sábado, 26 de maio de 2018

Vitória na Régua...

Benfica 33 - 29 Gaia
(15-13)

Para ser honesto, não estou com muita confiança, para a Final de amanhã... Hoje, ganhámos, mas sofremos 29 golos de uma equipa da 2.ª Divisão!!!
Para conquistar a Taça amanhã, temos que nos superar...

PS: Em Birmingham, Inglaterra, começou hoje a Taça dos Clubes Campeões Europeus de Atletismo. O 1.º dia correu muito bem, acima do esperado, só o Ricardo dos Santos nos 400m, esteve abaixo do expectável... de resto, muito bem... Estamos em 2.º lugar, a 2 pontos dos líderes Turcos, e amanhã temos vários provas onde somos favoritos!!!
Num ano com vários lesionados, com a parva suspensão do Marcos Chuva, com a contratação da estrela Polaca Lewandowski a lesionar-se na véspera do arranque da competição... não estava à espera de no final do 1.º dia estarmos na luta pelo Ouro...
Muita força para amanhã...

Juvenis - 4.ª jornada - Fase Final

Benfica 8 - 2 Guimarães


Parece que as 'férias' do Europeu fez bem à equipa... Depois de um início 'perro', uma vitória esclarecedora... Ainda vamos a tempo do título, mas é importante ganhar no Olival na próxima jornada!!!

Mais um título perdido...

Benfica 4 - 7 Sporting

Algo terá que mudar... Já se sabe mais ou menos quais são os jogadores que vão entrar e os que vão sair, mas a continuar com este estilo de jogo, com os ringues inclinados (hoje, até foi razoável...), dificilmente vamos atingir os objectivos...
Ataques a 100 Km\h com perdas de bola constantes, a levar contra-ataques atrás de contra-ataques, contra equipas cínicas com bons jogadores, é impossível triunfar...

Juniores - 13.ª jornada - Fase Final

Braga 1 - 0 Benfica


Sem a maioria do titulares (só 4 repetiram a titularidade em relação à última jornada, todos na defesa...), acabámos derrotados, mas é necessário dar minutos aos menos utilizados, a maior parte Juniores de primeiro ano...

O Gabinete de Curiosidades em Exercício

"A perene estrutura do FC Porto, a que será justo apelidar de "os sobreviventes do Apito Dourado", deve estar bem desiludida com os últimos sucessos da periclitante estrutura do Sporting que se resume hoje à perliquitética figura do presidente. "O doutor Bruno de Carvalho", tal como foi referido por Fernando Correia na ocasião da sua estreia como porta-voz do remanescente directivo do Sporting. Uma das proezas reviravoltistas destes dias em que o Sporting se viu transformado num Gabinete de Curiosidades é, precisamente, o desaparecimento público da denominação "o Bruno" com que comentadores, jornalistas e, basicamente, toda a gente tratava o presidente do Sporting numa espécie de tu-cá-tu-lá que agourava, de facto, o pior. Passou agora a ser denominado "doutor Bruno de Carvalho" pelos seus defensores que o querem cobrir de respeito e pelos seus opositores que não querem nem por sombras intimidades dessas.
Os sobreviventes do Apito Dourado estão desiludidos com "o Bruno" – são, na realidade, os únicos que ainda o tratam assim – porque fazer uma coisa destas, salvar o defeso do Benfica que reunia tantos e variados ingredientes para não ter salvação possível, é absolutamente inqualificável. E é. Não se faz. É que ninguém neste país consegue arranjar um parceiro com quem debater furiosamente o colapso competitivo dos ex-tetracampeões nacionais, as incursões da PJ ou os benefícios de um eventual regresso de Renato Sanches. Ninguém quer saber disto para nada.
Há 25 anos, o Benfica destituiu um presidente, Jorge de Brito, numa assembleia geral concorridíssima, inevitavelmente inflamada pelas circunstâncias que tinham permitido a dois jogadores rescindir os seus contratos e, com toda a calma, atravessar a Segunda Circular para o lado onde morava e mora o eterno rival. Jorge de Brito, sentindo a hostilidade da maioria, aceitou com a distinção de um cavalheiro o veredicto popular, saiu pelo seu pé sob ovação e, passados uns anos, ainda perdoou ao Benfica um adiantamento que teria feito ao clube numa hora de aperto da tesouraria. Peculiaridades do tempo dos presidentes-mecenas.
Nesse tempo quando se falava de "apertos" eram quase sempre apertos de tesouraria. Corriqueiramente, faltava a massa ou ia faltar. Quando os "apertos" passaram a ser outros tudo se estragou. Quase tão chocante como a entronização do "aperto" tido como método de motivar árbitros ou jogadores para darem "o seu melhor" é a entronização do "plantar notícias" como se a imprensa fosse, por vocação, o adubo fácil e orgânico das aldrabices ou das conveniências do momento. Não pode ser.
"Os jogadores têm de perceber que o Sporting não pode ser penalizado por um ato de terrorismo", disse esta semana Sousa Cintra. Para o antigo presidente não haverá rescisões de contrato em Alvalade. Sobre este assunto, no entanto, o ex-presidente é a pessoa menos indicada para tranquilizar as hostes."

Quem (não) tem medo de BdC?

"Enquanto Benfica e FC Porto (e todas as equipas da Liga) definem já a próxima época, o Sporting agoniza, mergulhado em crise interna que não lhe permite vislumbrar sequer o amanhã, quanto mais 2018/2019. Aberta a possibilidade de saída de Bruno de Carvalho começam a aparecer os candidatos a um cenário de eleições, uns para levar mais a sério do que outros. Convém, ainda assim,dizer que tanto Frederico Varandas como Dionísio Castro mostraram, ao assumir, já o desejo de entrar na corrida, uma qualidade indispensável ao próximo (seja lá quando isso for...) presidente do clube de Alvalade: coragem, pelo menos a suficiente para enfrentarem um BdC ferido como nunca mas longe de estar morto. Deram o corpo às balas, o que tendo em conta o adversário não é de menosprezar.
Não desprezando as possibilidades dos dois candidatos, é óbvio que a oposição a BdC não pode ficar por aqui. Espera-se que os mais críticos do presidente leonino consigam apresentar, em breve, pelo menos um nome em que os sócios do Sporting possam acreditar como solução efectiva para o futuro. Esperar para ver se o presidente cai a 23 de Junho e só depois avançar será (embora mais confortável) um erro. Porque cada dia que passa corre a favor de BdC, que traçou como estratégia ganhar tempo. Até dia 23 o actual presidente andará em campanha (disfarçada de sessões de esclarecimento em que dirá o que tem dito sempre, que a culpa é de todos menos dele) e não se coibirá de passar uma imagem de normalidade que cria essa ilusão. E a ilusão é, sabemo-lo nós e sabe-o BdC, um trunfo fortíssimo, ainda mais num clube tão ferido no orgulho por anos e anos de gestões absurdas como o Sporting. É bom, pois, que quem pretenda enfrentar BdC o assuma já. Amanhã pode ser tarde. Até para o Sporting."

Ricardo Quaresma, in A Bola

Os direitos de Stephanie Labbé (e os de todos)

"Seria necessário dar maior ênfase ao desafio lançado por Stephanie Labbé, guarda-redes da selecção feminina do Canadá, que nos últimos anos jogou também na Suécia. Chegada aos 31 anos e depois de ter incluído no currículo uma meia centena de jogos pela selecção do seu país, Stephanie decidiu elevar o nível e superar o derradeiro obstáculo, desafiando um tabu: jogar numa equipa masculina. Levou a ideia muito a sério e passou semanas a treinar com o grupo do Calgary Foothills FC, um clube que milita na Premier Development League, categoria semiprofissional que corresponde à quarta divisão da pirâmide futebolística canadiana. Stephanie acha-se preparada para jogar com os homens e os dirigentes do clube estavam dispostos a incluí-la no plantel, mas os dirigentes da Premier recusaram-lhe a inscrição. Motivo: o campeonato no qual Stephanie quereria jogar é masculino e assim deve continuar. Não podem ser admitidas excepções.
Se Stephanie quer jogar, pode continuar a fazê-lo nos torneios femininos. Do ponto de vista de Stephanie, trata-se de uma decisão injusta, contra a qual decidiu apresentar recurso legal. Do ponto de vista de quem observa o caso e dele tenta tirar conclusões, há pelo menos duas indicações a retirar. A primeira é que o mundo do desporto continua a ser um dos últimos campos onde ainda existe uma rígida separação entre masculino e feminino. Essa divisão teve sentido – e grosso-modo continua a ter – porque os níveis máximos das prestações masculinas continuam a ser muito distantes dos níveis máximos das prestações femininas, pelo que não seria credível pôr lado a lado desequilíbrios assim tão evidentes. Mas também é verdade que, analisando os níveis intermédios de cada disciplina não se encontram motivos para insistir numa separação tão rígida. E isto ainda é mais evidente em desportos colectivos, nos quais o talento individual deve mesclar-se na dimensão do grupo e encontrar nele possibilidades de desenvolvimento. Portanto, se uma guarda-redes de uma equipa de primeira divisão do futebol feminino demonstra talento suficiente para jogar numa equipa da terceira ou quarta divisão do futebol masculino e se um clube de uma daquelas divisões pretende recrutá-la, por que razão não deverão ser satisfeitas as pretensões das duas partes? Talvez este avanço, que deve ser cultural antes de ser desportivo, tenha dificuldade em concretizar-se por ter de fazer contas a preconceitos muito difíceis de abater.
E a segunda indicação está ligada à questão do preconceito. Fico com a impressão de que, num mundo do desporto já de si demasiado condicionado por ideias pré-concebidas acerca das diferenças entre os sexos, o futebol é especialmente conservador. A demonstrá-lo estão os exemplos citados como termos de comparação para este caso de Stephanie Labbé. Trata-se de exemplos que derivam do hóquei no gelo, um dos desportos mais violentos e por isso mesmo associado a uma ideia de machismo. E no entanto, no apoio às pretensões de Stephanie Labbé jogar com os homens foram citados exemplos de senhoras que jogaram como guarda-redes em campeonatos masculinos de hóquei no gelo. E fizeram-no demonstrando uma grande capacidade de adaptação, o mesmo sucedendo com os campeonatos que as acolheram, avaliando-as apenas pela sua capacidade de se exibirem à altura da situação. Se tens talento, jogas; se não tens talento, estás fora. Sem estar a ver se és homem ou mulher.
Portanto, é neste aspecto que o futebol continua a demonstrar-se fortemente conservador, quase reaccionário. Um mundo que deve continuar a separar os homens das mulheres, como se misturá-los fosse um sacrilégio. Nada disto tem razão de existir. E a batalha liderada por Stepanhie Labbé pode ser um primeiro e decisivo passo em direcção à mudança cultural do futebol. É por isso que todos devemos apoiá-la."

Sporting em saldos?

"O Sporting tem urgência em fazer um encaixe financeiro que lhe permita enfrentar os problemas de tesouraria que Bruno de Carvalho admitiu existirem e aos quais é difícil dar resposta sem o dinheiro do empréstimo obrigacionista. Ora, partindo do princípio que não há outras vias de financiamento disponíveis, é natural que o Sporting necessite de negociar a venda de jogadores. No actual contexto, é legítimo fazer este raciocínio: Bruno de Carvalho terá de encontrar vias de diálogo com os jogadores para evitar, primeiro, a saída pela rescisão por justa causa e, segundo, bases de negociação para transferências por valores naturalmente (muito) aquém das cláusulas de rescisão. É um cenário que evitará a debandada com risco de ser a custo zero e viabiliza a facturação, nem que seja a preço de saldo.
Cristiano Ronaldo procura a quinta Liga dos Campeões. Se conseguir levantar o troféu, ficará apenas a uma de Gento, outro madridista que esteve no penta do Real nos anos 50 e já com 33 anos conquistou a sexta Taça dos Campeões. O nosso foco vai estar em CR7, mas é justo celebrar o regresso do mítico Liverpool às finais dos Campeões. A armada britânica invadiu a Champions e ambiciona recuperar o domínio dos anos 70 e 80 (entre 1977 e 1984, sete das oito edições foram ganhas por equipas inglesas, sendo que o Liverpool venceu quatro)."

#BrunoDeCarvalho. O encantador de serpentes

"Chega a ser comovente o esforço que o deputado e ilustre sportinguista Hélder Amaral faz para defender Bruno de Carvalho. Esta quinta-feira, na CMTV, o político do CDS viu nas imagens que mostram Fernando Mendes, ex-líder da Juve Leo, a ameaçar o jogador Acuña no aeroporto do Funchal a confirmação de que o presidente do Sporting “tem toda razão”. Para Amaral, a peça da estação confirma a origem dos incidentes de Alcochete: “Não há ali culpa dos jogadores ao confrontar o líder da claque?”, questiona. Onde é que já ouvimos este ignóbil argumento? Na boca do presidente do Sporting, pois claro.
No mesmo programa, Amaral foi confrontado com o SMS que o líder do clube enviou ao plantel depois da derrota em Madrid. “Boa tarde. Após o jogo do Paços vamos ter a conversa mais séria que vocês tiveram na vossa vida. Tenho 4 filhas e não tenho paciência para amuos ou falsos profetas. Vão perceber de vez o vosso lugar. Crianças amuadas não pertencem ao Sporting a não ser o da Covilhã. Abr”. O que disse o ilustre comentador sportinguista perante isto? Que o jogador que divulgou o SMS “não tem lugar no Sporting”. Bruno de Carvalho não faria melhor.
Esta não é a hora de encontrar culpados para a crise do Sporting, afirma o deputado, ao mesmo tempo que desvia as atenções do presidente. Mas quem se preocupa com o futuro do clube não deveria sossegar enquanto algumas perguntas fundamentais continuam sem resposta. Por exemplo, porque é que, aparentemente, é normal que elementos da claque visitem a Academia do clube para falar com a equipa? Porque é que, perante a ameaça que ficou bem patente na Madeira, não foi reforçada a segurança no centro de estágios? Porque é que não foram fechados os portões se Ricardo Gonçalves, diretor de operações da Academia de Alcochete, foi avisado 14 minutos antes da invasão? E, já agora, porque é que terão sido dadas ordens para deixar entrar o automóvel que veio buscar Fernando Mendes, o homem que tinha ameaçado Acuña no Funchal? Sobre isto, aparentemente, Amaral não tem nada a dizer.
São estes factos que deviam indigná-lo: ter um presidente que hostiliza os jogadores, vira um grupo de adeptos (afectos à Juve Leo) contra eles, é incapaz de os proteger e ainda os responsabiliza pelas agressões de que foram alvo. Por cada associado que diz que Bruno de Carvalho está cada vez mais isolado, há um Hélder Amaral que se levanta. Por cada Inácio que diz que o presidente do Sporting se deve demitir, há outro Inácio que aceita trabalhar com ele e ajudar a lavar-lhe a face. Por cada Nuno Saraiva que se cala no Facebook, há um Fernando Correia disposto a erguer a sua voz. E, enquanto isso, o Sporting está a atravessar a crise mais profunda da sua história, com a equipa e o treinador divorciados do presidente, uma massa adepta dividida e investigações judiciais por corrupção e apropriação de verbas indevidas na transferência de jogadores. Que ainda haja quem defenda Bruno de Carvalho é a prova de que o futebol é mesmo do domínio do irracional."

Presidente-postiço na destruição do Sporitng

"Um presidente que não conhece limites não pode ser presidente.
Um presidente que destrói a base de um negócio, que é a sua equipa profissional mais representativa, aquela que leva as pessoas ao Estádio, não pode ser presidente.
Um presidente que não percebe que os Estádios não se enchem se no relvado não estiverem jogadores prontos para iniciarem o espectáculo, não pode ser presidente.
Um presidente que, sem embargo de poder ter, internamente, uma perspectiva crítica e de acção pedagógica e até correctora de eventuais entorses e abusos, em vez de proteger o tesouro que constitui um plantel de um clube de futebol, porque é ele que, bem ou mal, está na base do funcionamento da roda, o critica, o desprestigia, o destrói na sua tão importante sustentação psicológica, não pode ser presidente.
Um presidente que não se importa de destruir o património humano, económico e institucional de um jogador com o passado e a história de Rui Patrício, não pode ser presidente.
Um presidente que coloca em causa a rentabilização dos principais activos da SAD - os jogadores —, no sentido de os negociar em alta, e, com isso, provocar um fenómeno de desvalorização, de desmotivação e até de repulsa dos próprios atletas, não pode ser presidente.
Um presidente que, especulativa e demagogicamente, eleva os sócios e adeptos ao estatuto de imprescindíveis para despromover a importância do centro do ‘core business’ não pode ser presidente.
Um presidente que faz todos os possíveis para desalojar Jorge Jesus da sua ‘cadeira de sonho’, colocando-lhe no caminho todo o tipo de ‘cascas de banana’ para ele escorregar (como já tinha feito com o antecessor de JJ) e, com isso, não lhe pagar aquilo que com ele contratualizou quando o foi buscar no intuito de fazer esquecer a ‘borrada’ que já havia feito com Marco Silva, não pode ser presidente.
Um presidente que perde a confiança da Assembleia Geral (Jaime Marta Soares, Eduarda Proença de Carvalho, Miguel de Castro, Luís Pereira, Tiago Abade) do Conselho Fiscal e Disciplinar (Nuno Silvério Marques, Vicente Caldeira Pires, Vítor Bizarro do Vale, Miguel Cansado Fernandes, Jorge Gaspar, João Carlos da Silva), de parte significativa do Conselho Directivo (Vicente Moura, António Rebelo, Luís Loureiro, Jorge Sanches, Rita Matos, Bruno Mascarenhas) e que não extrai nenhuma conclusão ‘política’ dessa perda de confiança, não pode ser presidente.
Um presidente que insiste em discriminar sportinguistas, dividindo-os e criando uma clara sectorização entre sportinguistas de primeira (os que estão incondicionalmente ao seu lado, como é o caso, neste momento, dos sobreviventes do Conselho Directivo, Carlos Vieira, Rui Caeiro, José Quintela, Alexandre Godinho, Luís Roque, Luís Gestas) e sportinguistas de segunda, não pode ser presidente.
Um presidente que é um produto das claques e que as adula, dando-lhes espaço, cobertura e um protagonismo excessivos, ao ponto de subverter os poderes e os utiliza para serem os ‘carrascos’ da equipa e treinador, ao ponto de levar outros apoios da equipa, como o director clínico (Frederico Varandas) e o preparador físico (Mário Monteiro), ao colapso profissional e emocional, não pode ser presidente.
Um presidente que, através do seu discurso permanentemente beligerante, interna e externamente, que desagrega em vez de agregar, que divide em vez de unir, que afasta em vez de atrair, e que não percebe nem aceita o papel das instituições, por maiores entorses que ache nelas, não pode ser presidente.
Um presidente que só acha méritos em si próprio não pode ser presidente.
Um presidente que não inspira confiança em ninguém, e que perde os apoios dos seus ‘indefectíveis", como Daniel Sampaio e Eduardo Barroso, tão intensos na defesa do ‘brunismo’, não pode ser presidente.
Um presidente que incentiva a Juve Leo e lhe retira o apoio; um presidente que vai teimosamente para o banco e que anuncia deixar de ir; um presidente que abusa pornograficamente do Facebook, que sai e entra, para voltar a sair e a entrar; um presidente que contrata um director-geral para tentar remendar o estrago que ele próprio causou; um presidente que promove um porta-voz para, num registo para já mais suave mas de óbvia propaganda, reduzir o dano das intervenções do inefável Saraiva, numa marcha-atrás escandalosamente postiça, não pode ser presidente.
Fica cada vez mais claro que Bruno de Carvalho não tem perfil de presidente. Tem mais perfil de líder de uma claque, no registo que algumas claques adoptaram em Portugal, muito mais próximas de serem um problema do que a solução para tornarem o espectáculo mais atractivo. Falta-lhe em sentido de responsabilidade aquilo que lhe sobra numa mórbida capacidade em negar evidências e em utilizar pessoas, manobrando-as, tudo em nome de objectivos pessoais, servindo-se do nome do Sporting e de um discurso direccionado à paixão clubística para enganar os que pensam com o coração e não são capazes de racionalizar e perceber quem atirou o Sporting para esta indigência, para este ‘estado de sítio’, para esta imagem de degradação e de caos. A arte da manipulação em todo o seu esplendor. Já não é o presidente-adepto. É o presidente-postiço.

Jardim das Estrelas (4 estrelas) - Frederico Varandas faz (muito) sentido
A ‘crise do Sporting’ voltou a dominar a agenda desportiva/futebolística. Muitas têm sido as personalidades do ‘universo leonino’ a debitar posições e oposições. Nesse sentido, o Sporting é, também, um clube diferente. Muitos sportinguistas sempre prontos a debitar, num rodízio ao serviço das mais variadas plataformas televisivas. Houve mais do que tempo para — perfeitamente identificada a deriva de Bruno de Carvalho — a construção de uma solução alternativa forte. Nada de consistente. Discursos avulsos, putativos candidatos, e uma ideia de fragilidade que BdC explora até ao tutano. Enquanto a ‘nomenclatura’ do Sporting, agarrada ao poder, acha em Fernando Correia o porta-voz de mais uma farsa (mudança pontual de comportamento perante a opinião pública) e tanta capitalizar alguma ‘popularidade’ de Augusto Inácio, começam a aparecer algumas ‘lebres’ (Dionósio Castro) e outros protagonistas já algo desgastados no avança-não avança’, como é o caso de Rogério Alves. No meio destas movimentações, emerge um nome: Frederico Varandas. Com um discurso ‘limpo’, livre de amarras situacionistas, e com uma grande experiência do ‘terreno’. A seguir, com atenção.

O Cacto - Patético
Ver agora José Eduardo, que se quis colocar sempre na posição de pai ideológico de Bruno de Carvalho, mas que não passou de uma figura animada e manipulada pelo presidente dos ‘leões’, a tentar verbalizar uma espécie de manifesto anti-Bruno, mostra bem como as pessoas são capazes dos mais difíceis exercícios de contorcionismo intelectual. Não é uma questão de mudar de opinião; é uma questão de se defender o indefensável (como no caso Marco Silva). De resto, há um lado desta ‘crise do Sporting’ a mostrar muita falta de coerência; muita falta de vergonha — e muito oportunismo. Há uns pardalitos leoninos sempre preparados para saltar de galho em galho. Patético!"


PS: Sim, o Zé dos Croquetes é patético, mas oh caracolinhos tu não és menos patético do que ele!!!

Bardamerda para o populista

"Durante o PREC e nos anos seguintes, qualquer discordância política, cultural, pessoal ou outra era resolvida com o derradeiro insulto: “fascista”. Ninguém se preocupava muito com o rigor mínimo na utilização do termo, quer fosse na sua definição ideológica mais estrita ou na sua caracterização política mais abrangente. Tudo o que não correspondesse às indiscutíveis verdades daquele tempo entravam nessa enorme gaveta onde cabiam milhões de fascistas.
No inicio deste século, um outro termo passou a definir tudo o que não se conforme com o discurso dominante: “populista”. Ninguém perde muito tempo com o que quer realmente a palavra dizer. Ela tanto pode caracterizar alguém que diz coisas facilmente populares, que proponha coisas que outros considerem impossível de fazer, que seja muito radical, que divida os conflitos entre elite e povo, que acredite na luta de classes, que seja contra a globalização ou contra o projecto europeu ou contra a imigração ou contra o capitalismo financeiro. Tudo cabe nesta enorme caldeirada conceptual que, em vez de ajudar ao debate, apenas o torna mais nebuloso. De tal forma que o termo tem sido usado, em quase todos os textos e declarações públicas de analistas e jornalistas, para caracterizar um dirigente desportivo.
A palavra “populismo” não é, nos Estados Unidos, depreciativa (também não o é a palavra “revolucionário”). E não tem de ser. Na América Latina o populismo foi um fortíssimo instrumento de integração da maioria popular no processo político e de combate ao privilégio, de que Getúlio Vargas foi um bom exemplo. Na realidade, o nojo pelo “populismo” corresponde, em muitos casos, a uma inconfessável repulsa por políticas populares. Como escreveu Francis Fukuyama, insuspeito da minha simpatia, “populismo é o termo que as elites usam para as políticas de que não gostam, mas que a gente comum apoia”.
Há diferentes populismos, mas todos eles alimentam (ou exibem) clivagens sociais profundas existentes na sociedade. O populismo de direita, representado por Le Pen, Trump ou o UKIP, contrapõe o povo à elite e procura as responsabilidades num terceiro grupo, quase sempre excluído: imigrantes, refugiados, minorias étnicas e religiosas, beneficiários de apoios sociais. O de esquerda, representado por pessoas como Bernie Sanders ou Mélanchon, contrapõe o povo às elites económicas, usando a eficaz fórmula “99% contra 1%”. Uns e outros ganharam força com o processo de globalização, seja pela intensificação dos ciclos migratórios seja pela intensificação dos fluxos financeiros e comerciais. Mas uns e outros são estruturalmente antagónicos. Seja como for, o seu discurso afirma a existência de uma fronteira que define um “nós” e um “eles”. Em sociedades profundamente desiguais, esse “nós” e esse “eles”, com uma fratura inultrapassável entre os dois, é fácil de explorar porque é absolutamente real.
Por fim, o populismo pode corresponder a lideranças caudilhistas que, dependentes do carisma do líder, dispensam todas as formas de intermediação política, empurrando as democracias para formas autoritárias de poder. Também a América Latina é pródiga neste tipo de fenómenos, à esquerda e à direita.
Assumindo todas estas definições de populismo, e pondo de lado a informalidade com que se usam termos políticos para caracterizar pejorativamente tudo o que nos desagrada, chamar Bruno de Carvalho de “populista” ou não chega a ser uma crítica ou é um total absurdo. Bruno de Carvalho pretendeu representar um sentimento “popular” dos sócios contra as “elites” do clube? Pode dizer-se que sim e a improvável “luta de classes” no Sporting está traduzia na expressão “croquetes” e bem representada pela ideia peregrina de que uma carta de um “grupo de notáveis” pode sobrepor-se à vontade dos sócios, que desconhecemos neste momento qual seja. Se isso é “populismo”, seria uma coisa boa. Mas convenhamos que é preciso forçar bastante a nota para transportar de forma tão linear para um clube dinâmicas dos confrontos sociais e políticos. E mesmo que tal fizesse sentido, sabemos como Bruno de Carvalho acabou por não afrontar nenhum desses poderes, mantendo-se dependente da opacidade financeira de pessoas como José Maria Ricciardi e Álvaro Sobrinho, que o apoiaram. A essa capitulação ele chamou, na sua extraordinária (no pior sentido do termo) conferência de imprensa, de “hipocrisia”.
Se o populismo de Bruno de Carvalho resulta do facto dele alimentar uma clivagem entre “nós” e “eles”, então basta ficarem-se pelo óbvio: ele é presidente de um clube. Os clubes, como fenómenos tribais, vivem disso mesmo. Se usamos a expressão “clubismo” como uma critica a certas formas de comportamento político faz pouco sentido esperar que o “clubismo” propriamente dito manifeste, mesmo como metáfora da vida em sociedade, características opostas às que são da sua natureza. Na divisão tribal entre “nós” e “eles”, Bruno de Carvalho é tão populista como Pinto da Costa ou Luís Filipe Vieira. Lidera uma tribo que se assume como uma tribo que combate, esperemos que de forma limpa e seguindo regras éticas, outras tribos. É disso que vive o fenómeno do futebol. Se lhe começarmos a aplicar conceitos políticos acabamos a exigir-lhe uma racionalidade que não pode ter. 
Por fim, se a questão é Bruno de Carvalho dispensar estruturas intermédias que sejam um contrapeso ao seu poder, também aí é igual aos presidentes dos outros grandes. Na realidade, mais por características do clube do que do presidente, Bruno de Carvalho até concentra em si menos poder do que Pinto da Costa ou Luís Filipe Vieira. No Sporting nunca deixou de existir oposição, no Benfica ela é irrelevante e no FC Porto inexistente. Em qualquer um dos três grandes há um sistema totalmente presidencialista, em que os líderes falam directamente aos sócios e adeptos e as estruturas de controlo são quase decorativas.
O que me preocupa na utilização do termo “populista” para definir Bruno de Carvalho não é o bom-nome do presidente do Sporting, que esse não tem salvação possível. Acho que ele é muito menos – na racionalidade do seu comportamento – e muito mais – no dano que causa à instituição – do que isso. Preocupa-me a falta de rigor de pessoas que moldam a utilização da linguagem no espaço público à sua vontade circunstancial e a redução de todos os conceitos a meros insultos. O que me irrita na utilização da expressão “populista” a torto e a direito é o mesmo que me irritaria a utilização da expressão “fascista” para definir tudo aquilo que se afastava da norma em meados dos anos 70: é a estupidificação maniqueísta do discurso público e o abastardamento de conceitos políticos."

Jack Johnson, o homem que irritou os brancos porque tinha aquilo que os brancos acreditavam ser um direito só deles

"Foram precisos 105 anos para que Jack Johnson, o primeiro pugilista negro a sagrar-se campeão mundial de pesos pesados, fosse perdoado por um crime pelo qual foi injustamente perseguido e condenado. O crime de Johnson, na verdade, era ser melhor que os brancos dentro dos ringues e gostar de uma vida de fausto, que então, no início do século 20, estava barrada aos negros. Mas Johnson também era um homem com defeitos e é por isso que a decisão de Trump não é exactamente consensual

Sobre a vida de Jack Johnson haverá tantas verdades quanto mitos. Em sentido lato, Johnson foi o homem que em 1908 se tornou no primeiro pugilista negro campeão mundial de pesos pesados. Mas Johnson foi muito mais do que isso: ao longo de 68 anos de vida cheia foi músico de jazz, actor, estivador, toureiro, agente secreto na I Guerra Mundial, pedreiro-livre, empresário da noite, inventor, amante de Mata Hari e até comparsa de Rasputin em noites loucas regadas a shots de vodka em plena Rússia.
Algumas destas coisas serão verdade, outras nem por isso. Certo é que no seu tempo Jack Johnson, que na quinta-feira foi perdoado por Donald Trump por um crime pelo qual foi considerado culpado há 105 anos, foi um homem à parte, quanto mais não seja por esta simples razão: Jack Johnson irritou os brancos porque Jack Johnson tinha aquilo que os brancos acreditavam ser um direito só deles. Falamos de talento, sucesso, mulheres, carros potentes, uma vida boémia, sem amarras, sem olhar a raças ou origem. Jack Johnson pagou caro a sua aversão às regras da moral e bons costumes do início do século 20, o ultraje que era passear-se com mulheres brancas, a humilhação que era deitar brancos ao tapete, ficando-lhes com a honra e com os títulos.
Nada disso era crime, mas o preconceito subverte qualquer conjunto de leis. Em Outubro de 1912, Jack Johnson foi preso por violar o Mann Act, que proibia o “transporte de mulheres entre estados para propósitos imorais”. Na verdade, quem ia no carro com Johnson era Lucille Cameron, com quem o pugilista se casaria ainda esse ano. O problema é que Lucille era branca, tal como a primeira mulher de Johnson, Etta Duryea. E tal como seria a terceira mulher, Irene Pineau, com quem esteve casado até morrer.
Cameron não cooperou com a mentira da justiça, que queria que Johnson servisse de exemplo para outros negros numa profundamente racista América, onde as palavras “miscigenação” e “linchamento” andavam normalmente de mão dada, ainda para mais no sul. O caso caiu, mas menos de um mês depois Johnson voltou a ser preso, acusado do mesmo “crime”. Desta vez, Belle Schreiber, uma alegada prostituta com quem Johnson teria tido uma relação entre 1909 e 1910, testemunhou contra ele: em Junho de 1913, Johnson acabaria condenado a um ano e um dia de prisão por um tribunal de júri constituído apenas por homens brancos.
Foi precisamente esta condenação por “deboche”, como se dizia à época, que Donald Trump perdoou na quinta-feira, assinando o documento que concede o perdão total a Johnson 105 anos depois de uma decisão na qual a raça foi um factor determinante. Ao lado de Trump estava o antigo pugilista britânico Lennox Lewis e Sylvester Stallone, este último o grande responsável por levar a história de Johnson ao presidente dos EUA.

Um homem que não conhecia as diferenças
Filho de antigos escravos, Jack Johnson nasceu em Galveston, no estado do Texas, no último dia de Março de 1878. À época, Galveston era uma espécie de oásis para os negros do sul: naquela terra, todos eram pobres por igual, fossem brancos ou negros e por isso toda a gente se dava com toda a gente. Na biografia de Johnson (“The Unforgivable Blackness: The Rise and Fall of Jack Johnson”, escrita por Geoffrey C. Ward), o pugilista mostra em poucas palavras o que foi crescer sem conhecer diferenças. “Enquanto crescia, os miúdos brancos eram meus amigos e companheiros. Eu comia com eles, brincava com eles, dormia nas suas casas. As mães deles davam-me bolachas e eu comia à mesa com eles. Nunca ninguém me disse ali que o homem branco era superior a mim”.
Em Galveston, Jack foi feliz, mas Galveston não preparou Johnson para o que iria encontrar fora da sua cidade.
Talvez o primeiro embate com a realidade tenha acontecido quando tentou desafiar James J. Jeffries, então dono do título de campeão mundial de pesos pesados. Johnson vinha de defender 17 vezes o segregador título de World Colored Heavyweight Champion e Jeffries, tal como outros antigos campeões, recusou vez atrás de vez discutir o cinturão com um negro.
Mas estava nas mãos de Johnson mudar a história e finalmente, em 1908, subiu a um ringue para discutir o título mundial de pesos pesados. Foi contra Tommy Burns, um canadiano que aguentou 14 assaltos até a polícia de Sydney ser obrigada a parar o combate - ninguém queria ver um branco ser chacinado por um negro, ainda para mais frente a mais de 20 mil pessoas.
Johnson, um negro, era então campeão do mundo. O primeiro negro. A comoção entre os brancos foi tal que começaram as pressões para que James J. Jeffries deixasse a pacatez da quinta onde se refugiara depois de abandonar o boxe e desafiasse Johnson, anos depois de ter recusado combater frente a um negro. Tal aconteceu em 1910, no primeiro “Combate do Século”. Reza a lenda que foi preciso saco de 120 mil dólares (que hoje equivale a qualquer coisa como 2,7 milhões de euros) para convencer Jeffries, que se viu envolto numa expectativa tal que ganhou a alcunha de “Great White Hope”.
Estávamos em Julho e em Reno, no Nevada, Jack Johnson foi tão superior à grande esperança branca que ao 15.º assalto as câmeras foram desligadas para que não existissem registos de mais uma humilhante derrota de um branco às mãos de um negro. Mas o que se seguiu foi bem mais sangrento: a fúria branca pelo despeito da derrota foi tal que motins raciais irromperam em mais de 50 cidades norte-americanas, provocando a morte a pelo menos 25 pessoas. Desses, 23 eram negros.

A fuga necessária
Jack Johnson tinha dinheiro e sucesso e não tinha pejo em mostrá-los. E continuou a bater sem misericórdia qualquer pugilista branco que o desafiasse, mesmo perante ambientes hostis e arbitragens tendenciosas. E se dentro do ringue era impossível pará-lo, teve de ser a justiça a fazer o trabalho. Depois de condenado a um ano e um dia de prisão, Johnson fugiu, primeiro para o Canadá e depois um pouco para todo o lado: durante sete anos viveu o exílio forçado pela Europa, América do Sul e México, movendo-se faustosamente entre a realeza social de cada paragem. Era uma super-estrela, podia fazê-lo.
Pelo meio, defendeu o título mundial em Paris por duas ocasiões, perdendo o título apenas em 1915, para Jess Willard, em Havana, Cuba.
Em 1920, decidiu terminar a fuga. Entregou-se às autoridades norte-americanas na fronteira com o México e foi colocado na cadeia de Leavenworth. Passou praticamente um ano na prisão, onde inclusivamente fez alguns combates profissionais.
A partir daí a carreira de Johnson entrou em declínio, ainda que tenha combatido profissionalmente até 1938, ou seja, praticamente até aos 60 anos. Viria a morrer de acidente de automóvel aos 68 anos, após sair furiosamente de um restaurante que havia recusado servi-lo por ser negro.
Galveston não o tinha preparado para isso.

Um exemplo, ou nem por isso
No seu estilo cáustico mas não poucas vezes mal-informado, Donald Trump tomou para si a glória da decisão de, 105 longos anos depois, perdoar Jack Johnson de um veredicto marcadamente racista, lançando desde logo dardos aos antecessores “que nada fizeram”.
A crítica era, na verdade, dirigida apenas e somente a Barack Obama, que teve o dossier do perdão total a Johnson na mão, optando por nada fazer. As razões para o primeiro presidente negro optar por não perdoar o primeiro negro campeão mundial de pesos pesados não são públicas, mas a verdade é que a figura de Jack Johnson, apesar de mítica e carismática, nunca foi exactamente consensual, até para os próprios negros.
Isto porque Johnson não aproveitou o seu sucesso dentro dos ringues para batalhar pelos direitos dos negros, ao contrário do que fez, por exemplo, Muhammed Ali. Na verdade, Johnson sempre se preocupou mais consigo próprio e quando enfrentou os brancos foi mais para “se ajudar a si próprio do que os afro-americanos como um todo”, escreveu Allen Barra num texto para o “The Guardian” onde desvalorizou a acção de Trump.
Depois de se tornar no primeiro negro a quebrar a barreira da cor nos pesos pesados, Johnson recusou reiteradamente desafios de outros atletas negros pelo título. A razão? Combater e vencer atletas brancos mais fracos dava-lhe muito mais dinheiro e prize moneys bem mais apetitosos. Com isso, Johnson travou a ascensão de outros atletas negros, a mesma que ele havia ganho anos antes.
O comportamento de Johnson com mulheres estaria também longe de ser exemplar. Etta Duryea, a sua primeira mulher, terá sofrido muitas vezes a fúria de Johnson e as visitas ao hospital eram regulares. Duryea suicidou-se em 1912, à terceira tentativa, depois de anos de abusos e infidelidades do marido.
Jesse Washington, num artigo para o site The Undefeated, plataforma do universo ESPN dedicado às questões raciais, defendeu que é muito mais fácil para Trump perdoar Johnson do que teria sido para Obama. O que para Trump é apenas uma pequena acção simbólica perante a injustiça racial que ainda grassa nos Estados Unidos, para Obama seria visto quase como “perdoar Tupac Shakur”.
“Acredito que Johnson merece que o seu cadastro esteja limpo, mas Obama estava mais preocupado em perdoar as vítimas ainda vivas das políticas de encarceramento em massa”, sublinhou ainda Jesse Washington.
Com as suas qualidades e defeitos, o certo é que Jack Johnson foi a primeira super-estrela negra do desporto. E agora está, finalmente, livre."

Benfiquismo (DCCCXXXIX)

Dia do Caneco mais importante...!!!

Sofista de Carvalho


"Bruno domina a retórica e sabe ter o tempo do seu lado e do desvanecer das razões para a contestação

Mentiras, irregularidades, coação, risco de colapso financeiro e até traição - ou deserção, suprema desonra para um militar! -, a todos estes argumentos recorreu ontem Bruno de Carvalho minutos após o anúncio da marcação de uma assembleia geral extraordinária para 23 de Junho (que, passe a piada, pode muito bem levar a noite de São João para Lisboa...) e horas depois de Frederico Varandas (o acusado de deserção) anunciar que se demitia de director clínico do Sporting para ser candidato à presidência. O presidente dos leões domina a retórica - até na forma como muda a voz para um tom de lamento, de vitimização - e quando fala, fá-lo lentamente, com a plena consciência de que o tempo joga a favor dele. Quanto mais tempo passar sobre as críticas à equipa em momentos críticos da época - véspera da última jornada, em que era vital garantir a ida à pré-eliminatória da Champions; e da final da Taça de Portugal -, mais parecerá que a ideia de ter terminado o tempo de Bruno de Carvalho se sustenta em meras opiniões dos opositores. Assalto ao poder, disse também, numa declaração que parecia inspirada no "Depois de mim, o dilúvio" de Luís XV, capaz de deixar orgulhoso qualquer bom sofista da Grécia Antiga, esses a quem apenas interessava convencer os outros sem olhar à ética e à verdade contida nas suas palavras e que tanto preocupava certos filósofos.
Com todo este ambiente de convulsão, e não obstante a oficialização dos reforços Marcelo e Raphinha e do director-geral Inácio, parece claro que o Sporting - quem será o treinador? - parte atrás dos rivais para a próxima época. E isso costuma ter consequências graves. Mas por muito chato que seja, a vida continua e amanhã será outro dia..."


Germán Conti

É oficial, Conti é do Benfica...

Central, alto, magrinho mas agressivo e rápido tendo em conta a altura... Considerado por alguns, o melhor Central do Campeonato Argentino, acabámos por ser mais rápidos do que outras equipas, e accionámos a cláusula de rescisão! Sendo que ainda tivemos alguma 'sorte', porque o Conti ainda estava no Colon porque nas últimas janelas de transferências, houve sempre alguns problemas com empresários e comissões, e assim as várias propostas que teve, abortaram sempre... Até que apareceu o Benfica!

Estou com bastante confiança, acho que temos aqui um Central para várias épocas. Com o Rúben e o Jardel no plantel, vai ter dificuldades em ganhar a titularidade, mas com o Rúben no Mundial, vai poder mostrar-se na pré-época... e se calhar nos primeiros jogos oficiais na época.

A minha 'dúvida' será a velocidade de adaptação ao nossos sistema defensivo. Na Argentina, jogou muitas vezes num esquema de 3 Centrais... vai ter que apreender as questões de posicionamento, mas isso não será problema, pois parece-me ser um jogador 'inteligente' na forma como se movimenta.

Não é canhoto, e isso é o 'maior defeito'!!! Mas já jogou como Central do lado Esquerdo. Pode parecer um pormenor pouco importante, mas não é... Não temos um único Central canhoto (o Lystcov na B não conta!!!), e se o Jardel não se 'incomoda' com isso, por exemplo o Rúben é muito mais eficaz na Direita...

Posso estar enganado, mas ganhando a titularidade no Benfica, rapidamente chegará à Selecção... onde muito provavelmente já deveria estar!!!

PS1: O Benfica continua a definir o plantel a uma velocidade poucas vezes vista!!! É importante começar a época com o plantel praticamente definido... Agosto, com 7 jogos, será um mês muito complicado.
Temos que definir a situação do Grimaldo: parece que a mudança de técnico no Nápoles está a atrasar as decisões. O meio-campo também é uma preocupação: recordo que vamos começar a pré-época com o Krovi ainda a recuperar de lesão e muito provavelmente com o Zivo de férias após o Mundial... Continuo a defender a opção: Pelé... e talvez Alfa!!!
Hoje surgiu a notícia do Pavon n'A Bola. Seria bom demais. Infelizmente A Bola, tem um 'registo' muito mau quando se trata de 'adivinhar' as nossas contratações!!! Mas, ao contrário do que muitos Benfiquistas julgam, eu acho que precisamos urgentemente de Extremos: Rafa, Cervi e Salvio não são suficientes!!! Ainda por cima existem rumores de potenciais vendas do Salvio e do Rafa... Também não me parece que o Digui e o Carrillo fiquem no plantel... Tenho alguma esperança no Willock, mas precisamos de Extremos 'feitos'...
Em relação aos avançados, creio que tudo vai depender do Mundial do Jiménez...

PS2: O chileno Castillo chegou a Lisboa, foi dado como quase contratado, e neste momento está na Áustria com a Selecção. Não estou preocupado, o Jiménez quando chegou do México, levou 8 dias para ser oficialmente apresentado... tudo normal!!!


Compaixão e lamento

"A generalidade dos adeptos do Sporting que choraram no fim da Taça de Portugal merece o que lhes aconteceu. Escolheram o seu rumo.

O Sporting perdeu a final da Taça de Portugal com o Aves, o que, diga-se, não foi surpresa. Em linguagem futebolística diz-se que não aconteceu Taça. No plantel do Aves há mais jogadores que foram campeões nacionais do que no do Sporting. No Aves os adeptos não batem nos seus jogadores com barras de ferro e tochas. No Aves os seus responsáveis vão aos jogos para apoiar. Na véspera dos grandes momentos do Aves os seus responsáveis não fazem conferências de Imprensa a arrasar as principais figuras do seu plantel, nem dão entrevistas aos jornais a insultar os seus. A generalidade daqueles adeptos que choravam no fim da final da Taça no Jamor merece o que lhes aconteceu. Nalguns casos por acção, noutros por omissão, foram os sportinguistas a escolher o seu rumo. Segundo nos informam, nos últimos tempos, por percentagens esmagadoras de apoio ao rumo seguido. Confesso que vi a final da Taça sem qualquer preferência clubística. Não é normal um benfiquista ver um Aves - Sporting e não ter preferência. No fim do jogo, até me sentia triste ao ver Jorge Jesus e Rui Patrício, embora feliz por Arango, Ponk, Quim ou Artur. Dizem-me que o Sporting é um grande rival, mas eu, com grande lamento, já não o sinto assim. Talvez tenha sido para a geração do meu pai, ou para a do meu avô, talvez haja quem, com rasgo e génio, o volte o colocar nesse patamar, mas, por agora, é apenas motivo de compaixão e lamento.
Vamos ao que interessa e o que me interessa mesmo é o futuro do meu Benfica. Futuro, desde já, rima como facto de sermos campeões nacionais de juniores. Mais que o título, justa vitória, sempre importante, pois há ali muito talento a começar por um excepcional João Félix.
Neste início de pré-época, o Benfica substituiu os rumores pelas contratações. Gosto de Yuri Ribeiro, que pode ser alternativa ao titular da posição. Fico satisfeito com Vlachodimos, que pode ajudar a minorar as Odysseas da nossa baliza. Desconheço por completo o nigeriano Eduehi. E tenho boas referências do chileno Castillo e do argentino Germán Conti. Mas isto das contratações é como os melões, só depois de abertos se tem a certeza da sua qualidade. Apoio o rumo e determinação, mas só festejo quando vir maravilhas já com o manto sagrado."

Sílvio Cervan, in A Bola

Vitória... no lombo!

Benfica 6 - 1 Quinta dos Lombos

Mais um bom jogo do Benfica, marcando o bilhete para as Meias-finais... muito provavelmente com o Braga.

A notícia da semana, foi a nova lesão do Chaguinha! Depois de uma lesão gravíssima no início da época, agora que estava de regresso, nova lesão, não tão grave, mas que o vai impedir de voltar a jogar esta época!
Isto quando o regresso do Roncaglio, só deverá acontecer na potencial Final...

Mau começo...

Benfica 79 - 90 Corruptos
19-22, 17-32, 26-17, 17-19

Indicações muito más.. É indiscutível que as mudanças de jogadores a meio da época foram péssimas, também é verdade que nas últimas semanas temos tido vários jogadores com alguns problemas físicos, mas independentemente de tudo isso deveríamos estar a jogar mais... Principalmente no aspecto defensivo, não é aceitável o 32/44 nos ressaltos!