quinta-feira, 22 de março de 2018

Grandeza de Jonas

"No momento de receber o galardão Cosme Damião que o distinguiu como jogador do ano do Benfica, Jonas fez questão de subir ao palco com todos os companheiros de equipa. Quando o nós está acima do eu, é meio caminho andado para o sucesso de um grupo.
Vieira ignorou as polémicas em que o Benfica está envolvido e que tanto têm manchado o nome do clube. Fez bem num momento tão solene como a gala, mas não poderá fazê-lo noutras ocasiões. Já Bruno de Carvalho não dá tréguas e voltou a atingir o Benfica no combate que trava pela transparência, mantendo-se fiel ao desígnio que o anima.
As palavras seguintes desta saída, destinam-se a duas pessoas que vestiram a camisola do Record. E são palavras de gratidão. Uma é para o Nuno Farinha que durante os últimos onze anos, integrou a direcção do Record, valorizando o título com a qualidade do seu trabalho. Vivemos juntos bons e maus momentos. Como todos aqueles que exercem cargos de direcção, esteve exposto a ataques, alguns deles cruéis, que podem magoar mas que, ao fim do dia, nos fazem mais fortes. A outra palavra de gratidão é para Ana Maria Valente, cujo trabalho invisível no Record deixa uma marca de rigor e competência tão grande quanto a sua energia, o seu brio e o seu empenho. Obrigado!"


PS1: Babalu e o seu 'combate' pela transparência!!!! A sério?!!! O António Magalhães agora também faz stand-up comedy?!!!!

PS2: Como não podia deixar de ser, o único Benfiquista com cargo de Direcção no Rascord, foi-se embora...; um dos avençados Lagartos, foi promovido!!!

Melhor sequência da época ajuda águias em fase decisiva

"Ao ganhar em Santa Maria da Feira (2-0), o Benfica conseguiu a sua melhor sequência de resultados da temporada, elevando para sete o número de jogos consecutivos a vencer. Desta forma, o conjunto de Rui Vitória continua a pressão ao líder FC Porto, sabendo que para alcançar o tão desejado penta só depende de si mesmo, já que o atraso de 2 pontos pode ser transformado em vantagem aquando do embate entre os dos primeiros, na jornada 30, na Luz. Isto, claro, se até lá os dois emblemas forem continuando a ganhar ou, em alternativa, se fizerem o mesmo número de pontos.
Antes das águias, só os dragões – logo nas primeiras sete rondas da competição – haviam logrado uma sequência de sete triunfos esta época, sendo de realçar que o Sp. Braga, na próxima jornada, também pode repetir o feito. Para tal, os minhotos ‘só’ precisam de ultrapassar, em casa, o Sporting. 
Na actual sequência, o Benfica não se limitou a somar os 21 pontos em disputa. Os encarnados marcaram sempre mais do que um golo (à média de 3,42 por jogo), remataram mais do que qualquer outra formação (19 vezes por encontro), fecharam bem os caminhos para a sua baliza (permitiram escassos 5 ‘tiros’ por duelo aos opositores) e viram Bruno Varela estabilizar entre os postes (apenas 3 golos sofridos, sendo que nos três últimos jogos não encaixou nenhum, algo que sucede pela primeira vez na temporada).
Por outras palavras, quando restam sete rondas para o final da prova, o Benfica parece estar no seu melhor momento. Contudo, a vantagem ainda está do lado do FC Porto e, claro, convém não esquecer o Sporting. Os leões ainda vão receber o Benfica e podem, antes, beneficiar do embate entre águias e dragões. A luta prossegue dentro em breve...

Sabia que...
- O Chaves vai na sua pior sequência da época? Os flavienses perderam os últimos três jogos, algo que não sucedeu a nenhuma outra formação.
- O Feirense parece ter ficado alérgico aos empates? Depois de ter registado igualdades nos dois primeiros jogos da época, nunca mais a equipa de Santa Maria da Feira voltou a terminar uma partida sem ganhar ou perder.
- 24 é o total de golos mais comum por jornada? A ronda 27 foi a sexta a registar esse total. Antes, o mesmo verificara-se nas jornadas 1, 5, 6, 8 e 24.
- As duas únicas expulsões da jornada foram de jogadores do Feirense? Tiago Silva e Briseño foram os ‘contemplados’ e fizeram com que o Feirense fosse a sexta equipa a ter mais do que um elemento expulso no mesmo encontro.
- O Sp, Braga foi a única equipa a marcar mais de uma vez antes do intervalo? Foram duas, na vitória, por 4-1, em Chaves."

Gabinete de crise, precisa-se

"Na gala da noite de ontem, Vieira comportou-se como homem responsável e líder elevado. O seu discurso não guardou nem uma frase para as polémicas judiciais que assolam o clube. O Benfica ganha com respeito por todos os rivais, leu o presidente das águias.
O gabinete de crise lançado há pouco mais de uma semana já está a produzir efeitos benéficos para o clube da Luz. Luís Bernardo lidera o grupo e terá chamado para a equipa Almeida Ribeiro. Este último é um quadro de altíssima qualidade, como demonstrou ao serviço do gabinete de José Sócrates. Arguto analista de informação, frio e racional na análise de qualquer conjuntura, membro da alta escola do SIS, Almeida Ribeiro é o melhor reforço de inverno do Benfica. Com Luís Bernardo formou uma dupla de grande qualidade, ao serviço de um primeiro-ministro que o futuro mostrou cheio de defeitos graves. Mas, enquanto jornalista incómodo para qualquer Governo, pude testemunhar o profissionalismo, a visão saudável do jogo democrático, destes dois quadros de qualidade, que agora se reencontram no combate aos múltiplos fogos descontrolados na comunicação do clube da Luz. Se Vieira souber dar-lhes o poder que justificam, a casa da águia começará rapidamente a ser arrumada. O excelente discurso de ontem parece ser já um sintoma destes novos tempos de estratégia clarividente na porta 18. Porém, ninguém poderá esperar milagres de prestidigitação. As coisas são o que são. No plano judiciário, Paulo Gonçalves está numa posição muito frágil, à beira do precipício, e parece querer agarrar a mão de Vieira na queda.
Bruno de Carvalho não tem emenda possível e volta a atacar os fundamentos de um balneário saudável e ganhador. A forma como entrou na polémica com Adrien só pode causar dano na ligação entre presidente e plantel do Sporting. Os jogadores olham para aquelas fotos do seu antigo capitão e para os recados juntos de Bruno e não poderão deixar de pensar, um dia posso ser eu. Um dia talvez se saiba exactamente por que não saiu William Carvalho do Sporting, no passado verão. E, exactamente, o que fez abortar a venda. Mas estamos todos recordados das palavras desbragadas de Bruno de Cravalho a garantir que William lhe devia a carreira. O que, para lá de injusto, é ridículo. 
Agora é Adrien que, na visão deste ditador de pacotilha, não se poderia queixar de ter sido sujeito a um tratamento draconiano por parte do seu clube de sempre, que o levou a estar sem poder jogar até ao Janeiro passado. Adrien foi educado e ponderado no seu lamento. Bruno respondeu como sempre faz. Como se todos fossem seus servos, sem direito à reserva e ao bom nome. Com este presidente, o Sporting também vai precisar de um gabinete de crise."


PS: A hipocrisia da gentalha do Cofina, quando fala do Paulo Gonçalves e dos 'fogos descontrolados', é uma das coisas mais asquerosas que este canto à beira-mar plantado produziu ultimamente!!!

Carneirada? Sim, somos nós...

"Lembra-se daquele filme no qual Dustin Hoffman fabricava uma guerra porque o negócio da guerra é apetecível e porque politicamente era interessante para certas pessoas? Não tem importância se não se recorda, o que importa realmente é que a ficção foi largamente ultrapassada pela realidade, facto inegável perante notícias como as que dizem que o Facebook permite que os dados dos seus utilizadores sejam manipulados.

empresas especialistas em manipulação e propaganda política que, não apenas nos filmes com teorias de conspiração, prevêem comportamentos e tendências e encaram a população como... não há outra forma de o dizer, portanto aí vai, uma carneirada capaz de se deixar enganar com os engodos mais simples. Todos achamos que somos inteligentes, bem formados, temos bom gosto e somos moralmente corajosos e esclarecidos e, por isso mesmo, iremos negar essa possibilidade de manipulação.
Ontem alguém me dizia: “eu uso as redes sociais mas não embarco naquilo”. A mesma pessoa, há cerca de duas semanas, lamentou a morte de Umberto Eco, a circular por aí como uma novidade, apesar de ser uma postagem com mais de um ano. Não abriu a informação, leu as gordas e lamentou a morte do autor de O Nome da Rosa. Desde que frequento as redes sociais, o Vasco Granja já morreu uma dez vezes. Há sempre quem se comova e apresente as condolências com um sentido de oportunidade digamos que estranho.
Estes episódios são exemplos quase que inocentes de como não filtramos nem analisamos a informação distribuída nas redes sociais. Lemos as gordas e comentamos. Publicamos fotografias da nossa vidinha feliz e partilhamos notícias que nos importam e que podem ajudar a criar um perfil de quem somos, do que gostamos, no limite, daqueles em quem podemos votar. Se nos atirarem areia nem coçamos os olhos. Aceitamos.
Assim mesmo se explica que a campanha para a Presidência dos Estados Unidos tenha conquistado tantos adeptos, os mesmos milhões que votaram no senhor Trump. Teriam as pessoas a noção exacta daquele em quem estavam a votar? O mais certo é a resposta ser: não. Só assim se entende a percentagem de latinos e afro-americanos que votaram neste 45º Presidente dos EUA. É inegável que o senhor não é fã de nenhuma destas componentes da sociedade.
O Parlamento Europeu convidou Mark Zuckerberg a explicar como se podem – ou não – manipular os dados pessoais dos cerca de 500 milhões que utilizam o Facebook. Até ao momento em que escrevo esta crónica, o senhor todo-poderoso das redes sociais não deu uma resposta. O convite surge por causa das notícias (divulgadas pelo London Observer e pelo New York Times) que correram mundo rapidamente: uma empresa com sede no Reino Unido, a Cambridge Analytica, usou informação do Facebook para auxiliar a eleição de Donald Trump, em Novembro de 2016. Há uma violação clara dos direitos das pessoas? Pois.
A dita cuja empresa que, alegadamente, terá manipulado os dados, recusa as acusações (Então? Estavam à espera do quê?) e afirma-se disponível para ajudar em qualquer investigação. A verdade é que existem relatos – embora indirectos – de que a empresa se especializou em criar situações online com objectivos específicos, seja fazer ganhar eleições, seja fazer cair políticos corruptos. As investigações levarão a eternidade do costume, entretanto, as redes sociais - e outras empresas às quais damos os nossos dados, bancos, lojas, etc, etc - continuarão a dar-nos de comer e nós iremos comer às suas mãos, obedientes e de olhos fechados.

[Nota: Mark Zuckerberg já falou da situação da Cambridge Analytica, quer num comunicado na rede social Facebook, quer numa entrevista à CNN]"


PS: Não deixa de ser engraçado como muitos portugueses analisam a 'novela Trump' com todas as suas causas e consequências, principalmente a forma como as estratégias de manipulação de comunicação que resultaram na sua eleição (e continuam a 'resultar'...), mas depois ninguém, ou quase ninguém, tem a coragem ou a clarividência, de admitir que em Portugal, numa dimensão diferente, as mesmas formas de manipulação são aplicadas, principalmente neste ataque difamatório ao Benfica!!! 

Deram cabo do futebol

"Outro dia, na papelaria onde compro os jornais, um homem dizia para outro que um dirigente de um clube estrangeiro qualquer vinha a Portugal falar com eles. “Eles” não eram o que falava e o que estava a ouvir, mas o Sporting. O mesmo fenómeno se passa entre os benfiquistas e os portistas: a ideia que somos todos um clube. “O Benfica somos todos nós” é uma frase que eu, benfiquista, já ouvi arrepiado. Porque eu não sou o Benfica nem o Benfica sou eu. Eu não sou mais que eu próprio, e o Benfica apenas um clube que aprecio, influenciado pelo meu avô, que nem ia aos jogos. Nada mais.
É importante que as pessoas tenham hobbies. O problema é que o único hobby que a grande maioria tem é o futebol. Não há jardinagem, colecção de selos, leitura, pesca, passeios ao ar livre, nadar na praia ou no rio, ver hóquei em patins, que os valha. Só o futebol. E centenas de milhares de pessoas a pensarem e a discutirem a mesma coisa dá nisto: uma irracionalidade que alimenta dirigentes desportivos que, juntamente com os seus comentadores, precisam do ambiente crispado e podre em que vivem.
O facto de tanta gente gostar de futebol está a estragar o futebol porque são demasiados os que vivem o chamado desporto-rei como se não existisse mais nada na face da Terra. E os poucos que não alinham nesta paródia ficam alheados: não têm conversa possível. Quem não tem uma opinião sobre os emails do Benfica, o equilíbrio mental do Bruno de Carvalho ou o ar de malandro do Pinto da Costa não tem conversa, não tem escapatória. Podem até gostar de futebol, mas isso só já não chega. 
Um desporto que vingou devido às suas regras lineares, o ser tão simples que não dá azo a discussão: é correr e chutar a bola que o guarda-redes está lá para a tentar apanhar; é o jogo de equipa, a estratégia, o espírito de camaradagem entre os jogadores, a capacidade de puxarem uns pelos outros e não se deixarem afetar pelo mau dia de um. O grupo a apelar ao melhor de cada um, escondendo o pior. Os golos e as grandes defesas, mais os jantares em frente ao televisor, o beber umas cervejas com os amigos enquanto se vê o jogo. Agora, para o conseguir e ter assunto é preciso saber de processos judiciais que eu, jurista, sei que não vale a pena comentar.
Naturalmente, a única forma de alimentar esta loucura é com mais loucura. A discussão vive da discussão, o ódio do ódio. Sem os emails, o Bruno de Carvalho e o Pinto da Costa, os comentadores desportivos ficam com pouco para dizer: foi golo; grande defesa; belíssima jogada; excelente passe; grande treinador. Cinco minutos depois, o programa terminava e os canais noticiosos podiam dar o que se esperava que dessem: notícias. Informação. Mas isso já é pedir muito. Assim como assim, fiquem-se pelos chutos na bola, sff."

Lançamento lateral

"Porque é que o lançamento lateral é feito com as mãos?
Será que, ao longo de bem mais de um século, ninguém terá reparado nessa anomalia?
Do original inglês, o football é, por definição, jogado com os pés; excepção feita ao guarda-redes, que até usa equipamento diferente, mas cada vez tem mais restrições ao uso das mãos.
Nos primórdios do jogo, terá sido a forma expedita de resolver incidentes sem importância: a bola saiu do campo, "que chatice, eh pá, bota depressa cá para dentro", o que era feito de qualquer maneira, até com as mãos…
Com o tempo, em vez de cortarem o mal pela raiz, os eméritos legisladores conseguiram transformar esse simples movimento num acto complexo, objecto de uma série de normas, a exigir especialistas que, a par de alguma habilidade com os pés, também tenham força e destreza para colocarem a bola longe, com as mãos.
E assim, em vez de uma reminiscência cada vez menos justificável no Séc. XXI, o lançamento lateral tornou-se, porventura, um predicado a justificar exorbitantes contratações de vulgares backs…
O lançamento lateral com os pés traria várias vantagens, a primeira das quais a de ser executado no local exacto em que a bola saiu do terreno de jogo – e não 10 ou 15 metros à frente, como tantas vezes sucede.
Regra distintiva do Futsal (será que vai passar a ser com as mãos?), estranhamente não acontece no Futebol de praia, também com normativo recente.
Para além de maior variedade na construção de ataque planeado, em jogo directo permitiria maior rapidez de execução e de colocação da bola junto da baliza, com mais oportunidades de golo.
Esta alteração exigiria a reformulação da Lei 15 e aconselharia também a do pontapé de canto (Lei 17).
De facto, com o lançamento executado com os pés ao longo de toda a linha lateral, o pontapé de canto deixaria de fazer a diferença, pelo que se justificaria passar a ser executado noutro ponto da linha de fundo.
Afigura-se local adequado a intersecção dessa linha com a de grande área: bem mais perto da baliza, proporcionaria novas soluções de ataque, quer através de jogo directo, quer de outras opções criativas, com natural aumento do número de golos.
Mas isso já é outra questão, a exigir análise específica."

Se você é um desses idiotas, isto é claramente para si

"O meu pai faz anos a 23 de Março. Que é como quem diz, sexta-feira. Sei que ele acompanhou muitos jogos meus, desde que comecei no basquetebol. Foi uma adolescência inteira, foi andebol depois e futebol mais tarde. Por fim, futsal. Já adulto, com responsabilidades.
Não sei especificar a que jogos ele foi ou em quais não esteve. Mas tenho certeza absoluta disto: estava lá quando o filho dele foi expulso, num dérbi regional.
Não era a primeira ocasião em que o filho do sr. Ferreira era expulso. Mas era inédito vir para a rua daquela forma. Foi a única vez que me disse alguma coisa sobre o que eu fiz a jogar.
Já Francisco José Martin é um tipo que diz quase sempre alguma coisa sobre o que vê em campo. E faz anos a 23 de Março. Sexta-feira, portanto.
Francisco é Frank, já agora. Filho de exilados cubanos na Florida, foi o primeiro norte-americano da família.
Chegou a ser porteiro de discoteca até que um tiroteio o levou a mudar de vida. Tornou-se treinador. Primeiro no liceu, por fim universitário.
O meu pai nunca foi porteiro de discoteca. Pelo contrário, trabalhou numa farmácia e foi agente de seguros. O que é praticamente o oposto, não é? Também nunca foi treinador de coisa alguma. Mas para além do dia de aniversário, partilha algo mais com Frank Martin, o head coach da equipa de basquetebol da University of South Carolina: o facto de não ser um desses idiotas quando o filho está em campo.
Frank Martin fala de basquetebol no vídeo seguinte. Mas fala por todos aqueles ligados ao futebol, ao andebol, ao badminton, a todas as modalidades; fala por todos aqueles que domingo após domingo são verdadeiros heróis, como um dia li por aqui. Fala por todos os pais que têm de ouvir um outro na bancada. Fala para que os idiotas se calem. Esta semana celebrou-se o Dia do Pai. Eu tenho a felicidade de celebrar o meu a triplicar. Pelo 19 de Março, pelo 23 de Março e por ele ter sido muito como Frank Martin.
«Eu sei disto: sou, se calhar, o treinador mais irrequieto que vocês provavelmente já viram quando a minha equipa está a jogar. Vou ver os meus filhos jogarem, e não digo «boo». Eu não agito os braços, não tento treinar meus filhos. Com todo o devido respeito devido por todos aqueles pais, eu provavelmente sei mais sobre basquetebol do que a maioria deles, OK? Mas eu sento-me na bancada e não digo uma palavra. Há dois tipos a arbitrar um jogo de infantis numa manhã de domingo. Quanto é que eles podem estar a ganhar pelo jogo? 20 dólares (16€) por jogo? Eu costumava fazer isso. Eu costumava ganhar 12 dólares para jogos sub-10, 15 dólares para 15 anos e 17 ou 18 dólares para jogos de liceu. OK, então, num domingo de manhã em vez de estar na igreja, esses tipos estão aí, a tentar ganhar alguns trocos, pagar as contas, alimentar as famílias.»
«Vocês acham que eles realmente se importam com quem vence um jogo de infantis? Vocês, realmente, acham que eles sentaram-se, em casa, e disseram: “Oh, mal posso esperar para arbitrar esse jogo de amanhã, porque essa equipa, mal posso esperar para apanhar aquele miúdo de 10 anos e envergonhá-lo na frente de pessoas.” Vocês acham mesmo que é isso que eles estão a fazer? Eu não tento dizer aos meus filhos como eles devem jogar. Sabem o que eu digo aos meus dois miúdos quando eles chegam ao pé de mim… "Por que é que me estás a perguntar, pá? Não sou eu que te treino, vai falar com o teu treinador.” “ Mas ah - “não fales sobre o teu treinador à minha frente, porque se estiveres a falar, então não jogas basquetebol.” Não entendes porque não jogaste melhor? Vai falar com teu treinador. Eu não sou teu treinador, sou teu pai. Alguém desrespeita-te, então eu estou aqui. Se tu fracasses, bem, lida com isso, eu vou ajudar-te a recuperar. Mas não venhas falar comigo sobre treinar. Eu faço isso para viver, pá. Não vou criticar um tipo que te está a tentar ajudar.”»
«Agora, a outra parte – aquilo era sobre os árbitros. Vocês acham que esses treinadores que treinam crianças, infantis, estão a ganhar algum dinheiro? Vá lá, há alguém que está a perder tempo pessoal, num domingo, de graça, para ajudar os filhos de outras pessoas e, ainda assim, vamos ter os adultos nas bancadas a gritar obscenidades para os árbitros? A criticar todas as decisões que o técnico toma? Gritando com as crianças, - eles têm 10 anos, pá! Como se eles fossem um LeBron James e um Dwyane Wade a jogar as Finais da NBA!»"