quinta-feira, 5 de abril de 2018

Boa notícia...

"A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD informa, nos termos e para o efeito do disposto no artigo 248.º do Código dos Valores Mobiliários, que a sua subsidiária Benfica Estádio procedeu hoje ao reembolso antecipado voluntário do valor em dívida do Project Finance, num montante de 37,8 milhões de euros. Dado que, a 28 de Fevereiro de 2018, já tinha sido liquidada uma prestação de 2,5 milhões de euros, conforme previsto contratualmente, o montante total de reembolsos realizados ao Novo Banco e ao Millennium bcp ascendeu a 40,3 milhões de euros.
Mais se informa que, no dia 29 de Março de 2018, foi liquidado ao Novo Banco a 2ª emissão de Papel Comercial, no montante de 57 milhões de euros, a qual tinha sido subscrita a 29 de Setembro de 2017 por um prazo de seis meses, tendo hoje sido formalizado o acordo de cessação do Programa de Papel Comercial.
Após a conclusão deste processo, a Benfica SAD e a sua subsidiária Benfica Estádio reduziram em 97,3 milhões de euros o valor da dívida bancária existente junto do Novo Banco e do Millennium bcp, a qual estava reflectida no passivo a 31 de dezembro de 2017.
Por outro lado, foram cedidos, sem recurso, créditos futuros relativos aos proveitos do contrato de exploração dos direitos de transmissão televisiva celebrado com a NOS, que são registados como passivo e associados aos proveitos do contrato com a NOS nos prazos normais deste"


PS: Antes que comecem a retirar conclusões precipitadas, aquilo que vai baixar 100 M de euros, é a rubrica das Dívidas Bancárias, e não o Passivo!
Aquilo que fizemos, foi um Factoring, para pagar empréstimos bancários (não para pagar contas correntes), e poupar nos Juros... A independência em relação ao Novo Banco, é um 'bónus', que depois da forma como a Administração do Novo Banco se tem comportado no Tugão, era o mínimo que o Benfica podia fazer...

E de repente!...

"SCP: e agora, após máxima frustração? FCP: futebol músculo fez ricochete? SLB: faltam testes de 'estofo'. E críticos decidam-se: 4-3-3, ou Jiménez titular...

Inesperada, ou não tanto, brusca reviravolta. Sporting afundou-se )3.ª derrota; e esta, em Braga, num dia D). FC Porto estatelou-se (de invicto para 2 desaires a fio como visitante). E eis, neste louco sprint, o Benfica - que acabara metade da época com indigestão de fiascos na Champions, na Taça de Portugal e na Taça da Liga! - assumindo liderança; logo, aproximando-se do grande objectivo penta que há muito parecia mera quimera.
A 6 passadas da meta, espectacular reviravolta, a qual, frise-se, ainda pode ter contra reviravolta... (no despique de topo, já sem Sporting). Para além de viagens, curtinhas, a Setúbal e ao Estoril (Benfica), bem como, potencialmente mais complexas, ao Funchal e a Guimarães (FC Porto), haverá, com foros de cruciais, Benfica - FC Porto e... Sporting-Benfica (este foi, há um ano, a derradeira grande aposta portista...; falhada).
Que campeonato! Faltando tão pouco, ainda tem muito para dar!

Sporting. Já não depende só de si próprio... nem sequer para chegada no 2.º lugar (hipótese de acesso ao dinheirão da Champions). Precisa de mais nenhuma derrapagem ter, incluindo ganhar ao Benfica, se averbar êxito nas intensas súplicas por vitória do FC Porto na Luz. E tem o SC Braga à perna, à mínima distância, num impensável duelo pela 3.ª posição (Sporting terá de ir ao Restelo, a Portimão e ao Funchal; SC Braga pior um pouco...: visitará Feirense, P. Ferreira, Belenenses e Rio Ave).
Ao 5.ª ano de Bruno de Carvalho e ao 3.º de Jorge Jesus, ainda não será desta Sporting campeão... Numa época de enorme investimento, tipo vai ou racha, quando FC Porto e Benfica muitíssimo desinvestiram... Máxima frustração!
Conquista da Taça da Liga - sem brilho, nos desempates por pontapés de grande penalidade, perante FC Porto e até na final com V. Setúbal - nada limpará, se o saldo de tão anunciada e naturalíssima ambição for esse êxito... único. Restam Liga Europa - depois de estupendo brindes nos sorteios, Astana e Plzen, eis a grande fava: Atlético de Madrid, cuja ultrapassagem terá de começar esta noite - e outro tudo por tudo: impor-se ao FC Porto na segunda mão rumo à final no Jamor. Ou seja: de algum modo salvar a época, fugindo a bis de rotundo fiasco (na época anterior, 3.º lugar e duros fracassos na Europa e nas Taças nacionais), está por fiozinho. Porquê? Talvez presidente e treinador venham a debater, entre eles e profundamente, sequelas de guerras contra tudo e mais alguma coisa, provocando o oposto de estabilidade...

FC Porto. O seu futebol músculo, tão empolgante quando desgastante, conhece crise. Paradoxal isso acontece quando saiu da Champions. A tese do plantel curto não pega (o plantel válido do Benfica não é mais amplo, quiça pelo contrário, e o FC Porto fez 4 aquisições em Janeiro, contra zero na Luz). Lesões e quebras de forma, sim. Tremenda a ausência de Marega (pior do que a de Danilo). Mas no Dragão existe o luxo de mais 3 pontas de lança: Soares, Aboubakar, Gonçalo Paciência (também Waris?). Futebol músculo, demolidor de adversários, faz ricochete contra si próprio?

Benfica. Pé ante pé, animicamente resistindo ao maremoto de fiascos e dando-lhe a volta para se concentrar no objectivo n.º 1, ei-lo de regresso. Mas terá bicos-de-obra. Precisa de vencer em Setúbal imediatamente antes de enfrentar jogo chave: só batendo o FC Porto na Luz (aí veremos quem tem mais estofo de campeão) poderá ir tranquilamente a Alvalade num dia de potencial fúria sportinguista.
Não resisto a comentar recentes críticas a Rui Vitória por Jiménez não ser titular. Curioso: partem exactamente de quem, com veemência, criticou grande atraso na mudança de 4-4-2 (o sistema que até deu rajada de 4 títulos) para 4-3-3 (o sistema que, de facto, recuperou equilíbrio/capacidade competitiva - possível quando Krovinovic saiu de longa baixa clínica, e, de seguida, com surpreendente adaptação de Zivkovic de extremo para médio esquerdo).
Embirrar com treinadores até pode ser mentalidade, mas... decidam-se! Jiménez sempre ao lado de Jonas? Ok. Ou como, afinal, 4-4-2 é que tem de ser... Não conheço é 4-3-3 com dois pontas de lança... Façam obséquio: decidam-se! Antes de isto acabar. Depois, será facílimo."

Santos Neves, in A Bola

Poder de fogo de Jonas tem um peso cada vez maior

"O agora líder Benfica possui também o ataque mais concretizador, com 73 golos. E sem colocar em causa o trabalho de todo o grupo, a verdade é que o sucesso dos encarnados deriva em grande parte do rendimento de Jonas que, após os dois golos diante do V. Guimarães, chegou aos 33 na conta pessoal. São golos e mais golos, tantos que, sozinho, o brasileiro já acertou mais remates do que... nove equipas.
Por mais improvável que possa parecer, o sul-americano soma mais golos, sozinho, que Estoril (24), Belenenses, Feirense e Moreirense (25), Aves e Boavista (29), P. Ferreira (30) e Tondela e Marítimo (31)! Jonas iguala ainda o total de golos do Chaves e não está longe de V. Setúbal (34), Rio Ave e V. Guimarães (35). São dados notáveis que ajudam a explicar o facto de o internacional canarinho ser, nesta altura, um dos principais goleadores na Europa. Mas se olhar para o total de ‘tiros’ certeiros dá automaticamente para perceber o nível do desempenho de Jonas, convém salientar o peso que os seus golos têm no rendimento colectivo. E também aí o brasileiro se destaca. Aliás, não há outro jogador na Liga cuja percentagem seja tão alta: 45,2% dos golos das águias são de Jonas. Olhando para as 17 restantes formações, apenas o sportinguista Bas Dost (43,3%) e o vimaranense Raphinha (40%) conseguem dados próximos dos de Jonas. De resto, os restantes melhores marcadores de cada clube não chegam aos 30% do total de golos das suas equipas. Assim sendo, Jonas é cada vez mais importante para o Benfica. Até porque consegue fazer ainda mais do que ‘apenas’ facturar...

Sabia que...
- O Chaves mantém a sua pior sequência na época?
Os flavienses perderam os últimos quatro jogos.
- O Benfica nunca tinha ganhado oito jogos seguidos?
O assalto à liderança coincidiu com o melhor registo das águias em toda a temporada: oito vitórias consecutivas e quatro partidas sem permitir um só golo aos opositores.
- O FC Porto voltou a liderar o ranking dos remates?
Apesar de ter perdido no Restelo (0-2) e com isso ter sido desalojado do comando da prova, o conjunto azul e branco recuperou o estatuto de formação mais rematadora na prova (fez 26). Agora, os portistas somam 458 ‘disparos’, contra os 455 do Benfica.
- O Moreirense tornou-se a primeira equipa a ter três expulsões no mesmo jogo?
Aconteceu em Portimão, num encontro em que os cónegos desaproveitaram uma vantagem de três golos e acabaram derrotados por 4-3. Um resultado bastante invulgar na Liga."

Zlatan Ibrahimovic

"Fiquei triste de ver Ibrahimovic sair do Manchester United. Acompanho sempre as equipas do nosso José Mourinho. O ano passado, fez uma época muito boa para quem tinha 35 anos, no campeonato inglês, o mais competitivo e marcou 29 golos.
Depois da recuperação da sua lesão, Mourinho colocou-o a espaços, mas jogou pouco. Lukaku tapou-lhe o lugar, mas nem aos seus calcanhares chega. Ibrahimovic, apesar da sua compleição física, 1, 95m e com o peso de 95kg é um jogador com técnica muito acima da média, que de um momento para o outro, pode fazer algo espectacular e diferente. Ibrahimovic não estava lesionado, a relação com o Mourinho não era a melhor. A forma de jogar muito defensiva não enquadrava no estilo Ibrahimovic e depois jogar pouco não é para ele. A eliminação do Manchester da Liga dos Campeões acelerou o seu processo de saída.
José Mourinho só lhe ficou bem dizer que lamenta a sua saída, mas quanto a mim equivocou-se e pode fazer falta ao Manchester United. A sua estreia nos EUA pelo Los Angeles Galaxy e aquele golo do meio da rua definem um jogador. Não me venham com a falta de competitividade da MLS. Há jogadas que acontecem, pela oportunidade do jogo, e aquele golo acontecia em qualquer campeonato do Mundo. Recordo-me de um golo semelhante marcado por Maradona quando era jogador do Nápoles.
A profecia manteve-se, em equipa que se estreia marca, mas o primeiro golo é arte.
Conquistou os EUA e vai-se preparar para estar no mundial de futebol na Suécia.
Não sei se Ibrahimovic é como Benjamin Button em que nasceu velho e morreu novo. O que eu sei é que a sua qualidade e capacidade goleadora continuam intactas. Ibrahimovic não está acabado e voltou a ser como era.
O joelho está bom e agora falta adquirir ritmo competitivo. Fico feliz e vou passar a seguir o Los Angeles Galaxy no Eurosport e torcer para o ver no mundial. Domingo, lá estarei a vê-lo jogar contra o Sporting Kansas City.
Jogadores como Ibrahimovic fazem falta ao futebol pelo espectáculo que dão e o ambiente que criam à sua volta. Recordo-me que a venda de camisolas de Ibrahimovic quando chegou ao Manchester United deu para pagar Pogba, agora a sua saída, em que tinha um salário de 22 milhões de euros permitiu subir substancialmente o salário de De Gea e este renovar. Por onde passa é notícia fora e dentro dos relvados. Era uma pena estar somente a treinar e sem jogar, apesar de estar a ganhar 22 milhões de euros. Dizem que nos EUA só vai ganhar 1,5 milhões de euros, mas eu não me acredito. Há várias maneiras de se fazer as coisas contornando as regras.
Ibrahimovic dos poucos jogadores que vale a pena ver um jogo, do principio até ao fim, em que tudo pode acontecer num ápice e num lance.
A MLS estava um pouco esquecida e não se ouvia falar muito. Eis que Zlatan Ibrahimovic estreou-se com a camisa do Los Angeles Galaxy e toda a gente voltou a falar do campeonato norte-americano. 

Nota: golo de Ronaldo contra a Juventus em pontapé-de-bicicleta não há palavras para o elogiar."

Violência no desporto

"Tema anunciado, divulgado, um debate a vários níveis. Porém é exclusivamente de futebol que se trata. De situações de corrupção, de viciação de resultados, de suspeição generalizada e de uma onda de caos previsivelmente oportuna – os campeonatos aproximam-se do fim e em causa estão: quem vence e quem desce de divisão. Essa é uma das motivações que nunca se podem esquecer. Com regulamentos adequados, com exigências e responsabilidades bem definidas, o exercício sistemático de “pensar futebol” de forma global, integrada e sem impedir o contraditório, certamente será sempre uma boa opção. Pelo menos, transparente e imparcial.
Por estes dias, assistimos a reuniões de capitães de equipa, acompanhados por elementos do seu sindicato, com a LIGA, FPF e Secretário de Estado do Desporto (sugestões de campanhas educativas e alteração de regulamentos – muito pouco, atendendo que não se trata de surpresa mas de hábitos que se prolongam), bem como à conferência na sala do Senado da Assembleia da República, com a presença de várias personalidades do futebol e não só.
Essa conferência foi organizada pelas Comissões de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias e de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto. Vários oradores, diversos contributos, uns que permitiram o conhecimento da situação, outros sem consistência e contribuindo para a confusão reinante. Por exemplo, o superintendente da PSP de Lisboa, na sua intervenção, forneceu factos, números e identificou origens dos diversos incidentes: fundamental base de trabalho. 
Dirigentes desportivos responsabilizam os organismos que tutelam o futebol português; estes, por sua vez, defendem o aumento das multas e penas mais pesadas para quem criticar a arbitragem colocando em causa a seriedade dos árbitros. Chegou-se ao extremo de ouvir o líder federativo a defender a criação de uma autoridade autónoma administrativa específica, com atribuições de responsabilidade pela segurança e combate à violência no desporto.
Seguiram-se vários apelos para uma mudança de comportamentos e acusações à comunicação social numa tentativa de desculpabilização de falhas próprias. Não merece a pena recordar atitudes concertadas de agentes desportivos, nem a introdução de projectos inovadores mas sem uma adequada fase experimental, e que se tornou um dos maiores focos de tensão contínua. Sempre aprendemos que há sequências que devem ser analisadas, com ponderação e cuidado.
O que temos e como chegamos a isto?
Casos em justiça por decidir, sobre corrupção e a torpe invenção planeada de calúnias anónimas, vão surgindo sem que se consiga controlar, limitar e penalizar.
Sempre ouvimos dizer que, em situações deste tipo, é passo importante descobrir:
- quem lucra?
- qual o objectivo principal?
As calúnias anónimas podem ter 2 objectivos principais:
- desestabilizar/enervar adversários na luta pelo título.
- motivar os adversários dos rivais directos para darem sempre máximos e se livrarem de suspeições (actuando como doping psicológico) e evitarem a tenebrosa mancha da calúnia – está em causa o jogador mas também a dignidade pessoal depois de acabar a carreira e ainda a tranquilidade da família.
A comunicação social, ao contrário de quem prefere um controlo total, faz o seu papel e não esconde as realidades. A liberdade de escolha é um direito de cada cidadão.
A justiça, se morosa e sem critério preciso nos casos ainda em análise, potencia um crescimento imparável das suspeições. Acreditamos que hoje, com os avanços tecnológicos constantes, alguém só fica anónimo se não houver investigação profunda: anónimos descobrem-se com trabalho eficaz e competente.
O problema é que por estas bandas, tudo parece rolar a ritmos diferenciados e sem uniformidade. 
Tudo dá a impressão de estar ligado a vitórias, a enriquecimentos, a pagamentos e favores. Pobre futebol, que mesmo a criar maiores receitas se tornou uma fonte de lucro, onde alguns pensam e agem como se valesse tudo.
No ano passado, para além do treinador Luís Castro e de alguns de nós, não detectamos uma onda de vontade em enfrentar acusações infundadas, injustas, miseráveis. Apenas silêncios…
Vimos muita passividade, inclusive das instituições que tutelam o nosso futebol.
O Presidente da FPF, no passado, foi ao Parlamento e falou com várias entidades sobre o “clima de ódio” sem apresentar plano estruturado de acção, a não ser a sugestão de aumentar multas, traduzindo-se em medidas avulsas e sem contexto.
Temos dúvidas de que falando sem apresentar soluções rigorosas, o resultado seja o contrário do pretendido.
Porquê só agora? Que gestão de tempo é esta?
Os jogadores e o seu sindicato não poderiam já ter levantado a hipótese de greve?
Certamente que não faltam interesses económicos que, se pudessem, controlavam tudo inclusive a liberdade dos profissionais. Os árbitros ameaçaram greve aos jogos da LIGA o que deu uma triste imagem de braço de ferro com apoio da FPF… pelo menos, ficou essa impressão pelas comunicações feitas, que foram imprecisas e pouco reflectidas, unicamente conjunturais. Permaneceu uma imagem de conflito de interesses entre LIGA e FPF, o que não favoreceu o clima de paz.
Na sessão do passado dia 3 de Abril, no Parlamento, o Presidente da FPF voltou a fazer o mesmo que tinha feito na anterior deslocação à Assembleia da República (onde, desta vez, ecoaram laivos de apoio a governamentalização do desporto – o que nunca pensamos não ser vantajoso nem permitido pelas instâncias internacionais do futebol); voltamos a ouvir afirmações gerais, redondas, ocas, repetindo com a solenidade formal, o que todos os cidadãos repetem na rua com a simplicidade natural.
Novidade, muito pouco, quase nada.
Os conhecedores desta situação não se interrogam:
- como foi possível chegar aqui?
- como estão a decorrer os processo de corrupção?
- o que fazer com carácter de urgência?
Para que serve esta poeira que cega e desvia olhares e atenção do essencial?
Há países onde, no passado, grandes clubes de dimensões internacionais foram despromovidos para a segunda divisão e aí recomeçaram a competição: alguns com pontos negativos e com responsáveis na prisão.
Será assim tão difícil identificar as origens das calúnias, quem está verdadeiramente por trás de tudo? 
Fingir que tudo vai bem, que tudo vai ser feito, é garantia de que nada muda.
Cada vez será sempre mais grave.
Tragédias não se anunciam, previnem-se.
Por que tarda em aparecer uma agenda desportiva competente, para salvaguardar a ética e o espírito desportivo?
De que está o Governo à espera?
Sem isso, a “barbárie” reforça a saga destrutiva, mesmo que muito lucrativa financeiramente para alguém.
Para já, importa unir esforços e resolver com eficácia e frontalidade estes problemas, evitando que esta incrível “futebolização-negócio ilimitado” prolongue a contaminação do amplo universo do desporto bem como da política."

Aníbal Styliano, in A Bola

PS: A hipocrisia não tem limites!!! Este senhor, é um adepto indefectível do Pintinho, e do seu clube... Sim, quando ele 'fala' em clubes grandes que deveriam descer de divisão, não está a falar dos Corruptos...!!!! Quando ele 'fala' em 'calúnias', não está a falar da divulgação criminosa e e-mails roubados e manipulados...!!!
Esta indignação súbita deve-se exclusivamente ao facto do seu clube ter perdido 6 pontos nas últimas 3 jornadas, porque antes, não havia indignação, a palavra de ordem era : Investigue-se!!!

E já agora, em relação às estatísticas divulgadas pela PSP na AR, gostaria de saber quais foram os critérios usados pela PSP para chegar à conclusão de quais os Clubes ligados aos incidentes reportados:
- será que os agentes da PSP que são testemunhas abonatórias de chefes de claques, reportam os incidentes?!
- será que as invasões de campo, com agressões a jogadores adversários, também contam?!
- será que invasões aos centro de treinos dos árbitros, também foram contabilizadas?!

Emoção vitoriosa !!!

Benfica 89 - 88 Oliveirense
18-17, 18-24, 20-33, 33-14

Remontada espectacular, após um terceiro período horrível... estivemos a perder por 20 pontos, mas no sprint final, com o Zé Silva a marcar 14 dos seus 17 pontos no 4.º período, com a ajuda do Andrade e do Pitts, conseguimos a reviravolta!
Com o 'velho' do Andrade, a ser o mais regular, acabando como melhor marcador e melhor ressaltador da equipa!!! E o melhor defensor como já é habitual...

Sem o Todic e o Barroso, a equipa perde lançadores e perde profundidade na rotação, principalmente nos ressaltos! Parece-me evidente, que a equipa ficou mais fraca após a 'troca' de estrangeiros, o Sanders está a fazer muita falta, a equipa de vez enquanto perde completamente o controlo do jogo (como aconteceu hoje no 3.º período), mas mesmo assim temos talento para vencer isto...!!!

A derrota hoje, não seria fatal, mas seria um grande incentivo para a Oliveirense, que ficaria em 1.º lugar isolada... E também por isso: vitória muito importante!!!

A águia voltou

"Faltam seis jornadas para se encontrar o campeão, agora praticamente limitado aos suspeitos do costume: Benfica e FC Porto.

A águia Vitória voltou à Luz. Sem condições. Depois de ter esvoaçado misteriosamente no sábado passado, soube-se agora que tinha aproveitado um voucher turístico para ir ao Restelo saborear uns sempre palatáveis pastéis de Belém.
Regressou bem e vitoriosa, mas sempre cautelosa. Faltam seis finais para se encontrar o campeão nacional desta época, agora praticamente limitado aos suspeitos do costume, Benfica e Porto. Ambos dependem apenas de si próprios, ainda que para isso se tenham de defrontar dentro de poucos dias no Estádio da Luz. O vencedor deste encontro será certamente o campeão.
Já o Sporting claudicou, dezasseis anos volvidos, contra o meu segundo clube do coração, o Belenenses. Assim, o Benfica que, finalmente, tinha sido líder à condição durante 48 horas, foi fiel ao bom idioma português e abandonou aquela indigente expressão e passou a ser líder sem qualquer outra condição.
Já o Sporting evidenciou a síndrome de não vencer o campeonato há muitos anos, falhando em momentos decisivos, com bons jogadores, mas sem a cultura de campeões. O presidente do clube, com alguns méritos no relançamento da alma sportinguista, não vem contribuindo para a serenidade e estabilidade que se exigem nos momentos decisivos.
À 28.ª jornada, o meu clube é quem tem mais pontos, menos derrotas (uma), mais vitórias (em igualdade com o FCP), mais golos marcados, menos golos sofridos (em igualdade com o FCP), mais pontos fora de casa, mais pontos em casa (em igualdade com o FCP), o melhor marcador. Depois do que os nossos adversários vêm sistematicamente dizendo desde o início da época, não será coisa de somenos.
É elucidativo comparar a primeira volta com as até aqui realizadas 11 jornadas da segunda volta.

1.ª Volta - (17 jornadas)
Benfica: V(12); E(4); D(1); G(40-15); P(40); 78%
Porto: V(14); E(3); D(0); G(45-9); P(45); 88%
Sporting: V(13); E(3), D(0); G(38-10); P(43); 84%
Braga: V(12); E(1); D(4); G(34-15); P(37); 73%

2.ª volta - (11 jornadas)
Benfica: V(10); E(1); D(0); G(33-5); P(31); 94%
Porto: V(8); E(1); D(2); G(25-7); P(25); 76%
Sporting: V(7); E(1); D(3); G(15-8); P(22); 67%
Braga: V(9); E(0); D(2); G(29-9); P(27); 82%

Como se constata pelo quadro, o Benfica tem, na 2.ª volta, mais 9 pontos do que o Sporting e 6 do que o Porto, sendo, neste mesmo período, o segundo lugar ocupado pelo Sporting de Braga. Uma palavra mais do que merecida para o clube minhoto, que tem feito uma campanha de grande gabarito, com um colectivo superior à soma das partes e com um jovem treinador que sabe bem o que faz.
Se retiramos os jogos entre os chamados grandes e os que o Sp. Braga com eles disputou (4 derrotas sofridas contra o Benfica e Porto e um empate e uma vitória contra o Sporting), os arsenalistas obtiveram 20 vitórias e apenas 2 derrotas, desperdiçando apenas 6 pontos, à frente do Benfica (9 pontos perdidos), Porto e Sporting (10 pontos perdidos). Impressionante!

Tempo útil de jogo
Ouvi as declarações de Rui Vitória numa recente palestra em Braga. Falou de um tema sempre presente e sempre por resolver. Refiro-me ao tempo útil dos jogos de futebol. Entenda-se por útil, o jogo com a bola a correr, ainda que mesmo assim, muitas vezes o útil seja completamente inútil.
Disse Vitória que, segundo estudo recente, o futebol jogado no nosso país é o que tem menos tempo de jogo jogado. Qualquer coisa como 49 minutos, o que considerando um total de 95 minutos de relógio, dá uma paupérrima percentagem de 51,8%! Entretanto, pude constatar a diferença muito substancial que nos separa das provas da UEFA e de outros campeonatos. Na Champions, o valor é de 60 minutos úteis (mais 22% do que por cá!) e nos principais campeonatos oscila entre os 57 minutos de Itália, os 56 de Inglaterra e Alemanha e os 54 de Espanha. O curioso é que na Champions e Liga Europa, os clubes portugueses não se aventuram em peripécias contumazes de perda de tempo nos jogos. Percebe-se porquê, evidentemente, mas é triste constatar esta diferença.
Os organismos mundiais e europeus que mandam nas regras do futebol continuam a ser exageradamente conservadores. Muito se tem falado em diversas vias para resolver a tendência para um futebol manhoso, falso e anti-desportivo e que vai afastando as pessoas dos jogos, a não ser por militância clubista.
Em Portugal, há de tudo. Guarda-redes que começam a queimar tempo no primeiro pontapé de baliza, que se deitam aparentemente lesionados uma série de vezes ainda que denunciados pelas câmaras de televisão que nada evidenciam como sua causa, lançamentos de linha lateral que demoram uma eternidade, essa tonta moda de substituições em série nos últimos minutos e descontos, manhas de jogadores mais experimentados e até (embora menos) conluio com os chamados apanha-bolas.
Perde o futebol, enfraquece e espectáculo e, não raro, desvirtua-se a verdade desportiva. E, em função dos jogos e dos contextos, nenhuma equipa foge a esta regra quase endogâmica. Claro que os clubes menos fortes fazem do desperdício do tempo um elemento substantivo táctico, aliás, incentivado muitas vezes pelos técnicos. Por isso, seria interessante ver declarações de treinadores que passaram por clubes mais modestos e depois são alcandorados a clubes mais fortes a proclamarem uma coisa e o seu contrário.
Os árbitros, numa atitude naturalmente defensiva sobretudo quando se trata de lesões reais ou simuladas (eles não são médicos), continuam a ser muito coniventes com a perda de tempo, sobretudo com os guarda-redes que depois de 10 ou mais retardamentos no reatar das partidas são admoestados com um singelo cartão amarelo aos 90 minutos! Não me lembro, aliás, de alguma vez um keeper ter sido expulso por esta prática anti-desportiva. Como não me lembro de, em Portugal, se penalizar com um livre indirecto quando o guardião demora mais de 6 segundos a repor a bola em jogo.
Tem vindo a falar-se em muitas ideias para privilegiar o tempo útil. Admito que não seja adequado para o espectáculo que nos 90 minutos conte apenas o tempo útil, como se fez em modalidades de pavilhão (hóquei em patins, basquetebol ou futsal). Também creio que é discutível o sistema usado no andebol em que a interrupção do tempo útil depende das circunstâncias e da decisão do árbitro caso a caso.
Talvez se pudesse começar por soluções experimentais ou mistas, evoluindo-se gradualmente para uma via que absorvesse os seus resultados positivos ou negativos. Por exemplo: 1) tempo útil obrigatório nos últimos 10 minutos e tempo de compensação; 2) regras estritas de tempo para efectuar os pontapés de baliza, cantos e lançamentos laterais, sob a pena de serem assinaladas faltas; 3) paragem do relógio (através do controlo do 4.ª árbitro) entre o tempo que o árbitro interrompe o jogo por lesão de um ou mais jogadores e o seu reatamento.
Aliás, creio que a chegada ao tempo de contagem do tempo útil acontecerá. Apenas ainda não se sabe quando. Por isso, começar mais cedo é resolver melhor o problema.

Contraluz
- Música: Raúl Jiménez com a sua 'rabona'
Para o golo de Jonas. Foi uma soberba jogada musical: letra do mexicano, música do brasileiro e com dos adeptos. Notável!
- Previsível: Não há árbitros portugueses no Mundial da Rússia
Depois de sucessivas presenças em Mundiais e Europeus, com algum brilho, a ausência da arbitragem portuguesa reflecte a degradação ambiental e as polémicas constantes no nosso futebol.
Número:
Ao que julgo, nas estatísticas do Benfica - Vitória Sport Clube, a equipa da Luz cometeu a primeira falta apenas aos 5 minutos da 2.ª parte, ou seja, 50 minutos sem qualquer penalização. Não me lembro de alguma vez isto se ter verificado!"

Bagão Félix, in A Bola

PS: Por acaso não tinha reparado no facto da 1.ª falta ter sido aos 50 minutos! Foi uma jogada onde o Jonas 'recuou' e derrubou o Sturgeon! Curiosamente a 2.ª falta, foi logo a seguir (uma 'não falta'), no Amarelo ao Fejsa!!!

Raúl Jiménez outra vez protagonista

"António Pacheco, o esquerdino que trocou o Portimonense pelo Benfica em 1987, recorda com sentido de humor o martírio que passou quando o treinador Ebbe Skovdahl lhe proporcionou a estreia na Luz. A tarde era especial para a família benfiquista mas porque anunciava o regresso de Fernando Chalana a casa. O pequeno genial ficou de fora e desde logo as atenções dos adeptos se dividiram entre o jogo (com o Salgueiros) e o banco de suplentes. Nada do que Pacheco fez mereceu a aprovação da plateia – e não fez tudo mal. O povo reclamou desde logo a presença do mais amado dos ídolos benfiquistas dos últimos 40 anos; quando Chalana foi chamado pelo dinamarquês, ouviu indicações, entrou e chorou de alegria, o estádio veio abaixo. Pacheco, que foi o substituído, respondeu a quem lhe apontou sub-rendimento: "O que aconteceu comigo? Vocês deviam sentir, desde o aquecimento, a hostilidade de um estádio inteiro."
Raúl Jiménez não tem peso institucional para gerar tantas emoções e sugerir glória à altura de Chalana – a comparação é desde logo afectada porque em causa está um dos melhores futebolistas de todos os tempos. O mexicano, prejudicado pela aposta no 4x3x3, desviou-se do centro da acção. Mas tem sido alvo de crescente carinho por parte dos adeptos pela eficácia revelada sempre que é chamado por Rui Vitória. Quando Jonas lhe engraxou a bota, na sequência daquele magistral passe, RJ confirmou definitivamente o papel de protagonista na longa-metragem encarnada: letra de Raúl, música de Pistolas, golo do Benfica – foi uma das mais belas cantigas da Liga.
Vindo de fora, o ritual de apresentação tem início em gestos bruscos, que antecipam estado de ansiedade e explicam intenções agressivas; a velocidade começa por estar desfasada da realidade do jogo e o que parece ser arma suplementar transforma-se muitas vezes em desejo de participação que sufoca a inteligência. Quando estabiliza e entra no ritmo certo, RJ descobre o espaço, sugere o caminho, encontra soluções e torna-se um perigo. Agora que avança como personificação de aposta mais arrojada por parte do treinador, quase sempre em situações de dificuldade, monopoliza atenções e ascende a inspirador de um sonho chamado penta. Com 4 golos em 2018, todos como suplente utilizado, há três jogos consecutivos que interfere de alguma forma nas vitórias benfiquistas: só com ele a equipa desbloqueou o jogo com o Aves; lançou a vitória sobre o Feirense e esteve na origem do lance que tranquilizou as hostes com o V. Guimarães.
As mensagens criativas que emite têm origem na convicção de que pode ser útil. RJ é uma bomba-relógio pronta a explodir e esse é o efeito sobre o jogo que o torna temível. Mesmo que nada de grave aconteça de imediato, só por presença mina o espírito inimigo ao mesmo tempo que motiva os camaradas de armas que se encontram no mesmo lado da barricada. A obsessão em contribuir não o favorece porque, no afã de ajudar a resolver, comete muitos deslizes técnicos e tácticos. A sua arte é adaptar esses momentos de empolgamento, que conduzem a lado nenhum, a obras-primas inesquecíveis.
RJ não conhece o significado de palavras como desânimo, resignação, cansaço, muito menos desistência. Porque nunca deu por concluída a formação como jogador, tem consolidado a convicção de que a velocidade só é um trunfo se for acompanhada pela precisão; que dinâmica sem inteligência, sendo bela prova de generosidade, pode constituir fundamento para baralhar ideias e desarrumar a casa. RJ gera emoções pela entrega, comove por dedicação incondicional e deslumbra quando tira coelhos da cartola, como o passe que permitiu a Jonas marcar um golo difícil como quem cumpre simples formalidade. Sendo o jogador mais caro de sempre na Luz, RJ não é o jogador mais valioso da história benfiquista. Mas é mais, muito mais, do que um mero suplente como tantos outros.

André Moreira esteve perfeito
Silas tinha a intenção de atacar mas Sérgio Conceição roubou-lhe a ideia André Moreira assinou exibição perfeita com o FC Porto. Por incrível que pareça, em função do resultado que acentuou o pendor ofensivo dos dragões, só teve três intervenções com influência no resultado – e nenhuma configurou desperdício claro do adversário. A vitória azul é difícil de explicar pela estatística mas não suscita dúvidas para quem viu o jogo: os portistas foram muito incompetentes no ataque.

Ricardo Horta cada vez melhor
Aos 23 anos, está na rampa de lançamento de uma carreira grandiosa Ricardo Horta confirmou no jogo com o Sporting o que toda uma época já indiciava: está a jogar como nunca, exercendo influência tremenda no grande Sp. Braga de Abel Ferreira. Com 10 golos, poucos como ele em Portugal interferem tanto no jogo coletivo a partir de zonas periféricas. A intervenção sem bola é cada vez mais segura, o talento que revela com ela está a atingir expressão cada vez maior.

Edinho e Pires foram heróis
Juntos somam 72 anos, nada que os impeça de serem decisivos nas equipas Edinho (35 anos) e Pires (37) foram os heróis da jornada 28. O sadino marcou os 4 golos da vitória na Vila das Aves, o portimonense fez hattrick na sensacional reviravolta dos algarvios no jogo com o Moreirense – estiveram a perder 0-3 e venceram por 4-3. A veterania entre os especialistas do último toque, desde que não afecte coragem, orgulho e paixão, serve também para torná-los mais precisos e eficazes."

'T-shirts'

"1. Diz o antigo jogador Lizarazu sobre o VAR: «É como sexo sem prazer. Na hora do fogo de artifício, somos obrigados a parar». Podemos ver a coisa de outra forma, às vezes é sinónimo de orgasmos múltiplos.
2. Abel Ferreira, treinador do SC Braga, é uma das melhores notícias dos últimos tempos para o futebol português.
3. Raúl Jiménez não é um suplente de luxo, mas sim um luxo de suplente. O talento pode comprar-se, a atitude não tem preço.
4. Fábio Coentrão é a extensão de Bruno de Carvalho no campo. Creio que só lhe falta arranjar confusão com um speaker.
5. Piccini foi expulso aos 83 minutos (e não aos 3...). Diz Jorge Jesus que o italiano atraiçoou a equipa, mas seguramente que não atraiçoou a possibilidade de o treinador do Sporting arranjar uma boa desculpa para a derrota.
6. Se o Swansea lançou t-shirts com as tiradas de Carlos Carvalhal nas conferências de imprensa, porque não faz o Sporting o mesmo com os posts de Bruno de Carvalho no Facebook? Era sucesso garantido, até os rivais iam querer usar uma t-shirt a dizer labrego ou arruaceiro.
7. Fica claro agora, muitos meses depois, que o Benfica tinha, afinal, um plano para André Moreira. A ironia no futebol não tem limites.
8. Ver o Benfica na frente do campeonato era tão impossível, há uns meses, como ouvir António Salvador a citar Bernard Shaw, o tal que disse 'nunca lutes com um porco' (ou seria polvo?), mas a classificação é tão justa agora como há 15 dias.
9. Seja qual for o desfecho do campeonato. Rui Vitória provou mais uma vez que é uma força da natureza como treinador. Sobretudo para aqueles que teimam em confundir competência com fogo de artifício.
10. O Papa Francisco diz que o inferno não existe, mas é coisa para os adeptos do FC Porto e do Sporting não concordarem, por estes dias."

Gonçalo Guimarães, in A Bola