sexta-feira, 1 de setembro de 2017

A comunicação e o conflito

"O conflito exerce uma certa sedução sobre a natureza humana. E nos povos latinos assume frequentemente medida desproporcionada face àquilo que o origina. Gostamos de falar, de debater, de criticar, e temos uma comunicação social que se aproveita disso para vender papel ou audiências - estimulando a discórdia até níveis por vezes intoleráveis, renunciando assim à análise objectiva e esclarecedora.
O futebol é palco privilegiado para tal, com a paixão exacerbada de milhões de pessoas pelos seus clubes, e a correspondente repulsa face aos emblemas rivais. Todos nós, adeptos, gostamos de uma boa discussão de bola, recorrendo mesmo à provocaçãozinha na hora da vitória, a devolver quando as cosias correrem mal. Mas há quem ultrapasse as fronteiras do razoável e, abusivamente, transforme tudo em ódio ou até violência. Neste caldo cultural seria absolutamente dispensável que os clubes, eles próprios, fomentassem a conflitualidade, estimulando o que há de mais negativo nos seus seguidores, em nome de interesses sectários, ou apenas para protagonismo de alguns agentes.
Ora é precisamente isto que têm feito Sporting e FC Porto, nomeadamente através dos respectivos directores de comunicação - figura que não constava do futebol da minha infância, e que hoje, particularmente nesses dois casos, tem uma preponderância muito para além daquilo que seria natural.
O Benfica tem adoptado uma postura de reserva e prudência. Isso orgulha-me. Mas enquanto as autoridades competentes não tiverem mão firme sobre quem sob os mais diversos pretextos promove a guerra, o futebol português não terá paz."

Luís Fialho, in O Benfica

Hostilidade

"O Benfica deslocou-se a Vila do Conde no pretérito dia 26 de Agosto de 2017. Apenas pude assistir ao jogo pela televisão e não consegui ver o encontro por completo. No entanto, no local onde estava, não muito longe de Lisboa, assisti ao que efectivamente espera a equipa do Benfica este ano. Está tudo montado para 'chutar' fora das quatro linhas o Benfica da possibilidade de ser campeão!
Estávamos cerca de 30 pessoas a ver o jogo. Na minha santa ingenuidade, era lógico que pelo menos a maioria fossem adeptos do Benfica. Qual foi o meu espanto, no momento em que o Rio Ave marcou o golo, todos gritaram golo, menos eu. Fiquei abismado.
Mais confirmei este cenário quando foi assinalado o penálti evidente sobre Jonas. Ficou tudo a criticar!
Na sequência do penálti, o Benfica empatou o jogo, e no meio daquela gente toda, fui o único a gritar golo!
O pessoal do Porto e do Sporting assiste a jogos do Benfica para tentar obter prazer que não conseguem nos seus lares, tentado a infelicidade dos seus rivais!
Mais me confirmou esta situação quando, no momento em que escrevo este artigo, tomei contacto com uma nova queixa apresentada pelo Sporting contra Eliseu!

Acórdão do Tribunal da Relação de Coimbra
Processo: 110/09.9TATCS.C1
Relator: Paulo Guerra
Descritores: Ameaça e Coacção
Data do Acórdão: 07-03-2012
Votação: Unanimidade
Tribunal Recuso: Comarca de Trancoso
Legislação Nacional: Art.ºs 153.º e 154.º, do Código Penal
Sumário: Após a revisão do C. Penal de 1995, passou a ser claro que no crime de ameaça não se exige que, em concreto, o agente tenha provocado medo ou inquietação, isto é, que tenha ficado afectada a liberdade de determinação do ameaçado, bastando que a ameaça seja susceptível de a afectar.

O crime de ameaça deixou, pois, de ser um crime de resultado e de dano.
A ameaça 'adequada' é aquela que, de acordo com a experiência comum, é susceptível de ser tornada a sério pelo ameaça, independentemente de o seu destinatário ficar, ou não, intimidado.
No crime de coacção, exige-se a verificação do resultado para a sua consumação, ou seja, exige-se que a pessoa objecto da acção de coacção tenha efectivamente sido constrangida a praticar a acção, a omitir a acção ou a tolerar a acção, de acordo coma vontade do coactor e contra a sua vontade.
Mas basta-se com o simples início da execução da conduta coagida, sendo suficiente para  a consumação, se o objecto da coacção for a prática de uma acção, que o coagido inicie esta acção.
O objectivo é coagir Eliseu a não disputar os lances em que intervém. E porquê? Porque o Benfica tem um defesa direito, André Almeida, que não pode ir jogar à esquerda, porque está na direita, e Grimaldo está lesionado!
Elementar, caro Watson!
Das duas uma: ou o Benfica mete uma acção crime contra Bruno de Carvalho e os seus acólitos, ou paga na mesma moeda ao Sporting!"

Pragal Colaço, in O Benfica

Reflexão

"O empate em Vila do Conde deve fazer-nos reflectir sobre algo que é muito importante nos dias de hoje - a forma como encaramos e vivemos os êxitos e os fracassos.
Todos sabíamos que a visita a casa do Rio Ave era um jogo extremamente difícil. Nas duas últimas épocas, vencemos os vila-condenses pela margem mínima e sempre no último quarto de hora do jogo. Desta vez, apesar das várias oportunidades de golo, não conseguimos concretizar de forma a trazer os três pontos.
Ao final de quatro jornadas, somamos 10 pontos, fruto de três vitórias e um empate. Se analisarmos, de forma séria e fria, os campeonatos do Tetra, facilmente concluímos que nunca vencemos todos os jogos das primeiras quarto 'batalhas' da Liga. Será preciso recuar até 2002/03, com Jesualdo Ferreira ao leme, para encontrar uma temporada em que vencemos todos os jogos das primeiras quatro jornadas do Campeonato. Na época passada, logo à 2.ª jornada, empatámos na Luz, com o V. Setúbal, com Bruno Varela a revelar-se intransponível. Há dois anos, também à 2.ª jornada, baqueámos, em Aveiro, frente ao Arouca. Aquela derrota (1-0) custou-nos muito a digerir, mas foi decisiva para tudo o que aconteceu a seguir e que culminou com a conquista do Tricampeonato.
Por isso, entendo que os dois pontos que deixámos a Norte têm de ser encarados com a necessária ponderação, reflexão, mas não podemos pôr em causa o trabalho desenvolvido. Dois dos nossos trunfos têm sido a estabilidade e a confiança, um binómio que nos tem permitido encarar cada desafio como mais uma prova à nossa competência. A resposta será dada frente ao Portimonense."

Pedro Guerra, in O Benfica

Fraude fiscal


"Maicon Pereira Roque, jogador que foi da FC Porto SAD, intentou uma acção no Tribunal de Trabalho de Vila Nova de Gaia, contra a sua anterior entidade patronal, exactamente a FC Porto SAD. na respectiva acção, são denunciados factos que constituem fraude fiscal - de caras!
O que a FC Porto SAD faz, nas palavras de um seu atleta, é fazer um contrato de trabalho desportivo com um valor, sendo esse o que é entregue na Liga Portuguesa de Futebol Profissional, mas ao mesmo tempo são assinados vários aditamentos e emitida uma declaração pela FC Porto SAD, onde esta menciona, que afinal o valor líquido declarado no contrato é o valor ilíquido a receber pelo jogador, fugindo-se assim aos impostos IRS e Segurança Social!
Estamos perante uma enorme fraude fiscal!
Pergunta-se: o que têm os patetas do Facebook a dizer sobre isto?
Este tema irá ser abordado de forma detalhada no próximo programa de Contas Feitas e Dúvidas Desfeitas!
(...)"

Pragal Colaço, in O Benfica

Até ao Natal...

"Diz-se que em muitas dezenas de anos nunca se havia visto tudo o que se está a ver, em matéria de chinfrineira, à volta do Benfica. A novidade é que, desta vez, o chavascal começou num quarto de hotel e, como já escrevi, tendo-se certamente por enleados contra natura, a partir de uma relação de vários 'em cama única'. Primeiro, terão tentado a difícil arte do coro vocal para celebrar a parceira. E logo depois acolheram outros comparsas, ambos com brilhantina na cabeça, embora tão mudos como os mimos de circo ou os matraquilhos de taberna. Apenas marionetas inertes.
Em todo o caso, a música coral é um ofício difícil; um desempenho que não está propriamente ao simples alcance de meros tenores roucos e de sotaques diferentes. Tão inacessível, que muito menos pode ser interpretado por bandos de rufiões, hoje cada vez mais comuns a vezeiros loquazes, nos plateaux das televisões e das rádios.
Pela nossa parte, no fim das contas com a Lei do nosso lado, logo que o diálogo se tornar impossível, mais vale não alinharmos na banzé.
É dá-los ao desprezo. Querem sangue? Prometem sangue? Pois, que seja o deles! Que se autoflagelem a si próprios na bazófia com que se babam nas bravatas de baixa comunicação em que, por enquanto, se comprazem.
Mais cedo do que tarde, havemos de ver que se rasgarão sem freio, um dos outros, logo depois que darem conta da insuportável desafinação em que chafurdam, como aqueles Paralelos do Ritmo que, por mais que tocassem, nunca chegaram a encontrar-se, nem na sensatez, nem na decência.
No Benfica somos e seremos diferentes. Basta que relevemos, caso a caso e sistematicamente, os vergonhosos exemplos que diariamente aqueles nos entreguem de mão beijada. Basta que exponhamos os erros grosseiros, as interpretações malsãs, as acusações caluniosas. Basta que lhes desvendemos os truques, as bambochatas e as inventonas.
E, com calma, até já podemos antecipar o habitual fim da história: se for como é costume, tudo acaba antes do Natal..."

José Nuno Martins, in O Benfica

Entre o sonho e o sono

"Assiste-se a um clima de guerrilha. Que alguém depois de matar o pai e a mãe não venha a invocar o facto desculpante de ser órfão.

1. Ontem foi o dia em que desceram as persianas. As janelas ditas do mercado ficam agora fechadas. Estão vedadas, pelos próximos meses, novas contratações e velhas negociatas. À hora em que escrevo, porém, esse momento ainda não havia chegado. Não estou, portanto, em condições de avaliar quantos sonhos mais foram comprados a peso de ouro. Seja como for, é inevitável, tanto pela natureza das coisas como por prova empírica, que não poucos desses sonhos acordarão como pesadelos.
Tudo isto me faz lembrar uma conhecida estória protagonizada pelo imortal Winston Churchill, antigo primeiro-ministro inglês e também laureado com o prémio Nobel da Literatura. Mas talvez seja a sua faceta repentista aquela que a História mais recordará. Como terá sucedido, quando, num evento de beneficência, uma já vetusta senhora de boa sociedade o apostrofou publicamente com a seguinte declaração: «Eu, se fosse a sua mulher, punha-lhe veneno no chá!» A resposta não se fez esperar: «E eu, se fosse o seu marido, tomava-o».

2. Quase uma década atrás, mais precisamente no já longínquo ano de 2008, em Pequim, onde se desenrolavam os Jogos Olímpicos, um atleta nosso concidadão justificou a sua miserável prestação, com a consequente e inevitável eliminação, pelo facto de à hora em que decorreu a prova, usando as palavras do próprio, «as pernas queriam era estar esticadas na cama». Mais lapidar ainda: «Cheguei à conclusão que de manhã só estou bem na caminha».
Já Fernando Pimenta, o canoísta português, que neste domingo conquistou o título de campeão do mundo de K1 5000 metros, não teve qualquer pejo em apontar «uma noite tranquila de sono», na véspera da competição, como um factor determinante do sucesso.

3. Os sonhos podem ser muito bonitos mas só se sonha a dormir. Para vencer de verdade é necessário estar não apenas desperto mas em estado de vigília. Não é sem algum grau de perplexidade que, ainda a época mal começou, já se assiste a um clima de guerrilha, para não dizer guerra suja. Não sei como acabar com isto. Não sei mesmo se alguma vez acabará. Mas temo profundamente que não acabe sem um pesadelo: que alguém, depois de matar o pai e a mãe, ainda venha a invocar como causa desculpante o facto de ser órfão."

Paulo Teixeira Pinto, in A Bola

PS: Se calhar, em vez de misturar tudo e pôr todos no mesmo saco, a melhor maneira de evitar 'pesadelos', é chamar os 'bois pelos nomes'!
Dizer que são todos iguais (ao estilo Trump, quando afirmava que Nazis e aqueles que lutam contra Nazis, são todos iguais), nem que seja por omissão, não ajuda... bem pelo contrário.

Guerra dos Tronos

"Seria bom que alguns dos nossos dirigentes não perdessem um único episódio da 'Guerra dos Tronos'. Tinham muito a aprender.

Sou um admirador confesso da série televisiva Guerra dos Tronos cuja última temporada chegou agora ao fim. Para quem não esteja a par desta fantástica história, escrita por George R. R. Martin sob o título As crónicas de gelo e fogo, trata-se de uma saga que, ao fim e ao cabo, versa sobre as lutas entre várias casas senhoriais cujo objectivo final é a tomada de poder do reino de Westeros. Sendo uma obra de ficção, o seu enredo lembra, em muitos aspectos, a actual situação do futebol português, muito embora tenhamos de reconhecer que não obstante todo o cortejo de conspirações, traições, corrupções e conluios verificados ao longo de cada um dos episódios, tudo acaba no campo de batalha, portanto, sem lugar a qualquer tipo de queixinhas e contra queixinhas entre os contendores.
Como, há pouco, se frisou, estamos, efectivamente, na presença de uma terrível luta pelo poder, um pouco à semelhança do que aconteceu na Idade Média, verificando-se até que os estandartes e os lemas das principais casas senhoriais envolvidas têm alguma semelhança com os que se acham realçados pelas principais forças do futebol nacionais. Com efeito, para além dos dragões da Casa Targaryen, vamos encontrar igualmente o estandarte de leão dourado da Casa Lannister sob lema ouça-me rugir, verificando-se, no que concerne à Casa Arryn, que o animal ostentado é um falcão, muito embora um dos seus principais titulares, Jon Arryn, ostente o título de Senhor do ninho da Águia sob o lema tão alto como o honra. Interessante se torna fazer notar que a saga a que temos aludido chegou a uma situação em que as Casas beligerantes estão a ser confrontadas com o perigo se destruição, por forças alienígenas, do reino que todos almejam. Mas, todos ou quase todos compreenderam, que é urgente um acordo, um compromisso, que têm de unir forças, ainda que temporariamente para impedir a destruição do seu mundo, dos seus próprios interesses. As grandes batalhas, as vitórias e as derrotas, todos o sabem, terão de ser dirimidas no campo, olhos nos olhos, com observância das mais elementares regras de cavalaria.
Seria bom, seria muito bom que alguns dos nossos agentes desportivos não perdessem um único episódio da Guerra dos Tronos. Tinham muito a aprender."

Abrandes Mendes, in A Bola

Milhões, milhões e mais milhões

"Está fechada a janela de transferências de 2017 e valerá a pena reflectir um pouco sobre o novo paradigma que temos em mãos.
Nos últimos cinco anos, a soma das duzentas maiores transferências no futebol internacional de 1,8 mil milhões de euros em 2012 para mais de quatro mil milhões em 2017, números que traduzem de forma cristalina o crescimento exponencial da indústria.
A explicação deste boom tem várias variantes e a resposta está basicamente na soma de todas elas. Em primeiro lugar, chegaram em força ao futebol novos ricos - o primeiro foi o Chelsea e os mais recentes são o PSG e o City, a que se juntam alguns emblemas com investidores chineses com a carteira igualmente funda - que inflacionaram preços e colocaram em xeque a hegemonia dos clubes tradicionais. Depois, em segundo lugar, o valor dos direitos televisivos teve uma subida extraordinária: na Premier League, por exemplo, o que valia 300 milhões em 1992 passou a valer 2,3 mil milhões em 2007 e nos dias de hoje já vai nos 6,9 mil milhões. E, ao mesmo tempo, os jogos da Champions League, passando a ter uma cotação estratosférica. Finalmente, em terceiro lugar, o valor de mercado dos jogadores passou a ser visto não apenas pelo rendimento dentro das quatro linhas, mas também pelo impacto mediático de cada estrela, e o que resulta, em receita, desse estatuto.
A conjugação destes factores deu-nos um defeso inflacionado, onde as principais equipas portuguesas ficaram ainda mais longe dos principais emblemas internacionais, que moram nas cinco grandes ligas da Europa."

José Manuel Delgado, in A Bola

Subconsciente e (in)consciência

"O mercado do futebol atingiu este ano e loucura. A compra do passe de Neymar por parte do PSG por 222 milhões de euros abriu a caixa de Pandora e a Portugal ainda chegaram alguns ecos do efeito dominó. No Fórum de Treinadores da UEFA alertou-se novamente para os efeitos nefastos do mercado apenas encerrar a 31 de Agosto - já está melhor do que há alguns anos, em que os endinheirados russos ainda tinham mais alguns dias para estragar a vida a alguns treinadores com a compra de passes dos melhores jogadores.
A data ideal, segundo alguns, seria 31 de Julho, antes da época oficial começar. Não sei se é bom ou mau, apenas estou plenamente convencido de que haver jogos internacionais no exacto dia em que fecha o mercado de transferências não faz nem muito nem pouco sentido: não faz qualquer sentido. O silogismo não é difícil de fazer. As selecções nacionais são formadas pelos melhores jogadores, que são os mais cobiçados. Quem quer reforçar a sua equipa, por norma, querem os melhores jogadores e está disposto a apresentar propostas tentadoras. No meio de tudo isto, ficam os treinadores nacionais e os jogadores. Os técnicos têm de gerir, também, a questão psicológica dos futebolísticas; estes, se estiverem em condições físicas de jogar, não ficarão com receio de se lesionarem em cima da hora e assim verem gorada? Em princípio não, pois, em atletas deste calibre, o profissionalismo é o seu Deus maior. No entanto, haverá sempre o subconsciente a funcionar nesta ou naquela jogada.
No meio de tudo isto, fica a inconsciência dos responsáveis da UEFA e da FIFA em marcarem jogos para este exacto dia. Com grupos de trabalho para tanta coisa, ainda não houve tempo para estudar isto? É que um dia antes ou depois, pode fazer toda a diferença."

Hugo Forte, in A Bola

A diferença

"O Conselho de Disciplina (CD) da FPF arquivou a auto aberto a um jogador, uma vez que entende não poder sobrepor-se à avaliação da equipa de arbitragem. Esta não puniu o referido jogador em virtude de ter considerado não existir qualquer agressão ou prática de jogo violento, e o VAR, vendo a acção do jogador em causa, entendeu o mesmo. Isto implicou que a observação e avaliação pela equipa de arbitragem retira capacidade de intervenção ao CD, que considera não dever determinar se ocorreu, ou não, uma violação intolerável das Leis do Jogo quando estas tenham um cariz vincadamente técnico. Significa isto que quando o árbitro e não observam um lance como este, ele já poderá ser analisado pelo CD? Parece-me ser o entendimento.
No caso de a equipa de arbitragem, e o VAR, não terem observado uma grande penalidade evidente, que posteriormente é reconhecida, nada há a fazer. Trata-se de um erro, mas as implicações são só desportivas. Contudo, se essa grande penalidade resultar de uma agressão não observada pela equipa de arbitragem e pelo VAR, haverá processo disciplinar e possível sanção. Neste momento, e tenho certeza do que afirmo, o VAR não tem possibilidade de observar todas as repetições em tempo útil. Existem, como sabemos, ângulos que nos dão perspectivas diferentes quanto à existência de agressão ou corte com o braço dentro da grande área. Isto expõe o VAR de uma forma que, em meu entender, não é aconselhável. Ele só se apercebe do que aconteceu 30 segundos depois, o que lhe limita o tempo de intervenção. Até por isto, o quadro de elementos do VAR devia ser diferente do dos árbitros de campo. A protecção dos juízes é fundamental para a Justiça.
Estamos a viver uma mudança estrutural no jogo e torna-se imperioso que não se esconda o erro; bem pelo contrário, a sua constatação ajuda a melhorar o sistema. Os critérios têm é de ser coerentes, sejam disciplinares ou desportivos.
Essa é a diferença."

José Couceiro, in A Bola

PS: Ainda existe outro cenário que devemos analisar: e quando o árbitro, o VAR, as televisões, os especialistas de arbitragem dos pasquins, a opinião pública em geral e o próprio colunista José Couceiro, não observaram a 'agressão', será que o CD poderá actuar?!!!
Por exemplo, o lance do Brahimi em Braga... ou as agressões do Battaglia e do Alan Ruiz em Alvalade?!!!

O choque

"(...)
'Penalty'
Fez muito bem o Conselho de Disciplina em não julgar o já chamado «caso Eliseu». No campo, árbitro e videoárbitro viram o lance e cometeram o erro de não punir Eliseu. Mas não podia agora o Conselho de Disciplina vir emendá-lo. Seria precedente grave.

Livre Directo
Estou absolutamente de acordo com o que veio agora dizer Roy Keane, antigo capitão do Man United, sobre o seu antigo companheiro Ryan Giggs: «Hoje, ele valeria uma enormidade» Sem dúvida. Giggs foi um dos maiores jogadores da História.

Livre Indirecto
Para o Benfica, ter empatado em Vila do Conde, obviamente, não é um drama. Drama será se não conseguir identificar o que esteve errado na exibição da equipa. Como será dramático não conseguir identificar a razão de tantos jogadores lesionados até agora."

João Bonzinho, in A Bola

Antes 'era só futebol'. Agora é 'só dinheiro'

" “É só (um jogo de) futebol”. Ou “É tudo sobre futebol”. Estas são duas frases sobejamente conhecidas e muitas vezes repetidas no mundo da bola. Ambas têm servido de justificação para muito do que se passava (e ainda passa) dentro e fora dos relvados. Para o bom ou para o mal, seja para desculpabilizar derrotas, utilizar mind games ou explanar o comportamento das equipas no rectângulo de jogo. Tudo no campo teórico do futebol em estado mais puro.

Pois bem, essa(s) frase(s) há muito escutadas e repetidas vão perdendo espaço no futebol moderno (futebol negócio ou futebol indústria) para o “é só dinheiro” ou “é tudo sobre dinheiro”. Ou traduzido para língua inglesa, a pátria do jogo, “it’s all about Money”. Ou “It´s only Money”.
Já que estamos numa de anglicismo, recordo-me de um que poderá ser mais apropriado e ilustrativo. “Show me the Money” gritava Tom Cruise no filme “Jerry Maguire”. O grito telefónico (a pedido) imortalizado pela dupla de actores Tom Cruise e Cuba Gooding Jr são o exemplo acabado do que parece se ter transformado este desporto profissional.
Hoje clubes, empresários, representantes dos jogadores e os próprios jogadores içam essa bandeira negocial. Do outro lado, outros clubes, outros proprietários de clubes, batem cláusulas de rescisão e batem recordes atrás de recordes nas verbas de transferências de jogadores.
Nunca como hoje se assiste a tamanha loucura de verbas para aquisições de jogadores de futebol. Num mercado há muito inflacionado, o jogo do onze para onze, onde antes dizia-se que no final “ganhava a Alemanha” hoje parece que o vencedor (antecipado) é aquele que mais gasta. Que mais caro compra.
Vejamos. Ainda no defeso, Neymar foi vendido pelo Barcelona aos franceses do PSG por 222 milhões de euros. Dembelé viajou de Dortmund para o clube catalão por 105 milhões e Lukaku, avançado belga, assinou pelo Manchester United a troco de 85 milhões.
Ontem foi “noite louca” para 29 das 55 federações que fazem parte da UEFA. Num longo dia de fecho de mercado para um lote onde se inclui as Ligas mais competitivas do continente europeu, no meio de muitos milhões, Oxlade Chamberlain protagonizou a maior transferência do dia (Liverpool desembolsou 38 milhões de euros) e houve espaço ainda para os empréstimos de última hora. O mais falado (e será durante a época) foi o de Kylian Mbappé, uma mudança de camisola (deixou o Mónaco para se juntar ao PSG) com opção de compra de 180 milhões. Um novo tipo de “empréstimo” que pode ajudar a contornar o Fair Play Financeiro e as análises do organismo máximo do futebol europeu.
O fecho (tardio) do mercado, já com a época (competições internas e europeias) a decorrer, tem merecido críticas de vários agentes do futebol, de treinadores a clubes. Talvez um dia estejamos todos a debater e a pedir travão ao crescimento galopante das verbas de transferências do jogo que nasceu como “só futebol" e hoje parece transformado em “só dinheiro”."

A “era da pós-verdade” em Portugal

"Uma sociedade civil que se limite a “ler as gordas” arrisca-se a ficar esquelética de conhecimento e a que os seus ossos sirvam de armas a injustas batalhas.

Faz parte do nosso modo de (procurar) entender o mundo apelidá-lo de variadas formas. As mais recentes apontavam, segundo filósofos e sociólogos, para a “pós-modernidade” ou “modernidade tardia”, de que o há pouco desaparecido Zygmunt Bauman foi um dos principais arautos. Ulrich Beck, com a sua Risikogesellschaft (“sociedade do risco”) e, antes dele, Habermas, com a “teoria do agir comunicacional”, compõem, em extremo esboço, os mais relevantes contributos para sabermos o que somos enquanto comunidades de concretas mulheres e homens.
Nos últimos dois ou três anos tem-se imposto a chamada “época da pós-verdade”, de inspiração norte-americana (post-truth politics), de acordo com a qual o nosso tempo se caracterizaria por uma acentuada manipulação da informação de massa, pelas fake news, pelo controlo dos media e pelo instantâneo que, muitas vezes, não apresentaria adesão à realidade. Com base em tão fraco suporte, seríamos todos mais facilmente moldáveis aos poderes públicos e económicos, à distância de um tweet, de uma publicação no Facebook ou no Instagram. Não faltariam exemplos, desde o mais óbvio com a eleição de Trump, à guinada política na Polónia, ao Brexit e toda a campanha de desinformação que a acompanhou, até à insuspeita Alemanha, onde a aparentemente sombria Merkel também teria entre os seus sequazes as imprescindíveis agências de comunicação. Os casos de Trump e do Brexit são os mais paradigmáticos: em ambos a opinião pública foi bombardeada com dados mais tarde desmentidos por entidades oficiais, por cientistas, mas que uma vez ditos e repetidos se tornaram verdades. Mais que isso, eram mentiras que uma boa parte da população queria converter em factualidade. Assim, a “liquidificação” das relações humanas (Bauman) foi sendo o caldo perfeito para que cada cidadão se vá arvorando em rei Midas, com um toque transformando uma mentira numa conveniente verdade.
Compreendo a vantagem de tais linhas interpretativas, mas receio que elas pouco ou nada tenham de novo, excepto a dimensão hoje propiciada pelas tecnologias da informação. Tal como sucedeu com a “sociedade do risco” de Beck, vai havendo muito “pouco de novo debaixo do sol”. Compulsei a “Constituição dos Atenienses”, de Aristóteles, e deparei-me com pérolas como esta: na Constituição de Sólon entendia-se que as leis eram propositadamente obscuras, “com o intuito de que o povo se tornasse senhor das decisões”, o que na verdade não aconteceu, tendo o pobre Sólon, depois de dez anos no Egipto para se libertar da dureza do governo, regressado como tirano, aliando-se a ricos e pobres, cada um a seu turno, acabando por todos odiado, mas com a convicção de ter salvado “a pátria e para ela criar as melhores leis”. Mais à frente: “os Atenienses, fazendo uso da habitual doçura do regime democrático, haviam deixado que habitassem na cidade os amigos dos tiranos que se não tinham comprometido com desordens”.
Muitas outras passagens poderiam ser transcritas, mas o ponto é que as datas prováveis deste conjunto de fragmentos aristotélicos é de 329 a 322 a.C. E já aí o Povo era dominável e dominado. Também aí havia desinformação. De igual modo, mais que a verdade, o que se procurava era o bem-estar sócio-económico, mesmo que num quadro de tirania e de homens sebastiânicos e que, em eras de incerteza como são todas, pareça saber para onde nos conduz. A preguiça está subestimada e o ser humano é-o por natureza. Se há alguém que aparenta ter uma ideia para um Estado, mesmo que aqui e além minta e/ou cometa delitos, para quê aborrecermo-nos com “sobressaltos cívicos”? Daí que, em conclusão, acompanhando e respeitando o trabalho de filósofos e sociólogos, não vislumbro nestes epítetos mais que uma mera vantagem heurística.
E Portugal também está na “era da pós-verdade”? Por certo de um modo bem mais pacato, mas os exemplos também não faltam, apresentando-os deliberadamente sem emitir opinião sobre os mesmos. Para me ater aos mais recentes: pessoas que se suicidaram não se suicidando após a tragédia de Pedrógão, piloto de helicóptero de combate a incêndio que morreu ressuscitando, livros de actividades para crianças discriminatórios e sexistas que afinal o não são, valores de dívida que encolhe crescendo no primeiro semestre de 2017. Linchamentos “facebookianos” e quejandos de médicos que afirmam que a homossexualidade é uma “anomalia” ou que quem recorre a “barrigas de aluguer” é “um estupor moral”, de quem na política “sai do armário”, de um tipo tão improvavelmente machista quanto o Chico Buarque… Talvez seja da silly season, mas é patente que o sound bite é amiúde o que fica, ainda que mentira ou meia-verdade. Se vivemos no e do instantâneo, que mais se queria de uma maioria da população que só lê as manchetes nos telemóveis e tem preguiça de investigar pelos seus próprios meios?
Tudo isto seria normal e até relativamente caricatural, não foram os riscos de totalitarismos que se vão fazendo sentir e de termos uma opinião pública cada vez mais desinformada, amorfa e fácil de domesticar ao bel-prazer dos interesses político-económicos. Uma sociedade civil que se limite a “ler as gordas” arrisca-se a ficar esquelética de conhecimento e a que os seus ossos sirvam de armas a injustas batalhas."

Fecho do Mercado

Não é fácil analisar o Mercado do Benfica.
O Presidente tinha avisado que o grande objectivo das próximas épocas era a redução do endividamento financeiro... A racionalidade por trás deste propósito, é evidente: se quando o Clube 'não ganha' é preciso investir (endividar-se); quando o Clube está numa 'onda' de títulos conquistados, é tempo de 'sanear' as contas! Em teoria, todos concordam... o problema é a prática!!!

Mas como isto não é uma 'experiência' isolada, existem outras variáveis: a começar pelo facto de nesta época, só o Campeão ter direito a acesso directo à Champions, na próxima época; o facto dos nossos adversários continuarem a 'viver' muito acima das suas possibilidades, investindo 'tudo', cada um à sua maneira...; e ainda os ataques 'terroristas' fora das quatro linhas, que continuam a aumentar de 'volume', dia após dia...!!!

E ainda existe outra variável 'absurda': as 'nossas' lesões!!! Se tivermos uma época 'sem' lesões, o nosso plantel até é competitivo, e dá-nos garantias... Mas a probabilidade de isso acontecer, é mínima!!!

O investimento financeiro foi quase 'zero': empréstimos, 'custos zeros' e jovens com potencial, comprados a preços relativamente baixos... Com esta 'forretice', espero um Relatório e Contas 'histórico'!!!

Em relação ao plantel, no ataque, estamos bem... Acho mesmo que temos mais opções: tínhamos 3 Avançados de grande qualidade, agora temos 4: a 'troca' do Mitro pelo Seferovic parece-me feliz, são jogadores com características diferentes, mas muito sinceramente acho que não ficámos a 'perder', até porque o Suíço é mais adaptável a outras movimentações; e além disso, ficámos com uma opção ao Jonas: Gabigol... Algo que não existia no plantel...
Em relação aos Extremos, saiu o Carrillo que praticamente não foi opção, e entraram três jovens com muito potencial: Digui, Willock e o Joãozinho...
No meio-campo, não saiu ninguém e entrou o Krovinovic e o Chrien... Na minha opinião, com a condição física do Fejsa, precisávamos de um '6' mais eficaz!!!

Os problemas estão na defesa: o Ederson fazia a diferença... mesmo o actual Júlio César, já será uma 'perda' de qualidade; o Varela tem limitações; e o Svilar é uma aposta no futuro...
Em relação aos Centrais: um Jardel, apto, deixaria-me descansado, mas a recente lesão deixa-me muito preocupado... Sendo que o Luisão, neste momento, obriga a equipa a defender de forma diferente... defendendo mais atrás... O Capitão neste momento é fundamental no jogo pelo ar... mas, no resto...
Nas Laterais, mais problemas: se o Douglas ofensivamente poderá 'fazer' de Semedo, defensivamente tenho muitas dúvidas... e na esquerda, as lesões recorrentes do Grimaldo deixam-me preocupado: se o Eliseu 'cumpre', no actual Modelo de jogo do Benfica, jogar com Laterais ofensivos, faz muita diferença...

Em 90% dos nossos jogos, o plantel, com mais ou menos lesões, chega...! Mas na Champions, e nos jogos mais competitivos do nosso Campeonato, o número de indisponíveis vai ser decisivo! Neste caso, os meses de Dezembro/Janeiro serão muito importantes, pois temos a última jornada da Champions e temos os Clássicos da Liga...

Espero, que a 'poupança' neste defeso, não obrigue a um investimento 'louco' daqui a um ano, para tentar recuperar o título, entretanto perdido!!!

Obrigado, Mitroglou

"Duas épocas, dois títulos de campeão nacional, uma Taça da Liga e uma Taça de Portugal. Ao serviço do Benfica, disputou 88 jogos oficiais, marcou 52 golos e completou nove assistências. 
Mostrou qualidade, compromisso e envolvimento. O internacional grego foi sempre um profissional de enorme gabarito.
Obrigado Mitroglou…as maiores felicidades pessoais e profissionais."

Gabriel Barbosa

Já tinha sido mais ou menos anunciado, se um dos avançados fosse vendido (acabou por ser o Mitroglou...), o Gabibol seria jogador do Benfica.
O facto de vir emprestado deixa-me preocupado (andamos a valorizar jogadores de outros clubes); o facto de existirem outras posições com mais carências, também não me satisfaz...; agora, o facto do Gabigol não ter 'triunfado' no Inter, não me diz nada!
O Inter é um cemitério de jogadores e treinadores, a excepção foi o 'reinado' do Mourinho, de resto... Creio que todos os portugueses consideram o João Mário um bom jogador, mas também ainda não convenceu no Inter!!! Portanto, aquilo que o Gabriel prometeu no Santos e nas selecções Brasileiras, deixa-me relativamente descansado...

Mas ainda existe outro pormenor que me deixa mais satisfeito: creio que todos os Benfiquistas nas últimos 3 épocas reclamaram um 'substituto' do Jonas! Alguém que pudesse fazer a mesma posição, quando o Jonas não está disponível, ou quando é necessário fazer 'rotação' devido ao calendário sobrecarregado. Pois bem, de todos os jogadores no mercado, este provavelmente é o mais parecido com o Jonas!
Não no aspecto físico... mas nas zonas que ambos ocupam preferencialmente no terreno!
O Jonas tem mais técnica e visão colectiva; o Gabigol tem mais velocidade, mais força, mas também sabe driblar... e tal como o Jonas tem movimentações de 'jogador de área'!


Tenho lido alguns Benfiquistas, a colocarem a possibilidade do Gabigol jogar nas Alas, principalmente na Direita, mas muito sinceramente não me parece que seja essa a intenção...

O facto do Benfica ser conhecido como um Clube capaz de valorizar os seus jogadores; o facto do Gabigol e o Jonas terem estado juntos na Selecção (última Copa América); o facto do ambiente no balneário do Benfica ser reconhecidamente positivo...; o facto da adaptação de jogadores Brasileiros ser relativamente fácil a Lisboa; o facto do Modelo de jogo do Benfica, ser bastante 'amigo' dos avançados...; creio que tudo isto junto, permitiu o Gabigol desejar vir para o Benfica.
Agora, só tem que agarrar a oportunidade... com muito trabalho e alguma paciência, porque se tudo correr normalmente, inicialmente, não será titular!!!

Fala-se de uma cláusula de compra de €25 milhões de euros... se o Benfica for 'obrigado' a pagar, será bom sinal...!!!

PS: Após a contratação e adaptação fácil do Seferovic ao Benfica, era quase garantido que o Mitro ou o Raúl seriam vendidos. Mesmo que secretamente, lá no fundo, desejássemos que isso não acontecesse, a lógica seria a saída de um deles...
Acabou por ser o Mitro!
Pessoalmente, 'escolher' qual nos faz menos falta, é impossível!!! É verdade que o Mitro foi mais regular, mas o Raúl tem marcado muitos golos decisivos, começando no banco, ou como titular...
Só tenho que agradecer os golos ao Mitrolgou, e desejar-lhe toda a sorte do mundo... Vou ter saudades daquelas celebrações, introspectivas!!!

Douglas

Fim da novela Douglas!
Começo por dizer que o 'problema' defesa-direito, demorou demasiado tempo a ser resolvido pelo Benfica. E isso deveu-se essencialmente, à dificuldade em admitir que a aposta no Pedro Pereira, foi um erro!

Pois bem, Douglas... O facto de não se ter afirmado no Barcelona não me 'preocupa', já tivemos vários jogadores que chegaram ao Benfica, 'criticados' pelos adeptos dos ex Clubes, e acabaram por triunfar no Benfica.

O Douglas destacou-se no Brasil, onde acabou por chegar ao São Paulo... mas nessa altura não jogava a defesa-direito. Acabou por ser adaptado, recuou no terreno... A sua transferência para o Barça, foi um daqueles 'mistérios' que só o Mercado explica!!!

Em Espanha, sem jogar no Barça, foi emprestado ao Gijón... Fez uma época em bom plano, mesmo com alguns problemas com lesões... O Gijón acabou por descer de divisão, foi uma época carregada de 'emoções' no Clube, inclusive com o treinador a 'chorar' por não conseguir dar a volta aos resultados (quando se despediu e abdicou da indemnização)!!!

Dito isto, vou esperar para ver... Sendo que as expectativas não são muito altas! Principalmente nas questões defensivas... Ofensivamente é melhor que o André Almeida, disso não tenho dúvidas, mas vamos ver se consegue ser competente defensivamente...
O facto do jogador chegar ao Benfica com 27 anos dá-me alguma esperança: por exemplo o Eliseu, chegou ao Benfica já com experiência da Liga Espanhola, e no início da sua carreira também jogava em posições mais avançadas... e sempre que era 'falado' para o Benfica eu ficava apreensivo... e depois de cá chegar, acabou por ser muito útil...!!!

PS: Com o Alex Pinto na B, e com o reforço Medina para os Juniores (o Ramirez não me dá confiança...), na próxima época poderemos ter outro defesa-direito vindo da Formação...