sábado, 9 de setembro de 2017

Higiene de Low

"O seleccionador alemão Joachim Low parece viver com a descontracção de quem não tem ninguém a olhar para ele, o que me parece, hoje, um estado de espírito cada vez mais impossível, até invejável. Não têm sido raras, por isso, as ocasiões em que é surpreendido nos jogos a cheirar o suor nos sovacos, a tirar macacos do nariz ou a deslizar a mão pelas calças abaixo, à frente e atrás, para cheirar depois. Surpreendido ou talvez não queira saber. É, de qualquer forma, notícia quando o faz e há vídeos desses momentos burlescos na internet; evidentemente. A intensidade dos nossos odores corporais é uma curiosidade para nós. Ou seja, a questão não é o que Low tem feito - porque isso toda a gente fez -, a questão é que o faça sentado no banco de suplentes da Alemanha, claro.
Low, na verdade, é até bastante asseado ou não tivesse ele dito o que disse da javardice entoada por alguns alemães na bancada do recente jogo na República Checa, de qualificação para o Mundial, responsáveis pela evocação de simbologias e terminologias nazis. Criticou Low no final do jogo: «Não estou triste, estou furioso! Esses não são nossos adeptos. Como equipa de futebol, representamos os valores de um grupo, o esforço, a tolerância, a abertura de espírito da Alemanha. São uma vergonha para o meu país. Estou enjoado!» No final do jogo, os próprios futebolistas alemães recusaram cumprimentar os adeptos na bancada, apesar destes terem viajado a Praga para acompanhá-los.
Nestes tempos em que o Mundo regressa aos anos 30 - bem, na verdade já está quase nos anos 30 outra vez, mas de um novo século; talvez seja por isso... -, com imbecis dedicados a revisionismos históricos e entendimentos nacionalistas e racistas sem qualquer fundamento, da Alemanha nos Estados Unidos, é necessário que quem ocupa cargos como o de Joachim Low se rebele contra estas escandalosas, à vista de toda a gente, faltas de higiene."

Miguel Cardoso Pereira, in A Bola

Solução Pizzi foi 'quase' um problema

"O que fez com que o Benfica nunca tivesse o controlo do jogo?
Uma dinâmica coletiva que levasse a equipa a pressionar alto e condicionasse a saída de bola do adversário. O Portimonense aproveitou a liberdade que teve na fase decisiva da construção. Mesmo em vantagem numérica, houve pouca intensidade e agressividade. A falta que Fejsa faz...

O que comprometeu a fluidez do jogo encarnado?
Especialmente, a pouca precisão de Pizzi no passe. Por norma, ele é a solução, desta vez foi quase um... ‘problema’, ainda que tenha sido ele a desmarcar Salvio no lance do penálti. Empurrado para zonas de menor influência, ‘sem’ Pizzi o jogo do Benfica perdeu eficácia, amplitude, versatilidade. Vitória quis dar mais opções com a entrada de Filipe Augusto, mantendo Samaris, pois ambos têm capacidade para construir. A intenção foi boa, o resultado nem tanto.

Zivkovic justificou a chamada ao onze?
Absolutamente. O sérvio já tinha sido o grande agitador em Vila do Conde e voltou a mostrar que se encontra num bom momento e que pode agarrar o lugar. Trouxe várias soluções, buscando o jogo interior, a finalização e o desequilíbrio entre linhas.

O autocarro do Portimonense ficou no Algarve?
Nem saiu da garagem. Na Luz, o Portimonense estendeu-se por todo o campo, protegendo-se mais nalguns momentos, mas sempre com a mira na baliza de Varela."


PS: Esta ideia de que o Portimonense jogou de «peito feito» na Luz, é um absurdo. É verdade que que criaram perigo em contra-ataque; é verdade que têm jogadores capazes de fazer 'arrancadas' de vários metros sem perder a bola; é verdade que aproveitaram a intranquilidade do Benfica nos últimos minutos; é verdade que outras equipas na Luz, atacam muito menos; mas o anti-jogo do guarda-redes existiu desde do primeiro minuto; e a pressão defensiva foi feita por todos os jogadores, incluindo o mais avançado; além de duas linhas defensivas muito fechadas (4-5)... Conclusão, existem autocarros maiores, mas nem tanto à terra nem tanto ao mar...!!!

Mais finais felizes

"Afinal, a ‘tal’ carne para canhão é dura de roer. Leões e águias sofreram (e muito) para celebrarem triunfos perante adversários ‘menores’ mas que lutaram bravamente e alimentaram a dúvida até final. O Feirense do jovem lobo Nuno Manta e o Portimonense da velha raposa Vítor Oliveira merecem grandes elogios.
Os leões até podem dizer que sofreram desnecessariamente. A vantagem de dois golos deveria ter sido suficiente para escapar a tamanha angústia. Tiveram, no entanto, que esperar pelo penálti (claro) de Bas Dost no último minuto para garantir os 3 pontos. Diga-se que este é o tipo de jogos que pode dar títulos ou... arrasa uma equipa. Este Sporting parece quer seguir o melhor caminho.
Desta vez, o VAR ‘ajudou’ o Benfica numa decisão correta mas que não deixou de criar terrível suspense. A águia não está propriamente exuberante e até ouviu assobios. Conseguiu o essencial, mas atenção a alguns sinais de alarme.
Foi preciso Portugal ir à China para voltar a uma final de um Mundial de hóquei em patins. E, convenhamos, depois de arranque tão frouxo, ninguém diria que lá chegaríamos. Ontem, vingámo-nos dos argentinos e agora (re) viveremos um momento do qual temos tantas saudades. Veremos se teremos direito a mais festa."

Primeira jornada de mercado fechado

"Algo está a mudar. Até o presidente da UEFA começa a fazer pressão.

A jornada deste fim de semana, que já ontem começou com os jogos Feirense- -Sporting e Benfica-Portimonense, marca o arranque da época futebolística com o mercado fechado. Em Portugal e nas Ligas europeias. É com estes plantéis que os treinadores vão para a guerra. Para o bem e para o mal. A falta de sincronia entre o começo dos campeonatos e o encerramento do período de inscrição de jogadores é um tema recorrente na agenda futeboleira. De ano para ano se tem notado a subida de tom do coro dos que defendem o fim do actual ‘status’. É como uma bolinha de neve que ganha volume. Em Inglaterra (a nação dos pais do futebol) já arrepiou caminho e no próximo ano o mercado fecha antes de se realizar a primeira jornada, no que respeita a compras.
Nesta semana, o próprio presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, conferiu mais solenidade (e importância) ao assunto, quando disse que não é positivo para o futebol ver jogadores a começar um determinado campeonato com o mercado por fechar. "É uma longa incerteza que se instala." Em suma, algo está a mudar. Os treinadores aplaudem. Imagine-se o que é trabalhar uma pré-época em função das características de determinados jogadores e depois, após duas ou três jornadas, vê-los partir. O mecanismo do mercado, com as trocas de jogadores, entradas e saídas e todo o entusiasmo que isso gera, é um dos grandes aliciantes do futebol. Mas cada coisa a seu tempo. Assim parece que se começa a comer antes do almoço estar pronto.

O bom exemplo de Casillas
O ingresso de Casillas no FC Porto, em 2015, foi um ‘upgrade’ para a Liga portuguesa. Que passou a contar nas suas fileiras com um dos mais prestigiados futebolistas do Mundo. Iker procura amanhã manter a baliza limpa, à quinta jornada. Um feito. A qualidade não prescreve.

Um caso de estudo
O que aconteceu neste defeso no FC Porto, no que ao mercado diz respeito, é algo que pode vir a tornar-se um caso de estudo, se a época correr bem aos dragões. Não vieram reforços. Mas alguns jogadores, como Danilo, foram considerados intransferíveis. O que vale mais que reforços.

Tomada de pulso
O Sp. Braga foi um dos clubes que mais mexeram no plantel após o início do campeonato. Assente a poeira, Setúbal será, neste fim de semana, um bom teste à renovada equipa."

Labrego intelectual e o Sr. Nhaga

"Não ajudam Bruno de Carvalho a parecer intelectual

Bruno de Carvalho, num exercício de gosto duvidoso em mais uma "entrevista" capaz de lembrar monólogos venezuelanos, não tinha necessidade de dizer que "são todos intelectuais" e ele "um labrego". Era desnecessário afirmar que é um "labrego". Bruno de Carvalho, em respeito pelo cargo que desempenha, pela instituição que voltou a ter um pavilhão por sua forte determinação e pelos sócios que democrática e irrefutavelmente o conduziram à sua cadeira de sonho, devia aprender com aqueles que, aos olhos de uma opinião pública distraída ou, se preferirem, sectária, passam por intelectuais. A sua equipa directiva, a avaliar pelos resultados, não o ajuda nesse sentido. Percebe-se. No tempo de João Rocha, por exemplo, é que os dirigentes, amadores, não tinham problemas em bater com a porta – não perdiam nada.
Bruno de Carvalho teve tempo suficiente para reparar no exemplo do vizinho que, tristemente, o destratou na casa dos sportinguistas. O leão devia aprender qualquer coisa com o homólogo do Benfica. Até, se calhar, acabaria por parecer um intelectual, mesmo sem ter de deixar para a sua equipa as respostas, por escrito, às entrevistas, como faz Luís Filipe Vieira, segundo a denúncia do director de Comunicação do FC Porto. Resta saber se é verdade. As águias ainda não desmentiram. Talvez A Bola TV tenha as imagens das entrevistas para exibir. Vou perguntar ao sr. Nhaga se sabe."


PS: Quando até os mais fanáticos anti-Benfiquistas, escrevem coisas destas...!!!
Então foi o Vieira que destratou o Presidente do Sporting?!!!
Então as denúncias, sem provas, do director de comunicação dos Corruptos, são suficientemente 'graves' para mandar um bitaite?!!!

Diz-me, espelho meu há alguém no futebol melhor do que eu?!...

"Bruno de Carvalho citou um meu artigo publicado nestas colunas do Record em 19 de Agosto, na sua histórica ‘entrevista’ concedida à Sporting TV, na passada terça-feira, confessando-se muito indignado e prometendo-me um processo judicial, alegadamente por o ter apelidado de mentiroso. 
Tinha a certeza de que não o havia feito, mas fui reler o artigo. Nada. Tentei, então, tentar perceber a razão pela qual o presidente do Sporting se revelou tão assanhado com esse meu artigo, que ele diz NÃO ser de opinião e põe em causa o ganha-pão e a família. Só pode ser porque defendi, desde a primeira hora – desde que as imagens foram públicas – que presidentes de clubes não podem ter, em circunstância alguma, o comportamento que Carlos Pinho e Bruno de Carvalho tiveram no ‘túnel de Alvalade’. E por isso defendi um castigo mais pesado para o presidente do Arouca (convicto da maior gravidade das suas acções) e um castigo suficientemente penalizador para o presidente do Sporting. Este tipo de ‘túneis’ só fazem mal ao futebol.
O segundo motivo pelo qual o presidente dos leões se revelou tão assanhado com esse meu artigo, aqui, no Record, só pode ter a ver com a ironia então utilizada, porque – na minha OPINIÃO, e aqui é sempre a minha opinião que está em causa e a de mais ninguém… —, considerando os argumentos utilizados por Bruno de Carvalho e os do seu director de comunicação, esses argumentos só poderiam ser validados, em sede de recurso, no sentido da absolvição, se o ‘juiz’ fosse… Nuno Saraiva. É que Bruno de Carvalho quer fazer vingar a tese de que só expeliu fumo/vapor para a cara de Carlos Pinho, que reteve na boca por alguns segundos, quando se apercebeu que o presidente do Arouca se lhe dirigia, porque este o empurrara (com o braço direito). É uma justificação estapafúrdia, que só engole (com ou sem fumo) quem quiser.
Já todos sabemos que o presidente leonino não gosta de perder, e isso, até certo ponto, é saudável. Um presidente competitivo é melhor do que um presidente alheado. E, pelos vistos, cansado de ser alvo de tantos processos, também quer passar à condição de fautor dos ditos cujos. Também neste caso confunde tudo, confunde todos, e promete processos a quem puser em causa a sua sabedoria de Rei Salomão. A técnica é velha; não é de um inovador.
Bruno de Carvalho quer transmitir a mensagem de líder de um novo mundo. O (tal) inovador. O reformador. O revolucionário. O todo-poderoso. O único que sabe. O único capaz de corrigir as deformações do velho mundo. Acha-se capaz de vencer tudo e todos, mesmo que às vezes apareça sozinho, ou pouco rodeado, perante exércitos bem mais organizados. Acha-se o melhor estratego, mas estratégia é algo que não sabe usar. Acha-se portador de um poder que não tem. E, narcisicamente – como se televiu nessa histórica ‘entrevista’ à Sporting TV –, acha que, em termos de comunicação, não recebe lições de ninguém, quando esse é de facto o seu maior problema. A comunicação deveria ser selectiva e não em massa, porque desta forma a ‘estupidificação em massa’ transforma-se em ‘estupidificação em missa’, e a mossa que faz é na sua própria credibilidade, que faz tanta questão em autoproclamar.
O presidente do Sporting estava particularmente agitado naquela histórica noite de terça-feira: com picos de euforia e de uma teatralidade pouco natural, usando e abusando do ‘moderador’, que nunca deve ter vivido – coitado – um momento tão aviltante como aquele. Insurgiu-se, depois, no Facebook (que anunciara solenemente deixar para depois fazer marcha-atrás…) contra as críticas à sua prestação televisiva, sentindo-se incompreendido pelo facto de darem mais importância ao estilo e à forma do que propriamente ao conteúdo.
Exactamente: alguém (não sei quem...) tem de explicar ao presidente do Sporting esta elementaridade de que é ele próprio quem causa a distracção dos seus conteúdos. Com tantos tiques de representação, não acha difícil que alguém o leve a sério? Como pode ambicionar que alguém o leve a sério se está sempre a colocar-se num palco de stand-up comedy? Será que, depois de ter revisto a sua prestação televisiva, não dá conta do péssimo serviço que prestou a si próprio, ao futebol e ao Sporting CP?
Um caso perdido? A pior coisa que pode acontecer a um presidente eleito, visto como uma esperança, é ser dado, de repente, como inepto. E Bruno de Carvalho está a colocar-se a jeito. Lamentavelmente. O ‘planeta’ e os ‘satélites’ são todos iguais, no actual Sporting. Autocrítica? Isso é coisa de… outra galáxia.

Jardim das Estrelas -- 3 estrelas
‘Chouriço’ ou ‘obra-prima’?
Da mesma maneira que um ‘chouriço’ pode ser considerado uma ‘obra-prima’, também uma ‘obra prima’ pode ser considerada um ‘chouriço’. A verdade é que André Almeida meteu a bola na baliza do Portimonense, salvando o Benfica de uma situação comprometedora. Segundo Vítor Oliveira, na Luz houve um ‘chouriço’, um penálti mal assinalado (por simulação de Salvio) e é esta dialéctica que o futebol vai ter sempre, porque entre chouriços, obras-primas, penáltis que sugerem ‘colinhos’ e penáltis que resultam de "empurrões evidentes’ haverá sempre milhares de teses. Uma coisa parece indiscutível: a bondade da decisão do árbitro (via VAR) no lance da anulação do segundo golo do Portimonense - e isso merece ser celebrado, porque o VAR é para acrescentar verdade ao futebol e não para lhe tirar (como já aconteceu na Liga portuguesa). Um sublinhado especial para o bom jogo realizado pelo Feirense e pelo Portimonense, frente a Sporting e Benfica. Nuno Manta e Vítor Oliveira perderam, mas deram muito trabalho a Jorge Jesus e Rui Vitória.

O Cacto
A arma dos fracos
Nada, mas mesmo nada, justifica actos de violência, ameaças, chantagens e tudo aquilo que percebemos existir sempre que as decisões dos árbitros e agora dos videoárbitros não são consentâneos com determinados interesses clubísticos ou mesmo quando se tratam de erros grosseiros, como aquele que o VAR Vasco Santos cometeu no recente Benfica-Belenenses, na avaliação do lance entre Eliseu e Diogo Viana. A violência é a arma dos fracos. Mas a hipocrisia dos comunicados é uma outra arma, que violenta a inteligência. Os vidros dos telhados estão todos estilhaçados."


PS: É tão bonito, quando as comadres de zangam... mesmo quando é a fingir!!!

Os árbitros e o discurso de ódio

"Na sequência da vandalização do prédio onde mora o árbitro Vasco Santos, o Conselho de Arbitragem (CA) da FPF fez um pungente apelo ao fim do «discurso de ódio dos agentes desportivos (que) tem como principal vítima a arbitragem - e o futebol! -, o que é insuportável e inaceitável». No mesmo comunicado pode ainda ler-se que existe um «comportamento irresponsável de agentes desportivos em relação aos árbitros e à arbitragem», juntando o CA que «os castigos a árbitros são efectivos enquanto os castigos a dirigentes desportivos produzem reduzido efeito prático». A terminar é feito um apelo «às autoridades públicas para que não esperem por uma tragédia para intervir».
Apesar de estarem carregados de razão, os árbitros dificilmente encontrarão o respaldo que merecem; porque o poder público só sabe andar de joelhos perante os clubes e porque os clubes, que se veem com a faca e o queijo na mão, não querem que nada mude, vivendo, ao que parece, quase todos confortáveis no lodaçal em que está transformado o futebol português.
Nunca, como hoje, o debate foi tão rasteiro, tão básico, tão desprovido de ideias, resumido a uma série de provocações e de arruaças. Nunca, como hoje, a insinuação e a calúnia foram a regra e não a excepção. Nunca, como hoje, a criaturas que nada têm a ver com o futebol foi dado o palco que deveria ser ocupado por quem faz o espectáculo dentro das quatro linhas. Nunca, como hoje, o futebol deu um contributo tão negativo à sociedade, tomando-se num mero sinónimo de local mal frequentado. Nunca, como hoje, o futebol português precisou tanto de parar para pensar."

José Manuel Delgado, in A Bola

Cadomblé do Vata

"1. Tirar o Lisandro e meter o Augusto é puxar a bola da bancada para dentro do campo... se o argentino fosse jogador de futsal, não havia uma janela intacta no Pavilhão da Luz.
2. Existem críticas que de tão repetidas, chegam a ser irritantes... vá digam lá outra vez "o Almeida não acerta um cruzamento".
3. Mesmo a jogar contra 10, precisamos da análise do VAR para não perdermos 2 pontinhos preciosos em casa... é bom que esta noite, para além de camisolas, o SLB ofereça também aos árbitros, umas latas de verniz anti-graffiti.
4. Para além dos 3 pontos, a única coisa que se aproveitou foi a exibição do Zivkovic na 1ª parte... o pé esquerdo dele trata a bola com tanta delicadeza, que de cada vez que a pontapeia ela responde "oh si cariño, se a ti te gusta, a mim m'encanta".
5. No futebol, as opiniões dos adeptos são altamente voláteis... há uns meses os benfiquistas ficaram todos "4 jogos de suspensão para o Samaris é uma vergonha"... hoje ao intervalo os benfiquistas só pensavam "caramba este gajo devia ter sido condenado a pelo menos 6 jogos em doca seca"."

(...) elogia aquele funcionário exasperado que nos diz “ó meu amigo, só tenho dois braços e duas pernas” (isto é, André Almeida)

"Bruno Varela
Voltou a cumprir o seu curioso ritual pré-jogo, que consiste em beliscar-se violentamente até um colega confirmar que isto está mesmo a acontecer. Não só acontece como até se pode dizer que corre bem. Mais duas ou três defesas decisivas como as que fez hoje e a cláusula de rescisão passará aos proverbiais 45 milhões. Se essa venda acontecer, belisquem-me. Ainda tem tiques de guarda-redes de equipa pequena, como aquele pontapé na direcção das Laranjeiras aos 93 minutos, como se jogasse no Portimonense e estivesse a ganhar fora ao Benfica, o que só por acaso não aconteceu. Por acaso e, também, por causa do nosso Varela.

André Almeida
Enorme. Os mais preciosistas irão discutir se o seu cruzamento-remate foi intencional, mas apenas uma coisa é certa: a intenção de André Almeida é sempre ajudar a equipa a ganhar os jogos. Grande, fabuloso golo a coroar mais uma exibição que foi alternando entre o seguramente mediano e o medianamente seguro. André Almeida é aquele funcionário exasperado que nos diz "ó meu amigo, só tenho dois braços e duas pernas". E nós anuímos, esmagados pela intransigência da anatomia humana.

Lisandro López
Uma inexplicável confiança em si mesmo levou a que cometesse dois erros caricatos em apenas 5 minutos, entregando a bola a adversários em zona perigosa. Terá elevado a auto-crítica ao absurdo, questionando a sua própria titularidade junto de Rui Vitória, que prontamente o substituiu por Filipe Augusto. Talvez não pareça, mas é esse o caminho. Que mantenha este ceticismo enquanto for titular. Só duvidando sistematicamente da sua capacidade para a prática da modalidade poderá ser uma solução para esta defesa. Em suma, se não inventar já é bom.

Luisão
Acertou há momentos a sua marcação a Fabrício, esse mago brasileiro de uma equipa patrocinada não pela McDonalds mas por um franchisado da McDonalds. Luisão revela a condição física de um titular na equipa dos Amigos do Figo. Talvez dê para anular o Vieri com 30 quilos a mais, mas vai ser encavado pelo Van Nistelrooy.

Eliseu
Aos 71 minutos, com a bola à mercê do seu afamado pastel, decidiu ajeitou com o pé esquerdo e rematou com o pé direito. Digam-me se isto tem alguma lógica. Digam-me.

Samaris
Talvez por nunca ter tido um Tamagotchi, foi excessivamente meigo com Nakagima e companhia. Procura assumir o jogo como se nos tentasse dizer: “olhem para mim, eu quero ser mais do que um mero Fejsa, eu sou um estratega meus amigos”, mas enquanto o sérvio destrói sem misericórdia os adversários no meio-campo e atira os seus corpos esquartejados ao Tejo em sacos de cimento, Samaris deslumbra-se, comove-se com a poesia da violência nesta zona do terreno e dá por si a perdoar a vida dos adversários. Não pode. É assim que se acaba esquartejado a flutuar no Tejo. Taticamente falando, claro.

Pizzi
Com Pizzi a 100%, o Benfica é um avião topo de gama da Emirates e os adeptos viajam em primeira classe, com todas as mordomias e mais alguma. Turbulência é pouca ou nenhuma e quando damos por nós já aterrámos no Marquês e somos campeões outra vez. Com Pizzi a 80% viajamos num avião da TAP. Podia ser pior, mas partimos com 2 horas de atraso e serviram-nos amendoins frios ao lanche. Com Pizzi a 43%, o Benfica é um charter pilotado por um comissário de bordo que em tempos jogou o Flight Simulator da Microsoft. Isso e viajamos todos no porão. Deus nos ajude. 

Zivkovic
Foi um dos que mais aproximou a equipa da baliza adversária, ainda que metade dos seus lances individuais tenham como consequência imediata fazer-nos duvidar da primeira parte desta afirmação. Está no Benfica há um ano e meio e continua a parecer ligeiramente perdido. Em vez do déjà vu ofensivo que define os melhores jogadores, Zivkovic é um apologista do jamais vu. Demoramos sempre um instante a perceber quem é aquele tipo, o que faz ali, se já jogou no Benfica antes. É a surpresa da descoberta, mas em mau.

Cervi
Um criativo nato, excelente até na mediocridade. Ao invés de simplesmente verbalizar a sua vontade junto do treinador, Franco Cervi inventou uma sucessão de lances desastrados que expressaram de modo não-verbal o seu desejo ardente de ir para o balneário mais cedo. Rui Vitória não é nenhum mestre da tática, mas lá percebeu a mensagem.

Jonas
Exibição pouco inspirada mas ainda assim eficaz. Mesmo não tendo críticos, resolveu responder-lhes com mais um golo no campeonato. Pareceu-nos cansado em alguns lances. Chá de limão com mel e treino de piscina, não vá o homem estar a chocar uma lesão.

Seferovic
está ele. Para quem perguntava pelo tal jogador mediano do Eintracht Frankfurt que o Benfica contratou sabe-se lá porquê, é este que vimos hoje. Claramente em noite não. Precisava de colegas mais capazes a construir jogo. Foi procurando apoios como pode, mas o melhor futebol que já o vimos jogar apoia-se, isso sim, nos corpos prostrados dos adversários.

Salvio
Como se costuma dizer, chegou, viu e cavou. Valeu-nos esse penálti para lançar a reviravolta. O crescimento do PIB benfiquista mostra sinais claros de abrandamento, mas a dívida a Salvio continua a aumentar. Pumbas. Faz lá um destes, José Gomes Ferreira.

Filipe Augusto
Foi o jogador mais esclarecido do Benfica. E esta, hein?

Jiménez
Como é que diz o mister? Isso. Se fosse fácil não era para nós."

Fútilbol

"Vou falar de futebol. Aqueles que estão saturados de tal assunto, que acham desperdiçado o tempo a falar dele, ou que se enfurecem com a importância desmedida que lhe é atribuída, podem ficar por aqui mais um bocadinho; não vou contrariar-vos. Eu, que gosto do “desporto rei”, dou-vos razão.

Vou falar de futebol, não de bola. Cresci distante do jogo, a ignorá-lo tanto com os olhos do espectador, como com os ouvidos do ouvinte, como com os pés do praticante. Não ligava grande coisa e jogava ainda menos. A paixão nasceu tardia, já durante uma escanzelada adolescência, pelo que não me sinto aqui com a legitimidade familiar de chamar “bola” ao futebol. Quem vos escreve é um perfilhado.
Entre os jornais e noticiários que ontem me passaram à frente, foi impossível deixar de notar duas notícias futebolísticas. Eram tão distantes, quer no tempo quer na importância — uma sobre uma ferida aberta no passado, outra sobre uma terra-à-vista no futuro — que nem parece haver um ponto comum que as conserve lado a lado nos cadernos desportivos. No fundo, nem uma nem outra tinham que ver com futebol, o que me faz pensar que a justa importância desta modalidade (a tal à qual se dá importância desmedida) é conseguir conter coisas com as quais nem ela mesmo tem que ver.
Em primeiro lugar (embora ele seja eterno n.º 10), uma notícia sobre o Rui Costa. O Rui é um dos pedregulhos na minha engrenagem, porque apesar de eu assumir um passado desligado do futebol, a verdade é que jogadores como o Rui nunca me permitiram um desligamento total. Ele era demasiado bonito a jogar. Cabeça levantada, bola colada aos pés – era demasiado bonito a jogar; demasiado elegante, mesmo num desporto cheio de grunhos felpudos que se referiam a si próprios na 3.ª pessoa do singular quando entrevistados. O Rui transformava em arte os aspectos técnicos do jogo, e eu já suspeitava disto num tempo em que, por desligamento, não fazia a mínima ideia do que seriam os aspectos técnicos do jogo.
À beleza do futebol de Costa juntava-se a subtileza, essa característica que nos grava na retina o que a retina mal registou. Muitas vezes já a bola estava no outro lado do campo quando conseguíamos processar a graciosidade do que acabáramos de assistir. Em jogadores contemporâneos, como Figo ou Zidane (só para recordar dois dos mais belos de sempre), cada finta, cada passe, cada livre, eram denunciados pelo tecnicismo óbvio; eles tomavam conta da bola e, com ela, do adversário. Em Costa era como se a beleza tomasse conta do executante, e não fosse um homem a brilhar no jogo, mas fosse a oportunidade para o jogo brilhar. A classe era superior ao génio, e não há nada mais genial que isso.
Para além da graciosidade no futebol do Rui Costa, também lhe serão inesquecíveis as lágrimas. Há dois momentos de choro que guardo dele: um primeiro quando se estreou a marcar contra o Benfica. O Rui, na altura ao serviço da Fiorentina, fez um golo ao clube do coração e logo se viu tomado de pranto inconsolável. Eu, que ouvia o relato desse jogo amigável pela rádio, escutei locutores comovidos com voz embargada, os mesmos que noutras alturas conseguem berrar “golo” até ao cúmulo do sufoco. A comoção que nos atingiu não enxaguou a lição: naquela noite aprendemos qualquer coisa sobre o dever e a devoção, o afecto e o afinco, o equilíbrio entre ambos. Havia ali uma honradez quase de bushido, e o mais belo de todos os jogadores trazia nas lágrimas a prova de que era também o mais humano. É inútil, o futebol, mas às vezes é o mais humano. É inútil, mas às vezes não.
O outro momento histórico com o Rui a chorar foi o tal que, ontem, se assinalou nos noticiários. Completaram-se 20 anos desde que o jogador viu o único cartão vermelho da sua carreira profissional — coisa por si só assinalável, mas de somenos. Portugal ficou arredado duma presença no Mundial de 98 após essa partida do dia 6 de Setembro de 1997; estava a vencer na Alemanha (golo de Pedro Barbosa) mas, reduzido a 10 com a expulsão do Rui Costa , deixou-se empatar e viu o apuramento escapar-lhe – quase que também não foi isto que ontem se assinalou. É a injustiça da expulsão, potenciada pelas lágrimas copiosas do Rui Costa, aquilo que 20 anos depois mantém o jogo gravado na memória colectiva portuguesa, tanto que o nome e cara do juiz da partida jamais serão esquecidos por uns quantos de nós. Diremos amargamente “Marc Batta” no nosso estertor de morte, quase como um “Rosebud” azedado pela má memória.
Mais do que as dores da selecção portuguesa (que, nem por acaso, viveu aqui o seu último afastamento da fase final duma grande competição), creio que ontem revivemos o momento em torno das dores do Rui. Em parte, isso comprova-se com as reportagens feitas exclusivamente à volta dele, não do Pedro Barbosa, nem do Silvino que sofreu o golo do empate. A injustiça agrava-se por ter atingido o mais belo, mais honrado e, outra vez, mais chorosamente humano. A decisão ridícula, vergonhosa e simplesmente feia de Marc Batta ainda mais se agudizou quando aplicada ao jogador que, no campo, era a antítese do rídiculo, do vergonhoso e do feio. Simpatizámos com as dores pessoais do Rui Costa que, honrado e belo, ontem afirmou que a única mágoa que tem é pelas nossas dores.
“There is not a thing more true or natural than wanting to win” – canta o norte-americano PandaBear numa canção intitulada “Benfica”. “Não há nada mais verdadeiro ou natural do que querer ganhar”, e isso justifica muito do nosso apego ao futebol. A frase revela uma pulsão egoísta, a tal que canaliza atenção desmesurada para os fenómenos da bola; assim se confirma a pouca importância que a modalidade no fundo devia ter. Mas não podemos esquecer que o futebol também é um raro reduto onde somos sensíveis ao Belo, onde queremos os mais graciosos protegidos de injustiças, onde sabemos aplicar a máxima cristã do “chorar com os que choram”. A futebolística é a mais fútil das culturas, e uma das mais elevadas quando escapa à futilidade.
A outra notícia de ontem que me puxou ao tema vem tanto dos relvados como dos escombros. Vou reservar-lhe poucas palavras porque não sei se me deva pendurar na felicidade da história, se na grande tristeza que a faz sobressair; em todo o caso é uma notícia incrível: a selecção de futebol da Síria está a dois passos do Mundial. Num país com uma guerra civil devastadora, com um tirano como Bashar al-Assad, com forças rebeldes que dificilmente serão os “bons da fita”, com a presença maciça e cancerígena do Daesh, é inacreditável ver que o futebol não só não se extinguiu como demonstra potencial de sucesso. E ao invés de se tornar apenas noutro instrumento propagandístico do regime, a selecção síria está a libertar-se das malhas políticas e a incluir notáveis opositores de Assad nas convocatórias.
Pode parecer que trouxe esta última notícia para refutar a ideia que assumi no primeiro parágrafo: que se dá demasiada importância ao futebol, e que se desperdiça muito tempo a falar dele. Mas não, não me vou contradizer. O que esta história síria nos prova é que a irrelevância do jogo não é só uma constatação, é uma necessidade. Num povo tão bombardeado (literalmente) e fustigado por coisas importantes, tem que haver espaço para que as não importantes sejam um contraponto de esperança. A esse intervalo chama-se sobreviver. Futebol é um desporto fútil, mas é o nosso querido desporto fútil."

A alma de Vanessa

"A maturidade de Vanessa Fernandes acrescentou-lhe uma maneira diferente de falar dos seus objectivos e isso foi evidente nas poucas horas em que esteve em Portugal para participar no Ironman 70.3 em Cascais. Não está aqui em causa a vitória, mas o conteúdo das suas afirmações antes e depois da competição.
Estamos em presença de uma atleta que não consegue disfarçar a sua alma de competidora ao mais alto nível. Os planos estão bem enquadrados na mente e, o mais importante, sabe qual é o seu estado de forma actual, depois de uma longa paragem. Vanessa estava cansada da competição, dos treinos, das rotinas, e preferiu libertar-se desse regime de escravidão. Foi medalha de prata nos Jogos de Pequim com 23 anos no triatlo e o destino quis que ela olhasse para uma vida mais folgada em termos competitivos. Talvez tenha sido melhor assim. O tempo encarregou-se de devolver a Vanessa o prazer da corrida, treinos e competições. O processo tem demorado o seu tempo e o segredo para termos de novo uma Vanessa cheia de alma está ligado ao seu grupo de trabalho. A medalha de prata em Pequim trabalha entre a elite portuguesa e tudo está sincronizado em termos de objectivos no grupo de Lino Barruncho.
Para quem vai fazer 32 anos na próxima quinta-feira, ainda está muito a tempo de entrar na luta pelas medalhas nos Jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio. Vanessa não se quer comprometer de forma aberta, mas é esse o objectivo que tem em mente. Pouco a pouco, as boas sensações estão a ser apontadas no seu caderno de treino. E o mais surpreendente é que do ponto de vista mental, Vanessa está perfeitamente equilibrada e tranquila, transmitindo uma noção de confiança como há muito tempo não se via."

Vermelhão: Nervos

Benfica 2 - 1 Portimonense


Muitos nervos, nas bancadas e dentro do campo!!!

Tinha visto o Rio Ave - Portimonense, e fiquei muito impressionado com a forma de jogar dos Algarvios, que perderam, mas em Vila do Conde jogaram melhor, sendo traídos no contra-ataque...!!! Portanto, não fiquei surpreendido com as dificuldades que encontrámos hoje...!!!

Até porque os nossos adversários já perceberam as nossas actuais limitações: sem Laterais ofensivos, o nosso jogo fica demasiado 'condicionado'. Povoando a zona central do meio-campo, tentando criar uma 'teia' em redor do Pizzi foi o que o Rio Ave fez, e agora o Vítor Oliveira exigiu o mesmo aos seus jogadores... Foi esta a estratégia, e 'quase' conseguiram 'roubar' novamente 2 pontos ao Benfica!!!
Ontem tivemos algumas boas notícias, com a convocação do Pizzi, do Salvio e do Grimaldo... mas o Salvio ficou no banco, e o Grimaldo nem no banco de sentou! Nas lesões, além do tempo em que os jogadores ficam de 'fora', depois existe o tempo necessário para os jogadores ganharem ritmo... E hoje isso notou-se, até no Pizzi, que andou a fazer ginásio... o Salvio 'ganhou' o penalty, mas notou-se que os dribles não 'saíram'... Além disso, o Samaris fez o 1.º jogo oficial com a camisola do Benfica este ano!!! Tal como o Lisandro foi titular pela 1.ª vez...
Somando tudo isto, a equipa esteve aquém do potencial...
O Seferovic pareceu-me cansado (fez dois jogos pela Selecção...) e o Jonas, depois de ter sido assistido junto da linha lateral pareceu-me condicionado!!! O Cervi terá feito uma das piores exibições ao serviço do Benfica, praticamente tudo lhe saiu mal... e o Ziv, na direita (onde joga melhor), acabou por não ser 'feliz' porque aquilo que o Benfica precisava era Extremos que 'fugissem' para a 'linha'!!!
Vencemos, com muito suor... sem conseguir 'segurar' a bola, mesmo a jogar contra 10...!!! Não gosto das 'paragens' das Selecções, muitas vezes os jogadores encaram este interregno como umas mini-férias, acabam por desfocarem... e quando regressam, a concentração não está no máximo! Não sei se foi isso que aconteceu, mas no final conquistámos os 3 pontos, o que afinal é o mais importante...

A substituição do Lisandro pelo Filipe Augusto deu alguma 'conversa' na bancada: eu percebi a intenção, e o Augusto foi de facto muito importante naqueles minutos, acelerando muito a nossa circulação de bola, mas se fosse eu o treinador, tinha sido mesmo o Samaris a sair... Com a posterior saída do Eliseu, acabámos a jogar com uma defesa 'canhota' totalmente adaptada... e isso notou-se no final da partida!!!

Uma nota sobre a exibição do Luisão: na minha opinião foi o melhor jogador do Benfica em campo! Mesmo assumindo que no lance do golo sofrido, um Luisão mais 'novo' teria feito mais...!!!
Não gostei da arbitragem, nas principais decisões acabou por estar bem: o penalty existe, o braço nas costas é evidente, mas tambem existe um pisão no tendão de aquiles na perna esquerda do Salvio... No golo anulado ao Portimonense no final, o VAR esteve bem... só não percebo, a demora no VAR em tomar a decisão, o fora-de-jogo é claro...!!!
Mas nas outras decisões, esteve muito mal... muitas faltas não assinaladas ao Portimonense, muitas que acabaram em contra-ataques perigosos, inclusive no golo que o Benfica sofreu...!!! Também não marcou algumas faltas ao Benfica, mas nas jogadas onde o Benfica, podia ter 'partido' em contra-ataque, apitou sempre!!!

Terça-feira temos Champions! O jogo será completamente diferente... Mesmo com a má exibição de hoje, terça-feira tudo poderá ser diferente... Mesmo assim, algumas notas: Eu apostava na titularidade do Jiménez; espero que o 'toque' no Jonas não seja grave... mas o Gabriel faz parte no plantel; seria muito bom ter um Fejsa e um Jardel de regresso!!!

Podiam ser mais...

Benfica B 3 - 0 Real Massamá


Bom jogo, onde acabámos por ser eficazes, ao contrário de outros jogos anteriores... e ainda deu para o Heri desperdiçar uma penalidade!

Além dos 'clientes' habituais dos elogios, uma nota sobre o jovem sul-africano Thabo Cele, contratado a este Real !!! A meio da semana, os jornais reproduziram algumas palavras do empresário do jogador, comparando-o com o Pizzi, e hoje fiquei um pouco mais atento às características do miúdo... E fiquei bastante agradado, o rapaz tem mesmo uma excelente capacidade de passe...!!!
O Ferro também tem evoluído, o Parks está mais integrado, o Alex Pinto não engana, o Florentino cada vez melhor, o Gedson domina o meio-campo, o Willock tem de facto muito talento...  o Heri anda com o faro apurado (inacreditável como não é chamado às Selecções...!!! Tão injusto, somente as não chamadas do nosso júnior Dantas!!!!).

Balanço ao fecho do mercado

"Enquanto Mitroglou jogará no Marselha, Adrien não poderá jogar no Leicester. O que é lamentável. Não merecia tamanho pesadelo.

O encerramento de mercado mostrou no essencial aquilo que se imaginava. O FC Porto não tinha condições financeiras para comprar jogadores e tentou, com sucesso, evitar saídas que fragilizassem as opções desportivas desta temporada.
O Sporting, vendeu em cima da hora (ou já além dela) o seu capitão, pelo preço que conseguiu. Saiu um dos seus melhores jogadores, numa operação que seria inevitável. Vendeu por muito menos que aquilo que poderia ter rendido noutras datas, mas foi o possível. Diga-se, em abono da verdade, que em Alvalade vislumbra-se um objectivo desportivo muito mais notório, que algum critério ou cuidado económico ou financeiro.
Ao Benfica ainda chegou um lateral-direito, como era necessário, para aumentar as opções de Rui Vitória. A venda de Mitroglou pareceu-me excelente, desde logo porque Jonas, Seferovic e Jiménez arriscavam-se a tirar o ponta de lança grego para fora das opções.
Desconheço os talentos de Gabigol, e por isso, não consigo deitar foguetes por festas e que ainda não fui. Há uma diferença nas vendas de Benfica e Sporting: Mitroglou jogará no Marselha e Adrien não poderá jogar no Leicester. Esta situação é lamentável para o internacional português, um jogador de classe e profissionalismo a quem não poderia estar acontecer tamanho pesadelo.
O presidente do Sporting deu uma entrevista, no canal do seu clube, onde, num estilo próprio, se queixou de José Meirim, Joaquim Rita, Rui Santos, Nuno Farinha, António Figueiredo, Filie Vieira, Carlos Pinho, Joel Pinho, Vítor Pereira, Fernando Gomes, Tiago Craveiro, do pai de William Carvalho, do West Ham, de Sullivan, entre algumas outras. Temos de admitir que foi uma forma peculiar de comemorar a ascensão à liderança.
Foi ontem realizado o sorteio da Taça da Liga. O Benfica ficou com dois outros ex-vencedores da prova, e, como muitas vezes acontece no nosso futebol, ainda não sabe quem é o quarto adversário. Esperemos por Real (ou Portimonense) para fechar o calendário. Não adianta lamentos, pois será este o nosso caderno de encargos num objectivo que, este ano, será também uma prioridade nos rivais.
Aguardo pelas melhores notícias, para perceber quem a nossa enfermaria devolveu à competição, para o jogo contra um Portimonense muito melhor que o início do campeonato faz querer.
Logo mais, lá estaremos."

Sílvio Cervan, in A Bola