terça-feira, 14 de agosto de 2018

Vermelhão: a caminho de Salónica...

Fenerbahçe 1 - 1 Benfica



Qualificação garantida, em mais um jogo, onde mais uma vez, sofremos desnecessariamente... Golos feitos desperdiçados, domínio do ritmo do jogo... e quando podíamos ter feito o 0-2, acabámos por sofrer o 1-1...!!!

Gedson com o golo e com mais uma boa exibição, Pizzi, Salvio... Rúben e Jardel com actuações muito positivas. Mas o destaque tem que ir inteirinho para o Fejsa, que além de ter feito 30 anos hoje, jogou com as sequelas de uma gastroenterite... Extraordinário, o homem não pára!!!
Boa entrada do Alfa... depois do jogo com o Guimarães, com a entrada do Alfa a coincidir com o 'desligar' da equipa, era importante voltar a dar indicações positivas...

A única nota preocupante da noite, foi mesmo a lesão do Castillo. Com o Ferreyra a não conseguir marcar, com o Jonas ainda indisponível... com o Seferovic sem ter feito praticamente minutos... com mais 5 jogos nas próximas 2 semanas, é muito importante ter o Castillo disponível! E no próximo sábado, no Bessa, prevendo o habitual festival de porrada, o Castillo seria muito importante estar em campo...

Mais uma arbitragem inenarrável na UEFA... critério dos amarelos, foi de bradar aos céus...!!!

Agora temos o PAOK, que no 'papel' tem um plantel mais acessível, mas é só em teoria, porque por aquilo que vi nos jogos com o Basileia e Spartak de Moscovo, são mais equipa que o Fernerbahçe, aquilo que lhes falta em talento, compensam em atitude... e sabem jogar de forma manhosa no contra-ataque!!! E com o Benfica - Sporting, no meio da eliminatória, vamos a Salónica provavelmente com algum desgaste... por isso, é essencial, 'marcar' a diferença logo na 1.ª mão na Luz...

Passou um pouco despercebido, mas com esta vitória, garantimos a presença na UEFA esta época! Com uma hipotética eliminação hoje, corríamos o risco de ficar de fora, inclusive da Liga Europa... Agora, a Champions, por razões financeiras, desportivas e de prestígio é quase uma 'obrigação'!!! A Liga Europa, além da questão financeira, 'atrapalha' em muito o calendário com os jogos à Quinta...

No Sábado, no Bessa, praticamente sem descanso (treino de recuperação amanhã, com pouco sono... treino normal na Quinta... viagem para Gaia na Sexta... jogo no Sábado), vamos ter um jogo muito complicado... e muito provavelmente, com uma apitadela encomendada!!!

Jonas, zero ídolos mais um

"Depois de todo o suspense, terminou a novela Jonas no Benfica. Jonas fica no clube, facto que foi anunciado pelas redes sociais encarnadas como se tratasse da contratação da década. Sim, a renovação de um jogador de 34 anos é anunciada como se fosse a maior bomba do mercado: é esta a importância de Jonas Gonçalves.

Ponto prévio: os profissionais de futebol profissional apreciam auferir ordenados. Sim, eu sei – isto pode ser chocante, mas é a mais pura das verdades. Os futebolistas levam para casa honorários e, em alguns casos, podem mesmo chegar a ser avultados. Compreendo a indignação perante esta realidade injusta, mas a verdade é que profissionais com características e competências únicas de uma indústria que movimenta milhares de milhões, da qual são os principais protagonistas, recebem algumas centenas de milhar na conta todos os meses. Absurdo!
Posto isto, resta dizer que o valor nominal e as cláusulas contratuais do novo acordo firmado entre o Benfica e o empregado-de-quase-todos-os-meses, Jonas Gonçalves, não me interessam. Não me interessam porque Jonas não se mede pelo ordenado atual, uma vez que em princípio ficaremos sempre em dívida para com o brasileiro. Por outro lado, não é que fosse ilegal que houvesse jogadores no plantel que recebessem mais do que o jogador mais decisivo que a minha geração viu jogar no clube, mas era no mínimo constrangedor.
Temos de ter noção de que Jonas, no primeiro toque na bola que deu, no primeiro jogo do Benfica, fez um cabrito ao adversário. A primeira ação de Chucky Ferreyra num jogo oficial foi falhar uma grande penalidade. Por muito que deseje toda a sorte do Mundo ao argentino (e que supere todas as marcas do brasileiro), compreendo que Jonas, na sua humildade patente, peça o favor de ser valorizado.
Para mim, não importa aqui o valor futuro do jogador. Neste caso, interessa o valor passado. Interessam, para já, os 122 golos marcados com a camisola do Benfica. E nem sequer é uma questão de gratidão, como se poderá alegar nas já-menos-desportivamente-pertinentes renovações de Luisão. Jonas ainda não fez nenhuma época em que demonstrasse ser um encargo para o clube. Pelo contrário, não houve uma que passasse de águia ao peito sem ser absolutamente fulcral.
Nestas alturas, em que os jornais falam de discordâncias entre clube e jogador, muitas vezes com o dinheiro como motivo, adeptos apressam-se a utilizar o mote “zero ídolos”. Para mim, essa é uma posição de quem não gosta de gostar de futebol. Quem tem “zero ídolos” tem pânico de se apaixonar. Quem tem “zero ídolos” não ama pelo medo de ser traído."

VAR avariado

"Se o fanatismo não irá desaparecer por decreto, não será, certamente, um remendo tecnológico mal pensado que o irá diminuir. Senhores da Liga, a bola está do vosso lado.

Em Portugal, a religião de facto funciona por temporadas. E este fim-de-semana começou a de 2018/19.
Neste país à beira-mar plantado, o futebol reveste-se de uma importância dificilmente negável ou comparável a outros países, em que o desporto enquanto actividade social de relevo abrange, normalmente, mais do que uma modalidade, e o apoio popular e destaque dado às equipas não se limita a um trio imutável e intocável. É, no fundo, uma caricatura da nação, em que os melhores ombreiam com a elite mundial, fazendo muito com recursos limitados, mas em que o panorama geral é de mediocridade e, claro, a sempre presente corrupção, já mais portuguesa do que o Fado.
Ainda assim, de vez em quando somos uma terra de pioneiros. Na última década do século XX, dois sistemas tecnológicos partiram de Portugal para conquistar o mundo: o sistema pré-pago de comunicações móveis e a Via Verde. Caramba, torna-se complicado lembrarmo-nos que, há 500 anos atrás, desenvolvemos técnicas e instrumentos que, aliados a uma ambição e audácia louváveis, nos permitiram descobrir meio mundo. E, há um ano, fomos também pioneiros na utilização do vídeo-árbitro (VAR), que prometia acabar com as infindáveis discussões sobre a forma como a equipa daquele nosso amigo fanático havia ganhado no Sábado passado.
No entanto, e como muitas outras bem-intencionadas iniciativas lusas, o VAR foi, no mínimo, pouco pensado. Em vez de eliminar (ou reduzir drasticamente) o erro humano, externalizou-o para um indivíduo fora do campo, observador num monitor em Oeiras, e perdeu-se uma boa oportunidade de mudar significativamente o paradigma futebolístico.
Ora note-se: no futebol, o diálogo atleta-árbitro atinge níveis (em intensidade e conteúdo) dificilmente observáveis noutros desportos de topo – no ténis, por exemplo, quando um dos jogadores discorda da decisão do árbitro, pode contestá-la oficialmente, levando à revisão da mesma e, caso o juiz estivesse correcto, o atleta perde um dos três challenges com que é dotado ao começo da partida. Isto responsabiliza os atletas, previne diálogos inúteis fruto da frustração ao invés da razão – e torna o jogo mais justo.
Mas o ténis é um desporto objectivo, com pouco espaço à interpretação humana. Ora, se uma expulsão ou um penalty raramente são indiscutíveis, o mesmo não se poderá dizer de um fora-de-jogo ou pontapé de baliza/canto. E, se no caso do primeiro, esperamos ainda uma tecnologia infalível de análise, a diferença entre um pontapé de baliza ou um canto é, normalmente, bastante óbvia. Sendo os cantos uma fonte clara de lances de golo (no Mundial’18, por exemplo, registou-se um recorde de 26 golos originados de canto), parece-me óbvio a falta de rigor e possíveis consequências que surgem desta situação.
Outra assimetria clara prende-se com a capacidade tecnológica dos diferentes estádios da I Liga. Enquanto que equipas que joguem em estádios construídos para o Euro2004 beneficiam de condições de topo, mais de 50% das equipas jogam em recintos antigos, onde as possibilidades de filmagem são consideravelmente mais limitadas e, consequentemente, a análise a cada lance será, a priori, condicionada por menos meios disponíveis. Numa época longa e com 34 jogos, não será que esta assimetria de informação pode influenciar a classificação final?
Há algumas décadas, poder-se-ia argumentar que “é só um jogo”; hoje em dia, é um negócio de muitos milhões, com um impacto económico relevante no nosso país, em que meia dúzia de sociedades anónimas facturam quantias exorbitantes com a venda de alguns dos seus activos. E se o fanatismo não irá desaparecer por decreto, não será, certamente, um remendo tecnológico mal pensado que o irá diminuir. Senhores da Liga, a bola está do vosso lado."

Onde páram os milhões?

"O assunto raramente é discutido, mas o facto é que a temporada de 2018/19 marca o início da vigência dos novos contratos televisivos. De um bolo global que não atingia os 100 milhões de euros, os emblemas da 1ª Liga dão um salto para perto dos 200 milhões de euros e têm a garantia de esse fluxo financeiro durar pelo menos uma década. Pela tabela vigente, um clube considerado pequeno passa de 2,2 milhões de euros anuais para 3,6 milhões pela cedência dos seus direitos televisivos no campeonato. Um aumento de dois terços num capítulo vital para o suporte orçamental, enquanto Sp. Braga e V. Guimarães, por exemplo, dobraram, grosso modo, os encaixes.
Tive o prazer de moderar, em representação de Record, um debate entre Pedro Proença e o seu homólogo espanhol, Javier Tebas. O líder de La Liga sublinhou a importância de assegurar uma maior competitividade no campeonato português como pilar para a valorização do produto televisivo. Todavia, o fenómeno da aproximação do Sp. Braga aos grandes criou um fosso preocupante. Só uma vez, em 22 campeonatos a 3 pontos por vitória, a diferença entre o 4.º e o 5.º tinha atingido a dezena de pontos. Em 2017/18, o Sp. Braga ficou 24 pontos acima do Rio Ave!
É impossível esquecer, ainda, que os quatro grandes só perderam pontos em casa, contra rivais de fora desse 'Big 4', à 32ª jornada, quando o Tondela triunfou na Luz. Pelas prestações de Benfica, FC Porto e Sp. Braga, contra V. Guimarães, Chaves e Nacional, o cenário não está para mudar tão cedo. Mas, então, onde foi parar a tal chuva de milhões do bodo aos pobres? Como me dizia um dirigente, "é simples, a maioria recebe mais 1,4 milhões e os grandes auferem mais... 20 milhões". E depois ainda há quem diga que a 1ª Liga é nivelada por baixo."

Lixívia 1

Tabela Anti-Lixívia
Benfica....... 3 (0) = 3
Corruptos... 3 (0) = 3
Sporting..... 3 (0) = 3

Nova época, tudo velho!!! A palhaçada já começou... Na Supertaça, os mesmos do costume, ladraram, refilaram, intimidaram, inventaram inimigos... tudo branqueado pelas autoridades competentes... e logo na 1.ª jornada, duas expulsões perdoadas aos mesmos Corruptos!!! Conclusão: nada de novo!!!
Além do 'não castigo' ao cão raivoso do treinador dos Corruptos, que aparentemente não tem antecedentes, pois leva sempre a pena mínima dos mínimos!!!

Na Luz, levámos com o Pinheiro, a maior parte dos Benfiquistas ficaram 'contentes' com a arbitragem: eu não!!! E mais tarde confirmei na televisão...
O João Carlos Teixeira fartou-se de distribuir fruta e protestos e nada lhe aconteceu... mas o mais significativo, foram as faltas não assinaladas ao Guimarães, que provocaram ataques perigosos ao Vitória: logo no primeiro ataque, mão na bola do Tallo (foram pelo menos 3 mãos na bola não marcadas, sempre ao Vitória...), nada assinalado e cabeceamento perigoso para boa defesa do Odysseias; agarrão ao Salvio, dá contra-ataque ao Ola John; falta dura sobre o Pizzi... novo ataque do Guimarães, etc.. etc...
Em sentido contrário, quando o Benfica tentava as transições ofensivas rápidas, e o apitadeiro, beneficiou o infractor, ao marcar pelo menos 3 faltas a favor do Benfica, em lances que os jogadores do Benfica, mesmo sofrendo falta, saiam para o contra-ataque...
Podem defender que tudo isto é coincidência... Mas eu já não vou nessa!!!
Este é um daqueles árbitros que neste momento está a fazer o 'curso' da manhosice, e daqui a alguns anos, vamos ter que levar com ele nos jogos mais importantes...!!!
Sim, marcou o penalty sobre o Salvio... mas também se não marcasse?!!! Aliás, na época do Tetra, não marcou o penalty sobre o Carrillo em Setúbal no último minuto... Como marcou este, deve ter percebido que nos lances mais óbvios, é melhor não 'inclinar'!!!

No Ladrão, o mesmo de sempre: Maxi entrada para vermelho, e não levou nada... e o VAR ficou calado (estava 2-0); perto do fim, no lance praticamente igual, o VAR já chamou o apitadeiro para expulsar o jogador do Chaves!!!
Antes do fim, Brahimi voltou a apertar o pescoço a um adversário... nada de novo, já o fez muitas vezes, e nunca foi castigado... Repito, nunca!!!
Para disfarçar, inventaram um suposto penalty contra o Chaves, que teria prejudicado os Corruptos... nada de nova aqui também...
Para mim não existe penalty, existe uma carga com o ombro, o jogador dos Corruptos já estava desequilibrado, com o braço no ar antes do contacto... Este tipo de contactos, fora da área normalmente é falta, mas dentro da área, nunca são marcadas...

Em Moreira de Cónegos, o único lance que me suscitou dúvidas foi o 1.º golo dos Lagartos (1-1), onde parece existir fora-de-jogo no início da jogada, mas não houve uma única repetição esclarecedora... O penalty a favor dos Lagartos foi bem marcado.

Destaco também as nomeações: Tiago Martins é o apitadeiro favorito dos Lagartos, e logo no primeiro jogo fora de casa, lá foi ele, just in case...!!! E o outro favorito para VAR: Hugo Miguel!!!
O Nuno Almeida, nunca na vida, tomará uma decisão 'contra' os Corruptos... depois de toda a intimidação que foi feita fora do campo, este é um daqueles árbitros que deveria estar impedido de apitar os Corruptos... mas mesmo assim ainda meteram o Vasco Santos como VAR!!!

Anexo(I):
Benfica
1.ª-Guimarães(c), V(3-2), Pinheiro(Sousa), Nada a assinalar

Corruptos
1.ª-Chaves(c), V(5-0), Almeida(Vasco Santos), Beneficiados, Impossível contabilizar

Sporting
1.ª-Moreirense(f), (1-3), Martins(Miguel), Nada assinalar

Anexo(II):
Benfica:
Pinheiro: 1 + 0 = 1
Sousa: 0 + 1 = 1

Corruptos:
Almeida: 1 + 0 = 1
Vasco Santos: 0 + 1 = 1

Sporting:
Martins: 1 + 0 = 1
Miguel: 0 + 1 = 1

Épocas anteriores: