sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

3 pontos...

Benfica B 1 - 0 Arouca


Estávamos a precisar de uma vitória... este nem foi dos melhores jogos que fizemos, mas ganhámos!

Grande jogo do Zlobin e do Félix...

Vitória no Alentejo

Eléctrico 78 - 99 Benfica
21-29, 20-16, 15-29, 22-25

Segunda vitória em 3 dias, na Quarta em Oliveira de Azeméis, hoje em Ponte de Sôr! Mesmo sem o Morais a equipa está consistente...

Porto vs. Benfica

"Esta sexta realiza-se um dos grandes clássicos do futebol português. A festa do futebol é, já se sabe, importante não só para a nossa economia como para o estado de espírito de cada um.

As conversas de café, as brincadeiras entre amigos, a aproximação de pais e filhos, os jantares, a motivação e o nervoso miudinho nos dias que a antecedem. Tudo isso faz parte daquilo que nos deixa bem-dispostos e que nos aproxima dos sentimentos positivos que devemos ter na vida. É uma das razões que devem guiar-nos: seguirmos aquilo de que gostamos, defendermos os nossos, o espírito de equipa. Sou do Benfica e quem me conhece sabe disso. Mas acima de tudo gosto de trabalhar todos os dias para ser uma pessoa de princípios e, antes de qualquer clubismo, sou um defensor acérrimo da luta contra a violência. Seja ela verbal ou física . Acho que é essa parte do futebol que nos puxa para o lado mais negro que há em nós. Mas adoro uma boa discussão, sou acutilante na defesa dos meus e gosto de uma boa troca de argumentos.
O que se tem passado nos últimos tempos, porém, não é nada. É mesquinho, brega, revela falta de nível e ultrapassa todos os limites. O jogo são os jogadores, os treinadores e as bandeiras, os cachecóis, a paixão, a alegria quando se ganha e até a tristeza da derrota. Mas temos de ser nós a colocar um ponto final nesta escalada de palavras e de confrontos. Considero que a comunicação social tem sido, em grande parte, um dos grandes instigadores desta violência ao dar palco a pessoas e a temas que não mereciam sequer um horário de madrugada com bolinha no canto, quanto mais o horário nobre. Mas é mesmo assim – hoje em dia, a competitividade e a procura desenfreada de audiências e vendas fazem com que o respeito fique para segundo plano.
Acho, por isso, que não há volta a dar. Temos de ser nós, os que gostam é dos jogos, os que sofremos com os nossos clubes mas sabemos que existem coisas mais importantes na vida, a expulsar este tipo de condutas. Não podemos continuar como carneiros em discussões cegas, a acreditar em pessoas sem credibilidade a defender aquilo que não conhecemos em profundidade, fazendo figura de parvos por causa de pessoas de respeitabilidade duvidosa. É perigoso apoiarmos este tipo de condutas, é mau exemplo e é um caminho bem escuro continuar a incentivar, seja nas redes sociais ou na rua, este ódio permanente que nos cega e nos transforma em seres menores. Já chega de “paineleiros” sem carácter e de personagens de segunda a passarem mensagens daquilo que, para nós, é acessório. Nós gostamos da bola na rede, da tabelinha e do golo de bicicleta, gostamos da defesa impossível e da finta mais improvável. O futebol é bonito se o encararmos mais como um desporto e menos como a nossa vida.
Apelo, por isso, em dia de Porto-Benfica, a que comecemos a insurgir-nos contra notícias e comentários que nos incendeiam e nos querem colocar uns contra os outros. Talvez seja altura de começarmos a ignorá-los e recriminá-los, porque não fazem de nós estúpidos nem podemos continuar a alimentar os ordenados de quem vive destas permanentes guerras e de quem vive de puxar-nos para esse lado negativo. Saibamos regressar àquilo que é a festa e o espectáculo – e que a nossa postura afaste de vez esses cancros do futebol. Porque, de outra forma, estaremos a fazer acima de tudo mal a nós próprios e a esquecer-nos do que nos trouxe até aqui . Estou sinceramente farto de posturas ridículas e isso é transversal a todos os clubes. Não matem o futebol!

P. S. Obrigado, Zé Pedro (Xutos e Pontapés). Serás sempre recordado como um dos reis da nossa música. Uma perda irreparável para Portugal e um exemplo de um artista brilhante com uma postura verdadeiramente admirável. Quem o conheceu sabe disso. Até sempre. Deixas-nos “Um Perfeito Vazio”."

Quando a parte é maior que o todo

"Muito se fala hoje em dia sobre a necessidade de cada um de nós criar a sua própria marca pessoal. No recrutamento diz-se que um bom currículo já não é suficiente. Nos negócios, as portas só se abrem quando há legitimidade reconhecida. No dia-a-dia, a galinha do lado tem sempre algo de referência que nos faz pensar sobre a nossa “galinha”. Foquemo-nos no desporto.

Embora seja um exercício por amostragem e com maior enfoque numa faixa de utilizadores de particular relevo junto dos millennials, olhemos para o que o instagram nos diz. No futebol, Cristiano Ronaldo tem 116 milhões de seguidores que comparam com quase 54 milhões e 18 milhões respectivamente do Real Madrid e da UEFA Champions League. No Boxe, Maywether tem mais de 19 milhões de seguidores que confrontam com um pouco mais de 50.000 (!) da World Boxing Association. No ténis, Rafael Nadal e Roger Federer andam ambos na fasquia dos 4 milhões de seguidores, muito acima do milhão que a ATP não atinge. As diferenças são de facto gritantes! O atleta, por si só, apresenta um alcance muito superior ao clube, competição ou entidade máxima do seu desporto.
Analisando o que se passa nas ondas, a história não é diferente mas apresenta as suas dinâmicas específicas. Primeiro, porque o surf é um desporto que se proliferou pela via da internet, onde as plataformas media tradicionais (TV em especial) surgem num plano importante mas secundário. Segundo, o desenvolvimento de carreiras no surf é um assunto completamente global, e, quem procura chegar ao topo tem de dar nas vistas nos quatro cantos do mundo. Terceiro, isto tudo obrigou cada surfista a criar o seu próprio plano de marketing. Numa lógica de conteúdos e entretenimento, o surfista profissional tem um mix de agenda que comporta competições, viagens e lançamento de vídeo clips que por sua vez procuram uma maximização de alcance através das plataformas web domésticas, sites internacionais, redes sociais ou mesmo em TV. Isto obrigou a terem uma equipa que integra profissionais de comunicação e audiovisual que se juntaram às vertentes tradicionais de treino na procura permanente do sucesso desportivo. É um trabalho a favor do ser mas também com garantia do parecer.
Tiago Pires fez este percurso quando provavelmente poucos o souberam vislumbrar. Tendo presente a sua origem numa nação, na altura, com baixa relevância no mundo do surf então dominado por anglo-saxónicos, Pires trabalhou conteúdos para potenciar e legitimar-se como um dos melhores do mundo. Voltando aos números, observe-se que Mick Fanning, ex-campeão mundial por três vezes, é seguido por um milhão de pessoas e que Kelly Slater, o “GOAT” do Surf (Greatest Of All Time), supera os 2 milhões, sendo que ambos veem nos seus patrocinadores principais números significativamente inferiores.
Repare-se em mais um facto. A hoje denominada World Surf League (WSL) fez o takeover à extinta Association of Surfing Professionals em 2015. No processo de centralização da liderança privada do surf, nem a internet nem as marcas dos atletas foram esquecidas na estratégia seguida. No caso da primeira, contrastando com o futebol, boxe e ténis, a competição/entidade tem mais seguidores (designadamente 2.6 milhões) que a estrela principal (Kelly Slater). No segundo ponto, essa marca individual foi deixada a favor da “next big thing”, referindo-me aqui ao facto da piscina de ondas da Califórnia ter mantido no nome de Kelly Slater (KS) mesmo depois da sua aquisição pela WSL. Embora exista a realidade futura no domínio olímpico que assim o exige, releve-se que a associação da piscina à marca KS foi um claro indutor para que ali já esteja calendarizada uma etapa do circuito mundial de elite em Setembro de 2018.
Vivemos então no mundo desportivo onde a tutela ou empregador são claramente menos top of mind que as estrelas da companhia. O colectivo pode mesmo estar nas mãos do individual. Já diziam os altos executivos que o sucesso começa sempre nas pessoas. Ou que parte supera o todo!"

A verruga de Maxi, os tijolos de Marega, Marcio Mossoró e Francisco J. Marques (...)

"José Sá
Porque ainda não sabemos se José Sá é um bom guarda-redes ou uma espécie de publicidade itinerante a uma barbearia hipster em Canidelo. Palpita-me que é mais esta segunda, mas o mais importante é saber aquilo que Jonas pensa sobre este assunto.

Maxi
Porque depois de perder a verruga, só lhe falta perder a pouca dignidade que ainda conserva desde que abandonou o Maior de Portugal a troco de meia dúzia de tostões. Nada melhor do que ser comido de cebolada por Cervi e Grimaldo numa noite fria de Dezembro.

Danilo
Por uma questão de cautela deverá recuar para o centro da defesa. A culpa não será dele, mas sim do ritmo frenético imposto pelo ataque do Benfica. Como jovem inteligente que é, Danilo aceitará esse destino com a maturidade que só muitos anos na formação do Benfica lhe poderiam dar.

Felipe
Para derrotar devidamente o Futebol Clube do Porto não basta marcar mais golos. É preciso derrotar os seus ideais. É preciso que a cultura portista termine o jogo prostrada no relvado. É isso que tem custado aos adeptos do FCP nos últimos anos. A sua identidade, que tantos e tantos títulos garantiu, tem sido repetidamente questionada em campo, onde mais dói. Felipe é hoje um dos mais fiéis representantes dessa forma de estar em campo. É um excelente jogador e parece um tipo do caraças, por isso é imperioso que termine o jogo de hoje exausto, derrotado, a rastejar na direção do balneário. Quanto mais dias um portista passar sem ganhar, mais sportinguista se sentirá, e essa, meus amigos, é a derrota suprema.

Alex Telles
O Porto escolhe o campo e nós ficamos com a bola. Tudo começará com uma jogada estudada. Passo a explicar: Jonas passa para Krovinovic, que guarda a bola como quem procura a desmarcação. Nisto, os restantes 9 jogadores avançam de peito feito na direcção de Alex Telles e fazem uma rodinha à sua volta. Depois de alguma calduços e alertas bem intencionados ao estilo maldoso do brasileiro, o jogo prosseguirá com uma série de golos do Benfica, a única admoestação que verdadeiramente incomoda Alex Telles.

Herrera
Costuma aparecer nos grandes jogos. É de manter a aposta (é uma piada sobre um canto, lembram-se?).

Marega
Não o Marega desta época, mas aquele que tinha uns tijolos no lugar dos pés. Otávio Já em Guimarães se percebia que havia ali potencial para Otário ser um dos jogadores mais irritantes do futebol português. Até o nome dele se presta a bons erros ortográficos. Otávio, assim sim, é tudo o que sempre sonhámos num adversário: um misto improvável de talento, forma de estar em campo e trejeitos faciais que não reconhecíamos desde Márcio Mossoró. Titular indiscutível, seja para nos rirmos no final ou para sofrermos como cães, apesar de eu nunca ter percebido bem essa mensagem dos Super Dragões. O cão é um animal bastante acarinhado na nossa sociedade.

Brahimi
Porque apesar de tudo esta palhaçada ainda é sobre futebol e Brahimi é dos melhores que por cá anda. Devemos querer sempre estas pessoas dentro de campo. Além disso, na eventualidade - a única possível - de uma derrota do Futebol Clube do Porto, metade dos adeptos da casa lembrar-se-ão que Brahimi é aquele tipo quezilento e meio blasé que nunca se percebe bem se quer estar ali ou noutro sítio qualquer. Os portistas são gente que não está para aturar estas angústias existenciais. Gosto muito disso neles.

Corona
Ah, espera, não pode. Caramba. Que pena, pá.

Francisco J. Marques
É sabido que a defesa do Benfica não tem pernas para Aboubakar ou para Soares, portanto acho que encontrei uma solução do agrado de todos, excepto talvez do técnico de informática do Benfica. Francisco Marques não está fisicamente preparado para a alta competição, mas acaba por ser divertido de acompanhar. Não tem manifestado grande interesse no jogo em si e também não é um rematador exímio, mas tem aquela aura de um Isaías: em cada 30 remates um vai à baliza. Volta e meia lá marca um golo, mas regra geral torna-se refém do seu estilo de jogo previsível. É quanto baste para nós esta noite."