sábado, 15 de setembro de 2018

Vermelhão: Início prometedor...

Benfica 2 -1 Rio Ave


Jogo de gestão complicada: após pausa para as Selecções e antes de jogo grande na Champions!!! E como ficou bem visível no relvado, apesar de ser um jogo da Taça da Liga - Allianz Cup -, contra um adversário super-motivado, que fartou-se de dar pau...!!!

Svilar, Conti, Yuri, Alfa e o Rafa foram as 'novidades', o pessoal (eu incluído) estava à espera de mais alterações, todos queriam ver a titularidade do Gabriel e do Zivko e talvez do Castillo... mas depois do jogo, acredito que os jogadores com poucos minutos, neste jogo, com esta intensidade, iriam ter muitas dificuldades...
Outro variável importante, acabou por ser mais uma vez, o apitadeiro: perdi a conta ao número de faltas mal assinaladas, quase sempre nas nossas recuperações... na passividade disciplinar, ao permitir faltas sucessivas nas nossas saídas rápidas para o contra-ataque... É verdade que lá marcou o penalty, mas o resto foi demasiado mau... No lance com o Gedson, ou não marca nada, ou tem que expulsar o jogador do Rio Ave, não existe Amarelos para agressões!!!
Além da injustiça das decisões, o apitadeiro teve influencia na forma como o jogo foi jogado, cortando o ritmo, confundido os jogadores com os critérios dispares... enfim, mais uma desgraça!!!

Após o segundo golo, ainda pensei que íamos ter um final de partida descansado, mas enganei-me!!! Podíamos e devíamos ter marcado mais, o Svilar foi praticamente um espectador, apesar de toda a impetuosidade do Rio Ave...
Curiosamente, nos últimos 15 minutos, acabámos por ter mais 'bola', muito devido à quebra física do adversário...
Dois golos, em dois jogos consecutivos, é bom para os indicadores de confiança do Rafa... Mais um excelente jogo do Salvio... O Alfa mesmo condicionado pela absurdo Amarelo inicial, e pelas constantes faltas inexistentes assinaladas contra, manteve-se calmo... O Conti voltou a mostrar qualidade... mas com um Jardel gigante ao lado, tudo fica mais fácil...!!!
O Svilar podia ter feito mais no golo... o Pizzi foi o jogador mais desgastado com as Selecções, se calhar aquele que mais pedia 'poupança', e acabou por fazer um jogo discreto... O Seferovic está com a confiança toda, mas neste tipo de jogos (na Luz...) nota-se que o Benfica necessita de outro tipo de avançado... O Yuri tem que perder a vergonha, até agora não tem justificado a aposta...

No final, o mais importante foram os 3 pontos, o que nos dá a liderança isolada, após o empate no Paços-Aves. Vencendo o Paços na Luz, na próxima jornada, podemos até garantir matematicamente a qualificação (basta o Aves não vencer o Rio Ave), algo muito raro nesta competição... e assim permitir uma deslocação à Vila das Aves mais descansada!
Agora, temos a Champions, com um Bayern em grande forma. Não acredito em grandes alterações no onze titular, vamos ter que estar muito concentrados, muito solidários, mas é possível... Este Bayern já não é o Bayern do Guardiola, com muita posse de bola... Este Bayern já 'permite' mais espaço ao adversário, mas é mais 'directo'!!! Será muito importante recriar o ambiente do último Benfica-Bayern na Luz... Com tudo o que tem acontecido fora do relvado, independentemente da 'nota artística', a equipa e os jogadores têm correspondido... merecem a 'sorte' toda!!!

Será?


A verdade é que pouco depois, já o Pug andava todo herói a ameaçar os Benfiquistas, com informações 'confidenciais'!!!


As tais coisas que acontecem na nossa terra

"Na imagem que ilustra esta crónica vê-se claramente visto um senhor bombeiro conversando agarrado ao telemóvel (com a mão esquerda), enquanto, agarrado a uma cana de pesca (com a mão direita), procura observar minuciosamente, no meio da fumarada, o funcionamento dos artefactos do festival legalizado de pirotecnia que abrilhantou o dérbi de maio em Alvalade.
O senhor bombeiro vira e revira os artefactos com a ponta da cana de pesca para não se queimar e também para não estragar o espectáculo e lá vai conversando, ao mesmo tempo, com a Protecção Civil de quem recebe instruções concretas: terá de verificar todas as tochas que foram artisticamente disparadas para o relvado, observar-lhes a cor de origem, interrogá-las, uma a uma, exigindo-lhes a apresentação do alvará emitido pelo Instituto Português dos Desportos e da Juventude e do Ver Se Te Avias. Concluídos os procedimentos legais e superiormente confirmada a legalidade dos artefactos artísticos, lá se prosseguiu com a função daquela noite como se nada de raro se tivesse passado. E não se passou nada de raro. Nem de condenável. São as tais coisas que acontecem na nossa terra
O sufrágio do último sábado colocou ponto final no francamente exagerado período de turbulência institucional no Sporting. Apurados os resultados, clarificou-se a situação e dissiparam-se as dúvidas que eram mais do que muitas, eram imensas. Ficou, assim, tudo explicadinho acabando-se pela força do voto com os "alegadamentes" e com as "putativas" mais os "putativos": Bruno de Carvalho é, de facto, o ex-presidente do Sporting, Frederico Varandas é, de facto, o atual presidente do Sporting, José Sousa Cintra será, mais cedo ou mais tarde, o presidente honorário do Sporting e João Benedito será, mais cedo ou mais tarde, o próximo presidente de facto do Sporting.
Quanto a José Maria Ricciardi, que foi durante anos a fio titular do cargo de ‘presidente-sombra’ de facto do clube, acabando por sofrer nas urnas uma gritante penalização com que poucos contavam, a começar pelo próprio Ricciardi, viu-se democraticamente despojado da insondável posição de ‘presidente’ e passou a ser, apenas, ‘sombra’ porque lhe aconteceu não colher votos que lhe sustentassem o anterior e singular duplo estatuto. Coisas que acontecem.
Acusado pelo Ministério Público de corromper funcionários judiciais a troco de bilhetes para a bola e de camisolas do Benfica, Paulo Gonçalves estará de saída do cargo que ocupou na SAD da Luz. Gonçalves irá defender-se fora do Benfica de tudo o que pesa sobre a sua honorabilidade. Elementar. Aliás, coisa mais elementar do que esta não há.
Recebendo esta noite o Rio Ave, o Benfica entra em acção na Taça da Liga onde, na temporada passada, fez uma pequeníssima figura. Espalhou-se ao comprido, é verdade, e logo na temporada em que a Taça da Liga, por milagre, passou a ser importante e considerada. Coisas…"

ASVEL, conhece?

"Em prol da modernidade, os dirigentes de um dos maiores clubes de basquetebol franceses mudaram o nome e as cores da equipa. Imagine um dérbi de Lisboa, no qual todas as referências às águias e aos leões teriam desaparecido e no qual o Benfica, todo de negro, receberia um Sporting vestido de azul, porque os novos patrocinadores dos dois clubes assim decidiram. Imaginável?
É assim que se sentem os adeptos do ASVEL, o grande clube de basquetebol da região de Lyon e a referência francesa neste desporto nos anos 70 (18 títulos de campeão nacional), antes do emergir do Limoges. Durante 70 anos, Villeurbanne (vila dos arredores de Lyon, onde está sedeado o ASVEL) foi a “equipa verde”: pintaram a verde o seu quotidiano e os seus sonhos de glória.
Nesta semana, o dono do clube, um tal de Tony Parker, escolheu mudar tudo, em nome do negócio. O nome do clube, o logótipo e as cores foram mudadas para ir ao encontro dos desejos do novo grande patrocinador. O ASVEL jogará, daqui para a frente, de preto e branco como os San Antonio Spurs, equipa na qual jogou durante 17 anos o melhor jogador da história, quatro vezes campeão da NBA. O caso teve grande impacto na região de Lyon, onde o ASVEL foi uma instituição bem antes do Olympique Lyon. O governador de Villeurbanne e as figuras de todos os quadrantes têm-se movido contra este golpe na identidade do clube. Além do microcosmo do Ródano, também a experiência tentada por Tony Parker e os seus amigos deixam circunspeção. Empreendedor, aquele que ainda é basquetebolista (dos Charlotte Hornets) aplicou, em França, as receitas do desporto americano, no qual os franchises mudam de umas cidades para as outras conforme os seus interesses. Fê-lo porque o basquetebol é um desporto excessivamente colado à influência norte-americana. Além disso, muitos franceses choram sempre que o Limoges, o outro grande clube francês, joga de amarelo, depois de terem conquistado o grande feito da história do nosso basquete (campeão da Europa em 1993), nos anos em que jogaram dessa cor, antes de voltarem ao verde original.
No seu caminho frenético por cada vez mais recursos, por que motivo o futebol não será tocado por este género de práticas que colocam em causa a ligação de um clube à sua história, à sua vila e ao seu público? O episódio do ASVEL lembra-nos de que o desporto não deve ser entregue aos desportistas e muito menos o desporto profissional aos profissionais. O exemplo da finança mundial recordou dolorosamente Portugal e outros países, em 2008, de que não devemos confiar nos intervenientes de cada sector para o controlarem. Podemos, evidentemente, achar que não é assim tão grave mudar o nome de um clube, a cor ou o logótipo. Na verdade, até pode contribuir para o crescimento do clube. Mas dissociar completamente os clubes da sua história e das suas raízes amadoras envolve um grande risco para o futebol.
Em França, nos últimos meses, os governos locais viram os seus recursos caírem drasticamente por força dos cortes orçamentais decididos pelo governo central. Como resultado, optam por reduzir as suas contribuições culturais e desportivas, especialmente em clubes de futebol. Conclusão: devido à falta de estruturas e de pessoal voluntário, os clubes não conseguem lidar com o fluxo de atletas federados, impulsionado pelo título de campeão do Mundo dos “bleus”. E a nossa ex-ministra, Laura Flessel, medalha de ouro olímpico de esgrima, chegou a dizer, pouco antes da sua saída do governo, que não era o estado a financiar o desporto!
Passo a passo, esta “música” faz o seu caminho, veiculando que o dinheiro injectado pelo estado no desporto deve ser distribuído por patrocinadores do Mundo profissional e seguindo uma teoria que demonstrou a sua ineficácia em várias áreas. No plano financeiro, o sector profissional procurará, evidentemente, deixar o mínimo possível de dinheiro para os amadores. No plano desportivo, o interesse dos grandes clubes é o de que os próprios clubes amadores entrem num processo selectivo no qual sejam úteis para os seus negócios, afastando-se do desporto das massas, que aceita todos e se afasta da dimensão educativa da prática desportiva. Por fim, no plano social, não há desporto que junte mais classes sociais e religiosas do que o futebol e é escandaloso que, num país desenvolvido, uma criança desejosa de começar neste desporto não consiga encontrar o seu espaço.
É esta dimensão que deve ser tida em conta quando os negócios fazem vacilar os nossos velhos hábitos: tocar na identidade de um clube é tocar na universalidade do desporto."

Bom arranque...

Leões de Porto Salvo 0 - 4 Benfica

Vitória em terreno habitualmente difícil...

Campeões Europeus Juniores de Atletismo

O Benfica sagrou-se hoje em Castellón, Espanha, campeão Europeu Júnior de Atletismo em Pista.
Após várias tentativas, conseguimos finalmente conquistar o título tão desejado...

100m, 2.º Eberson Silva, 10.68s
110m barr, 6.º Diogo Guerra, 14.71s
200m, 3.º Delvis Santos, 22.28s
400m, 2.º João Coelho, 47,86s
400m barr, 6.º Manuel Dias, 55.95s
800m, 5.º Hugo Cruz, 2.02:26min
1500m, 1.º Isaac Nader, 4.01:30min
2000 obs, 4.º Duarte Gomes, 6.07:43min
3000m, 1.º Afonso Figueiredo, 8.55:94min
4x100m, 2.º Benfica (Yuben Munary, Diogo Guerra, Delvis Santos, João Geadas), 42.08s
4x400, 4.º Benfica (Edgar Campre, Paulo Soares, Manuel Dias, João Coelho), 3.18:37min
Vara, 4.º Manuel Dias, 4,50m
Altura, 4.º Simão Pereira, 1,89m
Comprimento, 1.º Eberson Silva, 7,30m
Triplo, 2.º Júlio Almeida, 14,56m
Peso, 4.º Rodolfo Garcia, 15,17m
Martelo, 1.º Bayley Campbell, 73,13m
Disco, 3.º Emanuel Sousa, 54,31m
Dardo, 1.º Leandro Ramos, 66,81m

Liderança...

Benfica 3 - 0 Académica


Não foi bonito, tivemos algumas ausências (esta semana a prioridade é a Youth League), marcámos no arranque do 2.º tempo... mas só 'matámos' o jogo nos descontos com dois penalty's!!!

Vem aí o Rio Ave, Bayern é só na quarta

"Esta é a taça a que ninguém liga quando se perde e todos acham importante quando se ganha

O regresso à competição é feito, sob a égide da Taça da Liga. A taça que ninguém liga quando perdem, e todos acham importante quando ganham.
Eu sempre defendi a competição e por isso elogiei Rui Vitória que sempre pôs ambição na sua conquista, e nunca mostrou nenhum menosprezo por ela. É isso que se espera amanhã frente ao Rio Ave, um Benfica com vontade de vencer a Taça da Liga.
A recepção ao Bayern de Munique é desafio longínquo, e colocar na cabeça provas que não se está a disputar, desvia o horizonte e pode trazer maus resultados. Sábado é Taça da Liga e na quarta-feira logo se muda o cardápio.
A serem verdade as notícias dos jornais dos últimos dias, haverá novidades no onze que promete renovação e qualidade. Aguardamos pois para ver se há a estreia de Gabriel ou outra qualquer novidade, desde que seja para ganhar e encaminhar o grupo.
A Selecção Nacional de Fernando Santos empatou com a vice campeã do mundo e venceu (pela primeira vez desde que eu existo) um jogo oficial contra a Itália. Não é coisa pouca, para quem cresceu nas vitórias morais de uma Selecção que prometia mas não vencia. Agora a excepção é o insucesso e regra é a vitória. A vitória que desta vez veio acompanhada de um jogo atraente e mostrou bastante futuro nas alternativas que Fernando Santos dispõe. Portugal fez uma das melhores exibições dos últimos anos e isso tem que ser elogiado.
Bem sei que a moda no Sporting é destilar ódio ao Benfica, não raras vezes, se responde na mesma moeda, mas vou sair de moda e dar os parabéns ao novo presidente do Sporting e desejar-lhe sorte (em tudo o que não colida desportivamente com o Benfica). O Sporting é um emblema recheado de história, com um passado recente que não se deseja nem ao pior adversário, e por isso é bom para o desporto que haja um Sporting diferente, onde a ambição desportiva não seja toldada pela marginalidade. Frederico Varandas é um médico, o que me parece adequado pois o Sporting estava doente, mas tem uma legitimidade que não deve ser menorizada por ter tido muito menos sócios a votar na sua lista que os obtidos pelo principal oponente. Estas eram as regras, foram cumpridos os estatutos que conferem total legitimidade aos novos órgãos sociais."

Sílvio Cervan, in A Bola