sábado, 3 de março de 2018

Juniores - 3.ª jornada - Fase Final

Benfica 2 - 1 Guimarães
Félix(2)


Muito complicado, num jogo onde começamos a perder (escorregadela do Gonçalo Loureiro) contra uma equipa muito dura, com um excelente jogador no meio campo (André Almeida), e um Chinês com músculo lá na frente!!!
Mesmo assim, só chegámos ao intervalo a perder por clara azelhice do Jota no momento do remate!!!
Acabou por ser o inevitável João Félix, a dar a volta ao marcador, num jogo que estava muito difícil...
Se o Félix o Jota e o Nuno Santos fazem a diferença lá na frente, nota-se que esta equipa precisa de músculo no meio-campo...

Intervalos longos, Bombeiros na rua e o que mais se verá

"O tempo do intervalo num jogo de futebol, por norma, não deve exceder os 15 minutos. É assim desde que a apaixonante modalidade foi inventada pelos circunspectos ingleses, há mais de um século. Aqueles mesmos 15 minutos chegam e sobram para uma imensa actividade que vai do retempero das forças dos jogadores à satisfação das necessidades mais ou menos básicas do público pagante. Se, no já histórico Estoril-FC Porto, o entremeio da primeira para a segunda parte do jogo houvesse durado o quarto de hora da lei e, nesse curto lapso, com o Estoril na frente do placar tal como estava, tivesse o FC Porto transferido 784 mil euros para as contas do incómodo adversário, o que não diriam as más-línguas - e, enfim, até as autoridades -, dando-se o caso de o clube-pagador-ao-intervalo acabar por vencer o jogo com uma perna às costas?
Felizmente não foi assim que as coisas se passaram. Não é que o pagamento devido não tenha sido efectuado no decorrer do intervalo. Sim, foi. No entanto, o que fez a diferença neste caso foi, justamente, a duração do intervalo não se ter ficado pelos 15 minutos da ordem.
Se dividíssemos os 784.000€ pelos 15 minutos de um intervalo-padrão, a conta redundaria em 52 mil euros por minuto, um exagero. Mas o intervalo em causa estendeu-se languidamente por 37 dias, 888 horas, 53.280 minutos. Saiu, assim, a despesa a 14 euros por cada minuto de descanso e ficou tudo muitíssimo mais em conta. Trata-se, no fundo, de um recorde mundial que iliba todos os envolvidos e que, por isso mesmo, muita honrará a direcção da Liga de Clubes. Quanto ao resto, são insinuações. Embora no que aos 784 mil euros diz respeito não haja mesmo insinuação nenhuma. Ainda bem.
Em Paços de Ferreira, no último sábado, bastaram quatro minutos em campo da dupla Jonas-Seferovic para que houvesse a registar um golo para o Benfica. O suíço entrou aos 86 minutos e Jonas, solicitado pelo suíço, marcou aos 88 minutos. Jonas sairia aos 90 minutos e perfizeram-se, assim, os tais quatro minutos bem contados desta dupla mal-amada. Hoje, pelo fim da tarde, o Benfica recebe o Marítimo, o que acarreta naturais preocupações. Por exemplo, assim, de repente, não me lembro do último Manduca que o Benfica tenha contratado no século XXI ao Marítimo, mas se hoje, ao intervalo, a nossa tesouraria entender que está na hora de pagar aos funchalenses qualquer coisinha pendente… eh pá!, não, espero que não… antes os emails…
O intervalo do jogo de ontem no Porto durou os mais ou menos 15 minutos da praxe e, talvez por isso mesmo, a única coisa extraordinária que se viu no segundo tempo foi o árbitro a expulsar dois bombeiros. O resultado foi bom para o Porto, em função da luta pelo 1.º lugar, e terá sido bom para o Benfica, em função da luta pelo 2.º lugar se o Benfica conseguir vencer amanhã o Marítimo e prosseguir na sua senda vencendo os seus jogos todos."

«Pronto, fomos apanhados!»

"Depois da explicação do FC Porto, que confirma um pagamento em data tão inoportuna, há, de facto, razões sérias para uma investigação oficial.

Quando o director de comunicação do FC porto comentou, com a ironia que tanto se esforça por herdar do seu presidente, a notícia acabada de sair na edição de A Bola e que dava conta da confirmação de uma queixa na Procuradoria Geral da República, que punha em causa a verdade desportiva daquela estranhíssima segunda parte com o Estoril, decidiu usar a forma de uma proclamação num visível registo de gozo: «Pronto, fomos apanhados!».
Nesta altura, FJM não saberia ainda - nem tinha de saber, porque é apenas um funcionário do clube - que o FC Porto tinha, de facto, pago uma verba de 784 mil euros ao Estoril, dias antes da realização desses quarenta e cinco minutos essenciais à caminhada liderente do FC Porto rumo a um muito possível título de campeão.
Hora depois, trocando a arrogante ironia por uma casta solenidade mais adequada à gravidade do assunto, viria a usar o principal canal do clube para anunciar um pagamento ao adversário, em nome de uma dívida documentada de quatro meses e justificando a data de pagamento pelo facto de ter sido nessa altura que o clube teve dinheiro para resolver a sua responsabilidade.
Foi o suficiente para disparar o gatilho das redes sociais com milhares de frequentadores noctívagos a incendiarem a noite e a madrugada com comentários diversos que, como acontece sempre nestes meios informais de comunicação, vão da natureza mais ingénua ao registo mais reles, próprio de uma marginalidade ululante que se banqueteia com os seus próprios dejectos intelectuais.
A coisa, no entanto, é simples.
Antes da comunicação solene do emissário oficial do FC Porto, o caso resumia-se àquilo que A Bola legitimamente e de acordo com as suas responsabilidades históricas publicou: uma notícia de que tinha havido uma queixa, confirmada pela Procuradoria Geral da República, sobre a hipótese daquela meia parte do jogo no Estoril ter sido indevidamente negociada fora das quatro linhas.
Depois da comunicação de FJM percebe-se que a notícia formal e eticamente inatacável, apesar do nervosismo e desconforto de alguns comentadores portistas, está ultrapassada, porque passa a haver uma óbvia razão para que o caso seja devidamente investigado.
Quer isto dizer que existem indícios claros de ter havido corrupção? Não. Quer dizer que existem indícios mais do que suficientes, para que a denúncia dê origem a um processo e que nele se averigue se se tratou apenas de uma infeliz e invulgar coincidência, que respeita a mera, mas indesculpável, imprevidência de quem pagou em data tão inoportuna, sem sequer cuidar de pensar que esse pagamento, naquela data, a um adversário pobre e carente poderia condicioná-lo e poderia ser mal interpretado.
Após o inesperado desenrolar dos acontecimentos é obviamente impossível não trazer da memória recente as duras críticas do treinador do Estoril, Ivo Vieira, após aquela lamentável segunda parte dos seus jogadores, acusando-os de nada terem feito para tentar ganhar o jogo. Tal como se torna mais inquietante que o clube, em vez de fazer comunicados tardios contra a hipotética assombração da dignidade dos seus profissionais, não tenha vindo no tempo certo e útil a fazer essa defesa, actuando directamente sobre quem mais abriu a porta de uma incontornável suspeição: o seu próprio treinador.
Vêm alguns portistas argumentarem que tudo isto procura desvalorizar um facto essencial: o FC Porto vai à frente por ser melhor. Aí, não podia estar mais de acordo, mas, mais uma vez, e como sempre acontece, a culpa nunca é do mensageiro.
(...)"

Vítor Serpa, in A Bola

Ser jovem árbitro

"Nos dias de hoje quem é o jovem que quer ser Árbitro? Com tanta informação negativa sobre a actividade, com tantas críticas descontextualizadas, quem são os jovens que querem sair do sofá, deixar o telemóvel, os computadores e as consolas, o conforto do seu lar, de estar com os seus amigos e abdicar de tanta coisa para ser Árbitros? Mas há dezenas de raparigas e rapazes que insistem em continuar a ser o elo mais fraco, mas imprescindível, do jogo que alimenta o sonho dos nossos filhos e, infelizmente, a obsessão de muitos pais. São uns corajosos porque aceitam ser o alvo fácil para uma grande franja de pseudoadeptos de futebol, que aproveitam aqueles minutos de jogo para descarregarem a frustração de toda a semana.
Ser árbitro hoje em dia é muito mais que do que vestir o equipamento e ir para o jogo. Para poder sonhar com outros patamares, é necessário muito trabalho e dedicação. Felizmente, por esse país fora temos imensos jovens com valor e qualidade; infelizmente, muitos deles não alcançarão o desejado o sucesso, pois, tal como os que jogam, não conseguirão aliar a qualidade que possuem com a exigência e dedicação exigidas.
Ninguém chega ao topo apenas com sorte. Chega-se com trabalho + oportunidade + competência. Em qualquer área, quem conseguir aliar estes três factores terá 'sorte' e a arbitragem não é diferente. Para nós, que gostamos tanto de futebol e em especial de arbitragem, venham mais jovens, que serão todos bem-recebidos. A todos tentaremos dar as melhores condições para que possam ter sucesso. Certamente iremos contribuir para que sejam melhores homens e mulheres."

Benfiquismo (DCCLXV)

Faz hoje 50 anos... que o King fez mais um Poker !!!