quinta-feira, 7 de junho de 2018

A negra noite da Esperança Branca

"Há quem diga que os mortos passam depressa. Mas depois há aqueles mortos que não passam, mortos nunca mortos, mortos imortais. O desporto está cheio desses mortos que não morrem. Jim Jeffries é um deles.
Certa noite estava em Reno, Nevada, à espera de um combate único. Ele que fora campeão do mundo de pesados de 1899 a 1905 e se tinha retirado invicto, pura e simplesmente não conseguia dormir. A mulher Frieda foi dar com ele madrugada dentro, em pé, junto a uma janela, olhos fixos na noite escura. Perguntou-lhe: «Que se passa?». 
Recebeu em troca um silêncio mais escuro do que a noite.
Muita gente escreveu, mais tarde, que Jeffries não queria estar em Reno, Nevada, a 3 de Julho de 1910. Mas estava. Por dinheiro, talvez. Por uma réstia de orgulho, provavelmente. Pela exigência de milhares de americanos, entre os quais John Griffith Chaney que todos conhecemos como Jack London, escritor dessa narrativa mágica que levou o título de O Apelo da Selva. London foi um apaixonado pelo boxe. Basta ler The Game ou The Abysmal Brute, duas novelas que não sei se existem traduzidas para português. Mas não só. Os personagens Tom King, Sam Stubener ou Felipe Rivera podiam ter muito de Jim Jeffries. Afinal, Jack London era um dos maiores admiradores de Jeffries. E tirara dinheiro do seu bolso para que este voltasse aos ringues cinco anos depois do abandono.
Jack Johnson é outro desses mortos imarcescíveis. Primeiro pugilista negro a ser campeão do mundo de pesos pesados, não foi poupado pela crítica graças ao seu estilo defensivo que não contemplava movimentos em falso, esperando sempre pelos erros dos adversários para desferir o golpe fatal. Havia gente que cuspilhava para o chão quando ele subia ao palanque e murmurava com desprezo: «cobarde». Jackson estava-se nas tintas. Era um tipo educado e pouco dado a tranquibérnias. Guardava os punhos para quem o desafiava.
Nessa noite de Reno, Jeffries olhava o céu negro e, provavelmente, questionava os seus botões: «Que estou aqui a fazer?».
Sete anos antes recusara um combate com Jack Johnson. Nessa altura, o boxe era segregacionista. Havia um campeão do mundo de brancos e um campeão do mundo de negros. Jim Jeffries e Jack Johnson. Johnson desafiou Jim mas este não quis nem ouvir. Não ia pôr em causa o seu estatuto por uma questão de raça. Agora largara o seu rancho em Burbank, Califórnia, para ser ele a desafiar Johnson. O mundo poderia parecer-lhe um bocado ao contrário. Ainda por cima porque fora obrigado a um esforço duro para tirar do corpo vários quilos que tinha acumulado entretanto. Mas havia aquela ladainha contínua que apelava ao seu regresso, uma espécie de zumbido de abelhas cada vez mais sonoro, com Jack London pelo meio dizendo: «Emerge from your alfafa farm and remove that smile off Johnson’s face».
Acabou por encolher os ombros. A oferta era tentadora: 101 mil dólares pelos direitos de transmissão do combate mais um bónus de 10 mil.
«It’s money I’m after, man», comentou com London. E predispôs-se a calçar novamente as luvas. 
Jack Johnson não foi meigo com ele: «Jim está acabado e não tem condições para lutar contra quem quer que seja. Ele próprio sabe isso melhor do que todos nós». Encolheu os ombros por sua vez. Jeffries que viesse lá do rancho de alfafa que ele daria conta do recado. Como deu.
O regresso de Jim Jeffries pode ter sido para ele uma questão de dinheiro, mas foi para muitos os que patrocinaram a luta contra Johnson uma necessidade de afirmação racial e a frase de Jack London está aí para o provar. Também não era por acaso que o primeiro campeão do mundo de pesos pesados negro e universal iria ter pela frente um homem que tinha a alcunha poética de ‘Great White Hope’. ‘A Grande Esperança Branca’.
«It was plainly evident that he was suffering a terrible mental struggle», disse mais tarde o seu treinador Joe Choynski. Jeffries tinha-se tornado insuportável nos últimos dias. Fugia dos jornalistas, reclamava por tudo e por nada nas sessões de treino, recusou-se a cumprimentar Johnson no início da refrega.
Ao 15º assalto, Jim caiu. Reergueu-se por momentos mas Jack Johnson atirou-o de novo ao tapete enquanto uma multidão de mais de 22 mil pessoas soltava imprecações e gritos racistas.
Um pouco por todos os Estados Unidos desencadearam-se confrontos de rua entre brancos e negros: vinte e cinco mortos e mais de cem feridos. Um filme sobre o combate de Reno foi distribuído comercialmente, mas proibido em muitos estados por receio de nova escalada de violência. Encostado ao seu canto, a Esperança Branca abanava a cabeça: «I couldn’t come back, boys. I couldn’t come back»."

A Selecção e as coincidências

"Portugal realiza hoje o último jogo em solo nacional antes de partir para o Mundial e não tenho dúvidas de que a Selecção vai ficar até tarde na Rússia. Por três razões:
1) Este lote de 23 é mais forte que o de 2016 no ataque, no meio-campo e  está igual na defesa - Pepe e Fonte continuam aí para as curvas e a idade excessiva não deve servir de preocupação, basta recordar que a Itália (tal como Portugal, fez da solidez defensiva uma arma) foi campeã do mundo em 2006 com uma defesa cuja média de idades era de 30,25 anos, semelhante ao quarteto Cédric/Pepe/Fonte/Raphael, que é de 29,75 E se o jogador do Dortmund se apresenta em piores condições que há dois anos, por outro as presenças de Mário Rui (esquerda) e Ricardo Pereira (direita) dão mais garantias que Vieirinha e Eliseu.
2) Obedecendo à regra que o próprio criou de perder um quilo por cada ano que passa de modo a manter a velocidade e resistência, Cristiano Ronaldo não está pior que em 2016. Diria mesmo que está melhor.
3) Fernando Santos. Apesar de aqui e ali ser criticado pela falta de arrojo ofensivo ele sabe mais do que ninguém que na ausência de uma base como Benfica 1966 ou o FC Porto de 2004, que facilitou a vida aos seleccionadores da época, tem que ser o mais pragmático possível ao juntar jogadores dispersos por vários clubes e países. Podemos discutir a estética (a Selecção de 2000 foi a que mais gostei de ver, diria que foi o nosso Brasil-1982) mas nunca os factos: a de 2016 é que foi campeã. Com um mestre da táctica.

PS: Há 18 anos, tal como acontece com Rui Patrício, a Selecção contava com um desempregado de luxo. Chamava-se João Vieira Pinto. Um era o símbolo do Benfica e saiu depois de se desentender com Vale e Azevedo. O outro era um ícone do Sporting e abandonou Alvalade por não querer continuar com Bruno de Carvalho. Coincidências."

Fernando Urbano, in A Bola

Ver o que isto vai dar

"A Selecção recebeu o afecto de Marcelo Rebelo de Sousa na véspera do jogo de despedida antes da partida para o Mundial que, como diziam os antigos mestres do jornalismo num voto de desejo que cruza os tempos, seja o do nosso contentamento. Cristiano Ronaldo falou em nome dos jogadores e deu conta da ambição e do orgulho de todos eles. Prometeu empenho e rematou de forma lapidar: "Vamos ver o que isto vai dar".
O Mundial tem tudo para dar certo? Nunca se sabe, claro. Ronaldo é que sabe, melhor do que ninguém, que sem muito trabalho e alguma sorte nada se consegue. Portugal conta com o talento dos jogadores, a sabedoria do seleccionador e a competência da estrutura federativa para defender com honra as cores do país e o estatuto de campeão europeu. Essa é uma certeza e um conforto.
De malas feitas de Madrid está o próprio Cristiano. O melhor jogador do Mundo já não suporta mais as falsas promessas e deselegâncias de Florentino Pérez. O leilão está aberto. Vamos ver o que isto vai dar...
O que continua a dar para o torto é a actualidade do Sporting. Bruno de Carvalho disse alto e bom som: não vai haver assembleia destituitiva. Vão seguir-se mais uns (longos) dias de agitação em Alvalade. Alguém imagina o que isto vai dar?"

Jorge Jesus merecia mais do que a Arábia

"Jorge Jesus merecia mais. É um facto. O treinador que se prepara para assumir o comando técnico do Al Hilal na próxima temporada está num patamar em muito superior do que a Arábia Saudita. E sim, no momento em que este texto está a ser escrito sabe-se a possibilidade da quantia monetária que o timoneiro português vai ganhar na nova aventura. Jesus vai ficar de bolsos (ainda mais) cheios, mas a verdade é que a sua ida para as arábias resulta numa grande perda para o futebol português. Ainda assim, esta deverá ser uma experiência de curta duração, pois um técnico com a ‘fome’ de competitividade de Jesus cedo irá perceber que não a encontra tão abundante no campeonato saudita.  
A saída de Jesus do comando técnico era um dado já adquirido, não apenas por tudo o que se tem vindo a passar recentemente na conjuntura do universo leonino, mas também ficou nítida aquando do regresso de Augusto Inácio. Três temporadas depois, o registo de Jesus em Alvalade no que diz respeito a títulos não é nada abundante, aliás, é de apenas uma Taça da Liga (conquistada já nesta época) e de uma Supertaça Cândido de Oliveira (primeiro troféu que disputou desde que trocou o Benfica pelo rival da Segunda Circular). Não obstante, ninguém tira a Jesus o mérito de ser o homem do leme numa fase em que o Sporting voltou a conseguir ser candidato de peso na luta pelo título e não deixar somente a verdadeira luta para os dois rivais.
Há um antes e um depois de Jesus no futebol português. Ninguém pode negar isso. Foram variadíssimas as evoluções tácticas que o treinador de 63 anos trouxe para o desporto rei nacional, mas foi sempre o seu carisma que não deixou ninguém indiferente, principalmente desde que assumiu o comando técnico do Benfica em 2009/10. Entre conferências de imprensa para rir e chorar por mais, danças e polémicas com treinadores adversários nos bancos de suplentes, gaffes na língua portuguesa, tentativas de incursão pelo castelhano ou somente pela forma como entende e percebe o futebol, Jesus merecia mais. Há aqui uma grande questão: com o currículo que tem, porque é que nenhum clube europeu de dimensões elevadas foi contratar Jesus? E atenção, porque não se fala de um Real Madrid, FC Barcelona, Paris Saint-Germain, Manchester City, claro… mas, existem por aí muitas outras equipas de topo que poderiam em muito melhorar que o treinador português.
Não é que a parte financeira fosse muito importante para um clube com nível na Europa do futebol assegurar Jesus, mas a imagem do treinador tem sido desgastada aos poucos e poucos ao longo dos últimos anos, muito por culpa do comportamento e atitudes que revelou por vezes, em certos momentos. E é raro um clube do topo da montanha desportiva que nos dias que correm não dá enorme importância ao capítulo da imagem na hora de contratar. Ainda assim, engane-se quem pense que a história de Jorge Jesus no futebol europeu e, até mesmo, no português está terminada. Acredito, como um dado adquirido, que dentro em pouco tempo teremos Jesus de regresso à Primeira Liga… agora resta saber para onde será."

Futebol de tostões, crimes de milhões

"Ontem, uma pessoa que muito estimo, adepta de um dos grandes de Lisboa, ligou-me. Quando a conversa rolou para o futebol, disse-me sentir-se quase deprimido com o que se está a passar. No seu clube e no outro. A pessoa em causa é um excelente médico, homem de bem. Vive com intensidade o seu clube, viaja muito para vibrar com a sua camisola nos embates europeus. Para terminar a conversa, deu-me a sua solução para esta depressão colectiva: ‘quem tiver que sair que saia, quem tiver de ir preso, que vá preso. A malta não suporta é estar a ver os jogos e não ter a certeza que aquilo é a verdade’.
Nunca tive a possibilidade de sofrer com esta intensidade por nenhum clube. Só a selecção pode mexer tão profundamente nos tons com que vejo um dia.
O meu Barreirense sempre foi pequeno, mesmo quando batíamos o pé aos grandes. O adepto de um pequeno clube cria uma relação diferente com os resultados do jogo. Fica tão eufórico como os adeptos dos grandes, em caso de vitória, mas sofre menos, convive melhor, com as derrotas. Sempre assim senti a minha emoção e as dos mais próximos. Mesmo a minha profunda simpatia pelo V. Setúbal sempre foi vivida assim. A saborear as vitórias, a deitar para trás das costas a momentânea tristeza com qualquer derrota.
Não sofrendo por nenhum grande, sofro como os adeptos dos clubes grandes pela qualidade do futebol. Do futebol que se joga em Portugal.
Não ter a certeza se o defesa escorregou ou se fez por escorregar. Não jurar a pés juntos que o frango do guarda-redes foi nabice pura. Não estar certo de que ninguém falha golos por querer, destrói a relação do adepto com o jogo.
Até há poucos anos, o inferno estava nos árbitros. Alguns erros eram tão estranhos que geravam desconfiança e sentimentos de injustiça para com os que perdiam. Agora, não sabemos se quem perdeu, perdeu mesmo ou ganhou mais de outra forma. Um nojo!
Muito contribui para este pântano um futebol desequilibrado, onde muitos jogadores profissionais mal ganham para levar o mês ao fim, quanto mais para porem algum de lado. São estes jogadores de tostões, num futebol de milhões, quem torna o terreno fértil para bandidos perigosos disfarçados de empresários.
Estes estranguladores do futebol, corsários sem lei, propõem contratos melhores, fazem promessas para Portugal e estrangeiro a quem ‘ajudar’ o clube para que trabalham. Não duvido que este esquema existe. E não será usado por apenas um dos grandes. É preciso que as nossas competentes polícias, a começar pela muito prestigiada Judiciária, logrem pôr termo a esta doença letal.
Como quase gemia de dor ao telefone o meu deprimido amigo - quem tiver de ir preso, que vá preso!"


PS: Olha agora este é adepto do Barreirense!!!!
Inacreditável como o director do Correio da Manhã vem falar com este ar angelical, quando ele é um dos principais responsáveis pelo clima do Tugão... quando eu nome das tiragens e das audiências, manipula, mente... e ao contrário do que parece, não actuam em nome da justiça, actual em nome do 'espectáculo', independentemente do mérito dos 'casos'!!!

Grávida ou cabeça de série Serena desperta a polémica

"Um dos temas mais quentes da primeira semana de Roland Garros foi o regresso de Serena Williams aos torneios do Grand Slam.
A última vez foi em Janeiro de 2017 e ganhou o Open da Austrália, apesar de estar grávida da sua filha Alexis.
Não foi um título qualquer, foi o 23.º Major da sua carreira, um recorde na Era Open.
Mas depois de desaparecer do ranking mundial, a campeoníssima regressou em Março deste ano e somou dois encontros ganhos e outros tantos perdidos.
Em Roland Garros joga como 451.ª classificada do ranking mundial.
Com esta cotação nem entraria na qualificação, mas as regras permitem que jogadoras ausentes mais de seis meses por lesão ou gravidez beneficiem temporariamente de um ranking protegido. Como ela era a n.º 1 quando deixou de jogar, recuperou essa classificação.
No entanto, esse n.º 1 só lhe é atribuído para entrar directamente nos quadros principais dos torneios. Não serve para o estabelecimento de cabeças de série. Por isso a norte-americana de 36 anos não foi uma das 32 pré-designadas.
Levantou-se um coro de protestos e embora seja preciso sublinhar que a própria Serena nunca solicitou ser cabeça de série, ao jornalista Christopher Clarey defendeu que a regra deveria ser alterada:
«Uma mulher deveria ter a opção de engravidar, dar à luz e ainda assim ter uma carreira no ténis como em qualquer outro trabalho».
O jornalista do New York Times perguntou-lhe se para isso era preciso que o ranking protegido se refletisse em cabeça de série protegida e ela foi taxativa: «Acho que sim».
Estas declarações referiram-se à situação de Victoria Azarenka, outra antiga n.º 1 mundial que regressou em 2017 ao circuito, após ter sido mãe pela primeira vez. Williams não defendeu a mudança de regra para ela própria mas para todas.
Mas Azarenka, que pertence ao Conselho de Jogadoras do Circuito WTA (Associação das Tenistas Profissionais), é muito mais cautelosa:
«É muito fácil dizer que as regras estão mal feitas porque a Serena Williams não é cabeça de série em Roland Garros. Mas é um tema complexo, estamos a trabalhar nele e precisamos de tempo para produzirmos a melhor legislação».
A verdade é que embora seja politicamente incorrecto, há muitas jogadoras contra a alteração da regra, mesmo para a melhor tenista de todos os tempos.
Entretanto, o torneio de Wimbledon, o único que se reserva o direito de não seguir à risca o ranking mundial na atribuição de cabeças de série, está pronto a virar tudo do avesso e a dar uma cotação entre as 32 primeiras a Serena Williams. A polémica vai continuar."

Organização ainda mais tecnológica

"O trabalho de preparação da próxima época desportiva das competições profissionais vai já bem avançado. O licenciamento dos estádios está em curso desde Janeiro, os pressupostos de natureza financeira em apreciação e, na frente regulamentar, a Assembleia Geral da Liga já aprovou um conjunto de alterações ao Regulamento das Competições, no seguimento das propostas da Direcção da Liga e das Sociedades Desportivas.
Com essas alterações, visamos introduzir melhorias ao nível da organização, segurança e valorização do espectáculo.
Em estreita colaboração com as sociedades desportivas, os regulamentos estão, cada vez mais, ajustados às necessidades e desafios do futebol profissional.
Mantemos a aposta do organismo na modernização dos procedimentos. Daí o alargamento da plataforma de inscrições Transfer às equipas técnicas, equipas médicas e demais agentes desportivos, alcançando o duplo propósito de desmaterizalizar e desburocratizar.
Na mesma plataforma serão ainda inscritos os jogadores que poderão participar no campeonato Sub-23, estendendo-lhes a possibilidade de actuar nas competições profissionais.
Plataforma esta que faz ligação directa ao nosso já conhecido mundialmente e-Liga (módulo digital de gestão e organização das competições), o qual passará a dispor de uma nova função com vista a agregar o relatório digital dos vídeoárbitros (VAR) aos já existentes dos árbitros e delegados da Liga. 
Na próxima época, de forma mais célere e eficaz, todos os relatórios serão digitais, no rumo ousado da desmaterialização, do qual a Liga Portugal está na vanguarda tecnológica.
Nos próximos dias, e sempre como foco na próximo época, a Liga e as sociedades desportivas abordarão os regulamentos de Disciplina e de Arbitragem."

Bem-vindo à festa, Radamel!

"Após a ausência no Mundial 2014, por causa de uma lesão quando estava melhor forma da carreira, El Tigre tem finalmente a oportunidade de deixar a sua marca no maior palco de todos.

É um dos pontas de lança mais marcantes da sua geração, com 288 golos na sua carreira futebolística e 29 golos pela selecção colombiana, da qual é o melhor marcador de sempre. Numa carreira preenchida com títulos individuais e colectivos, falta a Radamel Falcao ainda deixar a sua marca na maior competição do mundo do futebol. Será agora?
Após a Colômbia ter falhado o apuramento para o Mundial da África do Sul, em 2010, tudo parecia estar pronto para "El Tigre" brilhar em 2014 no Brasil. A cumprir a sua primeira época no então projecto milionário do Mónaco - após quatro anos no FC Porto e Atlético de Madrid onde para muitos se afirmou como o melhor ponta de lança do mundo - Falcao dava mostras de estar no auge da sua forma e, com um elenco de suporte de luxo (com James Rodriguez à cabeça) prometia fazer mossa.
Desejo que se esfumou a 22 de Junho de 2014. No que era suposto ser uma eliminatória sem história da Taça de França contra uma equipa das divisões inferiores, o defesa do Chasselay, Soner Ertek, tentou tirar a bola ao avançado com uma entrada de carrinho. Sem que nada o fizesse prever, tudo mudou, quando Falcao caiu mal e, agarrado à perna, deixou uma nação com o coração nas mãos. 
Apesar das esperanças que se foram alimentando numa possível recuperação milagrosa, o médico português que operou o colombiano, José Carlos Noronha, confirmou o pior: rotura do ligamento anterior cruzado do joelho esquerdo e, pelo menos, seis meses de ausência. A consternação foi tal, que o presidente da Colômbia visitou o atacante que, ao longo da recuperação, chegou a "pensar em abandonar o futebol", como contou ao site da UEFA.

A ausência da sua estrela não impediu a Colômbia de chegar aos quartos-de-final do Mundial, mas a via sacra de Falcao continuou por mais tempo. Após dois empréstimos sem sucesso ao Manchester United e Chelsea, em que pouco jogou, El Tigre parecia estar longe do seu melhor e as suas exibições pela selecção teimavam em não se aproximar do nível anterior. Até que Leonardo Jardim apostou no avançado como o ponta de lança experiente da jovem equipa do Mónaco que, surpreendentemente, ganhou o campeonato francês e, mesmo sem a explosão de antigamente, os golos voltaram a aparecer. Que o digam clube e selecção.
Agora com 32 anos, e de volta à titularidade indiscutível e com golos importantes pela selecção, chegou finalmente a oportunidade de ver um dos grandes nomes do jogo no maior palco de todos. Que seja bem-vindo."

Leão vive dias tristes

"Jogadores a rescindir, sem treinador, órgãos sociais em guerra aberta, empréstimo obrigacionista por aprovar, contratações paradas: são inúmeros, demasiados, os problemas de um Sporting que anda pelas ruas da amargura. E o problema mais grave não é nenhum dos anteriores, mas uma massa associativa que viu o clube desmoronar-se como se de um castelo de cartas se tratasse. Uns sentem-se órfãos, outros traídos, alguns legitimados no que sentiam em relação à actual liderança. Pior, muito divididos e desconfiados.
Marta Soares foi claro em relação a tudo o que lhe perguntaram. Ainda que perguntas haja que tenham ficado por fazer. Mas o atropelo aos estatutos feito por Bruno de Carvalho é hoje evidente e explicado pela maioria dos juristas que fazem parte do mundo Sporting. Foi este argumento, essencialmente este, que levou pessoas como Daniel Oliveira – que foi dos mais acérrimos defensores de BdC, inclusive nas páginas de Record – a defenderem que o tempo do presidente acabou. Quando passou a fronteira do respeito pela democracia, Bruno perdeu mais alguns votos.
Jesus partiu para a Arábia. É pena para o Sporting, para o futebol português (que perde talento e ‘salero’) e até para o técnico, que merece melhor. É uma fortuna, sim, mas JJ seria muito mais feliz em Alvalade."

Sporting: temos direito?

"O que será que causou esta situação em que o Sporting se arrisca a uma tão significativa delapidação dos seus activos? Têm de ser motivos muito, muito fortes.

O que se passa no Sporting Clube de Portugal tem um grande mistério: qual a razão que levou a tanta incompatibilidade entre o presidente e os jogadores? O que fez de mal Rui Patrício? E Bas Dost? Falhou um golo em Madrid? Mas quantos marcou? E o que levou a tanta incompatibilidade entre o presidente e Jorge Jesus? Qual foi o grande erro do já ex-treinador do Sporting? Erro táctico? Falta de educação para com o superior hierárquico? Foi mais ou menos grave do que aconteceu com Leonardo Jardim? E mais ou menos grave do que aconteceu com Marco Silva?
É bom lembrar que também houve problemas com Adrien, nomeadamente na transferência para Inglaterra e, recentemente, uma desagradável troca de palavras. E não se deve falar de Carrillo porque o comportamento desse jogador explicou a razão da sua saída.
O presidente do Sporting devia expor publicamente as razões para tanta acrimónia com o grupo do futebol profissional. Em tantas horas de conferências de imprensa como é possível que nem o próprio nem os jornalistas tenham dado azo ao esclarecimento cabal da "vexata quaestio"? O que será que causou esta situação em que o Sporting se arrisca a uma tão significativa delapidação dos seus activos? Têm de ser motivos muito, muito fortes. Antes, ou mais do que se chegar a conclusões definitivas sobre a personalidade do presidente do Sporting, é essencial que esses motivos sejam conhecidos.
Entrou em conflito com a generalidade dos seus antecessores que acusou de lesarem o Sporting? Há um conflito com um financeiro que foi seu apoiante, outro conflito com o segundo accionista da SAD, com quem lidou, de modo pacífico, durante anos e cujo apoio agora perdeu? Dois dos seus maiores suportes eleitorais, ambos médicos destacados, também já não o apoiam? Há um conflito aberto com os outros órgãos sociais, que levou à demissão de vários dos seus membros? Demitiram-se também alguns dos que integravam o Conselho Directivo? Tudo conta, claro, e muito, mas o principal, a origem de tudo isto, foram os conflitos com o futebol profissional. Qual a razão ou quais as razões?
Ainda para mais, quando agora se ouve que Rui Patrício, se telefonar, resolve logo tudo ou ainda que haverá um almoço no Ritz com o ex-treinador... Afinal, em que ficamos?
No hóquei, está dito na mensagem que o desagrado foi por causa de uma ou mais exibições. E aqui foi porquê? O que se passou de tão grave que o presidente chegue a ponto de dizer que talvez já tenham rescindido todos "quando chegarem lá acima", ironizando com um possível dano patrimonial de centenas de milhões de euros?
Não fiz, neste texto, qualquer consideração pessoal ou qualquer crítica. Limitei-me a falar de factos e a colocar uma questão. Só uma questão, mas uma questão essencial para se perceber, ou não, tudo o que se tem passado.
Temos direito a saber?"

Nomeações dos árbitros

"Mesmo com a adopção do vídeo-árbitro – o bem aparecido VAR, avanço de grande alcance impensável há poucos anos –, os árbitros continuam no centro da polémica, agora com novos elementos a enriquecerem a discussão. Assim, deveria começar-se por encontrar formas de defender os árbitros, reduzindo ao mínimo os pontos de suspeição.
Como questão prévia, entendemos que será desejável a criação, de equipas de arbitragem de constituição fixa, de preferência (1 árbitro principal e 2 árbitros auxiliares) ou semi-fixa (2 principais e 4 auxiliares, o que já permite várias combinações); tratamento diferente para o 4.º árbitro, até por razões financeiras e, para os VAR, nomeações autónomas, convindo evitar o mais possível demasiadas repetições com os mesmos árbitros principais.
Quanto aos critérios de nomeação, sugerimos uma regra simples e três aditamentos:
- a regra básica é a de cada Árbitro principal apitar, o máximo, dois jogos de cada equipa;
- os aditamentos são: um jogo em casa e outro fora; um na 1.ª volta e outro na 2.ª; e sempre contra adversários diferentes (isto é, não pode, por exemplo, apitar Aves-Feirense e Feirense-Aves).
(Outro exemplo: facilmente se deduz que, se um árbitro apitar o Sporting-Benfica na 1.ª volta, só na 2.ª volta poderá dirigir o FC Porto contra um deles).
Finalmente, garantir que os melhores árbitros apitam os jogos mais importantes, quer entre os candidatos ao título, quer na luta pela manutenção; e graduar a frequência da sua utilização, dos mais qualificados para os menos classificados.
Assim, até à 8.ª jornada, considerar os jogos entre os 6 primeiros classificados da época anterior; a partir daí entre os que estiverem nessas posições, jornada a jornada.
Na I Liga de 2017/18, Benfica, FC Porto, Sporting e Sp. Braga estiveram sempre nesses lugares, por onde passaram também V. Guimarães e Marítimo (4.º e 6.º de 2016/17), Belenenses, Rio Ave, Chaves e Boavista; reitera-se que, obrigatoriamente, são apenas os jogos entre equipas colocadas nessas posições (num total de 30 desafios), sem embargo de outros, como adiante se verá.
Quanto ao fundo da tabela, o mesmo critério mas só na 2.ª volta: todos os jogos entre os 6 últimos classificados, que no caso foram quase sempre Feirense, Moreirense, P. Ferreira, Aves, V. Setúbal, Estoril e, em raras ocasiões, Portimonense e Belenenses (o que totaliza 15 desafios).
Como, em 2017/18, os nove árbitros internacionais apitaram um total de 148 jogos, ainda ficam a restar mais de uma centena de desafios para serem por eles dirigidos, dentre aqueles que, não se enquadrando nestes conjuntos, podem também ser importantes ou decisivos.
Consideramos ainda ser desejável que cada equipa seja arbitrada, pelo menos, por 80% dos árbitros (18 dos 22), o que na época passada só não aconteceu com os quatro grandes (Benfica e Sporting 16, FC Porto e Sp. Braga 17).
Relativamente ao VAR será de utilizar idêntico critério, com o máximo de 2 jogos de cada equipa e os aditamentos atrás enunciados.
O sistema é aplicável em pleno na I Liga e, com os necessários ajustamentos, na II Liga, sem esquecer a nomeação de árbitros credenciados para a Supertaça, para certos jogos da Taça de Portugal e da Taça CTT, e também para jogos decisivos do campeonato de Portugal.
Sendo desejável que haja mais do que os 22 árbitros de 1.ª categoria que actuaram na época que agora terminou (entendemos que deveriam ser, pelo menos, 25), no conjunto de todas as provas nacionais, cada Juiz não deverá fazer mais de 3 jogos de cada equipa (sendo 2 da Liga), como árbitro principal e outros 3 como VAR."

O mau exemplo que vai ser o Rugby

"A lei é para ser cumprida mas a lei, qualquer lei, ao ser aplicada, deve compreender um quadro analítico em que se pesam atenuantes, agravantes e históricos, a que se adiciona uma pitada de bom senso.

Durante quase toda a existência da prática do Rugby em Portugal, os jogadores eram-no porque os seus pais, irmãos, primos ou amigos, o tinham sido. A assistência – com a excepção do Benfica, em dia de jogos de futebol – eram esses familiares e amigos. Ex-jogadores, portanto. Se Twickenham enche com 90.000 pessoas, serve álcool e aquilo tudo é uma festa, é porque esses 90.000 jogaram o desporto. Existe, portanto, uma cultura e uma tradição que sabe separar o trigo do joio. Em Portugal também assim o era.
Os presidentes da Federação Portuguesa de Rugby (FPF), no meu tempo, tinham sido jogadores, alguns deles internacionais de gabarito. Como ex-jogadores tinham o conhecimento para agir com bom senso e de acordo com a sua própria experiência. No entanto, algo mudou. E começou por mudar no país, assim que o dinheiro da Europa começou a chegar. Com a sistemática falta de estratégia e com a proverbial saloiice portuguesa, o país abalou que nem um doido, para a construção de complexos desportivos em tudo o que é vilarejo, em vez de se criarem polos que servissem vários centros. Em Portugal, na altura, o Rugby existia em Lisboa (+Évora), Porto (+ Arcos) e Coimbra (+ Lousã).
Com o país cheio de complexos desportivos ao abandono, começaram a aparecer clubes de Rugby na província. Clubes esses sem massa crítica, sem quadros técnicos. Passo seguinte à sua criação? Reclamar o assento na Assembleia Geral da FPF, ganhar peso eleitoral (sendo que alguns deles não passam de realidades virtuais…) afim de poderem ter direito a uma fatia do bolo, leia-se do orçamento. Quid pro quo, dão o seu voto a quem os mantenha a viver numa realidade ficcional, pouco se importando se os dirigentes a eleger, jogaram, ou não, se percebem do assunto, ou não. Se der para continuar a fingir que o Rugby existe no interior e para continuarem a receber uns subsídios quer da FPF, quer das autarquias, está tudo ok. 
No que respeita aos incidentes do último Agronomia-Direito há que, em 1º lugar, fazer a distinção entre os acontecimentos dentro do campo e os fora dele. Os de fora, não tendo sido mais do que o vídeo que por aí correu demonstra, foram lamentáveis e devem ser punidos exemplarmente. Uma questão: já foram abertos inquéritos disciplinares? Estão os elementos identificados e proibidos de entrar nas instalações dos respectivos clubes? Esse era um bom exemplo que Direito e Agronomia podiam já ter dado.
Quanto aos acontecimentos dentro de campo, não foram nada que já não tivesse acontecido, o que não quer dizer que não sejam – felizmente – excepções. Eu próprio participei em jogos que acabaram antes de tempo, tendo o assunto morrido onde começou, dentro de campo. Isso significa que não deve existir punição? Claro que não. Que tudo se resolve na 3ª parte, tipo marialva? Não e não. Mas não existem factores atenuantes? Sim, a começar pelo facto de o jogo ter sido arbitrado por um voluntário, que lhe calhou a fava. Para uma meia-final de campeonato, com a rivalidade existente, num desporto de contacto físico constante e, por vezes, violento, digamos que foi uma decisão amadora e muito pouco inteligente, por parte da FPF, para solucionar as ausências – por protesto – dos árbitros oficiais.
Na sequência dos tristes incidentes, decidiu a direcção da FPF fazer deste caso um exemplo para o desporto nacional, e aplicou a pena de falta de comparência, despromovendo à 3ª divisão (onde estão os tais clubes virtuais) quer a Agronomia, quer o Direito. A lei é para ser cumprida, dir-se-á. E é óbvio que sim. Mas, a lei, qualquer lei, ao ser aplicada, deve compreender um quadro analítico em que se pesam atenuantes, agravantes e históricos, aos quais se adiciona uma pitada de bom senso. Neste caso, tudo isso foi ignorado em prol do exemplo (ou de ser notícia…).
O que eu gostava de saber é quem vai ser responsabilizado pelas graves lesões que vão acontecer (não é um suponhamos, é uma certeza) quando atletas da selecção nacional, alguns deles profissionais, defrontarem os pobres coitados que se reúnem ao fim de semana, no complexo desportivo que está vazio de segunda a sexta, para darem uns pontapés numa bola com o único intuito de abrir o apetite para o churrasco. Provavelmente vamos assistir a uma chuva de faltas de comparência – verdadeiras – nos jogos com Direito e Agronomia. Vai ser um exemplo, mas mau."

Zidane, um senhor

"Zidane inteligentemente bateu com a porta, com classe e diplomacia, exactamente como treinava o Real Madrid. Florentino Pérez não é flor que se cheire, para si, só é bom e imprescindível quem vença, o resto não conta para ele. Zidane há 2 anos e meio tomou conta de um Real Madrid a arder com a saída de Rafael Benitez, apagou o fogo e tornou o clube pujante. Mas isso já passou, não conta.
Zidane apesar de ser um vencedor com vários troféus em tão pouco tempo: três Ligas dos Campeões; dois Mundiais de Clubes; duas Supertaças da Europa; uma Supertaça de Espanha; uma Liga. O âmago foi ter vencido somente uma Liga, o seu calcanhar de Aquiles. Mas pedir-se mais é ridículo! Se tivesse perdido a Liga dos Campeões seria convidado a sair.
O desgaste foi enorme e este adeus com souplesse demonstra que o dia-a-dia no Real Madrid não era fácil. Tirando a Liga dos Campeões, o Real Madrid teve uma péssima temporada, perdeu o ensejo de vencer o campeonato muito cedo e a ridícula eliminação na Taça do Rei.
Depois, o gerir um balneário sedento de jogar e complicado com tantas vedetas, faz mossa e erosão. 
Zidane, antes que o mandassem embora, saiu sem ninguém contar. Zidane percebeu que o plantel já não dava mais, mas o Real Madrid quer sempre mais. Todavia para isso teria que prescindir de alguns jogadores e integrar outros. Depois de tornar este plantel como uma família não tinha condições nem feitio para esse corte geracional. Esteve, até ao fim, fiel a si próprio, aos jogadores e à sua maneira de ser. Agora vem outro treinador que fará o mais cruel e difícil.
Zidane preferiu retirar-se e ser solidário com os seus jogadores e as suas vitórias. Saiu pelo seu pé sem ser despedido, que seria um vexame para quem deu tanto ao clube.
Zidane sai, mas não vai treinar nenhum clube, pode porventura ser treinador da selecção francesa e, um dia, mais tarde, voltar ao Real Madrid.
O Real Madrid precisa de ser renovar e reciclar e não vai ser fácil. Aproxima-se uma travessia do deserto venha que treinador vier a seguir. Igualar Zidane será sempre muito difícil, deste modo, será sempre pior e mais complicado.
Zidane teve o feeling de perceber que se não saísse por si, seria empurrado mais cedo ou mais tarde. Se algumas vedetas fossem embora talvez ficasse, assim, seria o seu suicídio.
Vem aí o Real Madrid do futuro, com o redesenho do plantel, pois começa a pesar os anos para alguns jogadores. Depois deste choque, da saída de Zidane há que voltar a começar de novo. A incógnita é saber qual o papel de Ronaldo depois disto tudo?
Ronaldo deveria seguir o caminho de Zidane, o problema é o seu contrato blindado."

Ferreyra

Facundo Ferreyra já é jogador do Benfica. Ponta-de-lança Argentino, que ainda há pouco tempo, ninguém acreditava que viesse para o Benfica, devido aos números envolvidos.
Na Argentina apareceu em destaque no Vélez Sarsfield, quando viajou para a Europa acabou por ir para o Shakthar, ganhando dinheiro, mas ficando fora das grandes Ligas, onde tinha seguramente capacidade para jogar...

Não é um Ponta-de-Lança de muitos floriados (estilo Mitroglou), mas tem instinto 'matador', de cabeça, com o pé... remate fácil, e números impressionantes. Pessoalmente, sempre defendi que este tipo de jogadores no Benfica, são apostas seguras! Pois, o Benfica joga a maioria dos jogos, em postura ofensiva, com muitos minutos na área adversária, e assim é mais 'fácil' aos verdadeiros goleadores, marcar...

Com o Castillo e o Jonas temos 3 avançados de 'nível'... sendo que a situação do Jiménez ainda está em aberto (o Seferovic ou será vendido, ou será emprestado, quase de certeza...). Como ficou claro na última época, é fundamental ter goleadores no plantel... Uma equipa pode fazer tudo bem, mas se a bola não 'entrar', então está tudo mal!!! Uma equipa pode fazer quase tudo mal, mas se marcarmos golos, estamos mais perto das vitórias... e para isso, é preciso goleadores!!!
Sendo que a condição física de um Jonas com 34 anos, é uma incógnita durante uma época de 11 meses!!! É preciso ter opções... E com estas opções de qualidade, o 442 é novamente uma possibilidade (para ser eficaz, temos que ter opções de qualidade para o meio-campo...)!

Apesar de ter características diferentes do Jonas, eu defendo que o Benfica precisa de fazer este 'tipo' contratações: 'Caras' (o Jonas só não foi 'caro' devido a um conjunto de variáveis estranhas em Valência!!!), não podemos somente apostar em jovens com potencial... Temos que ter jogadores com experiência, de créditos firmados... Um jovem, como o Félix por exemplo, enquadrado numa equipa com jogadores deste calibre, tem muitas mais probabilidades de ter sucesso!

PS: Já garantimos várias contratações, relativamente cedo... creio que agora a Direcção vai ficar à espera das 'vendas' para definir as próximas entradas! Pessoalmente, mesmo sem vendas, acho que ainda precisamos de 'músculo' no meio-campo e pelo menos de um Extremo...!!!