quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

A reconversão moral do FC Porto

"Há uma palavra na língua portuguesa que define, em rigor, o discurso estratégico do FC Porto em suporte da interminável batalha pelo poder no futebol português: Desfaçatez.
Ouvir Pinto da Costa e os seus mais fiéis discípulos justificarem a guerra dos e-mails como um serviço de utilidade pública na «luta pela verdade desportiva» é uma assombrosa revelação da súbita reconversão moral de quem foi o protagonista central nos tempos do Apito Dourado.
O FC Porto tem, apesar de tudo, o legítimo direito de suspeitar e até de acusar o Benfica de uma prática desportiva arredada de ética e de valores. Os tribunais decidirão se a forma encontrada pelos responsáveis do FC Porto é legalmente aceitável ou se é condenável, mas seja o que for que os tribunais venham a decidir, a verdade é que, tal como sucedeu com o Apito Dourado, todos já tirámos conclusões e julgámos de acordo com os nossos padrões de educação e de carácter.
É verdade que pelo que publicamente se conhece, o Benfica e os seus responsáveis, se não estão directamente implicados, estão, no mínimo, demasiado comprometidos com gente marginal que agiu em nome de obscuros interesses do seu clube. Aguarda-se que o sistema judicial investigue e seja capaz de julgar com justiça.
Infelizmente, os tempos e as formalidades da justiça portuguesa não são elogiáveis. Até à decisão oficial continuarão a chover em-mails como forma de pressão estratégica de uma guerra que não tem por objecto a verdade desportiva. O que importa é remover obstáculos e garantir todas as condições para ganhar. Não é ilegítimo. Faz parte da cultura dos tempos."

Vítor Serpa, in a Bola

PS: Desafio o senhor director d'A Bola, em nome da verticalidade, e do carácter, em tornar público os e-mails privados dos seus funcionários, especialmente dos ligados aos Corruptos: Rogério Azevedo, Miguel Pereira Cardoso, Paulo Montes, António Casanova e afins... Divulguem as suas conversas privadas... E então, poderemos discutir, quais são os caminhos obscuros e a gente marginal que os rodeiam...!!! Somente, para poder comparar com os e-mails do Benfica!!!!
O facto do senhor director d'A Bola achar que o acesso e a divulgação de correspondência privada de forma manipulada, não é ilegítimo, deixa-me seriamente preocupado...!!!

Carta ao Pai Natal sobre o futebol português

"Querido Pai Natal,
Tenho vários pedidos para te fazer em relação ao futebol português, alguns em jeito de desabafo.
1– Peço-te para olhares atentamente pelo futebol português que por este andar não sei onde vai parar. O futebol português tornou-se numa tragicomédia.
2– O futebol português não pode continuar a viver num mundo à parte da sociedade portuguesa. Tem que respeitar o Estado de Direito com direitos, mas também com obrigações.
3– Os presidentes dos clubes principalmente dos três grandes, Benfica, Sporting e Porto, têm que perceber que para além deles, há outros presidentes de clubes de futebol.
4- Os directores desportivos têm que deixar de ser correias de transmissão do que os presidentes pensam, mas não dizem. Um director desportivo e de comunicação tem mais tempo de antena do que alguém que tenha uma boa ideia para resolver problemas em Portugal. Está mal!
5- Os comentadores de futebol na televisão em vez de serem apaziguadores e serenos aumentam a escalada verbal e polemizam coisas sem nexo e sem assunto. O seu discurso de ódio e de escárnio e maldizer é contraproducente.
6- Por isso esses programas de televisão, cada vez, têm menos audiência e há muita gente que detesta o tipo de linguagem, atitudes e comportamentos. Eu sou, um deles, já deixei há algum tempo de ver painéis de comentadores desportivos. Não consigo conceber que um jogo tenha 90 minutos e os comentários sejam de horas!
7- O futebol português enferma de uma doença que é a "clubite". Não se aceita que o outro clube possa ser melhor e vencer. É o nosso clube o resto é bosta.
8- Os árbitros que têm grande responsabilidade na condução do jogo deveriam ter condições de treino e salários como os jogadores de futebol. Afinal são tão ou mais intervenientes do que os jogadores.
9- Exigem-se aos árbitros, por vezes, coisas que são humanamente impossíveis.
10- Para ainda complicar mais a posição do árbitro, as culpas vão para o VAR.
11– Gostava que um jogo de futebol em Portugal tivesse menos paragens de jogo e fosse mais agradável de seguir.
12- Gostava que os clubes portugueses apostassem nos jovens e que na equipa principal fosse obrigatório ter um mínimo de jogadores jovens até aos 23 anos.
13- Pai Natal peço-te para que os clubes respeitem mais o Presidente da Federação, o Presidente da Liga e o Secretário de Estado do Desporto. Acho que ninguém liga ao que dizem. Nesse caso não estão ali a fazer nada parecem um verbo-de-encher.
14- Pai Natal peço-te que no futebol português haja menos incitamento ao ódio, à discórdia e à violência.
15- É necessário tomar medidas para pôr cobro a esta espiral verbal com consequências para a imagem do desporto, do futebol e de Portugal. Sendo um péssimo exemplo, para todos, a começar pelos jovens.
16- As claques são um antro de problemas para os clubes e para a sociedade. Acaba com as claques de futebol.
17- O futuro do futebol passa por menos comunicados, e-mails e suspeição, por mais futebol com bela jogadas dos jogadores. Isto é, o futuro passa por futebol jogado, e não, por futebol falado.
18- O futuro do futebol passa pelos dirigentes estarem calados e fazerem o que lhes compete que é dirigir, os jogadores falarem dentro do campo, com golos e boas exibições.
19- Pai Natal gostava que fosse mais barato ir ver um jogo de futebol, que se pudesse levar a família sem medo de confusões e agressões. O futebol como está só afasta as pessoas de irem assistir aos estádios.
20- Pai Natal seria importante todos os clubes da 1.ª divisão receberem valores semelhantes em publicidade e direitos televisivos. Só assim o campeonato seria mais equilibrado e competitivo.
21- Por fim, Pai Natal peço-te que ajudes Portugal a fazer uma boa campanha no Mundial de Futebol 2018."

As dinastias das vitórias no futebol

"Usando a expressão de Rui Vitória, a dinastia não é uma coisa fácil e por isso é que não é para todos. 

Uma das características do ser humano é o seu desejo pelo sucesso, especialmente em contextos muito competitivos, como são as equipas de futebol. O sucesso no alto rendimento traduz-se em vencer, se possível, o maior número de vezes. O que leva uma equipa a vencer e atingir o sucesso é algo que motiva todos os agentes desportivos ligados ao fenómeno, especialmente se essas vitórias puderem ser regulares e até quem sabe atingir algo melhor que o sucesso pontual, que são as dinastias de vitórias.
Os treinadores costumam dizer que chegar ao topo é muito complicado, mas manter-nos lá é ainda mas difícil. Não só porque não existem receitas concretas para o sucesso, como todos os campeonatos têm contextos distintos e quem vence permite sempre que a concorrência possa adaptar as suas estratégias de modo mais célere e com menos experiências.
A ciência denomina de equipas de elevado desempenho as que vencem constantemente campeonatos, dado que diferenciam das que ‘apenas’ vencem, pela questão temporal. Esta época desportiva são poucos os campeões que vão renovando a liderança dos seus países. Das ligas principais, e por agora, somente o Bayern repete a liderança e possivelmente o título.
De modo muito objectivo, assistimos a dois fenómenos esta época: o (re)aparecimento de novas equipas com mais recursos e melhores estratégias; e algumas vitórias da época passada não foram de equipas de dinastia, mas de uma espécie de corredores por fora. Por outro lado, a dinastia provoca uma bipolaridade de análise interna: vencer é a melhor motivação que existe para continuar a vencer; mas mesmo vencendo é necessário internamente que a estrutura organizacional se sinta sempre ameaçada. Um pouco como faz o tenista Nadal: tem a convicção de que pode vencer qualquer adversário, mas também a desconfiança que pode ser vencido por qualquer um, de modo a manter sempre os níveis de alerta.
O orgulho de pertença e o desejo constante de melhoria são duas das características que aparecem ligadas à dinastia. Um misto entre manter um núcleo de jogadores com qualidade que sintam a camisola, mas equilibrados com um misto de jogadores que querem sentir a vitória pela primeira vez. Um misto de jogadores que compreendam a cultura do clube e outros que naturalmente desejam ter títulos dê por onde der. Este equilíbrio, associado a um contexto competitivo exigente, acresce da necessidade de ter de ‘correr’ o dobro, dado que não é suficiente fazer as coisas bem, têm de se diferenciar sempre e de modo superior.
Quase a entrar nos descontos do artigo, o que se pede a Rui Vitória no Benfica é que faça a mesma omelete com diferentes ovos. Em que claramente, sem querer distribuir percentagens de responsabilidades nas vitórias e nas derrotas, nem tudo depende pela mesma margem da estrutura, da liderança e do treinador. A discussão sobre se os ovos são apenas diferentes ou piores, é outro tópico. O contexto de hoje é mais exigente, porque vencer 3 campeonatos é mais complexo do que 2 e consecutivamente.
A concorrência tem o papel facilitado de perceber com quem faz teoricamente melhor. Nem sempre ficam no plantel os jogadores que eram os que se pretendiam entre o ideal e o possível, entre os que sentem a camisola e querem continuar a vencer ou aqueles para quem o vencer deixa de cativar tanto como na primeira vez. Usando a expressão de Rui Vitória, a dinastia não é uma coisa fácil e por isso é que não é para todos ao nível dos vários campeonatos europeus.
Por último, o abismo entre a soberba, desleixo, rigor e ambição é como a vida dos treinadores. Se não nos colocamos sempre em alerta, também as equipas passam de bestas a bestiais e vice-versa. A dinastia é atraente para a história, para os filmes, mas pouco atraente para a economia. E o enviesamento entre o que se deseja e o que o contexto natural das coisas deveria ter é pouco usual na nossa sociedade. Por isso, quem quer vencer mais vezes do que os outros sabe que tem de trabalhar mais e melhor do que aquele que está próximo."

Vermelhão: Parvoíce!

Benfica 2 - 2 Portimonense


Vi o jogo aos 'soluções', portanto não me vou alargar, até porque a vontade é pouca!!!

A Taça da Liga nunca iria 'salvar' a época, mas no Benfica todos os jogos e todas as competições são para ganhar!!! Voltar a desperdiçar uma vantagem - desta vez dois golos -, é extremamente frustrante...! Nós fizemos alguma rotação (pouca) - o Portimonense rodou mais do que nós -, com as mini-férias que se seguem, não percebi as substituições!!! Debilitar o meio-campo quando estávamos a perder a lutar pela 'bola'?!!! Lesões?! Estavam programadas antes do jogo?! Repito não percebi...
Uma nota sobre os golos sofridos: com Luisão em campo, praticamente não sofremos golos desta forma! O capitão está lento, mas no jogo aéreo defensivo, é um autêntico 'bombeiro'!!!

Estamos praticamente eliminados da Taça da Liga. Só um empate no Setúbal - Braga (sexta-feira) dará ao Benfica uma hipótese real... Totalmente evitável, logo num momento onda a equipa estava numa fase positiva reforçando a confiança interna e com os adeptos!!!

Nojo...

Oliveirense 4 - 4 Benfica

O asco continua... A arbitragem foi toda vergonhosa, o não cartão azul pela falta sobre o Nicolia na 1.ª parte é um bom exemplo... mas os últimos minutos foram o cumulo da roubalheira!!! A Oliveirense ficou 9 minutos com 9 faltas e acabou o jogo com 9 faltas!!! Enquanto isso o Pedrão ia defendendo bolas paradas... sendo que a grande maioria das faltas assinaladas contra o Benfica não existiram, com os mergulhos do Souto em destaque: mais uma vez!!!
O Benfica terminou este jogo, sem beneficiar de uma única bola parada... Elucidativo!!!

No meio disto tudo, no jogo jogado o Benfica foi quase sempre melhor (só nos primeiros minutos, não tivemos bem)... com muitas oportunidades desperdiçadas!

Eu sou um daqueles que defende um Benfica a jogar no Campeonato Espanhol à muito tempo (sabendo que isso é praticamente impossível), mesmo sabendo que em Espanha, íamos ter algumas arbitragens parecidas, mas tenho a certeza que nunca chegariam ao nível do Tugão!!! Como é que é possível este Rainha, continuar a apitar... como é que é possível os Pintos continuarem a apitar... o Peixoto e afins!!!
A vontade que dá é exigir o encerramento da secção...

PS: Como é que é possível os marretas supostamente imparciais que estão a comentar o jogo na TVI24, chegarem à conclusão, que foi tudo normal...!!!

Vitória com algumas desconcentrações!

Benfica 36 - 33 Avanca
(18-12)

Jogo estranho, onde chegámos a ter vantagens grandes, mas depois permitimos sequências de muitos golos ao adversário: duas vezes, ambas no 2.º tempo! Sendo que a última coincidiu com o final do jogo!!! Sofrer 33 golos em casa do Avanca, não é bom sinal...!!!

Hóquei e estórias da história

"O SCP e o FCP juntariam mais quatro títulos e o SLB mais três, pormenor que o presidente do Sporting finge não conhecer.

Título mundial em hóquei
todas as razões para não começar esta minha crónica semanal pelo futebol. Não porque não haja motivos de sobra para sobre ele discorrer, mas porque quero aqui principal por salientar a conquista pelo Sport Lisboa e Benfica da Taça Intercontinental de hóquei em patins.
Tivesse sido um amuo de Cristiano Ronaldo ou uma entrada no facebook dos habituais artífices do jogo não jogado e, certamente, mais se realçariam tais nucleares factos (ou uma versão que nem o AO autoriza e engolindo o c que se pronuncia, fatos como li em A Bola há dias, eu que foi através dela que comecei, criança, a respeitar a língua portuguesa).
O Benfica conquistou o título mundial de clubes derrotando uma forte equipa argentina e o detentor da Liga Europa, o Réus, na sua própria cidade. Felizmente, desta vez nem tive de ouvir a gritaria enviesada do relato da TVI24, porque a RTP2 transmitiu o encontro, narrado e comentado com sabedoria e critério.
A final foi muito bem disputada e o Benfica mereceu inteiramente vencer o jogo. Os jogadores foram inexcedíveis, desde do capitão Valter Neves ao mágico Nicolía, desde o decisivo Adroher aos seguros guarda-redes Pedro Henriques e G. Trabal, desde o influente João Rodrigues aos irmãos Rafael (com o Diogo corajoso, depois de um choque tremendo no jogo anterior), desde o jovem Vieirinha ao sempre útil Miguel Rocha. Uma equipa superiormente conduzida pelo técnico Pedro Nunes.
Não é que sirva de compensação, mas este título soube-me muito bem, depois da subtracção escandalosa do título nacional em Junho passado. Um troféu que o Benfica conquista em dose dupla nas últimas épocas e que, em Portugal, só o Óquei de Barcelos havia conquistado também uma vez.

Taça e campeonato
A jornada do Campeonato não trouxe nada de novo. O Sporting venceu bem o Portimonense e o Porto ultrapassou, com mais dificuldade, o Marítimo, jogando ambos uma parte significativa das partidas com mais um jogador, o que já começa a ser um hábito. Quanto ao Benfica, eram muitas as análises e conjecturas da partida em Tondela. Desta vez, a equipa encarnada jogou ao tom dela. Uma vitória tranquila com Pizzi finalmente a estrear-se a marcar dois golos e Jonas que, não fosse Portugal estar agora com um ranking inferior que não permite aplicar a bitola de dobrar os golos, estaria agora a comandar a luta pela Bota de Ouro dos melhores artilheiros da Europa, à frente de Messi e Ronaldo e outros consagrados atacantes.
O momento era psicologicamente delicado para a equipa e para o treinador, após a eliminação da Taça de Portugal em Vila do Conde. Neste jogo a conhecida 'lei de Murphy' foi implacável para o Benfica. Tudo o que tinha de correr mal, correu pior. Na primeira parte, a equipa fez, na minha opinião, o melhor jogo da época. Domínio total e resultado escasso. Depois o vendaval de infelicidades, embora não queira tirar o mérito ao maduro e estável Rio Ave. Escorregadelas, penálti falhado pela primeira vez em jogos oficiais por Jonas, lesão de Luisão, etc.
Já em Tondela, o Senhor Murphy resolveu ir passar o Natal a casa e o fantasma de um resultado negativo depressa se esvaneceu.
Agora já não há Taças para o Benfica. Nos quartos-de-final há equipas dos 3 escalões, o que é interessante e exprime uma das facetas digamos democráticas destas competição. Da principal Liga, restam Porto, Sporting, Rio Ave, Moreirense e D. das Aves. Gostava que o Rio Ave, que eliminou o Braga e o Benfica, chegasse à final. O Sporting estará certamente nas meias-finais, com as bolinhas do sorteio a nunca escolherem como adversário equipas da 1.ª divisão. O Porto venceu o Vitória de Guimarães, com o treinador vitoriano a deixar de fora meia-equipa e os melhores atacantes, não sei se menorizando esta competição (!), se optando por privilegiar o decisivo jogo com o Moreirense para a Liga (onde perdeu) e se - no caso de Raphinha - terá antecipado uma hipotética e falada transferência para o Porto...

Revisionismo histórico

Ora aí está. Uma Comissão Independente (o que quer dizer, neste caso, independente?) para analisar e propor uma solução para um não caso. Refiro-me à entrega ao Sporting Clube de Portugal de mais 4 títulos de Campeonato Nacional num tempo em que não havia campeonato nacional. Brilhante ideia revisionista!
Só num ponto a direcção do SCP pode reivindicar essa revisão. Refiro-me à coincidência parcial de nomes das competições, que não à sua estrutura e modo de conquistar o título. Ou seja, uma mera questão de onomástica futebolística, mas não de essência competitiva.

Nos anos 20 e 30 do século passado, as poucas equipas que existiam jogavam em regime de eliminação e o vencedor era chamado 'campeão de Portugal'. Uma competição semelhante à agora Taça de Portugal que coexiste com o Campeonato Nacional (ou Liga).
Por isso, sabendo-se que este torneio foi extinto em 1937/38 e logo substituído pela Taça de Portugal no ano seguinte, é defensável equiparar estes títulos aos da actual Taça, mas nunca aos campeonatos em que todos jogam contra todos a duas voltas.
Se este revisionismo, por absurdo, tivesse vencimento, importa referir que muito pouco mudaria entre os três grandes. O SCP e o FCP juntariam mais quatro títulos e o SLB mais três, pormenor que o presidente do Sporting finge não conhecer. Curioso porque sendo assim, o Benfica estaria este ano em busca do seu 40.º título em vez do seu 37.º ceptro.
Mas este revisionismo daria enormes alegrias ao Belenenses que passaria a ter quatro títulos máximos. E, certamente, faria parar Olhão e Funchal com o Olhanense e o Marítimo a serem campeões nacionais, ainda que com retroacção de quase 100 anos. Por fim, o Carcavelinhos levantaria o enferrujado troféu, apesar de não se saber quem o receberia e para onde iria, pois, o clube foi extinto em 1942! Curioso é que esta vitória do Carcavelinhos ocorreu em 1927/28, e teve como opositor na final o reclamante Sporting, então derrotado por 3-1.
Uma festarola para estes clubes, mas também para a direcção do SCP que assim desjejuava de 15 anos sem vencer o Campeonato, ainda que, no tempo, por via invertida.
Por fim, é estranho que clubes como o Belenenses e o Marítimo aproveitando a boleia da criação da referida Comissão junto da FPF se venham agora juntar ao Sporting nesta revisão secular. Então e antes não se tinham lembrado disto?
Só mesmo por cá esta anedota de discussão de contagem heterogénea de títulos de há quase 100 anos!

Contraluz
- Moda: Falar com a mão a tapar a boca
Um mistério que, virulentamente, se espalhou por todos os campos e por todos os intervenientes. Mesmo que estejam a falar de bacalhau com broa ou da marca de potentes carros, lá andam treinadores, técnicos e jogadores a falar de modo a que não se vejam os movimentos labiais. Segredos de Estado? Orações de fé? Espionagem industrial? Catálogo de impropérios? Só sei que, às vezes, seria bem melhor nem abrirem a boca e terem um kit de mãos livres...
- Vaidade: Fábio Veríssimo
Pode ser que venha a ser um excelente árbitro, que ainda não é. Mas para isso talvez lhe ficasse bem não ser tão exuberante vaidoso e convencido em campo, como se, naqueles 90 minutos, tivesse um poder quase teocrático. Como em tudo na vida, uma das competências fundamentais é não deixar que a aparência esconda a essência.
- Coincidência: Os actuais campeões não lideram agora
Se exceptuarmos o Bayern de Munique, o Shakhtar Donestsk e o Olympiakos, temos na Inglaterra, o Chelsea a 14 pontos da liderança, o Feyenoord a 14, o Anderlecht a 13, o Real Madrid a 11 pontos (menos um jogo), o Mónaco a 9, o Spartak Moscovo a 8, o Besiktas a 3, o Benfica a 3, o Basileia a 2 e a Juventus a 1. Ao todo, 78 pontos de atraso! Uma verdadeira razia!"

Bagão Félix, in A Bola