domingo, 6 de maio de 2018

Iniciados - 5.ª jornada - Fase Final

Benfica 1 - 1 Sporting


Empate que sabe a pouco... o Sporting marcou cedo, num canto, com o Benfica à procura do empate durante muito tempo, desperdiçando algumas oportunidades, mas sempre por cima do jogo...

Fim da 1.ª volta, com 2 pontos de avanço em relação ao Sporting... temos que ir à procura de vitórias em todos os jogos, porque isto pode ser decidido na última jornada em Alcochete!

Porto em festa

"O que fica é um empate que, dando vantagem ao Sporting, determina que os jogos do Funchal e da Luz comecem à mesma hora.

1. Ontem o empate em Alvalade permitiu que o Porto de Jorge Nuno Pinto da Costa e Sérgio Conceição festejassem mais um título no sofá. Em Alvalade, Rui Vitória montou bem a equipa e, na primeira parte, o Benfica surpreendeu Jorge Jesus. Teve ocasiões para marcar como aquele lance, logo no arranque da partida, de Rafa. No início da segunda parte, o Sporting mostrou que o intervalo lhe fez bem. Mas, Jiménez teve, outra vez, um lance que permitiria que o Benfica se adiantasse no marcador. O que fica é um empate que, dando vantagem ao Sporting, determina que os jogos no Funchal e da Luz, na próxima jornada, comecem à mesma hora, já que serão determinantes para uns possíveis ou 40 milhões para o Benfica ou 20 milhões para o Sporting. É muito dinheiro e será, decerto, muita disputa. Mas a noite de ontem foi de festa no Porto e de verdadeiro empate em Lisboa. Sortilégio do futebol e com uma arbitragem de Carlos Xistra que, do ponto de vista disciplinar, deixou muito a desejar.

2. (...)

3. As principais ligas europeias estão todas a terminar. E o que é certo é que nenhum dos finalistas europeias foi campeão no seu país. E com a Espanha a dominar as competições europeias nos últimos anos. Faltam, assim, as duas finais das competições europeias e daqui a pouco as atenções da tribo cada vez mais imensa do futebol concentram-se no Mundial da Rússia. E mal este termine arrancam as pré-eliminatórias das competições europeias e grande parte da nova época desportiva nas ligas que prendem a atenção. Este ano não teremos, de verdade, férias do futebol. Não haverá pausas televisivas. Estaremos em permanência, ligados aos écrans! E assim aproxima-se o Mundial e os seus sonhos, a Rússia e os seus símbolos. Este é o vigésimo primeiro Mundial. Portugal marcou presença pela primeira vez em 1066. Só regressou em 1986, no México. E desde o Mundial da Coreia do Sul/Japão, em 2002, é presença assídua. O que dá milhões à nossa Federação. Na Alemanha (2006), na África do Sul (2010) e no Brasil (2014) lá estivemos. O meu primeiro Mundial na TV foi o de Espanha em 1982. E não esqueço que em 1942 e em 1946 não se disputaram os Mundiais em razão da dramática segunda guerra Mundial. Como aprendi que o francês Lucien Laurent marcou em 13 de Junho na capital do Uruguai o primeiro golo da história dos Mundiais. Eram três horas e dezanove minutos da tarde. E só no Mundial do Brasil em 1950(!) é que participaram, pela primeira vez, a nas qualificações, as quatro Federações do Reino Unido. Que não acreditavam que, tendo criado as regras do futebol, existissem competições fora do seu território! Como importa recordar, nas antevésperas de mais um Mundial, que a selecção da Palestina disputou a fase de qualificação europeia do Mundial de 1938 e que neste Mundial de França a Hungria derrotou a selecção das Índias Holandesas por seis bolas a zero! E que no Mundial de 1966 houve um boicote africano a que se juntaram a Coreia do Sul e a Síria. Ficou, ou dito de outra forma, furou o boicote, a Coreia do Norte que derrotámos nos quartos de final num jogo memorável da nossa selecção e, em particular, do saudoso Senhor Eusébio da Silva Ferreira. E, assim, em cada um dos próximos domingos vamos trazer, aqui, momentos e recordações dos Mundiais de Futebol. É que do Uruguai à Rússia vão 88 anos. E cada Mundial é um marco na história do futebol, na geopolítica do futebol e, também, nas relações internacionais. Os Mundiais ajudam a entender, em cada um dos seus momentos, a história do Mundo, as suas contradições e, até, o que é transitório e o que é permanente. Situações e factos que muitos que vivem no e do futebol ignoram totalmente.

4. (...)"

Fernando Seara, in A Bola

Sabe quem é? De eléctrico para o campo - Francisco Albino

"O incrível que acontecia naqueles jogos entre o Benfica e o Sporting; Escanzelado, médicos não o queriam a jogar

1. Era o tempo em que o pouco dinheiro que se dava aos jogadores lhes era dado embrulhado em romântica justificação: «para que se possam alimentar melhor, para que tenham finanças para o médico». Também lho davam para coisas mais singelas - o Benfica pagava-lhes os bilhetes de eléctrico que os levassem para jogos e treinos.

2. No Benfica, havia, porém, uma regra: nos dias de jogo os jogadores tinham de estar no estádio duas horas antes do seu início. A ele sucedeu-lhe antes de desafio com o Sporting, o que nunca lhe sucedera: quando deu pelas horas ainda estava em casa - e já devia estar no estádio. Se fosse de táxi, o clube não lho pagava.

3. Não se atreveu a «gastar dinheiro com o táxi», correu a apanhar o «carro n.º 2», que ligava os Restauradores ao Lumiar. Aconteceu o que não deixara de suspeitar: com os eléctricos todos à pinha, nenhum deles parava. Vários passaram por entre os seus adeptos a exclamarem-lhe em euforia: «Vamos arrebentar com eles... Vamos dar cabo deles...» - e ele, cada vez mais, em ânsias, a olhar para o relógio, aflito...

4. Ouvindo-lhe os clamores, deu-lhes em brado: «Como é que posso arrebentar com eles, se não consigo chegar ao Campo Grande?» Magote de benfiquistas lançou-se para a frente do n.º 2 que lá vinha, obrigando o guarda-freios a travagem forçada. Explicaram-lhe a razão, ele entrou, logo houve quem lhe desse lugar no assento: «para arrebentarmos com eles, não pode lá chegar cansado, da viagem» (Essa é estória que se conta no blog Em Defesa do Benfica). Ao jogo chegou com ele a abrir e só se salvou da multa por ter espírito que tinha, o que levou Ricardo Ornelas a afirmar: «É daqueles que até no chão, quando os derrubam, jogam para ganhar».

5. Tratando-o como um «assombro de carácter, do mais vale quebrar que torcer, a personificação da garra no corpo franzino», a Stadium fez-lhe entrevista que começou num traço desconcertante: «Para falar com fraqueza, não sei ao certo o ano em que nasci. Ou foi em 1912 ou em 1913. O lugar isso sei e muito bem, foi em Tortosendo, à sombra da Covilhã...»

6. Viera crescidote para Lisboa, sobre ele escreveu Carlos Pinhão: «Tinha fome de bola mas com aquele ar magricela, escaveirado, pensava-se que era muito bem capaz de ter fome, fome mesmo. Dizia-se que tinha vindo de Tortosendo, era calceteiro e, de aí, desse trabalho violento lhe viria a sua incrível e extraordinária resistência...»

7. Andava pelos 14 anos quando foi às Amoreiras, à beira da casa pobre onde vivia, oferecer-se para jogador do Benfica. «Aceitaram-me mas fui reprovado na inspecção médica. Nunca deixei de dar os meus pontapés, acabei por voltar e por jogar...»

8. A jogar pelo Benfica só começou aos 18 anos, nos primeiros tempos com boina basca na cabeça - e foi o que Pinhão também disse que ele era: «Escanzelado, vibrante e reinadio como o melro do Junqueiro, enchia o campo todo, ia a toda a parte, onde a bola, estava ele. Custava-lhe imenso despegar-se dela, não descansava enquanto dela não se reapossasse».

9. Foi na época de 1932/33 que Ribeiro dos Reis o puxou o para a primeira equipa por Gustavo Teixeira, lesionado, não poder jogar a médio centro. O médio centro passou a ser ele, sempre ele. Firmino Moita, que tinha negócios de café no Beato, deu-lhe emprego como vendedor e pagou-lhe a escola para deixar de ser o que era: analfabeto. Largou a boina vermelha, apareceu de correia de coiro no pulso: «Usei-a por ter pulso aberto, correu-lhe bem, não mais a larguei».

10. Por meados de 1935, voltou a bolandas, lamuriou-se: «Ameaçaram-me outra vez de não poder jogar mais, estar inapto. É estranho: sim, sempre fui fracalhote, mas é a jogar que eu me sentia melhor, com mais pulmão. Não sei, sinceramente, o que é que ou doutores veêm de mal em mim». Junta médica acabou por salvá-lo, continuou a jogar até 1945. No dia do adeus tinha seis campeonatos, três Taças de Portugal, um Campeonato de Portugal e dois Campeonatos de Lisboa - e era o Tempero. «Porque, logo no início, ainda nas Amoreiras, lá na cabine, com a pressa de pedir o dinheiro que me competia pelo treino, exclamei: 'Então quando vem esse tempero?' - e Tempero fiquei a ser...»."

António Simões, in A Bola

'Derby' emotivo e repartido

"Benfica entrou a mandar mas não marcou. Sporting em vantagem pela Champions.

Benfica surpreendeu
1. Primeira parte muito fechada. O Benfica a surpreender construindo um meio campo reforçado com a aparição de Samaris perto de Fejsa e Rafa e Pizzi a bloquearem as fixas deixando Jiménez solto na frente jogando a toda a largura do ataque. O Sporting a parecer surpreendido com a pressão interior promovida pelos centro-campistas encarnados e a evidenciar imensas dificuldades para construir o seu jogo a partir de zonas mais recuadas. William a jogar uns metros à frente de Battaglia emperrava a capacidade de organização do jogo da equipa de Jesus e a sua lentidão e dificuldade em jogar de costas para a baliza contrária trazia inferioridade numérica à sua equipa e a balança pendia notoriamente para as cores vermelhas. Garrotando a construção do jogo dos leões o Benfica soltava-se energicamente para o assalto à baliza de Rui Patrício e não fosse a superlativa exibição do enorme guarda-redes leonino o resultado ao intervalo seria comprometedor para as hostes leoninas.

Jesus a pensar
2. As três oportunidades claras de golo desperdiçadas pelo Benfica, contrastando com uma única criada pelo génio de Bas Dost, faziam Jesus pensar na melhor estratégia de conseguir acender as luzes do seu jogo ofensivo, o que passava pela capacidade de fazer chegar a bola em condições ao seu médio de ataque - Bruno Fernandes - e permitir que este municiasse o seu trio de ataque. O momento ofensivo dos leões passava pelas acelerações interiores e exteriores de Gelson o único jogador do seu conjunto a mostrar argumentos para sair da teia defensiva urdida por Rui Vitória.

Sporting mexe e melhora
3. Jesus detectou as lacunas do jogo do seu meio campo e promoveu ajustes que passaram essencialmente numa primeira fase pela passagem de William para uma zona mais recuada, agarrando o jogo pelo colarinho, disciplinando e dividindo o jogo dos seus pares. O Sporting melhorava a olhos vistos e permitia que finalmente Bruno Fernandes e Gelson tivessem bola para servir Bas Dost. Jardel e Rúben Dias começavam a ter trabalho árduo. Após esta primeira alteração posicional, Jesus oxigena a equipa com a saída de William e a entrada de Acuña. O jogo ganhava equilíbrio e os espaços iam surgindo para as duas equipas. Jiménez e Gelson iam desperdiçando oportunidades e o jogo entornava para um lado e para o outro e o equilíbrio era a nota dominante.
Rui Vitória lançava Jonas na busca de maior qualidade na definição e Jesus percebendo que só pode ganhar se conseguir defender melhor o jogo e ter condições para lançar Acuña e Gelson - lança Misic e Lumor - e fechava o jogo. Este ia galopando rapidamente para o seu fim e mostrava na sua análise global um jogo equilibrado, com sinal mais para o Benfica na primeira parte e uma reacção estratégica e táctica do Sporting na segunda parte, evidenciando ontem os da casa as mesmas virtudes e defeitos de toda uma época e que passam por uma superior organização defensiva e algumas dificuldades no momento ofensivo, sempre dependente da criatividade e dos esticões promovidos por Gelson e da conclusão de Bas Dost, o que subtrai algum poder de fogo à equipa. Quanto ao Benfica, que só se pode queixar de si mesmo por ter desperdiçado tantos pontos na luta para o título e ter aparecido ontem em desvantagem perante o seu adversário directo, conseguiu apresentar um plano de jogo que lhe permitiu sonhar em largos momentos com a vitória e revelou-nos um Samaris e um Douglas em bom plano, confundindo o meio-campo do Sporting - Piccini e Battaglia aos papéis na primeira parte pelas movimentações de Zivkovic e Rafa. Ganha vantagem o Sporting neste confronto directo pelo segundo lugar, ficando tudo adiado para a última jornada."

Daúto Faquirá, in A Bola

A suspensão do campeonato de 'rugby'

"No jogo da meia-final do Campeonato Nacional de Râguebi do passado dia 28 de Abril, disputado entre AEIS Agronomia e GD Direito, ocorreram vários incidentes graves, designadamente agressões no relvado e nas bancadas, que levaram a que a Direcção da respectiva Federação tenha decidido suspender o jogo da final agendada inicialmente para ontem. Para além desses incidentes, o jogo decorreu sem árbitro de primeiro nível e sem auxiliares.
Entendeu a Direcção da Federação que os «acontecimentos eram os mais graves numa série de incidentes verificados desde a primeira jornada da presente época desportiva», que incluíram «invasões de campo, um número recorde de castigos por agressões e ofensas, incidentes envolvendo dirigentes e público» e, portanto, no «sentido de proteger a imagem do râguebi português e os seus valores», foi tomada a decisão de suspender o Campeonato Nacional por 15 dias para que o Conselho de Disciplina possa, em clima de tranquilidade, tomar as decisões que tiver por apropriadas quanto às eventuais sanções a aplicar.
Entretanto, o Conselho de Disciplina da Federação de Râguebi já emitiu as primeiras decisões na sequência das ocorrências verificadas, tanto relativamente a jogadores, estando alguns suspensos preventivamente, quer quanto a dirigentes e clubes.
A decisão de suspender uma competição é possível face aos Regulamentos federativos, caso a Direcção entenda que existem motivos ponderosos para tal. Apesar da gravidade dos acontecimentos e do inegável prejuízo para a imagem do desporto, a pronta e severa actuação por parte da Federação de Râguebi poderá ser determinante para que a final do Campeonato decorra da melhor forma."

Marta Vieira da Cruz, in A Bola

Não é por acaso que o Sporting não ganhou qualquer jogo na Liga ao Porto, Benfica e Braga - é por causa disto

"No último derby da época houve mais Benfica do que Sporting, principalmente durante a primeira parte, onde a equipa de Rui Vitória foi muito superior ofensivamente. Foi um Benfica com mais qualidade a ligar o seu processo ofensivo em ataque posicional porque o fez de maneira apoiada através de combinações curtas, ao contrário do Sporting que procurou sempre um futebol menos elaborado.
As dificuldades do Sporting em ataque posicional não são nenhuma novidade, mas nos jogos contra equipas cuja a organização defensiva é mais competente do que o habitual o Sporting é praticamente inexistente nesse momento do jogo.
Foi um Benfica posicionado num bloco muito compacto, com a linha defensiva alta e sempre com Fejsa a oferecer cobertura defensiva aos dois médios interiores (Samaris e Zivkovic), não permitindo muito espaço para que Bruno Fernandes pudesse receber a bola entre linhas.
No sábado, bem como em vários jogos contra equipas com esta competência no posicionamento defensivo, o que se viu foi um Sporting sempre com pouco critério a sair desde trás, preferindo muitas vezes um passe longo pelo ar do que uma circulação apoiada. Um Sporting sempre à espera de um rasgo individual de Gelson ou Bruno Fernandes para conseguir progredir em campo. Um Sporting sem qualquer criatividade ofensiva a nível colectivo (tudo demasiado previsível), e incapaz de chegar à área do Benfica de forma apoiada para garantir melhores condições para finalizar.
Não é por acaso que o Sporting não ganhou qualquer jogo para o campeonato ao Porto, Benfica e Braga, e não sendo apenas pelas dificuldades em criar situações de golo em ataque posicional, obviamente que isto teve uma grande influência.
A já referida capacidade do Benfica em construir e criar de forma apoiada, e não querendo retirar nenhum mérito à maneira como o fizeram, teve muito demérito do Sporting em organização defensiva. Em muitos momentos do jogo as distâncias entre as linhas defensivas e mesmo entre os elementos da mesma linha foram enormes, e isso permitiu aos jogadores do Benfica progredir de forma curta e apoiada e chegar várias vezes ao espaço entre a linha defensiva e a linha média do Sporting.
Repare-se no lance que se segue a quantidade de espaço existente entre a linha defensiva do Sporting e os dois médios, William e Battaglia. Em nenhum momento do lance conseguiram posicionar-se entre a bola e a baliza de Rui Patrício de modo a dar cobertura defensiva a Gelson e proteger o espaço à frente de Coates e Mathieu. Bastou uma simples tabela entre Grimaldo e Jimenez e o Benfica chegou ao espaço de criação, apenas com a linha defensiva do Sporting pela frente.


Já sem William em campo, o Sporting continuava a permitir demasiado espaço entre a sua linha defensiva e a linha média. Neste lance que se segue, muito bem os jogadores do Benfica a combinar no corredor lateral de modo a fazer a bola chegar ao espaço entre os defesas e os médios do Sporting; mas repare-se na distância de Battaglia para a zona da bola, que nunca ofereceu cobertura defensiva a Coentrão e Acuña - e nunca protegeu o espaço à frente de Coates e Mathieu.


O Sporting voltou a ser inferior tacticamente num jogo entre grandes, não conseguindo criar praticamente nenhuma situação de golo (a excepção foi o lance de Dost a terminar a primeira parte). Além disso, como já tinha acontecido noutros jogos contra Benfica e Porto, a equipa de Jorge Jesus voltou a conceder muitas oportunidades de golo e bem pode agradecer a Rui Patrício e aos dois centrais (Coates e Mathieu fizeram um grande jogo) não ter saído derrotado no último dérbi da época."


PS: O Xistra e o Hugo Miguel ao lerem esta opinião vão ficar chateados!!!

O regresso de uma antiga FIFA?

"Introdução prévia: sugiro que vejam um importante documentário na RTP3, “A Família do Futebol: Uma História de Amor”, da autoria de Niels Borchert Holm, transmitido no dia 1 de Maio (terça-feira) a partir da 1h40m.
Para além de ajudar a entender os gravíssimos riscos que o futebol corre, traduzido numa frase desse documento - “ A Família da FIFA é como «Os Sopranos» mas com pessoas piores”- , assim se pode melhor compreender como junto de inúmeras personalidades de renome mundial se procurava alicerçar, por todos os meios, “o futebol como o maior negócio do mundo”, palavras de Sepp Blatter, então Presidente da FIFA (1998-2015), bem como o papel desempenhado por Chuck Blazer, membro do Comité executivo da FIFA de 1996 a 2013.
Tragédias não desejáveis e tão destrutivas devem ser evitadas com firmeza e coragem.
Vamos agora à actualidade!
O presidente da Associação das Ligas Europeias afirmou recentemente que os planos da FIFA, lhe fazem lembrar uma “forma de actuar da «antiga FIFA»”.
Para isso, apresentou argumentos como “inexistência de consulta e transparência e uma manipulação intencional por parte da FIFA” para um plano de 12 anos, cheio de incertezas e sem suporte para uma informação clara e certamente muito problemática.
Concluiu solicitando apoio a diversas instituições internacionais do futebol para “parar esta iniciativa lateral da FIFA”.
Todos recordamos o final do mandato de Sepp Blatter, os casos de corrupção, as demissões e prisões, a suspeição de negociatas para escolha de locais para mundiais e uma eventual relação com compra de milhões em aviões para ajudar a decidir com ”eficácia lucrativa”.
Umas das primeiras questões prende-se com o actual estado dos processos e mecanismos democráticos. Também aqui o populismo avança com sérios riscos.
Quem elege, por vezes opta por “acordos” que o beneficiam e quem é eleito acha-se no direito de fazer o que lhe “der na gana”, porque poder absoluto, nem que seja a prazo (normalmente com mandatos sucessivos onde a prioridade é impedir o contraditório).
Assim nascem mais pequenos ditadores que se julgam acima da mortalidade, com proveito de poderosos, mesmo que ao serviço de “Donos” mais globais.
Os mais pequenos alimentam sempre a vontade de serem maiores e de alargarem as suas influências, num mecanismo imparável quanto ilusório.
O futebol-jogo, o desporto em geral, atravessa momento conturbado que exige atenção vigilante (o descontrolo financeiro poderá ter consequências drásticas).
As decisões de Gianni Infantino, atual Presidente da FIFA , merecem reflexão à luz de um contexto preciso, até pelo apoio prestado por uma equipa eleitoral onde se incluíram diversos portugueses.
Os candidatos, os acontecimentos inesperados, os abandonos de candidaturas que prometeram ir até ao fim para defender o futebol e lhe devolver o que ele deu, os apoios que mudaram de sentido, tudo aconteceu, como se não fosse possível quebrar o “sistema”.
Poiares Maduro, no momento de saída da sua missão na FIFA, deixou com nitidez a imagem de que Infantino e FIFA seriam irreformáveis por dentro, ou seja, estariam aprisionados ao destino traçado pelos milhões e seus investidores.
Muitas críticas bem preocupantes, mas também a força telúrica de silêncios institucionais que revelam o imenso poder de quem não é eleito mas continua a mandar em (quase) tudo. Infantino terá acordado com vontade messiânica de mudar? Pensamos que não, que o processo de domínio integral do negócio sobre o futebol, encontrou o momento e um protagonista chave para desferir mais um contra-ataque perigoso.
A lista de propostas para alterações tornou-se enorme, contínua, diária.
Há um alvo a abater: o futebol-jogo, o tal dos talentos e génios que controlam a bola num rectângulo, com uma simplicidade incrível, perante adversários que os procuram impedir e continuam a construir sonhos e magias que o tornam livre e entusiasmante.
Claro que há sempre hipótese de criar vícios e dependências (não só físicas mas materiais) com que se “procuram controlar as competições”: basta comparar orçamentos dos clubes, ponderações e rankings, e o “peso histórico” de alguns emblemas, nos órgãos de decisão (nacionais e internacionais) e outras manobras que a imprensa divulga.
O presidente da FIFA e seus conselheiros (simultaneamente assalariados bem remunerados) continuam a saga de criar cada vez mais provas internacionais (a última das quais, a anunciada intenção da “Final 8” (um Minimundial a jogar em anos ímpares), bem como uma Liga das Nações Mundiais a acrescentar ao programa da Liga das Nações Europeias. Também tem já em preparação o Mundial de Clubes! Desconhecemos se Infantino já conseguiu convencer os grandes patrocinadores a manterem o apoio (as grandes marcas quando ouvem a palavra “corrupção” recuam pois é uma ligação que sabem lhes pode causar danos muito graves). Inacreditável é o presidente da FIFA ter uma oferta de 20 mil milhões de euros para vender os direitos do Mundial de Clubes (previsto para 2021), sem identificar investidor, alegando acordo de confidencialidade. Mais uma inovação, o facto de aceitar vender a terceiros, o controlo das competições que organiza.
Esta inovação, envolta em secretismo estranho, inserida numa estratégia de confronto com a Europa, cuja Associação de Ligas Europeias se revolta na defesa dos jogadores e da sua necessidade de descanso, bem como na intenção de não aceitar o alargamento do número de clubes e de selecções em competições internacionais, cada vez em maior número. Depois da fase de renovação das regras (que tanta polémica criou mas que passou de moda), agora surge o “desenvolvimentismo” das competições internacionais, como imagem de marca, de dependência ou de sobrevivência deste modelo de gestão? 
Sem consistência, sem definição de prioridades transparente e com eficácia, voltamos a ver o futebol como um meio ao serviço quase exclusivo de “eleitos” e não como um precioso tesouro da humanidade para ser preservado e valorizado por quem assumiu essas funções.
O futebol está a ser atacado (assim como diversos valores essenciais da sociedade) de forma constante, imparável, para lhe mudarem o ADN.
Em cada localidade, apelo à defesa dos clubes para que de novo se tornem focos decisivos de resistência à prepotência e às ditaduras (mesmo que travestidas por mecanismos democráticos) e persigam a obra de juntar pessoas para criar condições para a prática desportiva, o debate de ideias, a solidariedade e que continuem a alimentar as condições de liberdade.
Esta guerra das estrelas, entre a sobrevivência do futebol-jogo contra o negócio-futebol, será decidida pelo maior empenhamento dos adeptos do jogo e por eleições em moldes que salvaguardem a liberdade e a responsabilidade de escolha, bem como a existência de espaço para divergências de opinião que nunca podem admitir fundamentalismos unanimistas.
Para concluir: a nível nacional, preocupa-nos bastante o exercício de funções/poder de forma incoerente. Contradições e decisões diversas para casos semelhantes no futebol, envolvendo personalidades e clubes distintos, revelam, no mínimo, indícios de eventual parcialidade na aplicação de penas a clubes e a dirigentes, o que é intolerável e motivo para equacionar demissão. Prestar contas, esclarecer sem omissões, é urgente e inadiável. A sua ausência tem sido uma das causas potenciadoras de conflitualidade e de violência.
Com esta aragem da FIFA e de outros ventos de consórcios desconhecidos não se vislumbram aspectos muito positivos. A não ser que se enfrentem os “adversários” com frontalidade, sem distracções e muita competência… Falhar é humano, mas corrigir o erro é sempre uma obrigação de cidadania. No futebol-jogo, dentro das quatro linhas, aprender a superar as dificuldades é tarefa e preocupação diária."

Benfiquismo (DCCCIX)

Não correu bem...
Não deixaram de ser Benfica!!!

Cadomblé do Vata

"1. Rafa perdoou tanto ao Sporting CP na finalização, que quando sair do SLB vai para o Conselho de Administração do Novo Banco.
2. Para o Sporting, melhor do que o empate foi finalmente não ter sofrido golos de um n° 8 Benfiquista.
3. Coentrão mostrou cautela, uma vez que mesmo sabendo que o campeonato estava praticamente ganho pelo FC Porto, não entrou em campo de cabelo pintado.
4. Falhar a Champions pode ser grave se o Douglas ficar no SL Benfica, porque de certeza que nestas condições o Rúben Dias vai pedir um enorme aumento de ordenado para jogar como central do lado direito.
5. Faltam 5 anos para o Penta."

Vermelhão: Empatados...

Sporting 0 - 0 Benfica


Ficou tudo na mesma, mas o inacreditável jogo da 1.ª volta - onde o Sporting marca um golo na sequência de um fora-de-jogo, e onde ficaram pelo menos 3 penalty's por marcar por Mão na Bola da área dos Lagartos, com árbitro e VAR a olhar para o lado -, acaba por desempatar a favor dos Lagartos!!! E assim estamos dependentes do Marítimo para atingir o 2.º lugar...

O jogo não foi espectacular, mas voltou a ter um 'formato' conhecido: um Benfica mais forte na 1.ª parte (duas bolas aos postes, remates perigosos do Douglas e do Samaris...) e um Varela sem trabalho; no 2.º tempo voltámos a baixar de rendimento, sendo que desta vez o adversário também não fez nada de especial, o jogo ficou mais equilibrado... e na parte final, voltámos a criar perigo... Com o árbitro a terminar a partida com mais uma decisão surreal, a marcar falta numa jogada onde o Patético foi somente mais uma vez, incompetente...
Por falar no Xistra, como é que um árbitro que a semana passada nos Barreiros expulsou o guarda-redes do Marítimo, e hoje, numa jogada praticamente a papel químico, sendo que desta vez o Rafa não fez qualquer falta -  ao contrário do Corrupto do Soares -, nada marcou (seria expulsão e penalty)?!!! E como é que não expulsa o Bruno Fernandes, com uma agressão inacreditável ao Cervi?! Como é que o VAR, o Hugo Macron não fez nada?!!! E apesar da PorkosTV ter feito tudo para esconder e ainda houve mais umas mãozinhas lá pelo meio...!!!
Nos dois jogos com os Lagartos, devíamos ter somado 6 pontos, e só fizemos 2; em sentido contrário eles pontuaram 2 e deviam ter sido 0 !!! Tudo 'somado', só nestes 2 jogos, em vez da classificação empatada, deveríamos ter 6 pontos a mais!!! E assim se fabrica mentiras...

Mais um bom jogo do Rafa, sem golos!!! Eu já o afirmei, o Rafa é um jogador com características especiais, a sua utilização tem que ser bem gerida: equipas com autocarro, com a linha defensiva em cima da grande área, o Rafa não faz nada; contra equipas, que joguem mais subidas, com espaço nas costas da linha defensiva, é sempre dos melhores em campo...!!!

Aliás a 'surpresa' do derby, não foi o Samaris, foi a utilização do Rafa em zonas muito próximas do Jiménez, no meio, com o Pizzi a descair para a direita... Foi um quase 442 'mascarado' de 433!!!
Uma nota para a vergonhosa tentativa de queimar o Rúben Dias por parte da PorkosTV com o comentador de serviço, a cumprir avença!!! O problema que houve com o Renato Sanches, prova que o 'racismo' desta gente, não depende da cor da pele, depende da cor da camisola que eles vestem...!!!

Falta um jogo, sem o Jardel, ainda não sabemos neste momento qual será a situação do Moreirense (manutenção garantida ou não...), mas só existe uma solução: ganhar... o mal já está feito, mas...

PS: Numa época do EstorilGate, numa época de Malas Pretas (dinheiro para perder) em catadupa, numa época de campanha difamatória sem precedente anti-Benfica, em época de total falta de vergonha do Conselho de Arbitragem e Conselho de Disciplina, em época de total coacção em público... Não existe suficiente politicamente correcto, para considerar os Porcos campeões justos... Por muitos erros que o Benfica tenha cometido, uma coisa não invalida a outra... O branqueamento dos actos criminosos cometidos intencionalmente, para desvirtuar a classificação do Campeonato, pode ser muito perigoso para o futuro próximo...