segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Lixívia 6

Tabela Anti-Lixívia
Corruptos...... 18 (0) = 18
Sporting ..... 18 (+2) = 16
Benfica.......... 13 (0) = 13

Uma semana sem 'grandes' Casos, mas com excelentes exemplos de como o Tugão está inquinado até ao tutano:
- basta comprar o Rio Ave - Benfica, com o Rio Ave - Corruptos: nesta jornada, aos 34 minutos, já 3 jogadores Vilacondenses estavam Amarelados! Não coloco em causa a justiça das decisões, mas quando o Benfica visitou Vila do Conde, os Amarelos aos da casa 'custaram' muito em sair... logo nos primeiros minutos, o Rafa, foi varrido pela raiz, quando se isolava, e o cartão ficou no bolso... O mesmo jogador do Rio Ave que foi expulso esta semana, quando defrontou o Benfica, teve 3 a 4 entradas no mínimo para Amarelo, e acabou a partida, com 1 Amarelo... Esta semana o Danilo (Corruptos) depois de muito refilar, e à 7.ª falta (!!!) lá levou um Amarelo, quando faltavam poucos minutos para acabar o jogo...!!! Isto é recorrente...

No Bessa, o Boavista acabou com 2 Amarelos, ambos nos minutos finais... Isto depois de muita porrada, muitas simulações, muitas perdas de tempo...
Isto, além das questões 'disciplinares' tem uma enorme influência na forma como os jogos decorrem: a agressividade com que os nossos adversários jogam contra o Benfica é 'total', sem qualquer temor das consequências... Com outros, têm que 'gerir' as entradas, porque senão acabam o jogo mais cedo...

Outra forma manhosa de 'gerir' o jogo, são as faltas e faltinhas a meio-campo! Após a boa entrada do Benfica no Bessa, a partir dos 15 minutos, tivemos uma série de faltas contra o Benfica, que 'empurraram' claramente o Benfica para trás... Mais uma vez, não está em causa o critério da intensidade dos contactos exclusivamente neste jogo... Basta comparar dois lances:
- no 1.º golo do Boavista, poucos segundos antes, existe uma falta descarada sobre o Rúben Dias, quando o Rúben ao cabecear uma bola é agarrado pelo braço... Soares Dias deu lançamento lateral para o Boavista, a seguir, deu golo!!!
- no 2.º golo do Boavista, a falta que é assinalada contra o Benfica não existe: é o jogador do Boavista que tenta usar o corpo para não deixar o Augusto jogar a bola de cabeça, e depois é o mesmo jogador do Boavista que tenta afastar o Augusto com o braço... e quando não 'resultou', deixou-se cair!!!

Antes disso, já o Fábio Espinho, um dos artistas do mergulho, tinha 'agredido' o Filipe Augusto (40 minutos) com uma entrada de pitõns... é verdade que não acertou em cheio, mas acertou de raspão!!! Até os famosos 'juízes' do Nojo, defenderam o Vermelho Directo...!!! Soares Dias nada marcou...!!!

No golo do Jonas, no início da jogada parece que o Luisão faz falta na recuperação de bola: é uma daquelas jogadas de 'intensidade' e isso explica o VAR não ter actuado... mas pareceu-me falta!


No Alvalixo, Manuel Oliveira, voltou a andar disciplinarmente 'perdido' como é habitual... Destaco mais uma pisadela, do Alan Ruiz: é o terceiro jogo consecutivo, com o Argentino a 'ferrar' os pitõns nos adversários, e os árbitros nem marcam falta!!!

Em Vila do Conde, como já referi anteriormente, não houve Casos, mas Jorge Sousa, que habitualmente retarda os Amarelos, desta vez não perdoou nada (ao Rio Ave)...
Também 'gostei' de ver o Amarelo ao Marcelo: o cartão é justo, mas a jogada é um daqueles contra-ataques muito perigosos, onde os Corruptos recuperaram a bola, em falta (descarada)!!! Se o Marcelo não fizesse falta, a probabilidade de ser golo era enorme... Este tipo de 'recuperações' (em 'aparente' falta...) ao Benfica, são expressamente proibidas... Não são penalty's, mas decidem jogos... e ajudam a inclinar partidas!!!

Duas notas:
- No Paços-Setúbal o VAR 'decidiu' não decidir!!!
Na repetição a bola 'parece' entrar na baliza do Paços... mas, o ângulo pode levar o espectador ao erro: o facto de se 'ver' relva entre a linha e a bola, quando esta bate no relvado, não quer dizer que a bola está totalmente dentro da baliza... Muito provavelmente os VAR's tiveram uma 'formação' sobre este 'problema', mas os espectadores não tem toda a informação necessária!!!
A única forma de não ter este 'problema' de perspectiva, é 'obrigar' a PorkosTV a ter duas câmaras em cima da linha de fundo, como acontece nos jogos transmitidos na BTV...!!!
- A nomeação dos VAR's também começa a dar 'polémica'! Os lagartos nos últimos 3 jogos, tiveram sempre o Tiago Martins como VAR!!! Como o Lagarto Tiago Martins foi o árbitro principal noutro jogo do Sporting, em seis jornadas, o Tiago Martins foi nomeado para quatro jogos do seu Clube...!!!
Como o VAR está instalado na Cidade do Futebol em Oeiras, por razões logísticas, é normal os VAR's serem quase sempre árbitros de Lisboa e arredores...
Em tese, eu não tenho nada contra os VAR's serem um grupo restrito: se o grupo de VAR's for muito 'pequeno' a probabilidade do critério ser consistente, é maior...
O problema é que não existe 'regras'! Ao contrário do que acontece com os árbitros principais, onde existe uma 'catrefada' de regulamentos, obrigando a 'rodar' praticamente todos os árbitros, por todos os Cubes... para os VAR's esses regulamentos não existem...
Como tudo isto é uma 'experiência', existem duas possibilidades: aprovar regulamentos que obriguem os VAR's a 'rodar' por todos; ou criem um grupo restrito (4 ou 5 VAR's), como acontece com videoárbitros noutras modalidades (na NFL por exemplo...), e metam os 'mesmos' em todos os jogos.


Anexos:
Benfica
1.ª-Braga(c), V(3-1), Xistra (Verissímo), Prejudicados, (4-1), Sem influência no resultado
2.ª-Chaves(f), V(0-1), Sousa (Tiago Martins), Prejudicados, (0-3), Sem influência no resultado
3.ª-Belenenses(c), V(5-0), Rui Costa (Vasco Santos), Beneficiados, Sem influência no resultado
4.ª-Rio Ave(f), E(1-1), Hugo Miguel (Veríssimo), Prejudicados, Impossível contabilizar
5.ª-Portimonense(c), V(2-1), Gonçalo Martins (Veríssimo), Prejudicados, (4-0), Sem influência no resultado
6.ª-Boavista(f), D(2-1), Soares Dias (Esteves), Beneficiado, Prejudicados, Impossível contabilizar

Sporting
1.ª-Aves(f), V(0-2), Tiago Martins (Pinheiro), Nada a assinalar
2.ª-Setúbal(c), V(1-0), Paixão (Hugo Miguel), Beneficiados, (0-0), (+2 pontos)
3.ª-Guimarães(f), V(0-5), Hugo Miguel (Sousa), Nada a assinalar
4.ª-Estoril(c), V(2-1), Godinho (Tiago Martins), Beneficiados, Impossível contabilizar
5.ª-Feirense(f), V(2-3), Soares Dias (Tiago Martins), Nada a assinalar
6.ª-Tondela(c), V(2-0), Manuel Oliveira (Tiago Martins), Nada a assinalar

Corruptos
1.ª-Estoril(c), V(4-0), Hugo Miguel (Luís Ferreira), Nada a assinalar
2.ª-Tondela(f), V(0-1), Veríssimo (Malheiro), Beneficiados, Impossível contabilizar
3.ª-Moreirense(c), V(3-0), Manuel Oliveira (Tiago Martins), Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
4.ª-Braga(f), V(0-1), Xistra (Esteves), Beneficiados, Impossível contabilizar
5.ª-Chaves(c), V(3-0), Rui Oliveira (Hugo Miguel), Nada a assinalar
6.ª-Rio Ave(f), V(1-2), Sousa (Godinho), Nada a assinalar

Jornadas anteriores:
Épocas anteriores:
2016-2017
2015-2016

Vontade e crença

"É esse o grande e imediato desafio do Benfica e de cada benfiquista. Manter o entusiasmo. Apesar do concreto momento.

1. Aprendemos com Napoleão Bonaparte que «o entusiasmo é a maior força da alma. Conserva-o e nunca te faltará o poder para conseguires o que desejas»! É esse o grande e imediato desafio do Benfica e de cada benfiquista Manter o entusiasmo. Conservá-lo. Apesar do concreto momento e das suas actuais circunstâncias. A derrota do Benfica no Estádio do Bessa foi uma derrota dolorosa mas, digo-o, oportuna. Se há, de verdade, derrotas oportunas. Mas sabemos, desde Henrik Ibsen, que «se duvidas de ti mesmo, está vencido de antemão». E o Benfica, este Benfica, não pode duvidar de si mesmo. Tem um plantel ambicioso e com qualidade. Tem jogadores experientes e solidários. O plantel, está fechado e não pode haver, até finais deste ano, mais entradas. Por isso o que importa (re)construir será feito, terá de ser feito, com os recursos humanos que estão no Seixal. Onde importa que haja muita tranquilidade - e diálogo directo - agora que está reformulada, formalmente a nível directivo, academia de formação. O que sabemos, e sabemos bem, é que com a derrota frente a um Boavista matreiro, principalmente na segunda parte, deixou de haver margem de erro. O Benfica, este Benfica, continua a depender apenas de si próprio para a desejada conquista do penta. Mas para que essa conquista se concretize não pode delapidar pontos e tem de mostrar consistência defensiva e efectividade ofensiva. Para além de mostrar um meio campo que construa e não, apenas, e em muitos momentos, um meio-campo que distribua. Sabemos bem, igualmente, que as equipas adversárias - incluindo as da Liga dos Campeões - já conhecem o sistema e o modelo de jogo do Benfica. Até as suas variações. Ou, diria, variantes. É o resultado do necessário e profissional estudo que implica, acredito, e da parte do Benfica, soluções inovadores que surpreendam as equipas que defrontam, com muita a acrescida vontade, um Benfica, este Benfica que é tetracampeão. Acredito que alguns julgariam que a reconstrução da equipa após muito rentáveis saídas não seria uma tarefa tão complexa. Acredito, mesmo, que alguns julgariam que certos nomes nem necessitavam de avaliação nem sequer de evidente ambientação. E essa crença, desajustada e imbuída até de um certo deslumbramento, nem se demonstra inequivocamente nem, em certos casos, se vislumbra claramente. Daí que a margem de erro seja diminuía. Mesmo diminuta. Já que perante o não deslumbramento de individualidades não se descortina, por ora, um colectivo que apague, ou sequer abafe, uma desilusão que já vem em crescendo e que tem nos jogos frente ao Portimonense e ao CSKA diferenciados momentos de menos prazer e de intensa dor. E logo na época em que o grupo da Liga dos Campeões nos antecipa - sim antecipa! - uma presença atractiva nos oitavos de final dessa competição e disputamos uma Liga interna em que sabemos que só o seu vencedor tem acesso à próxima fase de grupos da Liga dos Campeões. E constatando que, mesmo sem uma consistência exibicional categórica, Sporting e Futebol Clube do Porto mostram algum poder consubstanciado nos pontos totalmente alcançados. E a margem de erro, diminuta, não pode ignorar que um e outro se vão defrontar no dia das eleições autárquicas, bem distantes de uma polémica sem sentido acerca da compatibilização entre o dever cívico de votar - onde está, entre nós, o direito de não votar! - e o direito de assistir a jogos de futebol. E a qualquer outro jogo ou evento já que a própria Lei em vigor já consente  voto antecipado e tenho efectivo conhecimento que muitos que acompanham o futebol já o concretizaram em múltiplos actos eleitorais. E sabendo nós, todos nós, que se o voto é a arma do povo também a diminuta margem de erro é o lema do Benfica até a esse marcante dia da representação do localismo - municípios e freguesias - em Portugal! E, mesmo com esta dor que nos invade a alma, nos dois jogos desta semana, na Luz, o entusiasmo e a unidade ao redor da equipa tem de ser sentida desde o aquecimento e vivida desde logo, e com fervor, nos instantes iniciais dos complexos confrontos face ao Sporting de Braga e ao Paços de Ferreira. Que antecedem a visita ao Basileia para a segunda jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Sabendo sempre, desde Maquiavel, que «onde há uma vontade férrea não pode haver dificuldades»! E com crença! Crença e querença!

2. Permitam-me duas referências especiais. Uma para constatar o mau estado do relvado do novo Estádio dos Barreiros. Fui ver parte do jogo que opôs o Marítimo ao Desportivo das Aves e é público e bem notório que as condições do terreno de jogo não pareciam as adequadas para um jogo de futebol, fosse ele das competições profissionais fosse de competições não profissionais. Importa analisar, com todo o cuidado, as condições dos relvados e não permitir que elas - as condições - ponham em causa qualquer jogador e a sua integridade física. A segunda referência para secundar a vontade sadina - a do Vitória de Setúbal - no sentido de escutarmos a comunicação entre o árbitro Vítor Ferreira e o VAR - o videoárbitro - no lance ocorrido aos 49 minutos do jogo da passada sexta feira na capital do móvel, já que também nos parece - na nossa visão televisiva - que a bola terá ultrapassado a linha de baliza do Paços de Ferreira. Esta comunicação decerto que existe. E até poderá acontecer que no momento em que o estimado(a) leitor(a) ler esta reflexão ela já tenha sido - e bem  divulgada. Mas o futebol, o nosso futebol, se exige relvados adequados tem de assumir a plena igualdade de tratamento em relação a todos os intervenientes de uma indústria que tem de atrair investidores e não afastar patrocinadores. Já que desde a Grécia antiga, em rigor desde Sólon, sabemos bem que «a igualdade não gera guerras»!

3. A força de Neymar em Paris e no PSG está também no número de camisolas vendidas - apenas as oficiais! - no espaço de um mês: 120 000! Impressionante!"

Fernando Seara, in A Bola

Um vermelho muito pálido no arranque

"Sucesso de Sporting e FC Porto fez aumentar a angústia do Benfica; e ainda a angústia de ver a tutela do Desporto entregue ao deus-dará...

Sporting e FC Porto mostraram-se consistentes e ultrapassaram, de forma nítida, Tondela, um crónico cliente difícil em Alvalade, e Rio Ave, no sempre complicado reduto dos Arcos. Assim, aos problemas resultantes de uma produção futebolística menor, o Benfica junta também uma desvantagem de cinco pontos, à sexta jornada, para os principais rivais. Muito água correrá debaixo das pontes até ao fim do campeonato e a história das 28 jornadas que faltam cumprir está por escrever. Mas, para já, os tons de vermelho são os mais pálidos.

Regresso ao tema da proibição de jogos de futebol profissional em dia de eleições e à argumentação surrealista do secretário de Estado da Juventude e Desporto (SEJD), em entrevista à edição em papel do Expresso. Quando questionado sobre outros espectáculos e demais actividades de acesso público, o governante diz isto: «A minha tutela é o Desporto, é com isso que me preocupo». Então como é? Cada ministro ou secretário de Estado faz a sua lista de proibições e daí nasce uma lei que se quer genérica e universal? Ou a questão é abordada na base dos conceitos, como não pode deixar de ser em qualquer país civilizado? A ser como João Paulo Rebelo (assim se chama o SEJD) diz, a ministra do Mar decretaria a proibição de ir à praia em dia de eleições, o ministro do Turismo impediria as excursões, enquanto que a tutela dos espectáculos trataria de proibir cinema, teatro e concertos. Até podia ser que fosse a própria ministra da Presidência a impedir as missas em Igrejas que ficassem a menos de um quilómetro das mesas eleitorais. Brincadeira de mau gosto, não é? Mas há pior. É só ler o que João Paulo Rebelo diz ao Expresso, revelando uma total falta de respeito por quem vai ao futebol: «Imagine a cerveja e o courato pelo meio e as pessoas a tentarem chegar às assembleias de voto...» Mais dia, menos dia, depois das autárquicas, haverá remodelação governamental. António Costa, homem inteligente e de bom senso, dotado de transcendente sensibilidade política, bem que nos podia fazer o favor de emendar o erros de casting que cometeu quando decidiu entregar, em segundas núpcias, a tutela do Desporto a João Paulo Rebelo. Já houve governantes mauzinhos nesta área, mas não há memória de algum que estivesse tão mal preparado quanto este...

(...)
'All blacks0 dinamitam 'springboks': 57-0 !!!
Nos 111 anos de história dos confrontos entre os all blacks e os springboks, nunca os neozelandeses tinham ganho por tantos. No último sábado, os kiwis destroçaram a oposição sul-africana por 57-0 e um dos oito ensaios dos all blacks, protagonizados por Skudder e Barrett, entra na lenda do râguebi mundial."

José Manuel Delgado, in A Bola