de olhos fechados. A coisa prometia e o povo demonstrava o seu agrado. Era uma tarde fria e ventosa. O Verão parecia distante como a Via Láctea.
O Ajax estremeceu. Os seus jogadores não atinaram com a melhor forma de contrariarem os lances criados pelos portugueses. Confusos, perdidos, pareciam à mercê de uma derrota inevitável. Puro engano.
Um passe primoroso de Eusébio apanha José Augusto numa corrida paralela à grande área contrária: este, na passada, dispara com o pé direito para um golo bonito, bonito.
O Benfica dos grandes momentos europeus mostrava-se em Amesterdão tal como o tinha feito, três anos antes, face ao Real Madrid. Só que, desta vez, uma estranha modorra foi amolcendo a equipa. E isso custaria muito caro.

A reviravolta
Aos 28 minutos, Nuninga conseguiu o empate. Os jogadores do Ajax pareciam fartos de fazer figura de meros comparsas, ainda por cima diante do seu público. Podia não ser o terrível Ajax que viria a dominar a Taça dos Campeões Europeus uns anos mais tarde, mas não era certamente um conjunto de pés-de-chumbo.
Os encarnados surgiram para a segunda parte muito presos nas suas tamanquinhas. A saída de Calado e a entrada de Perides foi um sinal defensivo que soou nas hostes holandeses. Perceberam os rapazes de Amesterdão que o Benfica lhes ia dar a iniciativa do jogo, convencido de que seria possível num contragolpe recuperar a vantagem. Afinal, quem tinha Eusébio podia sonhar com o topo do mundo.
Não foi isso que aconteceu. A gana holandesa recrudesceu. Interiorizaram que seria possível vencer o grande Benfica, e nem a defesa a uma grande penalidade assinada por Costa Pereira os abalou nessa decisão. A pressão sobre o meio-campo lusitano era grande. A marcação a Eusébio, impiedosa: Soetekouw não o largara um segundo, e o moço da Mafalala tratou de evitar entradas mais duras pouco compreensíveis num jogo que se diria amigável.
Com um remate de muito longe, e aparentemente insignificante, Kaizer, que falhará o penálti, bateu o guarda-redes lisboeta. A vitória do Ajax parecia ir ser uma realidade, por surpreendente que fosse.
Responde finalmente o Benfica. Uma questão de orgulho! Coluna tenta, também ele, o seu poderoso remate, uma e outra e outra vez. Cavém ia obtendo um golo de truz com um chapéu de muito longe. Torres lutava como um animal ferido, percorrendo todo o campo, da defesa ao ataque.
Mas a linha avançada benfiquista tinha esgotado pólvora.
A equipa parecia cansada. Ao contrário do que se passava com o Ajax:
A derrota tornou-se uma realidade no primeiro confronto entre os dois grandes clubes. Não abalava o prestígio do Benfica, obviamente, que durante muito tempo actuou em ritmo de poupança. Mas alegrou todos aqueles que tinham caminhado até ao Estádio Olímpico para ver os maravilhosos jogadores que ainda há tão pouco tempo tinham sido campeões da Europa.
O duelo repetiu-se várias vezes ao longo dos anos, entre desafios particulares e eliminatórias para a Taça dos Campeões.
Mais dois encontros entusiasmantes vêm agora a caminho. É preciso saber desfrutá-los. Benfica e Ajax bem o merecem, sendo como foram expoentes raros do futebol mais ofensivo que o mundo alguma vez viu."

Afonso de Melo, in O Benfica

O dia em que Águas enganou toda a gente

"Habituado a enganar os defesas, José Águas também ludibriou os adeptos.

A 24 de Abril de 1955, o Estádio da Luz dividiu-se entre adeptos que acreditavam no título e nos menos optimistas. Apesar da boa época, achavam que a equipa dificilmente seria campeã. O Clube não dependia só de si. Para além de vencer ao Atlético, necessitavam que o Sporting pontuasse no jogo contra o Belenenses.
Na recepção aos alcantarenses, os 'encarnados', talvez condicionados pelo momento, entraram bastante nervosos, o que se reflectiu na exibição. No segundo tempo, os benfiquistas apareceram mais descontraídos e, em poucos minutos, fixaram o resultado em 3-0.
Uma parte da tarefa estava bem encaminhada. Os adeptos mantinham os olhos no relvado do Estádio da Luz, mas os ouvidos nas Salésias. Quando ainda faltavam mais de dez minutos de jogo, chegou a 'notícia de que o Sporting tinha conseguido empatar', que 'provocou uma onda de entusiasmo. (...) Foram lançados foguetes e morteiros ao ar e a alegria dos adeptos dos «encarnados» era indescritível'. Entretanto, o encontro contra o Atlético continuava a desenrolar-se.
O avançado José Águas, que estava a realizar uma grande exibição e tinha apontado dois golos, protagonizou um episódio inesquecível. O árbitro apitou uma falta de Arsénio e o goleador benfiquista, ao ouvir o som do apito, levantou os braços ao ar, pensando que era o final do jogo. De imediato centenas de espectadores convenceram-se de que o desafio tinha terminado. 'E saltaram ao campo possuídos'. E intervenção da polícia foi determinante para que 'o campo readquirisse o cenário normal'.
O jogo foi reatado e disputado num clima de ansiedade, até que o árbitro deu mesmo a partida por terminada. Os festejos começaram no recinto e estenderam-se às ruas de Lisboa. De madrugada, ainda restava um adepto sentado num banco com a bandeira do Clube ao lado. A emoção fez com que perdesse o sono, afirmando: 'eu posso lá dormir hoje. Num dia destes. Vim sentar-me aqui a relembrar as horas más que passei em muitos domingos... Para que esta vitória, de cada vez que nela penso, tenha para mim um sabor sempre maior e melhor'.
Para esta conquista em muito contribuiu José Águas, o melhor marcador da equipa, com 20 golos.
Saiba mais sobre este sensacional jogador na área 23 - Inesquecíveis do Museu Benfica - Cosme Damião."

António Pinto, in O Benfica

Com tanta poeira, nunca ninguém percebeu o que é uma acusação

"Em que consiste (o despacho de) a acusação? É a peça processual em que formalmente se imputam a uma pessoa os factos que integram um dos mais crimes, aquando do encerramento do inquérito, a acusação pública é elaborada pelo Ministro Público, mas também pode ser levada a cabo pelo assistente, p. ex., nos casos de crimes particulares, em que é obrigatoriamente deduzida por ele, sob pena de o processo não poder prosseguir, lê-se no site da Procuradoria Geral Distrital do Porto.
A audiência de discussão e julgamento é a fase do processo penal em que é produzida a prova, geralmente em audiência pública, e a final, proferida sentença, condenatória ou absolutória, pode ler-se no site do Ministério Público.
A fase de inquérito trabalha com indícios que devem ser fortes e suficientes, e a fase do julgamento trabalha com certezas, mesmo que haja alguma dúvida sobre a certeza!
Quando se lavra uma acusação, a mesma deve ser rigorosa, não meramente presumida, quanto aos factos que descreve, ou seja, deve ter uma dimensão de probabilidade forte de existência dos factos que descreve.
Vejamos o seguinte exemplo:
A acusação diz no seu art.º 6.º o seguinte: '6) Júlio Loureiro foi ainda observador de árbitros da Liga Portuguesa de Futebol Profissional nas épocas 2010/2011, 2014/2015 e 2015/2016, e da Federação Portuguesa de Futebol desde a época desportiva 2003/2004 até à época 2017/2018, tendo sido árbitro profissional de futebol até ao ano de 2000'.
E no art.º 19.º, o seguinte: '19) Também em benefício e no interesse da SL Benfica Futebol SAD, Paulo Gonçalves e a SL Benfica SAD foram oferecendo, pelo menos, nas épocas desportivas 2015/2017 e 2017/2018 e até 3 de Março de 2018, convites e produtos de merchandising, a Júlio Loureiro, de forma a criar condições de permeabilidade por parte do observador de arbitragem Júlio Loureiro, tendo em vista decisões favoráveis, conhecimento privilegiado de informações desportivas e de pessoas e contactos ligados à arbitragem'.
Pergunta: Se Júlio Loureiro deixou de ser observador de árbitros da Liga Portuguesa de Futebol Profissional desde o fim da época 2015/2016 como se pode escrever que 'foram oferecidos produtos para criar condições de permeabilidade por parte do observador de arbitragem, tendo em vista decisões favoráveis', se o homem já não era observador de árbitros da Liga Profissional?!
A única explicação plausível é que, lamentavelmente, quem acusa certamente que não conhece a orgânica desportiva e não deve saber que a Liga organiza competições desportivas profissionais, e a Federação organiza competições desportivas não profissionais!
Ora, no dia 21 de Setembro, e passe qualquer publicidade, começa um curso de pós-graduação que se debruça sobre a organização profissional e falará na organização não profissional do futebol, conforme (...) o que qual se aconselha vivamente que seja frequentado por quem não sabe estas distinções.
É por isso que o que se escreveu no art.º 20: '20) Como recompensa, os funcionários e o observador de arbitragem receberam da Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD, através de Paulo Gonçalves ou algum intermediário deste, convites e bilhetes para assistirem gratuitamente a jogos de futebol no Estádio da Luz, em Lisboa, designadamente no piso 1, designado por 'anel VIP', incluindo acesso a lounge com comida e bebida e parqueamento automóvel'.
Mesmo a terem existido convites, a Benfica SAD convidou o 'homem' a troco de nada, porque ele não podia fazer nada, porque não era observador de arbitragem de jogos da primeira Liga! Não faz sentido!
Outro exemplo (processo envolvendo o filho do Vieira: 'caso Centeno').
Vejam o despacho de 2/2/2018 do procurador do processo que permite acesso a cópias, consultas aos autos a todos os jornalistas que o pediram (...)
Para que quereria a Benfica SAD saber do processo a 26/2/2018?! E com base na lógica das coisas («57) Em data não apurada, aproveitando-se do apoio diz que dispunha por parte do José Silva, Paulo Gonçalves transmitiu o número do processo àquele, para obter informações sobre o mesmo que pudessem interessar à Sport Lisboa Futebol SAD...» - Se é em data não apurada como é que se sabe que foi transmitida por um a outro?)
E por falta de mais espaço...
Até para a semana"

Pragal Colaço, in O Benfica

Ao vivo ou no sofá

"Hoje é dia para ficarmos – doentiamente, dirão alguns… – agarrados à televisão. Hoje, amanhã e quinta-feira, pois estão de volta as duas principais provas do calendário europeu de clubes. E como não vai ser fácil a escolha, o comando até vai escaldar.
Quer na Champions, quer na Liga Europa vai haver confronto físico, técnico, táctico, estratégico e também psicológico entre jogadores e treinadores, vai haver guerras de palavras e de bastidores, ou seja, vai haver de tudo um pouco dos condimentos que tornam ambas as provas deveras apetecíveis. 
Vamos ver, por exemplo, como irão reagir as equipas de Spalleti e Pochettino às derrotas do fim de semana. O Inter perdeu em casa com o Parma, que se encontra quase a ‘afogar-se’ debaixo da linha de água, e o Tottenham somou segunda derrota consecutiva ao perder também no seu reduto com o Liverpool. Acabado este, poderemos mudar de canal e ver como o PSG de Neymar se irá bater com Salah, Mane e Cia., ou seja, como dois dos melhores do Mundo nos poderão proporcionar mais uma jogatana imperdível.
Vamos ainda ver como se comportam os portistas na Alemanha e se Sérgio Conceição, quiçá com uns bons berros, foi capaz de fazer com que os seus jogadores esqueçam o desaire da Taça da Liga enquanto que, no dia seguinte, iremos confirmar se o ‘desastre’ europeu de Rui Vitória na passada temporada foi fortuito ou não.
Obviamente, será interessante assistir ao regresso de Ronaldo a Espanha, agora que também já regressou aos golos, bem como o comportamento da sua ex-equipa diante da Roma, equipa cujo treinador começa a ser malvisto pelos habituais ‘descomentadores’ madrilenos. E para apimentar a semana, vamos ainda poder acompanhar o Chelsea na descida à Liga Europa, o Arsenal, o Sevilha, a Lazio e… claro está, o Manchester United de Mourinho, que de despedido voltou a ser candidato ao título. Por mim, já reservei lugar no sofá lá de casa."

Uma questão de terminologia

"Quando oiço os relatos, ou leio os comentários, ou vejo as transmissões televisivas, verifico que é comum o uso de uma terminologia do futebol que, sendo perceptível para quem assiste (ou lê, ou ouve), se baseia em palavras que não existem ou não são correctas, de acordo com as leis de jogo. E se umas nunca sequer existiram, outras foram alteradas e modificadas e já não fazem parte do léxico técnico em vigor. É claro que o importante é que o adepto perceba e identifique aquilo que está a ser dito ou descrito, mas como custa exactamente o mesmo dizer mal ou dizer bem e de forma correcta e assertiva, vou deixar aqui alguns desses termos, ou seja, os que se usam e os que deveriam ser usados de acordo com o guia universal das leis de jogo.
Começando pelas áreas de jogo, normalmente diz-se pequena área e o nome correcto é área de baliza, e a grande área é área de penálti. Quando se diz que a bola saiu pela linha de fundo, deveria dizer-se que saiu pela linha de baliza. "O árbitro assinalou grande penalidade" - este termo já foi eliminado e passou a ser chamado de pontapé de penálti. Muitos dizem árbitros auxiliares e os mais antigos ainda recorrem à expressão fiscais-de-linha, termos que já não existem, já que passaram a ser designados de árbitros assistentes. Já os vulgarmente designados de árbitros de baliza são, na realidade, árbitros assistentes adicionais.
Mas há mais: quando o quarto árbitro levanta a placa, normalmente diz-se que foi dado tempo de desconto. Ora, o árbitro não vai descontar, na realidade, vai acrescentar ou adicionar, por isso não é desconto de tempo, mas sim recuperação do tempo perdido. Outra curiosidade é que quando nos referimos ao videoárbitro e ao seu assistente utilizamos uma palavra que adoptámos como sendo portuguesa e dizemos muitas vezes, o VAR e o AVAR. Esta designação resulta de juntarmos as letras iniciais das palavras em inglês Video Assistant Referee (VAR) e Assistant Video Assistant Referee (AVAR).
Por falar nesta nova e tão útil tecnologia, a do videoárbitro, eis também que surge um novo vocabulário com o qual convém começarmos a ficar familiarizados. Na cidade do futebol temos localizado e centralizado aquilo a que normalmente designamos como a casa do VAR, quando na realidade o termo correcto para essa sala é VOR, ou seja, a designação de Video Operation Room. E à zona onde está instalado o monitor que no terreno de jogo existe para o árbitro verificar os lances que forem passíveis de revogação chama-se RRA, ou seja, Referee Review Area.
Por fim, e dentro da terminologia usada, é de destacar o seguinte: nas leis de jogo, as palavras têm um significado e uma correspondência em termos da sua designação e da sanção disciplinar aplicada. Assim, quando digo que uma infracção cometida por um jogador foi imprudente, em termos de leis estou a dizer que não há sanção disciplinar, apenas técnica; se disser que foi negligente então aqui refiro-me a uma infracção passível de cartão amarelo. Sempre que uso expressões como "uso excessivo de força", "conduta violenta", "falta grosseira" ou "pôr em risco a integridade física do adversário", estou a falar de uma acção penalizada com cartão vermelho.
Estas palavras ou expressões são todas elas muito importantes, sobretudo quando o árbitro faz o relatório de jogo, pois muitas das sanções que são aplicadas aos jogadores e técnicos dependem dos termos usados. E isso pode fazer toda a diferença quer no tempo de suspensão, quer nas multas financeiras.
De resto, quando um árbitro expulsa alguém por palavras dirigidas a ele tem de primeiro enquadrar a decisão no termo técnico correcto. Por exemplo, "o treinador usou de linguagem injuriosa ofensiva ou grosseira". Só depois é que faz a descrição pormenorizada das palavras, expressões e linguagem utilizadas. Por último, o termo mais usado pelos comentadores a propósito das faltas, que é a palavra intencional, já foi abolido e substituído por acto deliberado. São aparentemente idênticos, mas na realidade o vocábulo intencional põe o foco no propósito, no pensamento, na ideia, enquanto acto deliberado põe o foco na acção, na parte mais mecânica. Assim, ajuíza-se não o pensamento, mas sobretudo a execução e, como é sabido, há algumas infracções que têm de ter esta premissa como ponto de partida para serem penalizadas, como é o caso das mãos na bola ou do cuspir num adversário.
A palavra tem um significado, um sentido, uma força e se nós a utilizarmos de forma correcta estaremos seguramente a ser pedagógicos e construtivos."

António-Pedro Vasconcelos: um pensamento filosofante

"Sentencioso e moralista, como pareço ser (é que não sou tanto como se pensa) o cineasta António-Pedro Vasconcelos é, hoje, para mim, uma das personagens verdadeiramente fulcrais do meu círculo de Amigos – o António-Pedro Vasconcelos que não esconde um apego muito especial à linguagem, às palavras, aos livros. E, embora o seu corajoso idealismo que o leva, como cineasta, a surpreender recessos vivos da alma humana, em filmes que ficarão para sempre na melhor antologia do cinema português – embora tudo isto, ainda são as obras dos grandes escritores que ele mais frequenta e onde mais se refugia, para poder viver ressumando confiança, alegria e algumas certezas. É um conhecido benfiquista. Todos o sabem. Mas antes do Benfica, antes dos aspectos mais lúdicos da vida, ressalta nele um humanismo onde estão presentes os grandes pilares em que assenta a cultura europeia e ocidental: a filosofia grega, o espírito jurídico latino, a mensagem cristã e o racionalismo que a Revolução Francesa corporizou. Logo em rápida conversa com António-Pedro Vasconcelos, se nota que ele frequentou e frequenta os humanistas de todos os tempos, onde aprendeu e aprende a adornar e a educar a sua erudição e onde a sua cultura se renova. Terêncio fixou, em máxima famosa, o que os intelectuais , como o António-Pedro Vasconcelos, vêm repetindo sempre que podem: “Homo sum, humani nihil a me alienum puto” (traduzindo: “sou homem, nada do que é humano me é alheio”). Formado na leitura dos autores clássicos, António-Pedro Vasconcelos é um humanista, no que o humanismo tem de superior disciplina literária e filosófica. E até daquela ideologia onde “o homem é para o homem o ser supremo”. Não admira por isso que, em diálogo permanente com tão boas companhias, revele, nas suas conversas, um acervo filosófico e literário verdadeiramente surpreendente.
No livro da sua autoria que teve a bondade de, há poucos dias, num dos nossos habituais almoços, oferecer-me um exemplar, A Companhia dos Livros (Sociedade Portuguesa de Autores, Lisboa, 2015 ) manifesta-se ele direto discípulo de Pascoaes, de Steinbeck, de Kafka, de Malraux, de José Cardoso Pires, de Agustina e… de muitíssimos mais: “Os livros de que aqui falo, muitos deles de jovens escritores portugueses, que me pediram para os apresentar, não esgotam por isso, nem resumem, os meus gostos, nem as minhas fidelidades literárias. Vários volumes não chegariam para descrever as descobertas que continuo a fazer todos os dias, as páginas com que vou aprendendo a reconhecer a imperfeição do mundo e a infinita duplicidade dos homens, mas também o sortilégio da escrita e a misteriosa beleza das palavras que, de Montaigne a Proust, de Shakespeare a Tolstoi, de Melville a Kafka, de Dickens a Borges, me fazem não desesperar da humanidade” (p. 13). A alturas tantas da nossa conversa pós-prandial, senti-o a vogar a todo o pano no azul de um sentimento que, sobremaneira, o seduzia: “Gosta do Cesário Verde?”. Respondi-lhe que sim, que muito o admirava, embora não fosse um dos poetas que mais consultava, que mais atentamente lia e relia: “A minha poesia preferida é a lírica de Camões e o Pessoa e o Torga e a Sophia e o Manuel Alegre”. E ele, como em êxtase, a olhar para o poema de Cesário Verde, transcrito num livro da Maria Filomena Mónica: “Veja a sublimidade da inspiração artística deste poema”. E começou a ler um poema de Cesário Verde, como se no António-Pedro lavrasse um fogo interno onde se adivinhava uma espécie de assombro, misto de espanto e de ternura:

“Naquele pic-nic de burguesas
Houve uma coisa simplesmente bela
E que sem ter história nem grandezas
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher sem imposturas tolas
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoilas.

Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, ainda o sol se via,
E houve talhadas de melão, damascos
E pão-de-ló molhado em malvasia.

Mas todo púrpura a sair das rendas
Dos teus dois seios, como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro de papoilas”.

O António-Pedro Vasconcelos ensejou ocasião de uma análise à obra de Cesário Verde, ao apresentar ao público ledor o livro da escritora (e sua amiga de estreita amizade) Maria Filomena Mónica, Cesário Verde: um génio ignorado. O texto, de verdadeira crítica literária, encontra-se no livro A Companhia dos livros, acima referido e que actualmente leio e estudo (com grande proveito meu, acrescente-se). Nele, colhi o seguinte, onde se vislumbra a “douta ignorância” do António-Pedro: “Mas que posso eu acrescentar a um livro cujo mérito maior é o de dizer abertamente que Cesário era um génio, um génio sem paternidade, nascido de geração espontânea, como convém aos génios – o único génio óbvio e ofuscante da nossa literatura, acrescento eu, que partilho com ela esta admiração beata, esta estupefacção permanente, esta admiração fiel, este prazer de cortar a respiração, que me assoma, a cada noiva leitura dos seus versos? (p. 48). E, também porque António-Pedro Vasconcelos acredita que “o desporto é o fenómeno cultural de maior magia, no mundo contemporâneo”, não se estranhe que, com ele, no horizonte intelectual de uma conversa, caibam, lado a lado, a literatura, o cinema e o futebol. Ele não esquece o Benfica, o seu Clube, sobre o qual se adensam algumas nuvens pressagas. E assim, ao lado de Shakespeare, ou de Tolstoi, ou de Proust, ou de Musil, também o vemos extasiado com um filme de Felinni, de Chaplin, de Eisenstein, de Antonioni, também relembra com saudade o José Augusto, o Eusébio, o Águas, o Torres, o Coluna e o Simões. E contempla embevecido a segurança defensiva do Jardel e do Rúben Dias e uma fuga ziguezagueante do Salvio: “Um jogador de classe, não lhe parece?”, inquiriu o António-Pedro generoso e perscrutador. Concordei com ele, sem dificuldade: o Salvio é um futebolista de excelência.
Aliando a arte, a investigação e o estudo, o António-Pedro Vasconcelos ajuda a pôr de pé um perguntar pelo desporto donde se vislumbra uma sociedade inteira. E vê um desporto diferente. Ele e a Maria Filomena Mónica serão, sempre que o entenderem, dois excepcionais críticos do desporto. Porque fariam do desporto um pretexto, para falar do que mais interessa…"

Benfica FM - Futebol... e lama...



PS: O argumentário sobre o caso do Paulo Gonçalves, e restantes funcionários supostamente não-Benfiquistas, no Benfica, neste programa, é absolutamente ridículo!
Se a acusação é pifia, não tem qualquer ligação a resultados desportivos, e no que respeita aos Processos, nenhum estava em segredo de Justiça... insinuar que o Benfica tem funcionários que usam os mesmos métodos dos Corruptos, na base daquilo que tem sido público, é aberrante, porque nada daquilo que tem sido público, prova... ou sequer indicia que existe processos ilegais ou até poucos éticos no Benfica...
Bem pelo contrário, a publicação de toda a correspondência privada do Benfica, prova exactamente o contrário: o Benfica não corrompe ninguém, nem sequer tenta...
Agora, estar informado sobre o que se passa no Tugão, não só é desejável, como é a obrigação dos funcionários do Benfica... Este é excelente exemplo, de ser criticado só porque sim...