sexta-feira, 30 de junho de 2017

Sport África e Benfica

"Em São Tomé e Príncipe vivem cerca de 190 mil pessoas. Não vos sei dizer a percentagem de Benfiquistas que existem nestas ilhas paradisíacas, mas pela quantidade de camisolas do Glorioso que por lá vi na semana passada, posso assegurar-vos que não há comparação sequer com os outros clubes portugueses. De um modo muito simplista - e numa análise que nada tem de científica, mas que nasce da observação que fiz durante meia dúzia de dias - posso dizer-vos que, para cada fez camisolas do SL Benfica, devo ter visto duas do FC Porto e um do Sporting. E querem saber a melhor? As camisolas do nosso Clube eram das últimas épocas, como se percebia pelo patrocínio das mesmas. Já a dos outros... remetiam para temporadas longínquas, esbatidas pelo tempo.
Foi, por isso, longe de Portugal que assisti ao protesto da nossa equipa de hóquei em patins na meia-final da Taça de Portugal. Uma tomada de posição justíssima, se querem que vos diga. Nós fomos tricampeões e a Federação Portuguesa de Patinagem entregou o título à agremiação que ficou em segundo lugar.
Foi também por São Tomé que assisti ao alegado 'escândalo' dos emails que resultou em nada, uma brincadeira de meninos queixinhas sem argumentos para a superioridade do Tetracampeonato em campo.
Foi também por lá que fui seguindo online a avalanche de contratações bombásticas do terceiro classificado e as já tradicionais declarações dos seus jogadores e dirigentes ao melhor estilo 'este ano é que é'.
Nada de novo, a caravana vermelha continua a passar e as gentes de São Tomé e Príncipe nem ligam ao ruído do ladrar."

Ricardo Santos, in O Benfica

No pasarán!

"Pela dimensão, pela história, pelo palmarés, pelo prestígio nacional e internacional, sempre fomos um alvo da inveja dos rivais. Se quando não ganhávamos já assim era, ganhando, e ganhando muitas vezes, o desespero tomou definitivamente conta de algumas almas, e levou a que recorressem aos meios mais sórdidos para esconder os seus fracassos e subtrair os nossos méritos. Eles que se entretenham, pois, com o folclore mediático que criaram e diariamente alimentam.
Nós entretemo-nos com os títulos que conquistámos, e que queremos voltar a conquistar. A cada um o que merece. É simples entender o que procuram: voltar aos tempos do 'Apito Dourado', e fazer no futebol (onde antes havia Guímaros, Calheiros e Silvanos) o que ainda fazem no hóquei (onde há Rainhas e Pintos).
No plano do jogo sujo, da fraude e da intoxicação informativa, sempre foram especialistas. Nisso, são de facto imbatíveis. Nós somos bons é no campo, e será nele, com revigorada motivação, com redobrada capacidade de trabalho, que teremos de dar resposta a todas as provocações de que temos sido objecto.
A próxima temporada desportiva vai ser demasiado importante. Mais importante que as anteriores. Teremos de ser ainda melhores para responder, com vitórias, aos combates que nos movem. No futebol e não só.
A nós, sócios e adeptos, cabe-nos estar unidos em torno do magnífico projecto desportivo que o Benfica tem levado a cabo, e apoiar dia após dia, em todos os momentos, o clube, os seus dirigentes e os seus profissionais. Se assim for, os cães podem continuar a ladrar, que a nossa caravana triunfante seguirá em frente."

Luís Fialho, in O Benfica

A Casa de Zurique

"No passado fim de semana tive o privilégio de participar no 20.º aniversário da Casa do Benfica de Zurique. Foi uma verdadeira festa à Benfica, abrilhantada com a presença do capitão António Veloso. Fundada em 24 de Junho de 1997, a nossa embaixada neste conhecido e poderoso cantão suíço é um bom exemplo da forma como se vive o Glorioso. São 13 magníficos dirigentes que gerem a Casa n.º 100 do Sport Lisboa e Benfica, uma instituição que tem esta particularidade que me surpreendeu - 215 atletas federados. Para que conste, a nossa Casa em Zurique possui 14 equipas de futebol, duas delas femininas. E todas as nossas equipas são treinadas por 26 treinadores, formados localmente. As grandes atracções são as equipas de futebol feminino - uma sénior e outra de Sub-16.
Durante a festa foram justamente recordados os anteriores presidentes. Fernando Almeida foi o primeiro líder desta Casa e, infelizmente, já não se encontra entre nós para poder festejar o sucesso que tem sido este modelo de benfiquismo. Manuel Martins antecedeu o actual presidente e também foi homenageado. A missão de António José Figueiredo e seus pares não é fácil. 'Somos uma verdadeira equipa e cada um de nós desempenha um papel fundamental. Aqui respiramos e vivemos os valores e os princípios do nosso Clube, como o orgulho em pertencer à maior instituição portuguesa, a dedicação de todos, mas há algo do qual não abdicamos - a responsabilidade e motivação na busca de melhores resultados', eis a receita que me foi confidenciada pelo actual líder. A todos os presentes ouvi um desejo - venha o Penta!"

Pedro Guerra, in O Benfica

O VAR da Rússia antes do VAR luso

"Portugal despediu-se da possibilidade de vencer a Taça das Confederações com a sensação de não ter feito a melhor das exibições na partida com o Chile, equipa fortíssima, bicampeã da América do Sul, que junta uma noção exemplar de colectivismo a várias unidades de luxo. Mas os sinais de compromisso dos jogadores lusos (mesmo que alguns tenham denotado cansaço) e de competência do seleccionador (os mesmos princípios de sempre, desta vez Kazan não foi Marselha...) são suficientemente fortes para que o optimismo continue a acompanhar a equipa de todos nós.
Dentro de menos de dois meses regressa o campeonato nacional e com ele inicia-se a aventura do videoárbitro (VAR). Como se viu na Taça das Confederações, continua a haver margem de erro, mesmo que muito mitigado e é bom que nos preparemos para conviver com essa realidade. No Portugal-Chile ficou por assinalar uma grande penalidade contra a nossa equipa e a culpa não foi do sistema colocado à disposição dos árbitros, assistiu-se, isso sim, a um erro humano pouco desculpável e apenas entendível em função da novidade do VAR.
Porém, o balanço, em termos de verdade desportiva, é francamente positivo; o que continua a fazer falta é lutar contra a ideia de infalibilidade, algo que não existe. Digamos que, numa escala de zero a dez, o erro andava pelo quarto e agora passará a andar pelo um. Mas, percebe-se por algumas reacções (e não só por cá...) que, por um lado, continua a fazer falta mais esclarecimento; por outro, tal como sucede no râguebi, seria bom, em nome da transparência, que se ouvissem as conversas entre o árbitro e o VAR."

José Manuel Delgado, in A Bola

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