sábado, 18 de agosto de 2018

Vitória na estreia...

Braga 1 - 3 Benfica


Boa entrada na nova competição, com uma vitória num jogo complicado, que acabámos por 'facilitar' na 2.ª parte... A expulsão, justíssima, do Bracarense ajudou, mas demos indicações interessantes...

Vai ser um campeonato muito competitivo, vamos enfrentar adversários sem equipa B, portanto, com vários jogadores perto do limite etário, e as equipas com Sub-23 e B, muito provavelmente vão 'baixar' jogadores da B, quando jogarem contra nós, principalmente nos jogos fora do Seixal... O Benfica tem que entrar em todas as competições para ganhar, mas como é óbvio, nesta fase da formação, existem outras prioridades...

Uma nota para o Guga: as lesões atrasaram muito a evolução do nosso jovem jogador. Nota-se que tem um toque de bola diferenciado, mas ainda tem muito para recuperar nas questões físicas: velocidade, agilidade, mobilidade... Vamos ver se o Guga ainda vai a tempo!

Este Benfica C, vai servir para dar ritmo a jogadores da B, que ficaram para trás... por exemplo o Guga e o Vinicius por causa das lesões. Vai permitir a seniores de 1.ª ano, terem mais uma ou duas épocas para 'crescerem' fisicamente para poderem jogar na B... Vai servir para dar mais ritmo competitivo aos melhores Juniores durante a época (mesmo que na Fase Final de Juniores, voltem a 'baixar') e até pode servir para os 'melhores' saltarem directamente dos Juvenis, como por exemplo o Biai, Jocu, o Iuri, o Afonso, o Tiago Gouveia e o Nuno Cunha... E ainda por ajudar aos 'putos' estrangeiros contratados, que ainda não estão preparados para a B... como por exemplo, este Barrero deu bons sinais...

E ainda vai servir, para os putos, perceberem que isto do Tugão, é mesmo canela até ao pescoço!!!

Uma última nota: meterem o Pedro Sousa e o Manuel Queiroz a narrar e comentar jogos do Benfica, só mesmo a falta de vergonha...!!!


PS1: Hoje também começou o Nacional de Juniores. Fomos vencer a Leiria por 0-4 (Gonçalo Ramos(3), Kevin Csboth)



PS2: Os Juvenis também iniciaram a maratona do Nacional, hoje: vitória por 5-0 frente ao Despertar (Pedro Silva, Filipe Cruz, Gerson Sousa, Tomás Araújo, Rafael Rodrigues)

PS3: As nossas meninas foram participar num torneio de pré-temporada a Espanha, e venceram os dois primeiros jogos 6-0 o Dinamo de Guadalajara (a equipa da casa), e o Atlético de Madrid por 1-0.

PS4: Parabéns à Marta Pen pela recorde pessoal nos 1500m, no Metting da Liga Diamante em Birmingham. Baixou para 4.03.99m. Mais de meio segundo abaixo do seu anterior recorde...

PS5: O Andebol está em Viseu no já tradicional torneio de pré-época, e venceu hoje os russos do Chekhovski Meedvedi por 32-28 (actuais campeões russos). Amanhã disputamos a final contra os franceses do Chambéry, que derrotam o Sporting na outra meia-final...

PS6: O Futsal está em Castelo Branco, onde amanhã defronta o Braga no final do torneio em disputa... Isto depois de já ter vencido os Leões de Porto Salvo e a Burinhosa a semana passada, noutro torneio de preparação....

Jordan McNair não era estúpido

"No documentário A Guerra do Vietname, de 2017, soube do transtornante discurso aos fuzileiros americanos que era marca de um major chamado Charlie Beckwith: «Se um homem for estúpido, a mãe dele receberá um telegrama dizendo 'O seu filho morreu porque é estúpido'». Continuava: «Se um homem não for estúpido, a mãe dele receberá um telegrama dizendo 'O seu filho morreu'». Beckwith, então, deixava instalar-se o silêncio antes de juntar, clemente: «Se suportarem o treino, talvez a vossa mãe não receba um telegrama. Prestem atenção». É, então, a cultura militar de limite, na qual se suporta cansaço, dor e medo. No espectro aterrrador da guerra, entende-se. O que acontece, porém, quando se transporta este ambiente para o desporto, sobretudo nos dias de hoje, quando todo o esforço pode ser tecnologicamente vigiado?
Jordan McNair, 19 anos, faleceu de insolação num treino de futebol americano na Universidade de Maryland durante o qual testemunhas, incluindo companheiros de equipa, afirmam tê-lo visto com sinais de exaustão, como dificuldade para respirar e ficar de pé. Os pais da vítima querem o treinador DJ Durkin responsabilizado. Além disso, deploram o que entendem ser uma cultura militar no desporto que tende a forçar miúdos além dos limites e que, aliás, é também tópico de uma investigação actual da ESPN em dezenas de escolas americanas. Conteúdo tóxico.
Os treinadores defendem-se e garantem cargas normais. Anteontem, porém, a universidade suspendeu os técnicos, num caso que continuará. Concluindo, para já: uma coisa é a guerra, outra são treinos vistos no limite da inconsciência. E que ninguém diga - pelo menos isso - aos pais de quem morre assim que morreu porque era estúpido."

Miguel Cardoso Pereira, in A Bola

Jogadores são culpados do requiem à Taça Davis

"Num Mundo perfeito, a Taça Davis não teria sido mutilada, mas, sejamos justos, era imperativo, porque há três décadas que os melhores jogadores não participavam

A Assembleia Geral (AG) da Federação Internacional de Ténis (ITF) aprovou a reforma da Taça Davis que, em 2019, passará a ter um formato mais semelhante ao Campeonato do Mundo de futebol, ao qual não será estranho o facto de um dos mentores do novo projecto ser o futebolista Gerard Piqué. 
Votou-se favoravelmente por 71% num universo de 459 representantes de 147 países. Exigia-se uma maioria de dois terços e foi largamente superada.
Alguns países com instintos mais democráticos - caso da França - organizaram AG extraordinárias para que as associações regionais e os clubes decidissem o sentido de voto. Outros delegaram directamente nos presidentes federativos. Portugal votou a favor com os seus 3 votos.
Em democracia o voto é soberano. Apesar do desagrado generalizado dos tradicionalistas, entre os quais me incluo, a Taça Davis como a conhecemos, nascida em 1900 quase igual ao que era hoje (algumas alterações introduzidas não afectaram o espírito da competição), vai acabar em 2018.
É impossível explicar aqui todas as alterações, mas o mais importante é que em vez de eliminatórias ao longo do ano, com um país a receber em casa um adversário, passará a haver uma fase final num único local, durante uma semana, em Novembro, após o Masters, com 18 nações. Realizam-se seis grupos de três equipas para apurar os quartofinalistas que a partir daí jogam em eliminação directa. 
Isto no Grupo Mundial, ou seja, na primeira divisão. Nas divisões secundárias não há praticamente alterações. Portugal, que nunca acedeu ao Grupo Mundial, permanecerá na filosofia antiga da competição, apesar de alguns ajustamentos para tornar o jogo mais rápido, com confrontos entre um país visitante e um visitado.
Num Mundo perfeito, a Taça Davis não teria sido mutilada, mas, sejamos justos, era imperativo porque há três décadas que a maioria dos melhores jogadores não participava regularmente nela e os patrocinadores estavam saturados.
Até finais dos anos 90 do século XX a Taça Davis era ainda considerada pelos próprios jogadores como um dos troféus que teria de obrigatoriamente fazer parte do palmarés de quem quisesse ser considerado um dos melhores de sempre. Mas mesmo nessa altura já muitos craques ‘esnobavam’ a prova.
Hoje em dia, quando se comparam entre si, os campeões só falam de Majors, do n.º1 mundial e, eventualmente, dos Jogos Olímpicos, do Masters e dos Masters 1000.
É uma hipocrisia os jogadores lamentarem-se e acusarem os dirigentes. Era preciso salvar a Taça Davis porque os jogadores deixaram-na chegar a um estado comatoso."

Teste cardíaco

"Tenho mais receio do Boavista, no Bessa, do que do PAOK, terça-feira, na Luz. Boavista já nos causou vários dissabores.

Como aqui escrevi na semana passada, o V. Guimarães seria um adversário ainda mais difícil que o Fenerbahçe. Ganhámos o primeiro jogo do campeonato com um valente susto e eliminámos os turcos sem susto algum. Aqueles minutos finais contra o Vitória foram um teste escusado ao estado cardiológico da massa associativa em início de época. Estamos no play-off porque merecemos, somos melhores e jogámos melhor que os turcos. O destaque merecido da exibição de Gedson não pode fazer empalidecer os grandes jogos de Vlachodimos e de Rúben Dias. O Benfica foi sempre mais forte nesta eliminatória, na qual foi decisivo não sofrer golos em casa. Assisti n'A Bola TV aos dois jogos entre o PAOK e o Spartak Moscovo e não há dúvidas de que este será um adversário diferente. Haverá menos nomes e mais vontade, menos vedetas e mais correria, menos expectativa e mais intensidade neste futebol grego (ou macedónio como o adversário gosta de dizer).
Jogar contra o Panthessalonikeios Athlitikos Omilos Konstantinoupoliton intimida qualquer um. Isto sim, é um adversário de nomeada. Rezam as crónicas que o adversário intimida, o público é único e o presidente também. Mas, ainda assim, confesso que tenho mais receio do Boavista, no Bessa, amanhã, do que terça-feira dos gregos.
Amanhã teremos um adversário que está à nossa frente no campeonato, que nos derrotou na última temporada e que tem causado vários dissabores ao Benfica no passado recente. Bastou ver a primeira jornada do campeonato para perceber que este será outra vez um campeonato com poucos pontos perdidos por quem quiser ser campeão. A regularidade de resultados é obrigatória para quem quer vencer o título nacional e os deslizes são todos de uma gravidade acrescida face a outras ligas europeias.
O Atlético de Madrid segurou Diego Costa e Godín, o Real Madrid achou Ronaldo dispensável, o Atlético venceu e o Real perdeu. Quem vende os melhores está mais longe de vencer do que quem fica com os melhores, facto que Florentino Pérez já devia saber há muito tempo. Enquanto Ronaldo esteve no Santiago Bernabéu o Real não perdeu uma final internacional.
Desconheço o valor deste lateral-direito, que, segundo as notícias, o Benfica comprou, mas era óbvia a necessidade de um substituído para André Almeida e por isso fico satisfeito com a chegada de Corchia. Mesmo sem ver arrisco que é melhor que Douglas."

Sílvio Cervan, in A Bola

Allianz Cup (Taça da Liga)

Realizou-se hoje o sorteio da 3.ª fase da Allianz Cup.

Grupo A
Benfica, Rio Ave, Aves e Paços de Ferreira

Benfica - Rio Ave (16 ou 26 Setembro)
Benfica - Paços Ferreira (31 de Outubro, ou 5 de Dezembro)
Aves - Benfica (28, 29 ou 30 de Dezembro)

Grupo B
Braga, Tondela, V. Setúbal e Nacional

Grupo C
Corruptos, Chaves, Belenenses e Varzim

Grupo D
Sporting, Marítimo, Feirense e Estoril

As datas definitivas só deverão ser conhecidas, após se saber o calendário Europeu. No nosso caso, Champions ou Liga Europa, e depois quais as jornadas Europeias que jogamos em casa ou fora... Como muito provavelmente estes jogos vão servir para dar minutos a jogadores menos utilizados, esta gestão de datas, parece-me desnecessária, mas...

Em caso de vitória no nosso Grupo, vamos defrontar o vencedor do Grupo C, nas Meias-finais... A Final-Four irá realizar-se novamente em Braga.

Futebol português

"Pouco percebo de física, mas estou disposto a tudo para entender o futebol português! Na mecânica clássica, a segunda lei de Newton 'é utilizada para prever matematicamente o que o sistema fará a qualquer momento após as condições iniciais do sistema'. Quais são elas então? Digamos um Benfica forte. Nesse caso, é limpinho matematicamente: Benfica forte - parafernália comunicacional e difamatória - coacção e intimidação a árbitros - órgãos disciplinares amorfos - conivência da comunicação social próxima - erros de árbitros e inacção de videoárbitros - impunidade de Felipes, Brahimis, Maxis e outros que tais.
Socorrendo-me da mecânica quântica 'o análogo da lei de Newton é a equação de Schrodinger', que, posteriormente desenvolvida por outros, resultou na teoria dos muitos mundos. Trocando por miúdos, dependendo do ponto de vista do observador, uma coisa pode ser e pode não ser simultaneamente, o que significa que há dois estados dessa coisa. Essas duas coisas, ao poderem ser e não ser simultaneamente, já serão quatro, e assim sucessivamente.
Portanto, aceitando esta possibilidade, que é cientifica, somos azarados. Com infinitas possibilidades de sermos e não sermos, calhou-nos um mundo em que jogadores do FC Porto gozam de impunidade grosseira, só me restando despedir com a letra de uma musiquinha, cantada pelas criancinhas da grande maioria dos mundos paralelos:
Apertei o pescoço ao adversário-rio, mas o adversário-rio não morreu-eu-eu, dona Chica-ca assustou-se-se, com o cartão, com o cartão que o árbitro não deu... miau! E sentada à chaminé-é-é, ou ela chora, ou ela grita, ou vai-te embora, arbitragem maldita!"

João Tomaz, in O Benfica

Memória curta

"Quando foi para festejar os golos de Matateu e Eusébio, não se lembraram que eles tinham nascido em Moçambique. Quando aplaudiram os cortes decisivos de Pepe ou as jogadas a meio-campo de Deco, esqueceram-se de eles serem brasileiros de nascimento. Quando a arte de Mike Plowden nas tabelas deu jeito à selecção nacional de basquetebol, ninguém contestou a sua naturalização. Ou quando Viktor Tchikoulaev deu duas mãos de ajuda à selecção portuguesa de andebol, ajudando-a a chegar a outros patamares, todos acenaram com a cabeça, porque isso era positivo para o desporto nacional. Depois veio Francis Obikwelu, o nigeriano que desertou e, com dois amigos e colegas de treino, se escondeu no Algarve até ser descoberto pelo atletismo do Belenenses. E a velocidade portuguesa chegou a recordista europeia. Nada a dizer, afinal, o rapaz humilde tinha adoptado o país. Das antigas colónias portuguesas, é melhor nem falar na quantidade e qualidade de atletas que se tornaram portugueses para melhor desempenhar a sua arte e talento. Foram umas atrás das outras, e todos ganhámos com isso.
Agora a discussão prende-se com Pedro Paulo Pichardo, um cubano de nascimento com nacionalidade portuguesa que a federação internacional responsável pelo atletismo não deixou competir nos últimos Europeus da modalidade, disputados em Berlim. Logo chegaram os antis - ainda ressabiados com o luso-cubano por este ter batido o recorde nacional do triplo salto - a chorar e clamar pela verdade desportiva num claro exercício de xenofobia que os deveria envergonhar. Pichardo é o melhor saltador português da actualidade. E é isso que lhes dói."

Ricardo Santos, in O Benfica