sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

"Só se nós deixarmos"

"A frase de Rui Vitória, proferida na antevisão do último dérbi, é todo um manifesto sobre aquela que deve ser a atitude a tomar pelos verdadeiros benfiquistas, perante os ataques inusitados de que têm sido alvo desde a famigerada reunião secreta do Hotel Altis entre os directores de comunicação de FC Porto e Sporting.
Os ataques não param, nem vão parar. Pelo menos até que nos vejam afastados do nosso grande objectivo, o “Penta-Campeonato”. Primeiro dispararam aos comentadores, depois aos assessores, agora também ao treinador, ao presidente e à sua família. Vale tudo para perturbar, para tentar amedrontar, para tentar condicionar, para dividir, para desestabilizar.
Porém, como diz Rui Vitória, só nos poderão verdadeiramente atingir se nós deixarmos. Somos grandes, somos fortes, e se nos mantivermos unidos, a mentira e o embuste jamais triunfarão.
Este não é o momento para questionar o sistema táctico A, a contratação B ou a venda C. O balanço da temporada futebolística faz-se no fim, e por agora está tudo em aberto quanto ao principal objectivo. Este é o momento para tocar a rebate, e mantermos-nos firmes e unidos na defesa da dignidade do Clube e de todos aqueles que o representam. Um ataque a um de nós (seja roupeiro, assessor ou dirigente) é um ataque a todos nós. E quem não souber interpretar as coisas deste modo, não estará a prestar um bom serviço ao Benfica.
Mais do que nunca, o Benfica precisa do nosso apoio. Do apoio de todos, em todas as frentes. Seja nas bancadas do estádio, seja nos fóruns de opinião, nas redes sociais, ou mesmo nas conversas de café.
No Pasarán!"

Luís Fialho, in O Benfica

Todos juntos

"Terminada que está a primeira volta do Campeonato, chegou a hora do balanço. Estamos em 3.º lugar, a 5 pontos do 1.ª classificado e a 3 pontos do 2.º classificado. Em relação à época passada, temos apenas menos 2 pontos. É verdade que FC Porto e Sporting estão mais fortes, esta temporada, e os Tetracampeões perderam alguns pontos em jogos onde eram favoritos. Um exercício de humildade, que caracteriza os campeões, faz-nos pensar que Rui Vitória e a sua equipa técnica detectaram os pontos frágeis da equipa e saberão, como souberam nos dois últimos anos, encontrar a fórmula certa para a 2.ª volta que se inicia, amanhã, sábado, em Braga. Temos 17 batalhas pela frente e não vamos precisar apenas do 'Exército' do SL Benfica. Vamos precisar também da 'Força Área' e da 'Marinha' para as 17 finais. Rui Vitória já provou que é um treinador competente, sensato, pragmático e muito focado nos objectivos traçados. Muitos duvidaram da sua capacidade quando chegou ao SL Benfica. Em duas épocas e meia, o nosso técnico conquistou 6 títulos - 2 Campeonatos Nacionais, 2 Supertaça, 1 Taça de Portugal e 1 Taça da Liga. Ou seja, trata-se de um homem com provas dadas e que, nunca nos podemos esquecer, antes de chegar à Luz conquistou uma Taça de Portugal ao Benfica com um plantel que podia ter ganho tudo e que, afinal, tudo perdeu na traumática época 2012/13. Os 8 títulos conquistados com apenas 47 anos permitem ao nosso treinador apresentar um palmarés que impressiona. De tal forma que foi considerado o desportista de 2017 pelo Record, recebendo o prestigiado Prémio Artur Agostinho."

Pedro Guerra, in O Benfica

Gente rasca, com linguagem rasca e de atitudes rascas

"Não é meu hábito trazer aqui análises directas aos assuntos de sarjeta: confesso que essa escura espuma suja dos dias, de matizes verde-azuladas, não me atrai e, já sem me deixar iludir por aparências, sempre prefiro o lado da realidade em vez de me interessar por aquilo que, normalmente, não passa desse rebotalho de ficção alarve, rasteira e boçal. Infelizmente, nos actuais dias de futebol, longe vão os tempos do autêntico Desporto e o que mais se vê é desprezo pelo jogo e deixar para trás os verdadeiros generais sobre a relva. Os media generalistas e especializados apenas se dedicam hoje, a consagrar amanuenses cadetes, impreparados estragas feitos à pressa, sargentos de ligação às três pancadas e outras inomináveis figuras de caserna (até de cabelo pintado ou a dormirem na parada), em entediantes desconversas baseadas em filosofias de pacote e falsos silogismos que repetem ao enjoo.
Mas já não bastavam as balas perdidas nem os tiros de pólvora seca, disparados pelas artilhas de encomenda com que seduziam a escória associal e amoral das suas laias. De acordo com a estratégia da escalada que desenharam para chegar a Maio, acabam de passar ao patamar consequente. E decidem que era altura de avançar mesmo, de novo e sem qualquer pudor, para senda do insulto directo e personalizado, com destinatário pessoal e nomeado, como já dantes tinham experimentado. Sinceramente, nem sequer me parece que se fiquem por aqui. Gente rasca, com linguagem rasca e de atitudes rascas, não terão emenda. Como todos os rufias de ontem e de amanhã. E, desesperados, irão continuar certamente por esses caminhos, já que 'quem faz um cesto faz um cento'.
Não podemos é dar-lhe troco. E, a meu ver, muito menos na praça pública, ou fora das sedes da Justiça. Isso é tudo o que eles quereriam. Entre nós, grandes e olímpicos, à Benfica, mantemo-nos vigilantes, unidos e solidários, concentrando-nos em 'honrar aqueles que nos honraram', mediante o reforço da nossa competitividade em campanha e naqueles que são os autênticos campos de batalha desportiva.
Quanto a eles, que falem sozinhos, lá entre eles. Mais cedo do que tarde, inevitavelmente hão-de afogar-se, sempre pequenos e menores, no cuspo dos seus insultos e na ilusão da mistela de que, por enquanto, se vão babando."

José Nuno Martins, in O Benfica

Desculpe, chefe, nunca devia ter aberto as pernas para aquela bola

"A notícia chegou-me numa breve. Morreu Tommy Lawrence.
Como assim, morreu? Ainda era vivo? Como pode um homem deste tamanho passar despercebido? Como pode, meu Deus, ser só uma breve?
Tommy Lawrence foi guarda-redes do Liverpool durante catorze anos e deixou para a eternidade alguns dos melhores pedaços da história deste jogo que nos apaixona.
Nascido na Escócia, mudou-se muito novo para Inglaterra e trabalhava numa fábrica de fios quando foi contratado pelo Liverpool, com 16 anos. Estreou-se pela equipa principal uma época depois pelas mãos do mítico Bill Shankly: o treinador que levou o clube ao topo do futebol inglês.
Foi mais ou menos nessa altura que foi chamado para ser titular frente ao Arsenal.
O Liverpool ganhava por 1-0 quando a poucos minutos do fim Joe Baker rematou a trinta metros da baliza, Tommy Lawrence abordou mal a bola e esta fugiu-lhe pelo meio das pernas.
Dizem que os cincos minutos finais foram um massacre por parte do Arsenal, à procura da vitória. 
Quando o árbitro apitou para o fim, Tommy Lawrence correu tão rápido quanto podia para o balneário, para se meter debaixo de um chuveiro e não ouvir os gritos de Bill Shankly. Infelizmente para ele, houve mais dez jogadores que pensaram o mesmo: por isso quando entrou no balneário os chuveiros já estavam todos ocupados. Tommy sentou-se num canto à espera.
«Onde é que ele está?», gritou Shankly, vermelho de raiva. Tommy levantou-se. «Estou aqui, chefe, mas antes de começar a falar deixe-me dizer que peço imensa desculpa: nunca devia ter aberto as pernas para aquela bola.»
Bill Shankly parou de gritar e pareceu ficar mais calmo. «A culpa não é tua, filho», disse. «A tua mãe é que nunca devia ter aberto as pernas.»
A história, contada por um colega de Tommy Lawrence, tornou-se lendária em Inglaterra.
Mas não foi a única.
Tommy foi quase sempre o guarda-redes de Shankly: apesar de muito novo, era o preferido dele. Jogou 390 vezes pelo Liverpool, ganhou uma Taça de Inglaterra e dois campeonatos.
Um dia o adjunto Bob Paisley entrou no balneário e disse para Tommy: «O chefe quer falar contigo.»
Tommy Lawrence tremia de medo de Bill Shankly, como quase todos os jogadores. Dirigiu-se ao gabinete do treinador e recebeu uma notícia que iria revolucionar o futebol.
«Filho, a partir de agora, quando estivermos em situação de ataque, quero que saias da baliza e te posiciones na linha da grande área. Vais ser o nosso primeiro defesa. Quando o adversário lançar a bola para o ataque, tu chuta-la com força para o outro meio-campo.»
Quis o destino que o primeiro jogo para fazer a experiência nesta ideia fosse em Anfield Road. «Passei o jogo todo a ouvir trinta mil pessoas gritar Lawrence, o que é que tu estás a fazer? Estás maluco? Volta para a baliza!», contou Tommy Lawrence.
«Mas aquela ideia correu bem. Quando chegava primeiro à bola, devolvia-a para o ataque, quando não chegava primeiro, derrubava o jogador porque na altura não havia expulsões.»
A partir daí fez-se escola: era impensável não ter um guarda-redes que entrasse no jogo da equipa. 
Tommy Lawrence terminou a carreira aos 34 anos e voltou para a fábrica de fios onde trabalhava antes de ser contratado pelo Liverpool.
Há uns anos, de resto, a BBC realizava uma reportagem de rua junto de adeptos anónimos, na antevisão do Liverpool-Everton, quando o jornalista perguntou a um senhor que passava se se lembrava do mítico dérbi de Merseyside de 66-67.
«Lembro-me perfeitamente. Eu joguei-o. Era o guarda-redes do Liverpool», responde Tommy Lawrence, de sorriso nos lábios.
O vídeo tornou-se viral: foi visto mais de dois milhões de vezes.
Tommy Lawrence tinha 77 anos, morreu nesta terça-feira e com ele morreu mais um pedaço daquele futebol antigo: o futebol de coração bom e cabeça fresca.
O futebol que não se vê, sente-se. Na bancada, ao domingo à tarde e com o estádio cheio de adeptos. Com a paixão a bater no peito e o suor a correr na ponta dos dedos.
Com Tommy Lawrence morreu - como morre sempre que uma antiga estrela nos deixa - aquele futebol que começa do zero, que nós enchemos de mimo, que tratamos com carinho, que amamos apaixonadamente. O futebol que nos enche de memórias felizes, anteriores às câmaras de televisão, aos adeptos de sofá, aos estádios cheios de turistas, de selfies e de lives para o facebook.
Morreu, enfim, um pouco de tudo aquilo que nos fez apaixonar por este jogo."

Quando lobos uivam...


"O presidente do Futebol Clube do Porto, radiante com um mau resultado do Benfica, teria exclamado: 'Esses já não nos vão chatear mais!' E sobre a actuação alegadamente tendenciosa de Augusto Duarte, o árbitro que recebeu em sua casa, António Araújo comentou: 'Manda quem pode, obedece quem tem juízo'.

Quando um infame chefe de bando se declara, se um dia para o outro, atropelando um passado de processos por corrupção com o maior desplante da sua cara de pau, um paladino da verdade quando um escroque que roubou impunemente nacos inteiros de livros alheios escreve num jornal dito sério que o presidente do seu clube não foi visitado em casa pelo árbitro do jogo que se seguia, afirmando que quem o fez foi o filho deste, percebemos que, acusados, os canalhas se preparam para um guerra sem quartel.
Por isso é bom ter memória.
E faremos questão de ter memória.
Falando sempre que for necessário da maior vergonha da história do futebol em Portugal.
E do tempo em que os investigadores da Polícia Judiciária vigiavam atentamente as manobras do presidente do FC Porto e do empresário António Araújo. E estavam igualmente atentos ao que acontecia nos jogos de Sporting e Benfica, adversários directos do FC Porto na luta pelo título de campeão.
Repare-se o que consta no relatório da Polícia Judiciária sobre o jogo entre Sporting e Moreirense (1-0), a contar para a 22.ª jornada, disputado em Alvalade no dia 13 de Fevereiro de 2004 e com arbitragem de Augusto Duarte, da Associação de Futebol de Braga: 'No dia a seguir ao jogo, o suspeito António Araújo falou com o árbitro Augusto Duarte. Conversando sobre as incidências do jogo do dia anterior, António Araújo informou o árbitro de que o Moreirense se havia queixado da sua actuação. Augusto Duarte contrapôs que quem se queixou devia ser 'maluco', ideia também corroborada por António Araújo. Aliás, das palavras de Augusto Duarte pode interpreta-se que este terá eventualmente beneficiado o Moreirense para que o Sporting, adversário do Porto, viesse a ser prejudicado. No entanto, esses eventuais benefícios não tiveram qualquer influência no resultado porque os jogadores do Moreirense 'falharam golos que não deveriam ter falhado'. António Araújo tranquilizou Augusto Duarte afirmando que só aos jogadores era permitido falhar e deu a entender que continuava a 'confiar' nas arbitragens de Augusto Duarte. E António Araújo demonstrou a intenção de vir a falar pessoalmente com Augusto Duarte sobre este assunto. Estas conversas demonstram a existência de uma forte e aparente 'cumplicidade' entre António Araújo e Augusto Duarte. António Duarte trata habitualmente Augusto Duarte por 'amiguinho'.

A vergonha continua
'Ainda no mesmo dia 14/2/2004, numa oferta que pode ser vista como alguma 'contrapartida' de alguma actuação do árbitro, António Araújo perguntou a Augusto Duarte se este queria bilhetes para o jogo Porto - Manchester (25/2/2004). O árbitro ficou de lhe dar posteriormente uma resposta'.
Outro jogo sob suspeita que envolveu o Sporting foi o Gil Vicente - Sporting, disputado em Barcelos no dia 22 de Fevereiro de 2004 e com arbitragem de Paulo Paraty.
Diz o relatório: 'No dia 18/2/2004, António Araújo esteve reunido com Jorge Nuno Pinto da Costa. Presume-se que terão abordado quais seriam as 'actuações desejáveis' dos árbitros nomeados para os jogos dos adversários directos do Porto: Sporting e Benfica'.
E continua: 'Na sequência da reunião com o presidente, António Araújo pediu ao engenheiro Luís Gonçalves que se apurassem os nomes da equipa de arbitragem nomeada para o jogo Gil Vicente - Sporting. E comentaram que seria necessário 'tratar' esse assunto.
Nesse mesmo dia 18/2/2004, António Araújo contactou Devesa Neto, árbitro-assistente que costuma fazer equipa com Paulo Paraty. Perguntou-lhe quem iria fazer equipa com Paulo Paraty no jogo Gil Vicente - Sporting e manifestou a intenção de falar com aquele árbitro: 'Eu depois amanhã logo-lhe, que eu precisava de..., eu precisava de falar com o Paulo... (...)... que preciso de lhe dar uma palavrinha, está bem?'
Nesse mesmo dia, Paulo Paraty falou com Devesa Neto e referiu estar a pensar 'falar' com um determinado individuo cujo nome não identificou mas que se presume ser um 'intermediário' ligado a um clube com interesses no jogo Gil Vicente - Sporting.
Aliás, ainda sobre este jogo, Paulo Paraty e Devesa Neto teceram alguns comentários altamente suspeitos em relação à prestação que a equipa de arbitragem iria ter no jogo. Segundo as palavras destes dois árbitros, o assistente Serafim Nogueira iria beneficiar o Gil Vicente, presumivelmente a pedido do Gil Vicente e de um terceiro clube, o Futebol Clube do Porto: 'O Serafim vai vacinado, vai benzido...
Vai benzido pelo lado, lado norte...
Bruxo! Vai benzido por dois lados, até!
... pelo Minho (Gil Vicente) e pelo norte (Porto)... e depois é o que vier...'
No entanto, Devesa Neto considerou que Serafim Nogueira não poderia 'ajudar' muito porque o jogo iria ser televisionado: 'Ele também nunca pode fazer muito, o jogo dá na televisão, percebes?'
(...) A 19/2/2004, António Araújo comentou com Luís Gonçalves, engenheiro ligado à SAD portista, que andava a fazer um 'serviço' muito importante para o Futebol Clube do Porto.
O resultado do encontro seria de 1-1 e o Sporting perdera dois pontos em relação ao FC Porto.
O jogo Nacional - Benfica, de 22 de Fevereiro de 2004, disputado no Funchal, mereceu também uma aturada investigação por parte da Polícia Judiciária. O árbitro foi Augusto Duarte, da Associação de Futebol de Braga, igualmente envolto em muitas suspeitas.
Vamos ler: 'No dia 17/2/2004, o presidente do Nacional avisou António Araújo de que este jogo iria ser arbitrado por Augusto Duarte. António Araújo, que há certo tempo cultivava uma misteriosa relação 'negocial' com este árbitro, ficou radiante com a notícia: 'Espectáculo. Espectáculo'. Acto contínuo sugeriu a Rui Alves que Augusto Araújo que abordasse Augusto Duarte com esse objectivo: 'Sim, toca a andar. Está?' António Araújo comprometeu-se a falar com Augusto Duarte: 'Pronto. Eu toco a andar mesmo. Viu?'
Alerta o relatório: 'Realcem-se os interesses que o Futebol Clube do Porto tinha no resultado desse jogo. Nessa altura do campeonato, o Benfica ocupava o 3.º lugar da classificação e ainda não estava arredado da discussão do título de campeão. Por tal facto compreende-se que no dia 18/2/2004, António Araújo estivesse reunido com Jorge Nuno Pinto da Costa, a quem chamou 'padre da freguesia das Antas'. Presume-se assim que António Araújo abordou Augusto Duarte depois de ter sido previamente 'duplamente mandatado', pelos presidentes do Nacional e do Porto, o primeiro interessado na vitória do Nacional, o segundo interessado na derrota do Benfica.
De facto, nesse mesmo dia 18/2/2004, António Araújo esteve reunido com Jorge Nuno Pinto da Costa. E comentou tal facto com Luís Gonçalves, da SAD portista. António Araújo até referiu ter estado a tratar de um assunto que se presume ter sido a actuação de Augusto Duarte no jogo Nacional - Benfica: 'Estive a tratar com o presidente aquela situação do Nacional'.
Ainda a 18/2/2004, António Araújo informou o presidente do Nacional que já tinha falado com Augusto Duarte: 'Mas já tratei do... do que aquilo que tinha, tinha que tratar!! (...) Já falei! Já falei!'
A 19/2/2004, António Araújo comentou com Luís Gonçalves, engenheiro ligado à SAD portista, que andava a fazer um 'serviço' muito importante para o Futebol Clube do Porto.
Nesse mesmo dia, à noite, António Araújo foi encontrar-se pessoalmente com Augusto Duarte, em Braga, junto ao 'Café Ferreira'.
O Nacional venceu, o Benfica por 3-2.
Depois do jogo, Augusto Duarte e António Araújo combinaram que iriam juntos ver o jogo Porto - Manchester United, a 25/2/2004, no Estádio do Dragão. O bilhete de Augusto Duarte seria arranjado por António Araújo e daria acesso à chamada zona 'vip', com direito a 'comes e bebes'. Pelo teor desta conversa, Augusto Duarte e António Araújo iriam também tratar de outros assuntos, nomeadamente das 'contrapartidas' pela actuação do árbitro no jogo Nacional - Benfica: '... Nós na quarta-feira, eu... portanto... junta-se a fome à vontade de comer!''
Continuemos a leitura: 'Entretanto o presidente do Nacional informou António Araújo que tinha estado a falar com Jorge Nuno Pinto da Costa sobre a derrota do Benfica ante o Nacional. O presidente do Futebol Clube do Porto, radiante, teria exclamado: 'Esses já não nos vão chatear mais!' Ainda sobre a actuação alegadamente tendenciosa de Augusto Duarte, António Araújo comentou que: 'Manda quem pode, obedece quem tem juízo'.
Andam por aí lobos a vestirem peles de carneiro.
Mas já nem lobos são, porque não uivam.
Lamentam-se apenas da sua pobre condição de canalha enfileirada no caminho de um triste fim."

Afonso de Melo, in O Benfica

A fruta apodrece mas a memória não prescreve!

"Perante a tentativa de branqueamento total daquela que foi a grande bandalheira do futebol em Portugal é importante não esquecer quem e como criou um polvo macabro de contornos indefiníveis.

O ano aproxima-se do fim. A falta de pudor de determinada gente sem qualquer tipo de escrúpulos é não apenas revoltante como nos faz duvidar da própria realidade dos factos.
Assim sendo, e tal como o fiz nos últimos números, tento que a memória não prescreva. E com base naquele que foi o maior processo contra a corrupção no futebol em Portugal, deixo-vos aqui mais alguns dados que importa guardar para sempre na gaveta de cima da secretária das nossas lembranças.
Debruçando-se sobre o que a investigação apurara em relação à alteração de resultados de jogos do FC Porto e dos seus adversários directos na luta pelo título de campeão nacional da época de 2003/2004, escreve o inspector Simões da Polícia Judiciária: 'Para a 'consumação' de alteração destes resultados desportivos assumiu um papel fulcral a relação entre o presidente do Futebol Clube do Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, e o empresário de jogadores, António Fernando Peixoto de Araújo'.
A 14/2004, António Araújo confessava a Luís Gonçalves (engenheiro que trabalhava na SAD do FC Porto, agora mais conhecido por ser expulso do banco quase todas as jornadas): 'Eu ajudo muito o presidente e você sabe disso!' Estas 'ajudas' ter-se-ão traduzido no facto de António Araújo ter funcionado como 'intermediário' entre o presidente do Futebol Clube do Porto e determinados árbitros, aos quais foram prometidas e oferecidas diversas contrapartidas para que fossem viciados os resultados desportivos do Porto e dos seus dois adversários mais directos, Sporting e Benfica.
Uma das 'contrapartidas' em causa terá passado por assegurar aos árbitros a prestação de serviços sexuais por prostitutas. No dia 18/2/2004, o árbitro Paulo Silva, da 2.ª categoria, comentou com outro colega ainda não identificado o facto de ter conhecimento de que António Araújo costuma patrocinar encontros de prostitutas com árbitros: 'Tu, lembras-te, uma vez depois de a gente acabar... o putedo, com o Araújo, no Porto'.

As prostitutas!
Bela expressão: putedo. Merecia um mail.
Entrando na pormenorização dos jogos suspeitos, podemos perceber como a Polícia Judiciária foi chegando a determinadas conclusões.
O jogo FC Porto - Nacional da Madeira, para a 10.ª jornada da I Liga, por exemplo, disputado no Estádio das Antas no dia 31/10/2002, foi arbitrado por Paulo Pereira, da Associação de Futebol de Viana do Castelo. No dia a seguir ao jogo, o presidente do FC Porto comentou com outro funcionário do clube que o árbitro tinha sido 'estúpido' na marcação de uma falta. E acrescentou: 'Se quisesse tinha resolvido o jogo logo'.
Conclui-se no relatório: 'A palavra 'resolver' foi aqui utilizada claramente para dar a entender que o árbitro favoreceu o Porto. E do teor desta conversa pode presumir-se que o árbitro teria sido aliciado a fazê-lo'.
O jogo entre o FC Porto e o Estrela da Amadora, da 19.ª Jornada, disputado no Estádio do Dragão no dai 24 de Janeiro de 2004, foi dirigido por Jacinto Paixão, da Associação de Futebol de Évora. Foram seus auxiliares José Chilrito e Manuel Quadrado. Este seria um dos jogos mais mediáticos de todo o processo 'Apito Dourado', o famoso 'Jogo da Fruta'.
Vejamos o que diz o relatório da polícia Judiciária sobre ele: 'No dia do jogo, às 12 horas, 58 minutos e 27 segundos, o árbitro Jacinto Paixão telefonou para o empresário de jogadores António Araújo e solicitou-lhe que o Futebol Clube do Porto lhe assegurasse para a próxima noite o serviço de várias prostitutas. Disso nos dá conta a conversa entre o suspeito António Araújo e o presidente do Futebol Clube do Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa'.
E prossegue: 'Num diálogo em que os dois intervenientes falaram quase sempre em 'código', António Araújo informou o seu 'Presidente' que alguém lhe tinha pedido 'fruta para logo à noite'. Entendendo erradamente que Araújo estaria a usar o termo 'fruta' para significar 'dinheiro', Pinto da Costa esclareceu que a dita 'fruta' já havia sido entregue: 'Já foi mandada'.
Araújo teve então de esclarecer que a 'fruta' em questão era 'para dormir', percebendo-se definitivamente qual o assunto. Araújo até especificou quem é que iria ser presenteado com a 'fruta': 'O homem que vai ter consigo de tarde, o JP'. Repare-se que as letras JP coincidem com as iniciais de Jacinto Paixão.
Usando mais uma expressão em código, Araújo reiterou o pedido feito por JP: 'Rebuçado para logo à noite'. O presidente do Futebol Clube do Porto respondeu: 'Diga que sim senhor!'
Ainda no decorrer dessa mesma conversa, os dois interlocutores abordaram outros 'pormenores' da 'fruta' para JP: a cor da pele das prostitutas e como seriam pagos os seus serviços de natureza sexual. Aliás, sobre o pagamento destes serviços, depreende-se pelo teor da conversa que Araújo já por diversas vezes teria sido o intermediário de outros serviços sexuais pagos pelo Futebol Clube do Porto: 'Só estou a dar-lhe a dar conhecimento ao Presidente senão isso fica... é que eu... eu... é que eu estou sempre a dispor, a dispor, também não há necessidade!', referiu António Araújo.
No final da mesma conversa, Araújo e Pinto da Costa combinaram encontrar-se pessoalmente nesse mesmo dia para falarem sobre a 'fruta' para JP.
O Porto venceu a partida por 2-0.
A fruta passou a fazer parte do léxico do futebol em Portugal.
E nós não nos esquecemos por causa de quem. Por mais que essa gente de total ausência de princípios e de vergonha venha tomar a imagem de anjo de asas de pomba. O cheiro a enxofre está lá. E a podre..."

Afonso de Melo, in O Benfica

Quem é quem?

"Uma noite solidária com hoquistas sem patins, lutadores equipados à andebolistas e atletas de futebol a jogar basquetebol.

'Os futebolistas só sabem dar pontapés na bola'. Quantas vezes de ouviu isto dos menos aficionados do desporto-rei? Pois bem, em 1955 os futebolistas do Benfica provaram que isso não podia estar mais longe da verdade.
Pouco passava da hora do jantar do dia 22 de Novembro e no Pavilhão dos Desportos já se ouvia o burburinho das pessoas a chegar. A expectativa era grande para o 1.º Festival de Solidariedade Benfiquista, evento organizado por Otto Glória e pelos jogadores da equipa de futebol, cujo objectivo era homenagear os atletas que em 1955 se distinguiram nas suas modalidades. Otto Glória esperava, também, que este fosse o 'ponto de partida para uma política clubista de aproximação atlética' e haverá melhor maneira de aproximar pessoas do que pô-las na pele do outro?
A noite começou com a entrega de troféus aos melhores de 1955. Entre os homenageados estavam: Matos Fernandes do atletismo; Edite Cruz, brilhante patinador; Oliveira Ramos de ténis de mesa; Irene Ferreira de tiro com arco, entre muitos outros. O troféu de melhor atleta foi para o presidente Joaquim Ferreira Bogalho que, perante tamanha surpresa, teve um ataque de timidez e teve que ser 'arrancado' do camarote por Caiado. Mas o melhor estava para vir!
Nas horas que se seguiram passaram pelo rinque hoquistas sem patins, lutadores equipados à andebolistas e atletas de voleibol que 'se serviram dos pés com a mesma desenvoltura com que utilizam as mãos', num jogo de futebol arbitrado por Fernando Caiado 'com bom critério e imparcialidade'. Confuso? Este quem é quem, onde todos saíram das zonas de conforto e experimentaram modalidades a que não estavam habituados, foi cabeça de cartaz do festival e a cereja no topo do bolo foi o jogo de basquetebol entre futebolistas e andebolistas. Venceram os primeiros por 16-5 e o MVP foi... bom, na verdade foram vários os que se destacaram. Costa Pereira, que estava como um peixe na água, mas também Pegado, Bastos e José Águas, que mostrou ser um competente 'encestador', até mordia a língua quando ficava frente a frente como cesto. Já Calado esteve empenhadíssimo a tentar fintar os adversários, mas a maioria das fintas acabaram em... fífias.
Para conhecer melhor as diversas modalidades visite a área 3 - Orgulho Ecléctico, do Museu Benfica - Cosme Damião."

Marisa Furtado, in O Benfica

De cara lavada

"O Benfica não é só quem o faz, é também quem o lê. Como terão reagido os leitores às mudanças ao longo do tempo?

Nasceu em 1942 como Sport Lisboa e Benfica. Hoje, sob o título O Benfica, soma quase quatro mil números publicados. Mas o caminho não foi linear ao longo destes 75 anos. Para além do nome, foram várias as mudanças que sofreu. E os leitores, como reagiram a essas alterações?
Em 1953, quando Paulino Gomes Júnior (1912-2000) assumir, pela segunda vez, a direcção do jornal, essa foi uma das suas grandes preocupações. Por um lado, o novo director considerava 'necessário apresentar qualquer coisa de novo', mas, por outro, uma questão inquietava-o: 'E a massa associativa? (...) como nos iria acolher?'.
Assim, quando no dia 9 de Abril O Benfica saiu para as bancas de cara lavada, mal os ardinas começaram a apregoar 'Olha «O Benfica»! Cá está «O Benfica»!', um repórter foi 'colher «in loco» as primeiras opiniões'.
O primeiro interpelado, surpreendido 'pacatamente sentado num «eléctrico»', ao ser questionado sobre o que pensava do jornal que lia, retorquiu:
'- O senhor escreve no «O Benfica»?
- Tenho essa honra!
- Tome nota, nesse caso, de que estou muito satisfeito com este número do jornal... Ainda o não li todo, mas aquilo que já vi satisfez-me em absoluto. Gráfica e literalmente'.
Pouco depois, a opinião de mais um leitor: 'Gosto muito do nosso jornal, tal como hoje apareceu. Melhorou substancialmente, quer no aspecto gráfico, quer na escolha de assuntos e na maneira de os apresentar'. Porém, não calou alguns aspectos que o desagradaram: 'Não gosto de impressão em amarelo, nem do emblema a negro no cabeçalho (...), acho que o emblema devia ser impresso a encarnado!'. Agradecendo a opinião franca, o jornalista seguiu caminho, abordando quantos encontrava com O Benfica na mão, e os elogios repetiam-se: 'Quase que já o «devorei», de tal forma ele me interessou. Graficamente o nosso jornal está esplêndido'.
'É quando, à tarde, (...) deram a notícia de que o jornal se havia esgotado', não restaram dúvidas, a mudança havia sido aprovada. Comovido, no número seguinte, Paulino Gomes Júnior agradeceu: 'A todos, sem excepção, mesmo àqueles a quem menos agradámos e que, com as suas críticas nos obrigam a «trabalhar para melhorar», a todos diremos: obrigado!'.
Saiba mais sobre os ciclos de vida deste periódico na exposição Jornal O Benfica - 75 Anos de Missão, no Museu Benfica - Cosme Damião."

Mafalda Esturrenho, in O Benfica

Por quem os sinos dobram

"Noutros anos por esta altura, alguém estaria a analisar com ponderação o ano que estava quase a acabar, a planear com humildade o ano que se seguia, criticando com elevação o que havia a criticar e elogiando com modéstia o que havia a elogiar.
Mas este ano foi diferente!
Desde logo, o Ano de 2017 fica marcado pelo regresso dos bombardeamentos e pelo incentivo à violência sem qualquer dó nem piedade! Não! Não estamos a falar de liberdade de opinião, nem de liberdade de expressão, nem de autonomia democrática! Estamos a falar de maldade e ódio puros!
A liberdade de opinião e de expressão são indissociáveis: a primeira é a liberdade de escolher a sua verdade é a liberdade de revelar a outrem o seu pensamento; liberdades simétricas, têm necessidade uma da outra para se desenvolverem e se expandirem.
A liberdade de expressão, segundo a jurisprudência do TEDH 'constitui um dos fundamentos essenciais de uma sociedade democrática, o que vale mesmo para as ideias que ferem, chocam ou inquietam; e qualquer restrição a essa liberdade só é admissível se for proporcionada ao objecto legítimo protegido'.
A liberdade de expressão não é, não pode ser, a possibilidade de um exercício sem quaisquer limites alheio à possibilidade de colisão com outros valores de igual ou superior dignidade constitucional. Em Portugal, tal como na Alemanha, existem limites ao exercício do direito de exprimir, e divulgar, livremente o pensamento, e a sua violação pode conduzir à punição criminal ou administrativa. Esses limites visam salvaguardar os direitos ou interesses constitucionalmente protegidos de tal modo importantes que gozam de protecção, inclusive, penal.
A liberdade de expressão não pode prevalecer quando o seu exercício violar outros valores aos quais a lei confere tutela adequada. Tais valores tanto podem emanar de uma necessidade de defesa de bens jurídicos radicados na ordem constitucional, e cuja valoração é intuitiva, como podem resultar de uma necessidade de tutela de valores que inscritos no espaço jurídico em que o nosso país se inscreve, nomeadamente o comunitário.
Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, 5-7-2012, Processo: 48/12.2YREVR.S1, 3.ª Secção, Santos Cabral.
Quando surgem na cena mediática dirigentes sem qualidade, formação e nível, tudo se desmorona e se transforma numa avalanche.

O que perturba já nem é a constatação de que esses dirigentes não têm nível nenhum, mas antes, a matilha seguidora desses princípios que defendem a violência e onde vale mesmo tudo!
Como é possível que um energúmeno vocifere que alguém precisa de tratamento psiquiátrico chamando-lhe demente e atrasado mental, quando o vereador é ele!

Como é possível que um lambe botas e sanguessuga, aproveite o tempo de antena para preparar a sua candidatura à custa de quem nem há muito tempo lambia as botas!
Como é possível que um comentador se sinta mais inspirado pela sua raiva que pelo seu profissionalismo!
O Ano de 2018 vai ser o Ano de todos os e-mails!
Vai ser um Ano marcado logo no início por uma luta fratricida que todos esperamos que nada aconteça de grave!
Tenho receio que as autoridades estejam a praticar a táctica do 'esfolem-se a si próprios'!
Uma das técnicas que eram utilizadas para acabar com os traficantes era simplesmente deixarem os gangues matarem-se uns aos outros. Aconteceu em Chicago, em Nova Iorque, em Portugal e acontece em todo o Mundo a todo o minuto e a toda a hora!

Por isso 2018 vai ser um Ano para esquecer!
Há um tema que gostaria de abordar - o que foi a Gaianima antes da tomada de posse dos Administradores que tiveram às suas costas um processo criminal! Não poderei aqui e agora abordá-la, mas abordá-la-ei a seu tempo!


Crime de Frustração de Créditos
O artigo 88.º do RGIT tipifica o crime de frustração de créditos, em duas modalidades distintas:
As condutas do n.º 1 do próprio obrigado tributário, traduzem-se em alienar, danificar, ocultar, fazer desaparecer, onerar bens que integrem o seu património, ou seja, actos daquele que está obrigado à entrega da prestação tributária;
As condutas do n.º 2 não sendo do obrigado tributário, antes de um terceiro interveniente, consistem na outorga dolosa em negócio jurídico (acto ou contrato) que tenha por efeito a transferência ou oneração de património que possa responder pelas dívidas tributárias.
Constituem elementos objectivos do crime em causa, nos casos do n.º 1:
a) Conhecimento por parte do devedor da obrigação de proceder ao pagamento do tributo ou dívida à segurança social;
b) Estar o tributo ou a dívida à segurança social já liquidado ou em processo de liquidação;
c) Haver alienação, danificação, ocultação, desaparecimento voluntário ou oneração do património, com vista a causar a frustração total ou parcial do crédito tributário ou de dívida às instituições de Segurança Social.
III - Constituem elementos objectivos do crime em causa, nos casos do n.º 2:
a) A outorga de actos ou contratos que determinem a transferência ou a oneração de património;
b) Conhecimento da existência de tributo já liquidado ou em processo de liquidação ou de dívida à segurança social;
c) Intenção de frustrar total ou parcialmente o crédito tributário.
IV - O crime de frustração de créditos tutela o bem jurídico denominado património do Estado, também ele constituído pelas receitas tributárias.
V - Trata-se de crime doloso, havendo uma componente de dolo específico - intenção de frustrar no todo ou em parte, a garantia patrimonial do crédito tributário (derivado de Imposto ou de dívida à Segurança Social).
VI - É crime de perigo concreto, não de dano, pois a consumação do crime não depende da efectiva frustração do crédito tributário, que apenas tem de ser almejada pelo agente.
VII - Consuma-se com a prática dos actos de alienar, danificar, ocultar, fazer desaparecer ou onerar intencionalmente o património, com intenção de frustrar, total ou parcialmente, o crédito.
VIII - Não se exige, como elemento do tipo, a impossibilidade de cobrar os créditos ou a prova do dano causado ao credor tributário.
IX - No caso do n.º 1, trata-se de crime específico próprio pois que apenas pode ser praticado por quem detenha qualidade pessoais ou sobre quem recaia um dever especial ou que certa situação de facto típica seja fonte desse dever, ou seja, só pode ser cometido pela categoria de pessoas sobre as quais recai o dever de entregar o tributo ou pagar a dívida à segurança social.
Esta será a minha prestimosa prenda de Ano Novo para ti!

Até para a semana."

Pragal Colaço, in O Benfica

Vitória em Sines

Belenenses 1 - 3 Benfica

Festival de desperdício... que acabou por dar um jogo com um final emotivo, quando devia ter dado uma goleada...!!!

Estreia do Fernandinho com bons pormenores... grande golo do Cecílio... o Raúl Campos subiu muito de rendimento nos últimos tempos...

Mesmo assim, este jogo mostrou que precisamos de um Pivor mais físico, e de um Fixo para rodar com o André Coelho...

Mais uma arbitragem manhosa! Dois exemplos: a marcação de uma falta ao Benfica, num remate nosso, sem guarda-redes na baliza; nos segundos finais, com o Belém a arriscar o 5x4, recuperação de bola do Benfica, e quando íamos tentar o remate à baliza vazia, falta a favor do Benfica!!!

No Sábado temos a Meia-final com o Braga, que venceu o Módicus nos penalty's.

2018

"Com a chegada do novo ano, renovam-se as expectativas de acordo com o contexto da época em curso. Assim, no futebol, espero a conquista do penta. É certo que a nossa equipa não tem conseguido exibir-se ao nível que todos aguardávamos e que as restantes competições foram entretanto perdidas, mas estou convicto que 2018 será no de penta e de mais uma Supertaça. Não apenas por fé, mas porque creio que a equipa técnica e os jogadores saberão acrescentar regularidade aos bons períodos exibicionais alcançadas em vários dos jogos mais recentes. Prevejo ainda que a equipa B se classificará a meio da tabela e será bem sucedida no desiderato benfiquista do firmamento do clube quanto à sua capacidade formadora. João Félix, Gedson Fernandes, Florentino Luís e Ferro são os que, do meu ponto de vista, mais possibilidades têm, neste momento, de poderem vir a ter a oportunidade de integrarem o plantel da equipa 'principal' num futuro próximo.
Quanto às restantes modalidades, não espero menos que o título nacional em atletismo, basquetebol, hóquei em patins e voleibol. Um senão apenas para o hóquei, por não confiar - e julgo ter razão para isso - na arbitragem portuguesa e em quem a dirige. Teremos que ser bem mais fortes que os adversários e desejo que Pedro Nunes e os nossos atletas nunca se deixam abater pelas dificuldades que nos são indecentemente impostas. Relativamente ao andebol e futsal, sofremos o constrangimento de termos partido atrás da concorrência (isto é, não entrarmos em loucuras e preferimos garantir a sustentabilidade das modalidades que gastarmos mundos e fundos que não temos). Porém, ambas as equipas têm melhorado o seu nível competitivo e poderão vencer."

João Tomaz, in O Benfica